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Matéria impressa em Outubro de 1995

JORNAL NOVO TEMPO – AN0 - 01 – NUMERO 01- CACHOEIRA ALEGRE – SETEMBRO - 1995

                                                              

                                               PARA QUÊ SE FAZER UM JORNAL ?

                Acredito que o ato de criar requer tempo, concentração e silêncio. Sem isso, torna-se difícil. Confesso que estar à frente, na condição de fundador de um jornal (esse empreendimento) me assusta. É, sem dúvida, um enorme desafio, mas é igualmente enriquecedor. E continuo acreditando que vale a pena apostar nos sonhos. Mas não estou só, pois esse jornal é seu. Ele quer ser a sua voz que clama, grita, suplica, implora. Voz do povo. Por isso, não sou o único proprietário desse jornal e não vou escrevê-lo sozinho. Ele te pertence, você é responsável pela sua composição. Articule, escreva, manifeste, participe.

     Para você que, tomado de espanto, se pergunta incrédulo:  “Porque ? Um jornal em Cachoeira, para que ? “ , eu lhe digo: o que mais me estimula é que toda comunidade é chamada a viver em sociedade e, se assim faz (até por uma questão de necessidade) dentro dessa realidade, cada núcleo tem obviamente seus atos,  fatos, relatos . . . sua história.

     Assim, você falaria: das celebrações na Matriz, das comemorações, bailes na Danceteria Guimarães, competições esportivas, Jogos estudantis, campeonatos de futebol, amistosos, Tupi  FC , Flamengo EC, Montanha FC,  atividades da Creche Pequeno Polegar, notícias do colégio, atendimento no Posto de Saúde, abastecimento de água precário, animais soltos nas vias públicas, o Destacamento Policial à Rua Pe. Messias Passos, a deficiência dos trabalhos prestados pela Telemig, Conselho de Desenvolvimento Comunitário e suas realizações,  Festas populares, folclore, os carnavais, Mineiro-Pau, Folia de Reis, Festas Juninas, Memoráveis Exposições Agropecuárias, tradicionais Festas do  Padroeiro, a competitiva Corrida de São Sebastião, a concorrida Festa do Cachoeirense, Construção da Capela de Velório Bom Pastor,  criação do Museu de Arte Sacra, construção de salas para reuniões de Pastorais, audiência com  Dom Ricardo Chaves, na Diocese de Leopoldina, a visita do Bispo à Paróquia, pavimentação do pátio da Matriz, ampliação, pavimentação, jardinagem, construção de muros e pintura do Cemitério Paroquial, pastorais e suas atividades,  o Coral da Matriz, a Banda de Música, bailes no Jupter Clube, casamentos,  semana  Santa, festividades de Maio,  Administração Paroquial e o programa de obras, Limpeza urbana, Prefeitura Municipal, reuniões da Câmara de Vereadores, Congregação Mariana, retiros espirituais e notícias da concentração, catequese, Primeira Eucaristia, perseverança, reuniões do Crisma, Apostolado da Oração com reuniões mensais e as celebrações nas primeiras sextas-feiras do mês, os Vicentinos e os passos da S.S.V.P.  em Cachoeira, visitas ao Santo Cruzeiro, no Morro do Ipiranga, a celebração no local, no dia da Santa Cruz e os dias de indulgências e,  os horários de ônibus da Empresa Nossa Senhora Aparecida, que atende ao município. Como vês, aí estão algumas fontes geradoras de notícias. Cachoeira Alegre tem muito o que dizer. Você não pode se calar.

Fernando M. Ribeiro

DOM RICARDO VISITA CACHOEIRA ALEGRE                       

                “Comunidade prepara com carinho recepção para Dom Ricardo.” Dom Ricardo é cumprimentado por dezenas de fiéis na sala de visitas da  Casa Paroquial, “Bispo  Diocesano celebra missa festiva na Matriz.”  Vinte adolescentes recebem o Sacramento do Crisma. “Dom Ricardo visita o Museu de Arte Sacra.” Líderes  da comunidade se reúnem com o Bispo. “Conselho Paroquial expõe problemas da comunidade.” Dom Ricardo elogia a culinária,em jantar, na Casa Paroquial “. Dom Ricardo se diz surpreso com as amplas salas e dormitórios da casa paroquial, que passou por reformas.  São manchetes que dariam boas matérias a jornais da época. O Novo Tempo ainda não estava circulando, mas o seu fundador registrou em depoimentos e fotos esse encontro.

     Três meses depois de receber uma equipe de Cachoeira Alegre, para uma audiência, no Palácio Episcopal, em Leopoldina, Dom Ricardo visita a Paróquia, se entusiasma com a comunidade e volta a acenar com a possibilidade de um padre para Cachoeira Alegre.Indagado sobre a próxima visita a Cachoeira Alegre, Dom Ricardo disse que voltará  em breve e que os pormenores ele definiria posteriormente com O Padre Wildes.

                Na ultima reunião,  em agosto, na diocese, padre Wildes, que atualmente dá assistência a Cachoeira Alegre, disse ter falado com Dom Ricardo da necessidade  de se ter um padre  trabalhando em definitivo,  na paróquia, pois a comunidade encontra dificuldades para administrá-la, dado ao número reduzido de pessoas que atuam e o grande volume de trabalhos a serem realizados. Pe. Wildes disse também que tem desempenhado seu papel de sacerdote ao celebrar as missas e ministrar os sacramentos, mas percebe que Cachoeira precisa  mais que isso; as pastorais precisam de sua orientação. Disse ainda, que gostaria de atender os constantes apelos do Conselho Paroquial, que lhe cobra uma maior atuação na parte administrativa, no sentido de se acompanhar as obras paroquiais e que principalmente nessa área o padre tem encontrado dificuldades, uma vez que não dispõe de tempo. Mas que entende que também nesse setor a presença do sacerdote também se faz necessária. Padre Wildes comentou com a comissão que o Bispo pareceu-lhe sensível diante de tal situação e que  assegurou-lhe  que vai continuar se empenhando para encontrar uma solução. No próximo dia 13 de outubro, o Conselho Paroquial tem uma audiência marcada com o bispo e está confiante de que estará dando mais um passo no sentido de se conseguir um padre para  assumir a paróquia .

Fernando M. Ribeiro

 

SEMANA DA FAMÍLIA

 

                Em três de setembro, um grande número de fiéis se reuniu na Praça da Figueira, para, naquela tarde, encerrar com uma passeata as Comemorações da Semana da Família. O Grupo de Oração “Maria e o cenáculo no lar” se reuniu toda a semana para refletir e ver o que se pode fazer para que haja mais união e amor em nossas famílias. Abrindo as comemorações do Mês da Bíblia, o Grupo de Oração responsável por essa realização, deu destaque também à Bíblia Sagrada naquela tarde de domingo, lembrando que a Palavra de Deus é o elo que nos une ao  Pai.

Fernando M. Ribeiro

 

CONGREGAÇÃO MARIANA

               

Dia 27 de agosto, o presidente da Congregação Mariana, Zacarias de oliveira Filho e a secretária Carmem Luiza Ribeiro estiveram em Muriaé, para uma reunião durante todo o dia, no Salão Paroquial da Barra, com o Presidente da Confederação Nacional das Congregações  Marianas no Brasil, que teve como objetivo traçar metas para o fortalecimento de todas as congregações.

Fernando M. Ribeiro

 

FIQUE DE OLHO

                No próximo número do Jornal Novo Tempo, você é nosso convidado para um passeio pela história de Cachoeira Alegre. Com base em um documentário de mesmo nome, produzido por Fernando Mauro Ribeiro, numa fita VHS (fita de Vídeo cassete) , você terá em capítulos a história de um povo vibrante, fraterno, acolhedor, com suas dores e alegrias, derrotas e vitórias vividas numa Cachoeira (sempre) Alegre.

Fernando M. Ribeiro

 

EDITORIAL

 

                Eu sou o Jornal NOVO TEMPO. Acabo de nascer. Estou chegando para marcar um novo tempo. Apesar dos perigos,  dos castigos, da crise; me encontro na Praça, por onde tu  passas. Eu falo com graça, falo sério. Se preciso, faço pirraça, quero sobreviver. Sou a voz de Cachoeira Alegre a gritar: venha me socorrer! Venha me proteger!  Não posso mais me calar, é preciso falar, pedir, cobrar, reivindicar, questionar, exigir, gritar, denunciar, aplaudir. Informar,  comunicar, apontar caminhos, traçar metas, buscar soluções, contornar obstáculos, tudo isso se faz necessário para se atingir um objetivo. Não sou mais um sonho, um projeto. Sou real, tenho formas, cheiro, cor, coração. E como  me dirijo a vós, com a intenção de conquistá-lo. Pois os únicos  verdadeiros conquistadores são aqueles  que foram ao encontro do outro com as mãos vazias  e o coração aberto. Tudo que quero é estar a serviço, prestar informações, noticiar os fatos, expressar os pensamentos, a vontade, os anseios . Ser a voz do povo. Meu compromisso é com a verdade.

        Estou chegando junto com a Primavera. Sou flor se abrindo em suas mãos, exalando perfume, colorindo sua vida. Comemora-se esse mês, o Dia da Imprensa. Sou o recém-nascido da família da comunicação, a semear esperança, pois estou certo  de que, n consciência do homem, haverá de florescer um  “novo tempo” a cada dia. Porque é o tempo que incimbe de trazer e depositar em nossas mãos o fruto da semente que plantamos em nossa vida.  Que este meu nascimento, que minha existência, lhe propicie momentos  de meditações, que marque realmente o início de um novo tempo.

Fernando M. Ribeiro

 

A BÍBLIA É NOSSO DIÁLOGO COM O CRIADOR

                No dia 30 comemora-se no mundo todo, o  Dia da Bíblia. Quero falar da Bíblia Sagrada, como elo que une ao Pai. Como semente, comunicação, revelação. Tesouro, libertação e vida. Esta data foi escolhida, porque em 30 de setembro do ano 420 D.C., morreu São Gerônimo, padroeiro dos estudos bíblicos. Ele nasceu na Dalmácia, (Ioguslávia) por volta de 340 D.C. Herdou uma pequena fortuna e se dedicou aos estudos em Roma, com os melhores mestres da História da Retórica e dos ensinos religiosos. Recebeu o batismo do Papa Libério, aos 25 anos. Viveu  na Gália. Fundou uma comunidade religiosa para estudar a Bíblia. Esteve vários anos no deserto da Síria. Queria ser monge. Viveu em Constantinopla por causa da oratória de  Gregório Nazianzeno.  Foi ele quem o inspirou na vocação para a exegese bíblica. Prestou serviço ao Bispo Paulino, em Antioquia. Paulino quis fazê-lo padre. Ele recusou o convite. Preferiu viver uma vida monacal dedicada aos estudos de teologia bíblica. Estudou o hebraico. Aprimorou-se no grego. Sabia o latim como ninguém.

    Um dia foi chamado a Roma pelo Papa Dâmaso. Fez-se seu secretário. . O Papa, conhecendo sua cultura , mandou que ele traduzisse a Bíblia do hebraico e do grego para o latim. Ele fez o texto que passou a ser conhecido como “vulgata”, por estar à altura do povo. No Concílio de Trento, a vulgata foi admitida como a tradução oficial da Igreja Católica. No Vaticano II esta  decisão foi ratificada, apesar das muitas traduções dos nossos dias. São Jerônimo era rodeado de amigos que custeavam  as suas pesquisas e os seus estudos teológicos em Roma.

     No mês da Bíblia, nada melhor que alguns lembretes aos amigos leitores: adquiram a Bíblia. Dê uma Bíblia de presente. A bíblia tem que ser um livro pessoal. Não é enfeite para ficar na sala. Não é lixo para ficar em cima de guarda roupa ou dentro da gaveta do criado. Onde eu estou, a Bíblia deve estar também. Numa casa de cico pessoas deveria haver cinco Bíblias.  Quem não gosta de ler um bom livro? Quem não procura um bom autor para ler?  A Bíblia é o livro de Deus e uma ótima leitura. A sua mensagem é de verdade, amor, justiça e paz. Desde quando devemos ler a Bíblia? Desde quando aprendemos a Ler, na escola. Onde devemos lê-la? Em todos os lugares e em todos os ambientes. Quando?  Todos os dias, pelo menos 15 minutos. Qual o livro da Bíblia que devemos ler primeiro? Depende de cada um. Todos os livros devem ser lidos. Os do Antigo Testamento são de mais difícil entendimento, mas tão importante quanto  os do Novo Testamento.  Neste mês da Bíblia, lemos o “ Livro de São João”, o melhor e o mais teológico comunicador de Jesus. Rezem a Bíblia. A Bíblia é uma oração. O homem, por ela, fala com Deus. E Deus fala com o homem. É nosso diálogo com o Criador, o Pai. A oração nos une a Deus. Ele é o autor da Bíblia. Há na Bíblia um livro que é só orações. O Livro dos Salmos se presta muito para os nossos momentos de oração. Adquiram, leiam, estudem e rezem a Bíblia.

Nota do Redator: Esta matéria se baseia, quanto ao fundo, em artigos de  “Atualização”, de 26/04/90 e 02/07/91.

Fernando M. Ribeiro

CRECHE PEQUENO POLEGAR
 Um mundo melhor

 

                A Creche Pequeno Polegar, de Cachoeira Alegre, fundada em O3 de fevereiro de 1989, na administração do Prefeito  Francisco Corrêa da Rocha, com seu prédio situado à Praça São Sebastião, desenvolve um belíssimo trabalho na comunidade. Suas instalações constam hoje de um berçário com 16 berços, duas amplas salas onde funcionam o maternal e o pré-escolar e conta ainda com lavanderia,  refeitório, cozinha, dois banheiros um depósito e uma enorme área de recreação.

     Funcionando de segunda-feira a sexta feira, de 8h às 16h, a creche atende diariamente  a 60 crianças carentes, com idade de três meses a sete anos, entre elas algumas excepcionais, que recebem tratamento especial na APAE de Muriaé. Todas  essas crianças recebem alem de alimentação e higiene, muito carinho, atenção e amor, que chegam até elas através das dedicadas funcionárias que ali atuam: Carmem Luiza Ribeiro, Eni  Antonia Bouzada Viana, Vanderléia de Souza, Ariádina Mansor Rodrigues, Sara Aparecida Mansor de Oliveira, Silvana Marcelino, Ely Nunes de Souza, Judite Maria José de Medeiros e Deuza Pires Ferraz.

     A comunidade cachoeirense sabe da importância desse trabalho e agradece a essa competente equipe, que procura no dia-a-dia, com gestos de carinho, oferecer  um mundo melhor  para essas crianças que sonham com tão pouco

Carmem Luiza Ribeiro

EDUCADORES EM BUSCA DE NOVAS FORMAS DE CAMINHAR

 

                A Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Santa Marcelina, de Muriaé, está preparando mais um grupo de profissionais da educação com um curso de especialização em Psicopedagogia, que é uma nova ciência, que tornou-se necessária para ajudar a resolver dificuldades da aprendizagem, causa de repetência escolar, evasão e problemas psicológicos que impedem a criança desenvolver normalmente suas atividades.

Em sua atuação, o psicopedagogo tenta compreender o porque da não aprendizagem e busca recursos  adequados para abrir espaço para o aluno, evitando o fracasso escolar. Segundo Sara Pain, a psicopedagogia consiste num tratamento que visa à superação dos sintomas da não aprendizagem, gerando condições  favoráveis a uma aprendizagem sintonizada com potencialidade do aprendente. Trata-se pois, de um caminho novo  e cheio de esperança que proporcionará novas perspectivas  a nossos educadores em sua caminhada rumo ao terceiro milênio.

Eliane Vilela Bousada Dias – Escola Municipal Joaquim Ribeiro de Carvalho -  CAIC

FIQUE POR DENTRO

                Em 18 de março  de 1995, fez 30 anos que a Paróquia de Cachoeira Alegre está sem um padre residente.  Há 30 anos a população está esperando pela chegada desse padre. À medida que o tempo passa, aumentam a expectativa, a ansiedade e a esperança dos paroquianos. Os fiéis rogam ao Pai que dê perseverança aos nossos seminaristas, que desperte no coração de nossos jovens  a vocação sacerdotal, o desejo de se tornarem operários na sua messe . E creem  que suas preces sejam acolhidas pelo Criador, que não permitirá que o rebanho se perca por falta de pastores.

     Cachoeira espera pelo momento de dizer a seu pároco: “Seja bem vindo!” Estão abertas as portas do nosso coração e da casa paroquial, para recebe-lo. No mês passado, o Bispo Dom Ricardo Pedro Chaves Pinto Filho, recebeu em audiência, na diocese, uma comissão da paróquia, que lhes fez várias reivindicações, dentre elas, um padre que permaneça na paróquia, que seja residente em Cachoeira Alegre, pois a comunidade precisa de um líder espiritual, um padre que esteja lá, no dia-a-dia  com seu povo, orientando-o, ministrando os Sacramentos e administrando as obras paroquiais. A resposta do Sr. Bispo: “Sei da carência do meu povo, não estou indiferente a tudo isso, porque o pastor conhece o seu rebanho. Tenho na minha diocese, outras seis paróquias também sem padres residentes, e que, como vocês, fazem as mesmas reivindicações. Quero também atende-las .  Teremos  na diocese, algumas ordenações e isso é um bom sinal. Continuem rezando pelas vocações”.  E disse ainda o nosso  Pastor:  é preciso reorganizar-se, reestruturar-se, para tornar isso possível. O aspecto financeiro não é o principal, mas deve ser considerado. Para se ter um pároco residente é de responsabilidade da  paróquia a sua manutenção  e, ela assume  o compromisso de remunerá-lo com três salários mínimos. Como está a campanha do dízimo em Cachoeira? Quanto se arrecada? É preciso esclarecer os fiéis sobre seus deveres para com a casa de Deus. Dízimo é um dever do cristão e com ele se mantém o  padre na paróquia. Sem o dízimo consciente, dificilmente se terá um padre residente .

     Maria Aparecida Ribeiro, monitora de Crisma, uma das integrantes da equipe, confirmou com Dom Ricardo, sua visita a Cachoeira,  em 10 de novembro, para ministrar o Sacramento do Crisma e  reunir-se com o Conselho Pastoral.

     Depois de ouvir atentamente a todos, Dom Ricardo assegurou-lhes que, tão logo  a diocese disponha de um padre, ele se empenhará em atender a paróquia de Cachoeira, pois está convencido de suas necessidades.

Fernando M. Ribeiro

CEMITÉRIO BOM PASTOR

 

                Não tive acesso a documentos que comprovem  sua veracidade, mas baseado em depoimentos de antigos moradores, conclui-se que o Cemitério de Cachoeira Alegre tenha mais de cem anos. Há quem acredite que o cemitério nem sempre fora ali, mas sim,  um pouco mais em baixo; onde é a Praça São Sebastião,hoje. Quando escavávamos uma área, na lateral do Jupter clube, para plantarmos  os canteiros, daquele que fora durante mais de uma década o belo jardim  de rosas e margaridas, com  seus rústicos bancos de cimento, foram encontradas placas de mármore com algumas inscrições; onde numa dessas lápides, se lia: "jazigo perpétuo da família Cavalcante". O primeiro sepultamento de que temos registro data-se de 1887, como verificamos nos aquivos do Cartório de Registro Civil de Cachoeira Alegre. Contudo, uma pergunta nos desafia: Onde eram sepultados então os corpos antes dessa data? Documentos atestam a existência do povoado em 1859!

 Há quem  afirme  também, que em 1850, já se sepultava, naquele campo santo. E que  se lembre de  quando ele era ainda demarcado apenas com  cercas de arames farpados.  Sendo assim, afirmar que o cemitério estaria hoje, com 144 anos, é uma hipótese aceitável, já que há registro do povoado de 1859. O que se sabe, no entanto, é que o local recebeu algumas benfeitorias ao longo dos anos e, que acolheu a muitos que, tendo caminhado pelas  sendas de Deus e passado por esse vale de lágrimas, foram habitar na paz, no silêncio, na quietude daquela colina. 

Padre Messias Passos e Padre Raimundo Nonato de Carvalho, quando vigários de Cachoeira, realizaram campanhas e dividiram-no em quatro quadras,construíram muros, construiram passeios pavimentados, as jardineiras e, deu-se início à construção e venda de túmulos. A primeira certidão de óbito segundo o Cartório de registro Civil de Cachoeira Alegre é de Francisco Julião, em  03-01-1889.

     Em 1965, padre Nonato fora transferido para a paróquia de Visconde do Rio Branco. Sem um padre residente,  não havia uma secretária, nem alguem que guardasse e  preservasse toda a documentação. Então,   perdeu-se o fichário,  parte dos documentos e, a paróquia deixou de receber as taxas. Nos anos 70, quando era vigário, o Pe. Adriano Keet, o cemitério recebeu outras  benfeitorias, sob a administração do Sr. Erlande Rodrigues de Assis, então presidente da Comissão de Obras .  Contudo, não voltou a receber as taxas.  E mesmo sem nenhuma arrecadação, a paróquia administrava  o cemitério, fazendo a manutenção, os sepultamentos, a limpeza e a caiação dos muros e túmulos em Finados, sendo o Sr. José Eliziário o responsável por esses serviços.  Com o passar do tempo as dificuldades só aumentavam, a paróquia não conseguia um padre para administrar o seu patrimônio _ homens de boa vontade _ os leigos davam sua contribuição, mas não dispunham de tempo suficiente para exercerem   a função e, o cemitério ficou quase que abandonado.     Muros em ruínas, matagal, portões sempre abertos e a presença constante de animais, bois, carneiros, cabritos e cavalos.

    

 

ADMINISTRAÇÃO DO CEMITÉRIO BOM PASTOR

Em 25-10-1991, o Conselho Administrativo da Matriz, consciente  das dificuldades  em dar sequência às obras já iniciadas na comunidade, se reuniu, decidiu  que seria necessário formar uma   comissão exclusiva para administrar o cemitério e, comunicou ao padre.  Não conseguindo formar uma equipe, Padre Tiago procurou  Mario Lúcio Ribeiro e Fernando Mauro Ribeiro e os convocou para essa missão. Não é um convite, mas uma convocação, dizia ele.

    Nos dias 01 e 02 de novembro de 1992, fizemos circular um boletim informativo sobre o projeto, já em execução:  construção de muro,  pavimentação, arborização, jardinagem, limpeza e a necessidade de se ampliar o cemitério; e que, para dar sequência a tal projeto, faríamos o recadastramento dos túmulos e cobraríamos a partir de então uma anuidade – taxa de dez por cento do salário mínimo – para cada proprietário de túmulo. Em 1993, já contávamos com a colaboração de Francisco Raposo de Medeiros, Adilson Gomes Delgado e Maria Aparecida Ribeiro. Formamos uma equipe e novamente a administração se dirige à comunidade através de boletins, informando dos trabalhos já realizados, agradecendo a compreensão daqueles que haviam  cadastrado seus túmulos e lembrando aqueles que ainda não haviam  efetuado o pagamento da taxa única.

Ao projeto inicial que consta da construção de muros, pavimentação, arborização, jardinagem, e ampliação do cemitério  incluímos  a abertura de um portão no muro lateral, o prolongamento da rua do Colégio que dará acesso a esse portão, o calçamento em paralelepípedos dessa rua e a construção de uma Capela de Velório. A equipe deu plantão recebendo a anuidade, explicando àqueles que só visitam o cemitério  no Dia de Finados, a importância de dar sequência ao projeto, que para isso  era preciso diminuir o número de inadimplentes e atendendo aqueles que não haviam ainda cadastrado seus túmulos e a outros que desejavam adquirir terreno para a construção do túmulo da família.

Padre Tiago, durante a missa, destacou o mtrabalho:  " Parabéns ao grupo pelo empenho  e realização desse trabalho e diante de tamanha dedicação já temos como recompensa, um cemitério bem cuidado".

Fernando M. Ribeiro

RECADO PARA OS JOVENS

               

Cumprimento-os pelo Dia Nacional da Juventude, que celebramos em 22 de setembro. Gosto muito de estar com vocês. Falar-lhes de alguma forma e, ouvi-los. Há algum tempo percorro esse caminho, sem medo,  em contato com os jovens, através do diálogo, no belo e turbulento oceano das emoções, como monitor  na Pastoral da Crisma, na Matriz São Paulo, em Muriaé. 

Muriaé, Volta Grande, Miradouro, Bom Jesus da Cachoeira, Belisário, Patrocínio do Muriaé, Rosário da Limeira, Eugenópolis, laje do Muriaé, Itaperuna e Itaocara – RJ. são algumas das comunidades onde estive, atendendo a convites  das paróquias, promovendo Tardes de Louvores, Seminários de Vida no Espírito Santo e outros eventos, como membro da RCC.

Outras vezes lhes falo pelo Ministério de Músicas,, peças de Teatro que encenamos, pela coluna que mantive no Jornal Expressão e Jornal de Muriaé e pela Rádio Princesa da Mata, através do Programa Palavra Viva.

Em  cachoeira, nos encontrávamos nas tardes de domingo, nas reuniões do Grupo Jovem, desde sua fundação, em 1976. Nas noites de sábado, nos bailes do Jupter Clube, nos campos de futebol e, sempre na Matriz São Sebastião, na celebração da Palavra ou da Santa Missa.

Em 19 de dezembro de 1993 tivemos um encontro. Você se lembra? Denominava-se  “Empurrão”.  Dele  participaram 52 jovens, um dia inteiro, na Escola Estadual Domiciano Cerqueira.  Presentes 11 casais atuando nas várias secretarias, doando parte de seu tempo para  possibilitar a realização desse evento. Padre Tiago Prins, celebrou a missa na Matriz, às 19 h. No encerramento, uma peça de teatro “ Um certo homem . . . Jesus “  que emocionou  os muitos fiéis que, entusiasmados aplaudiram o elenco  ao final.

A juventude se conhece por três sinais essenciais: a vontade do amor, a curiosidade intelectual e o espírito de audácia. Esse  evento “Empurrão”,  tinha como objetivo empurrar, impulsionar à Luz do Espírito Santo, os jovens,  para assumirem seu batismo, “ser cristãos autênticos, agentes transformadores de uma sociedade.”  Onde anda essa gente? Onde estão vocês?  Que tal formar um Grupo Jovem?  Tome uma iniciativa, fale com o seu vigário. Assuma a condição de operário da messe do Senhor. Fale com seu professor, busque, proponha, realize.  As portas da Matriz estão abertas, assim como abertos estão os braços de Cristo para te acolher. E é Ele quem te convida:  Venha, preciso de ti! Venha colaborar na construção do meu reino, sendo fonte de amor! “ Vem e eu te direi o que ainda estás a procurar. A verdade é como o sol e invadirá seu coração . . .”   Pare, pense e, como Maria, diga : Eis-me aqui! Um grande abraço.

Fernando M. Ribeiro

ESCREVER PARA O JORNAL EXPRESSÃO, FOI UM APRENDIZADO

 

                É muito bom quando se faz aquilo que se gosta! Essa rase é conhecida de muitos e nela se encerra uma grande verdade.  Não poucas vezes pude experimentar essa realidade; e de fato, o prazer com que as desempenhamos é uma coisa extraordinária.    Trabalhar para o Jornal Expressão, por exemplo, é algo que me deu muito prazer. Durante todo o ano de 1994 atuei no referido jornal, assinando uma coluna, onde pude exercitar a escrita, a pesquisa e a criação. Pude produzir, entrevistar,  buscar a notícia, estar em contato com a redação, enfim, comunicar. A comunicação é que é o grande barato! Ela nos abre esse leque de possibilidade de prazeres! Foi uma experiência importante também um aprendizado. Das matérias que fiz, algumas, particularmente me exigiram mais (ler sobre o tema, conhecer o entrevistado, pesquisar, redigir, fazer a correção ortográfica e datilografar). Os textos eram digitados posteriormente na redação do jornal. Mas foral estas, talvez, as que mais me gratificaram: 1) A primeira entrevista com Pe. Domingos, filho de Cachoeira, para escrever sua trajetória, sua biografia. 2) “Jesus tem um projeto para todo homem realizar”. Essa matéria retrata a atual situação da Igreja no Brasil, em relação às vocações sacerdotais. 3) “Meu grande projeto é estar a serviço da justiça e da esperança”. Nessa entrevista, padre Domingos fala de sua vocação, da RCC e da expectativa em relação a sua ordenação sacerdotal.  4) Uma entrevista com Pe. Carlos Roberto Moreira de Oliveira, coordenador diocesano da RCC. No CIC em Leopoldina.  Essa matéria teve enorme repercussão. Inclusive o Jornal Equipe de Leopoldina, fez contato com a redação do jornal de Expressão, pedindo autorização para publicá-la, disse-nos nosso redator-chefe. 5)  “Jovem evangeliza jovem”. Matéria com uma Banda de Juiz de Fora que veio com uma equipe de pregadores para um encontro com quase cem jovens, no Colégio do Porto. 6) “Num coração cheio de amor, não sobra lugar pra a solidão”. No Ano Internacional da Família, uma matéria sobre o jovem e a família, o jovem e sua vocação. 7) “O catequista que é autêntico, primeiro vive aquilo que ensina”.  Artigo enaltecendo e agradecendo  aos catequistas pelo seu trabalho. 8) Entrevista com o Deputado Estadual José Miguel Martini, que falou de sua atuação na Assembléia Legislativa de Minas, do projeto “em defesa da Vida”. Falou do shopping da Fé, do qual é fundador, dos encontros para jovens,“evangelizashow” e obviamente da RCC, da qual é coordenador estadual. 9) Entrevista com o Deputado Federal, Osmânio Pereira de Oliveira, no CIC, em Leopoldina, onde ele falou de sua atuação na área da saúde, à frente do Hospital Mario Pena e do projeto da Evangelização 2000.  Há evidentemente, outros trabalhos realizados ao longo desse tempo, no jornal Expressão, mas , agora, a intenção é trabalhar em função de um Novo Tempo.

Fernando M. Ribeiro

JOGOS  ESTUDANTÍS  95             

 

No momento em que concluo esta edição, tem início em Barão do Monte Alto, os II Jogos Estudantís  (fase municipal)  O evento é uma brilhante iniciativa do Prefeito Augusto Carlos de Abreu Neto, que além de estimular os jovens para a prática de esportes , promove também a integração entre os distritos e o município. Que o sucesso de 1994 se repita em 95. Parabéns à Prefeitura Municipal e demais organizadores. No próximo número, estaremos  comentando aqui, os detalhes da competição.

Fernando M. Ribeiro

DESTACAMENTO POLICIAL DE CACHOEIRA

 

                No dia 9 de setembro, o repórter Fernando Ribeiro,  fazia contatos em Cachoeira Alegre,  para inserir  trabalhos  nesta  edição do Novo Tempo, quando esteve no Sub-Destacamento da Polícia Militar. Em visita ao Sub-Destacamento da 76ª Cia. Esp. De Muriaé, à Rua Padre Messias Passos número 75, foi muito bem atendido pelo Cabo Edson Pinheiro de Souza. O responsável pela segurança pública de Cachoeira, colocou-se à disposição do Jornal, passando ao redator o Livro de Boletins de Ocorrências.

     Cachoeira Alegre tem vivido clima de paz nos últimos tempos. O policial é um desses profissionais que acreditam que o trabalho deve ser concebido e vivido como vocação e missão, como tributo à  civilização humana.

Fernando M. Ribeiro

JORNAL NOVO TEMPO – ANO - 01 – NUMERO 02 - CACHOEIRA ALEGRE – OUTUBRO - 1995

 

DOM RICARDO PROMETE PADRE PARA CACHOEIRA ALEGRE

 

                O  encontro marcado para 13 de outubro, foi antecipado para o dia 3, quando cinco membros do Conselho Paroquial de Cachoeira Alegre foram a Leopoldina falar com o bispo Dom Ricardo e o Monsenhor Antonio Shammel.  Mais uma vez, pediram um padre residente  em Cachoeira, para melhor administrar a paróquia. O bispo disse que sabe das nossas dificuldades e reconhece o nosso esforço para manter a comunidade sempre viva, mesmo sem a presença constante de um padre e que devemos continuar trabalhando, pois,  para se ter um padre residente, é preciso que a comunidade se uma para ter condições de receber e manter este padre.

     Dom Ricardo disse: vocês precisam dar uma reforma na casa paroquial e mobiliá-la. É preciso que se faça uma boa campanha do dízimo, para que os fiéis tomem consciência de seus deveres para com a Igreja. É necessário também que a paróquia adquira um carro para facilitar a locomoção do padre, já que ele atenderá  também a Barão Do Mone Alto, Silveira Carvalho e Bom Jesus da Cachoeira,  comunidades que compõe a paróquia de São Sebastião de Cachoeira Alegre. Antes, a diocese fornecia um veículo para a paróquia, porque a Holanda destinava uma verba para essa finalidade. Hoje, isso não acontece. A referida verba está indo para países ex-comunistas, que estão iniciando agora, sua evangelização. Podem começar a trabalhar, porque no próximo ano haverá ordenação na diocese e, em janeiro de 1997, se a paróquia de cachoeira Alegre tiver condições, eu nomearei um padre para assumi-la.

Dom Ricardo descartou a possibilidade de alugar a casa paroquial, pois experiência igual em outras paróquias não deu certo.  Findada a audiência com Dom Ricardo, a equipe foi recebida pelo Monsenhor  Shamel.  Os  responsáveis  pela administração da paróquia Carlos Augusto Ribeiro, Francisco Raposo de Medeiros, Mario Lúcio Ribeiro e Maria Aparecida Ribeiro, detalharam o trabalho de legalização de terrenos que pertencem ao patrimônio da paróquia.  Falou-se também dos esforços  empreendidos para melhorar as condições do cemitério Bom Pastor. Monsenhor Shamel disse que gostou do que ouviu da comissão que o visitava. A equipe convidou-o  a ver de perto a paróquia de Cachoeira Alegre, onde ele esteve pela ultima vez em 1978

Carmem Luiza Ribeiro

 

CHUVAS DE JANEIRO DERRUBAM MUROS  DO CEMITÉRIO

                              

                               Como deve ser do conhecimento de todos que,as constantes chuvas de janeiro, derrubaram os muros da frente do Cemitério, arrancando as grades de ferro, o canteiro de flores, à direita do colégio, trazendo consigo enorme  quantidade de terra para a rua, causando sérios  transtornos.  A  administração disse que é urgente que  se melhore as condições da rua lateral, que está em péssimo estado, dificultando o acesso das pessoas, ao cemitério, pelo Portão Dois. Acrescentou que é da responsabilidade do Poder Público, mas que a prefeitura, em momento nenhum, acenou com a possibilidade de se fazer obras no local.

 Com a pavimentação das quadras A e B, o cemitério encontra-se mais limpo, pois despensa-se a capina. Contudo, reduziram-se os espaços para sepultamento em covas rasas, que conta apenas com 18 covas. Com isso, tem aumentado a procura por terrenos para a construção de novos túmulos.  Nesse caso, seus administradores entendem como uma das prioridades  e, de fato, não tem outra alternativa, se não a ampliação do cemitério.

A administração tem encontrado dificuldades de dar sequência às obras, diante dos parcos recursos de que dispõe.  Por isso faz um apelo aos proprietários de túmulos que não fizeram ainda seu cadastro, junto à paróquia, nem efetuaram o pagamento das anuidades desde 1993, que a procure, para regularizar sua situação.

Fernando M. Ribeiro 

 

 DIA DAS CRIANÇAS NA CRECHE PEQUENO POLEGAR

 

“Dizes que sou o futuro, não me desampare no presente”.

                Em 10 de outubro, a Creche Pequeno Polegar comemorou o Dia da Criança, em clima de festa, com balas, bolo, bolas e refrigerantes. A alegria tomou conta da criançada quando se reuniram em torno da mesa para cantar o “parabéns  pra você” e cortar o bolo. É maravilhoso entrar no mundo encantado da criança. É delas o reino dos céus, disse Jesus. Porque delas também  são os reinos da alegria, da fantasia, da simplicidade,  dos sonhos e da inocência. E nesse paraíso – Pequeno Polegar-  elas misturam sonhos e realidade, enquanto brincam, tomam refrigerantes,  cantam, pulam, dormem, acordam e dançam. Todos ali se emocionaram ao ver um brilho em cada olhar, um sorriso em cada rosto, a simplicidade em cada gesto dos pequeninos ,  se sentindo tão amados e felizes

Carmem Luiza Ribeiro 

 

                                         SALAS DE PASTORAIS SÃO INAUGURADAS

 

                O  Conselho Administrativo da  matriz São Sebastião, em Cachoeira Alegre, trabalha sem interrupção para dotar a paróquia de mais conforto e melhores condições  para o trabalho de evangelização. Para tanto, a comissão entregou aos paroquianos, duas amplas salas, concluídas no início do ano e inauguradas nas festividades  de São Sebastião. As salas atenderão as necessidades da paróquia, dando aos catequistas e catequizandos um espaço digno para seu trabalho. Elas servirão também às demais pastorais da paróquia, assim como para as reuniões da Congregação Mariana, Apostolado da Oração e Conselho Paroquial.

Fernando M. Ribeiro

 

ANIMAIS PREOCUPAM

 

 Cachoeira Alegre, Silveira Carvalho e Barão do Monte Alto, esperam ansiosos, o momento de ver solucionados os problemas dos animais soltos nas vias públicas. O Cemitério é frequentemente invadido por animais, que destroem as árvores e flores lá plantadas. Na Escola Estadual Domiciano Cerqueira, é constante a presença deles, no pátio, destinado à recreação dos alunos. Moradores da rua Tupi também se manifestaram contrários a essa prática, comentando que, no campo de futebol, as crianças disputam o espaço com os animais, correndo o risco de tomarem coices e se machucarem seriamente. Em Silveira e Barão, a situação é semelhante. Pude observar, quando fazia a distribuição do jornal. Conversando com alguns moradores, pude ouvir deles as mesmas reclamações. Esse absurdo não se restringe a Cachoeira, é uma vergonha municipal, disse um deles

Fernando M. Ribeiro 

               

UTERERÊ:  AQUI, TEM CARNAVAL EM NOVEMBRO

 

                 Para desenvolver a comunidade nas áreas da Educação, Cultura, Esporte, Recreação e Promoção humana, alguns amigos conversavam sobre a possibilidade de se fazer algo voltado para o futebol, que é, sem dúvida, o mais popular dos esportes.   Lembro-me de quando Renato Wilson Rogel Ribeiro, Olavo Carlos dos Santos Filho, Antonio José Ribeiro  e Geraldinho Anastácio, me  convidaram para uma reunião, onde falaram de um projeto que reuniria os dois clubes  rivais de Cachoeira Alegre e,  movidos por essa paixão fundaram a FAEC.  “Frente Ampla para o Esporte Cachoeirense”. Nesse encontro,  decidiram instituir, em primeiro de novembro, o Troféu, “ Garra Cachoeirense”, a ser disputado, sempre no dia de nossa Festa máxima,  o Dia do Cachoeirense,  entre as duas mais tradicionais equipes do futebol de Cachoeira Alegre: Flamengo e Tupi. Conversamos  sobre o regulamento da competição, a necessidade de se elaborar um estatuto, que desse autonomia à entidade, recém criada e  a possibilidade  de se executar tal  projeto.

     Na reunião seguinte, foi aprovado o estatuto,  o regulamento que rege a competição e ficou sob a responsabilidade da FAEC, a organização do evento a cada ano. Domiciano Cerqueira de Castro Neto, foi durante os primeiros anos, o mesário, tem consigo o raio X desses jogos, como o nome dos atletas que participaram das competições, o placar de cada partida, os autores dos gols, jogadores  suspensos com cartões, os artilheiros e o trio de arbitragem. Ele é o guardião de todas essas informações.  Um item do estatuto define bem o regulamento da competição: O clube que primeiro conseguir um total de três vitórias consecutivas, toma posse em definitivo do troféu.

     O Flamengo conquistou definitivamente, em 1994, o belo  Troféu  “ Luiz Antonio Vardiero”, que a torcida orgulhosa, exibia pelas ruas de Cachoeira, num verdadeiro carnaval vermelho e preto. Este ano, você vai  novamente dar de cara com a emoção, pois  as equipes voltam  a se enfrentar, iniciando uma série de jogos, até que um deles consiga as três vitórias consecutivas, para tornar-se o legítimo dono do Troféu, denominado Manoel Fernandes Nogueira; que está exposto no Bar do Unidos F.C.  -- a Cabana Pantanal  -- do Zildo.  A festa das torcidas esta garantida. Havendo empate no tempo regulamentar, a partida vai para a prorrogação. Persistindo o empate, decide-se nos pênaltis.  Não sei se nas cores do rubronegro ou do alvinegro, mas é certo que em Cachoeira, tem carnaval também em novembro.

 FernandoM. Ribeiro

 

BLOCO DOS ALIENADOS

 

                Mesmo o morador mais desatento já sabe, creio eu, da existência da Capela de Velório,  -o necrotério- em Cachoeira Alegre. Ela está localizada no segundo pavimento do  CPP, “Centro de Pastorais da Paróquia” de frente ao portão principal do Cemitério Bom Pastor. Mas não me surpreendo se ouvir de alguém, que desconhece tal fato, pois há em Cachoeira, o bloco dos indiferentes.

Não faz muito tempo, um  de seus membros e que trabalha na área da educação, disse não saber da existência do Museu de Arte Sacra. E pasmem, vocês, que não pertencem a essa agremiação, o prédio do museu fica de frente para a escola, onde essa “educadora” trabalha, há muito  tempo, foi inaugurado em 1994, já recebeu centenas de visitas, muitos de seus alunos, lá estiveram, mas ela não sabe. Imagina, alguém que educa, ignorar a reforma do prédio e todo o processo de criação de um museu, que reúne a história de seu povo, seus alunos.

     Esse bloco, independente de ser ou não carnaval, está sempre em evidência. Nele desfila uma legião de desinteressados, acomodados, alienados e desinformados; que desconhecem o samba, não entendem o enredo, que ignoram a harmonia, não assimilam o ritmo, que respondem sempre, com um,  não! Que só diz: não sei, não sabia! E esse bloco quer,  a qualquer custo, estar na avenida.  Parece-me que reza em seus estatutos que seus membros devem usar sempre máscaras, adereços e algum disfarce para passarem despercebidos. Que  devem manter-se alheios  em algum momento, mas é fundamental que critiquem a tudo e todos e que nada devem fazer pela coletividade. Observe que a associação está conquistando um grande número de adeptos. Sugiro ao seu presidente que mexa nos estatutos e recomende aos  associados que leia o Novo Tempo. Daí, continuarão criticando, mas com um mínimo de informação.  A crítica é importante. Faça-a porém consciente!

Fernando M. Ribeiro 

 

 

CACHOEIRA ALEGRE EM FESTA

 

De 28 de outubro a primeiro de novembro, Cachoeira Alegre realizará sua 17ª Festa do Cachoeirense, com desfile cívico da E.E. Domiciano Cerqueira,  discurso de saudação ao cachoeirense, entrega de placas de cidadania, Tarde esportiva com o clássico Tupi e Flamengo, Coroação da Rainha da Primavera, Shows, Barracas, leilões e o sensacional baile com a super Banda Skarlate. Venha celebrar conosco!

 

 

 

 

DIA NACIONAL DA JUVENTUDE

 

                No primeiro domingo de outubro, data em que a Igreja católica comemora O Dia Nacional da Juventude, a equipe litúrgica da Matriz São Sebastião, ao final da celebração da Santa Missa, distribuiu aos jovens, uma mensagem, onde o autor os convida a serem missionários de Cristo, anunciando e lutando por seus ideais.

                AINDA EM TEMPO

“  É à juventude que Jesus confia a missão de conquistar o mundo. Só pode servir plenamente a Cristo conversando ou reencontrando a juventude de coração”.  Você, jovem, o que tem feito para tornar o mundo mais justo e fraterno?  Estás a espera da felicidade? A felicidade não existe pronta, não é uma herança genética, não é privilégio de uma casta, ou uma camada social. A felicidade é uma eterna construção. Queres conquistar o mundo? Comece por conquistar Cachoeira Alegre.

 

DOM RICARDO VISITA SILVEIRA CARVALHO

 

                Foi com entusiasmo que a comunidade de Silveira Carvalho recebeu  no dia 13,nosso bispo diocesano, Dom Ricardo Pedro Chaves.  As 18 h, o Bispo celebrou a santa missa, ao lado do Padre Wildes e ministrou o Sacramento do Crisma para os jovens que se prepararam com seus monitores. A bela Igreja de São José, recebeu grande número de fiéis, celebrando com alegria, esse encontro das ovelhas com o Pastor, que trouxe à comunidade, a mensagem de Jesus, iluminando nossos caminhos e dando sentido à nossa vida.  Esse é o objetivo da visita de nosso Bispo: aproximar o Pastor de suas ovelhas e reuni-las num só rebanho. O aprisco, desta vez, foi a simpática Silveira Carvalho.

 

EDITORIAL

 

À MINHA TERRA, NO SEU DIA MAIOR

 

Dos teus filhos, que são teu povo, que são meus irmãos, sei que muitos te querem bem, te querem nos versos, te embalam nas canções, te choram no exílio e te honram no trabalho.

                Mas eu te quero com um sentimento diferente. Foste o primeiro chão de meus frágeis pés e teus caminhos estão marcados com as pegadas de minha juventude. Abriste teu seio para acolher meus antepassados e queres que me guardes no final.

                Mas, antes, neste teu dia maior, guerreiro da tua causa e operário da tua seara, eu te prometo: defender teu povo, que são teus filhos, que são meus irmãos; garantir teu presente e construir teu futuro;  fazer-te cada vez maior e cada vez mais bela. Porque, mais do que querer bem, eu te amo!

O Editor 

FESTA DE NOSSA SENHORA APARECIDA

               

                Como acontece em todo o país,  o mês de outubro é marcado pelas festividades em louvor a Nossa Senhora Aparecida. Em algumas paróquias, essas comemorações tem início no princípio do mês, com a novena e se estendem até o dia 12, culminando com a grande festa  em honra a nossa padroeira. Em Cachoeira Alegre, desde os primeiros clarões do dia, até ao anoitecer, os devotos queimam fogos  em homenagem á Virgem.  Pela manhã, centenas de pessoas se aglomeravam no pátio da Matriz, de onde saíram em procissão, com a imagem de Nossa Senhora, que percorreu as principais ruas, ao som da Banda de Música, enquanto os fiéis alternavam hinos e orações, ao longo de todo o percurso.

     As 9h 30m, uma grande queima de fogos anunciava a chegada da imagem à matriz, sob os aplausos emocionados do povo. O coral entoa a música que dá  início à celebração da Santa Missa, pelo reverendo  Padre Wildes Batista Porto.

     Abre a procissão do ofertório, a pureza,  a sinceridade, a doçura  das crianças, que trazem para o altar das ofertas, o pão e o vinho; frutos do nosso trabalho, que serão consagrados. Representando  a comunidade, seis mulheres, dentre elas, Marias e Aparecidas, levam rosas , que traduzem em perfume, amor e ternura e, num gesto de carinho, as depositam aos pés de nossa Mãe querida. Agradecida por tê-la como mãe, rainha e padroeira do Brasil, a comunidade oferta também a  Bandeira Nacional,  simbolizando  nossas alegrias, nossas vitórias. Confiantes, rogamos à Virgem Aparecida que abençoe nossa Pátria.

         No final da celebração, o sacerdote convida as crianças ao presbitério e as consagra á Nossa Senhora. Os anjos  vão ao trono de azul e branco, para coroar a  Virgem Maria. O grupo da Perseverança encenou uma peça de teatro, mostrando que a solidariedade é o caminho. As 12h, quando os ponteiros apontam para o infinito, o serviço de auto-falantes da matriz, executava o Hino Nacional Brasileiro, enquanto o repicar dos sinos e uma grande queima de fogos ecoava pelos céus de Cachoeira.

     Numa atitude de abandono (enlevo), eu fixava o espaço e  iniciava um diálogo com o Criador, acompanhando a trajetória  da nuvem de fumaça que se dissipava e,  contemplando Cachoeira, agradecido, eu disse: Dai-nos a bênção ó Mãe querida!

Fernado M. Ribeiro

 

II JOGOS ESTUDANTIS DE BARÃO DO MONTE ALTO

               

                               De 4 a 6 de setembro, realizaram-se os II Jogos Estudantis de Barão do Monte Alto, segunda etapa, com participação das escolas estaduais  Prof. Tomaz Aquino Pereira, Capitão Evaristo e Domiciano Cerqueira. Graças ao prefeito Augusto Carlos de Abreu Neto e da comissão organizadora, o evento alcançou o objetivo de integrar os distritos, incentivando os jovens da comunidade e descobrindo talentos no vôlei masculino e feminino, futebol masculino e feminino, peteca, queimada, ciclismo masculino e feminino, atletismo feminino  100, 200 e 400 metros e no tabuleiro de damas, masculino e feminino

                               O mais importante foi o espírito esportivo e de união dos atletas, que valorizaram cada conquista e aplaudiram seus  adversários, vencedor ou não. O sucesso deve-se também aos árbitros, que conduziram com seriedade  todas as competições. Parabéns aos professores de educação física, Alessandra, Branca e Denise que prepararam e estimularam seus alunos para a competição.

 

Elaine Ferraz

 

QUADRO DE MEDALHAS

Escola Localidade Ouro Prata Bronze Total
Tomaz de Aquino B.M. de Alto 07 02 03 12
Domiciano Cerqueira Cachoeira Alegre 06 05 04 15
Capitão Evaristo Silveira Carvalho 02 07 04 13

 

                            

MENSAGEM DOS VEREADORES, AOS CACHOEIRENSES

 

       A liberdade nunca morre. Ainda que sufocada, ela renasce da coragem de um povo. Parabéns aos cachoeirenses no seu dia. Votos de felicidades, com um abraço do amigo. Vereador José Olímpio de Souza.

 

     Cada dia é parte da grande graça de viver, que Deus nos concede, para construir a fraternidade. Abraço a todos os cachoeirenses. Fé, amor, paz e alegria nesse dia todo especial, em que celebramos o Dia do Cachoeirense.  Vereadora Rita de Cássia Silva Paula.

 

     Que as mãos se unam e os corações se entrelacem num só pensamento de paz, amor e justiça, na busca de um futuro melhor. Abraço  através do Novo Tempo, a todos os cachoeirenses. Vereador Nelson Moreira do Prado.

 

     Os sinos da Matriz São Sebastião anunciam que é tempo de alegria, de confraternização. É tempo de festa, de abraçar cada irmão e dizer do fundo do coração: Feliz Dia do Cachoeirense! Vamos celebrar com nossa gente. Recebam o abraço do amigo Vereador Antonio Luiz Moreira Néri.

 

     Em cada dia há um novo começo, uma nova história a se escrever no tempo, a caminho da eternidade.  Celebramos hoje, o Dia do Cachoeirense e desejo a todos muitas felicidades!

     Com um abraço sincero do amigo Vereador José Romão Guilherme Néri.

 

 

TERCEIRO TORNEIO DA PAZ

               

Mais uma vez os desportistas se unem, os presidentes dos clubes discutem o regulamento da competição e o futebol cachoeirense registra no seu calendário mais um momento positivo. A julgar,pelo entusiasmo das torcidas, a garra dos atletas e a dedicação de seus organizadores, o evento marca em definitivo, a temporada de 95.

                Foi um sucesso o terceiro Torneio da Paz, que reuniu quatro equipes: TupiF.C., Cruzeiro F.C. (Palestina) Flamengo E.C. (juvenil) e Unidos F.C.  (Cesag). Todas as equipes formadas por jogadores de Cachoeira Alegre e, de acordo com o regulamento,  cada equipe inscreveu 17 atletas para a competição.

 

CRUZEIRO É CAMPEÃO DO TORNEIO DA PAZ

 

                Depois de uma sequência de jogos, quando o torcedor compareceu, para  prestigiar o seu time;  Tupi e Cruzeiro,  as duas  equipes  que somaram mais pontos, fizeram a final. O belo troféu de campeão ficou com o Cruzeiro, que derrotou o alvinegro por 1 X 0. Segundo José Olímpio, líder da equipe celeste, o seu time valeu-se da experiência, para chegar à conquista do título e, fará uma festa,  na  entrega das faixas aos campeões.

                Apitou a final, o árbitro Agostinho, de Barão do Monte Alto, que é filiado a LEM, Liga Esportiva de Muriaé. Parabéns ao Cruzeiro pelo título.

                Mostrando que a disciplina tem seus merecimentos, coube ao Tupi, o troféu disciplina. Aplausos aos alvinegros  que, com esse comportamento, dá testemunho do mundo esportivo, de que nossos passos caminham nas ruas, nos campos de futebol, mas o nosso coração bate no mundo inteiro e que é preciso promover a paz. Parabéns ao artilheiro do Cruzeiro, Liquinha, de Bom Jesus, pelos gols e o belo troféu e ao Carlos Eduardo, goleiro menos vazado  da competição.

Nossos agradecimentos: Ao Nicácio dos Santos, que pela terceira vez, cedeu o campo do Tupi para a realização dos jogos. Ao Domiciano Cerqueira Neto,  que com essa iniciativa, estimula e faz crescer o futebol cachoeirense. Ao José Olímpio e Zenith Ferraz,  incentivadores do esporte, que  gentilmente doaram os troféus.  Aos árbitros que, com profissionalismo souberam conduzir os seus trabalhos. Aos atletas que, no teatro da vida, no palco do futebol,  atuam como artistas da bola. À torcida, que entra em cena, nos finais de semana, colorindo os campos, torcendo pelo seu clube e proporcionando um belo espetáculo.

Colaboraram com esta coluna: Marcelino Antonio Soares Belga e Domiciano Cerqueira de Castro  Neto.

Fernando M. Ribeiro

 

UM PASSEIO PELA HISTÓRIA DE CACHOEIRA ALEGRE

 

                Identificação:  O Livro do Gêneses diz que Deus chamou à existência todas as coisas. Ao homem coube a tarefa de dar nome  a cada ser em particular. O lugar em que Adão e Eva moravam chamou-se éden. Como  os primeiros habitantes que aqui chegaram, deram nome a essa a terra, que hoje conhecemos por Cachoeira Alegre? Ela sempre foi conhecida por esse nome?  Qual a origem do nome Cachoeira Alegre?  Há muito essas perguntas estão no ar, sem que se tenha  uma resposta.  Esse primeiro capítulo é uma tentativa de se responder a elas.

                A denominação Cachoeira Alegre aparece pela primeira vez num documento de 1859, referente a doação de um patrimônio de    alqueires de terra , à São Sebastião. O rio, que tem sua nascente em Bom Jesus da Cachoeira Alegre e deságua no rio Muriaé,  quando o antigo distrito de Morro Alto, hoje,  município de Barão Do Monte Alto, faz divisa com o município de Patrocínio do Muriaé;  é chamado de Cachoeira Alegre. Isso nos leva  à hipótese de que os primeiros habitantes assim o tenham denominado.

     Historiadores afirmam que o nome Cachoeira Alegre deve-se ao fato  do rio que tem a mesma denominação desaguar no Rio Muriaé, na divisa entre Cachoeira Alegre e Patrocínio do Muriaé, formando  uma cachoeira alegre, exuberante e de onde descortina-se um contínuo suceder de paisagens magníficas que, no seu conjunto, formam um panorama empolgante e belo na sua nitidez.

Fernando M. Ribeiro

 

 

JORNAL NOVO TEMPO – AN0 - 01 – NUMERO 03- CACHOEIRA ALEGRE – NOVEMBRO- 1995

 

 

FESTA DO CACHOEIRENSE: UMA EXPLOSÃO DE ALEGRIA

 

                A chuva inibiu um pouco, mas não impediu o cachoeirense de participar da festa, que trouxe ao palco grandes shows, como: A super e badalada BANDAHIA. O Grupo SAMPAGODE. A Banda SOCIEDADE  ANÔNIMA . O show de Forró com JOÃO TERRA e a Banda SKARLATE.

                Prejudicada que foi pelas chuvas constantes que caíram durante toda a semana, a Décima Sétima Festa do Cachoeirense, não reeditou o sucesso dos anos anteriores .Mesmo assim, a alegria, entusiasmo  e descontração foram o ponto alto das comemorações. O cachoeirense dançou na chuva desde o dia 28 de outubro, quando as partidas de vôlei masculino e feminino , programadas para o Parque do Flamengo, como  atrações da abertura da festa, se estenderiam até primeiro de novembro.

                Por volta das 20h, a Praça São Sebastião recebia um bom público, que aplaudia e se divertia com a apresentação no palco, do Show da Terra. A chuva deu uma trégua de algumas horas. O bastante para a Banda SKARLATE e a massa entrarem em cena. Exatamente às 23h, a Banda Skarlate iniciou sua apresentação, que só terminou  as 2h 30min, enquanto a festa continuava nas barracas até a manhã de domingo.

                A ampla programação esportiva que envolvia competições de peteca,  queimada, eliminatórias do vôlei masculino e feminino, futebol  infanto juvenil  masculino e feminino e gincana, elaboradas  pelos professores de educação física, com o apoio do prefeito municipal Augusto Carlos Abreu, não pôde se concretizar, já que o município não dispõe de um ginásio poliesportivo e a quadra de areia (a céu aberto) no Parque do Flamengo, onde normalmente se realiza tais jogos, não oferecia condições.

 À noite, lá estava, o público fiel, vivendo a expectativa das apresentações no palco. E aos primeiros acordes de alguns instrumentos,  estava decretado que a alegria invadiria aquele local e entraria pela madrugada.  Assim foi na noite em que se apresentou o Grupo SAMPAGODE; no dia 30, a Banda Sociedade Anônima; dia 31, Noite do Forró com João Terra. No dia primeiro de novembro, encerrando as festividades, o povo pulou e dançou na chuva. A energia que a Bandahia emanava do palco, o entusiasmo e o calor humano do cachoeirense, resultaram numa explosão de alegria, que só terminou quando o dia amanheceu.

Fernando M. Ribeiro

 

 

UM PASSEIO PELA HISTÓRIA DE CACHOEIRA ALEGRE  II

            OS PRIMEIROS HABITANTES

 

                Comumente, se afirma  terem sido os senhores feudais os primeiros habitantes de Cachoeira Alegre. A tendência é ignorar ou omitir os indígena, uma vez  que eles pertenceram a uma cultura hoje quase extinta e à qual, erroneamente, não se atribui valor. Há suspeita  de que essas terras teriam sido habitadas por silvícolas. Entrevistas com antigos moradores do distrito, segundo a tradição, Cachoeira Alegre teria sido o “habitat” natural de índios. E esses  depoimentos leva-nos à convicção de que povos indígenas mantiveram uma presença constante nessas paragens,  antes da chegada dos desbravadores. Documentos não há que provem essas declarações, mas a existência, nas antigas fazendas dos barões,  de pedras trabalhadas que serviam para cortar madeiras ou para afiar pontas de flechas, além de utensílios  domésticos de barro.

                Dizem ainda que, graças aos acidentes geográficos, aqui  estariam protegidos dos ataques às suas aldeias. Era o esconderijo apropriado  contra as investidas do homem-branco, que vinham a essa terras, não em busca de ouro, mas  à procura de escravos para o tráfico.

                Conta-se também que quando começaram a desbravar a grande mata onde posteriormente surgiu Cachoeira Alegre, mais precisamente onde se ergueu a primitiva capela, residia naquelas imediações  um casal  de índios. Segundo esses depoimentos sabe-se que onde hoje se vê a principal rua  - a Padre Messias Passos -  era naquele tempo, um verdadeiro pântano, devido às inúmeras nascentes, que haviam em toda a sua extensão, por onde rolavam abundantemente, águas cristalinas, de excelente qualidade, que inundavam os campos, até atingir o  Córrego Rico, ribeirão que banha a cidade

                Para atender às necessidade dos moradores, fora construída sobre uma pedreira, em 10 de fevereiro de 1934, para conter a água ali existente, um reservatório para o abastecimento de parte da população.  Posteriormente,também em forma de túneis, outras fontes de água foram detectadas e canalizadas para o abastecimento de casas populares.

Fernando M. Ribeiro

 

 

O GRITO DA SOLIDARIEDADE

 

                “Hoje, o mundo está tão conturbado, a vida tão agitada, que não tenho tempo para me cuidar”.  É uma afirmação que ouço com frequência. São inúmeras as atividade diárias a serem realizadas, que as pessoas não têm tempo para cuidar de si próprias, esquecendo do essencial: a saúde, um direito humano fundamental. Precisamos dar prioridade a nossa sobrevivência. Precisamos nos comprometer a promover, cuidar, defender e celebrar a vida. Apesar das dificuldades que atingem a condição a condição humana, afirmo que viver é bom! E é por isso que não podemos ser irreverentes ao nosso bem estar físico e mental.

                Analisando alguns dados estatísticos, pude perceber que grande parte da população está enferma. Temos que admitir que a existência de doenças como  Aids, câncer e hanseníase nos assustam. Mas não podemos nos posicionar à distância.  Esse é exatamente o momento em que devemos nos manifestar na condição de seres humanos, sermos solidários, sermos presença. Já foi comprovado que calor humano é a terapia de melhor resultado. O ser humano é carente de carinho!

                De acordo com a OMS  (Organização Mundial  da Saúde) há uma nova visão do sistema de saúde, onde o processo gerador de saúde passa a ter três dimensões: o indivíduo, o ambiente e o estilo de vida (interações e relações). Partindo desse ponto, reconhecemos nossa  responsabilidade com relação à valorização e a promoção da saúde. É  impossível ser frio, neutro, quando se trata da vida e da morte de pessoas. É necessário anunciar a vida em primeiro lugar.

Aparecida Marques

 

 

 

 

UMA CACHOEIRA DE FELICIDADE EM CADA CORAÇÃO

 

                O reverendíssimo Padre Marcelo, vigário na paróquia de Eugenópolis, atendendo ao covite da comunidade de Cachoeira,  enfrentou os obstáculos impostos pelas chuvas e para lá se dirigiu para celebrar com os cachoeirenses , dia primeiro de novembro,  a Festa do Reencontro. Nesse dia, quando celebramos também a “Festa de todos os Santos” , os fiéis recorrem mais uma vez ao seu padroeiro, pedindo que proteja seu amado povo, nossa Cachoeira Alegre.

                A Matriz São Sebastião não estava totalmente tomada, como de costume, mas aqueles que lá estiveram, ouviram atentamente o sermão e participaram com entusiasmo da celebração da Santa Missa. Assim, às 11h, somando às vozes do coral, a assembléia entoava  o canto de entrada, na abertura da celebração, expressando sua fé e sua alegria, nesse encontro com o Pai.

                A amizade com Jesus torna alegre o nosso coração, cada celebração eucarística é o sinal de nossa união, porque o Cristo é nossa luz e força, é nosso alimento, nessa escalada, rumo à casa Paterna.  Sabemos que a liturgia deve oferecer aos irmãos,  aquilo que o mundo nega lá fora: respeito, fraternidade, solidariedade, ternura e que devemos também  em alguns momentos , silenciar os nossos corações. Esse silêncio, se faz, após a comunhão. Quando, sabedor  de nossas necessitados o celebrante nos proporciona  alguns minutos para que tenhamos nosso encontro pessoal com o Ressuscitado.

                Ao final da Santa Missa, juntando as mãos, ou abrindo seus braços, os fiéis  cantavam e se abraçavam, saudando uns aos outros com esse gesto de comunhão fraterna, se comprometendo em semear a paz: com o coração em festa, um sorriso em cada rosto e uma Cachoeira de felicidade em cada coração.

Fernando M. Ribeiro

 

                DESAFIO

 

                Tenho pensado frequentemente sobre a situação do nosso Município, em tudo o que estamos vivendo e acho até que soam como desabafo as minhas palavras. As asperezas do cotidiano, a inflação, o convívio difícil, tantas coisas adversas conspiram nossa alegria de viver. Às vezes, nos sentimos tão perdidos em meio a tantas inverdades, há tantos  atos contrários, há tantas respostas vagas aos nossos anseios, à nossa sede de dias melhores. E é devido a essa soma de conflitos, muitas vezes gerados por comodismo nosso, é que intensifica nossa necessidade de explicações.

                Apesar da situação em que nos encontramos,  possuímos uma grande virtude: a esperança de um dia melhor. A mesma esperança que nos uniu e como balsamo amenizou nossos temores e preocupações, nos estimulando a tentar mudar  os rumos da nossa história.  Foi acreditando em justiça e solidariedade  que, depositamos nossos sonhos.

                Acredito que muita coisa boa ainda pode acontecer. Estou convencido de que o futuro pose ser bem melhor que o presente. Que os obstáculos existem, mas é só com garra, com sede de justiça e união, que conseguiremos vencer. Juntos podemos fazer com que eles se tornem degraus para alcançarmos nossos objetivos. Sabemos que a manifestação de justiça depende do poder de Deus, mas também da nossa esperança e do nosso modo de agir.

Aparecida Marques

 

 

UNIDOS LUTA PELO BI NO TORNEIO DE VERÃO

                O 10º- Torneio de Verão que tem como sede a cidade de Muriáe, tem, nesse ano, a participação de 12 equipes. Cachoeira Alegre se faz presente com o Unidos Futebol Clube, que é o resultado da fusão dos dois clubes, Tupi e Flamengo. O  Unidos sagrou-se campeão na temporada  de 94, a imprensa esportiva muriaeense o aponta como candidato ao título de 95 e a equipe deseja repetir a dose, para confirmar esse favoritismo. Em sua estréia, o Unidos aplicou uma histórica goleada de 6 a 0,  no CSU de Muriaé.  Nicácio dos Santos, Olavo Carlos dos Santos Filho e Zildo compõem a diretoria.

                                                                                                                                        

 

FLAMENGO É CAMPEÃO  . . . NO REDUTO

 

                Dia 5 de novembro, a comunidade do Reduto se reuniu para assistir ao Torneio Início, com times formados por torcedores do  Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo. O Flamengo foi o campeão e o Vasco,  o vice. O quadrangular prossegue. Serão dois turnos, com jogos aos domingos. Os campeões do primeiro e segundo turnos, decidirão o título. O artilheiro, o goleiro menos vazado e o campeão receberão troféus. Prestigie o esporte em sua comunidade. Leve sua bandeira. Defenda seu clube, vá ao campo, faça amigos! Parabéns aos idealisadores e aos organizadores  João Vitório e Nilson  Marques.

 

 

                XV DE NOVEMBRO É O CAMPEÃO AMADOR DE 95

 

                O  XV de Novembro  de Silveira Carvalho é o campeão amador de Muriaé, da temporada 95. Na final, venceu em casa o Operário FC.  De Muriaé, por 1 a 0, gol de Márcio. O goleiro Saulo, com grandes defesas, foi um dos destaques da partida disputada debaixo de muita chuva. Parabéns XV de Novembro, parabéns Silveira Carvalho.

 

 

 

 

               

                FAÇA CONTATO COM O NOVO TEMPO

 

                Escreva para o jornal Novo Tempo. Dê sugestões, faça sua crítica, envie-nos notícias. Se gostou  do jornal, recomende aos amigos, se não,  recomende aos inimigos  e nos forneça os  endereços  para que possam receber  em suas casas. Em Cachoeira,  você tem os endereços:  Fonte do Paladar, à Rua Padre Messias Passos  s/n, com Marcelino. Bar e Mercearia São Vicente, à Rua Padre Messias Passos,  253, com o Domiciano e  nos escritórios do jornal,  à Praça da Figueira,  58 – CEP. 36876.000.  Em Muriaé,  à Rua  Menotti Porcaro , 16, CEP. 36880.000, com o Fernando.

 

 

TUPI E FLAMENGO:  90 MINUTOS DE EMOÇÃO

 

                Futebol é arte, é garra, é sensação, distração, é paixão! Com o clássico cachoeirense não é diferente.  Quando Flamengo e Tupi entram em campo, são 90 minutos de pura emoção. O juiz apita, a bola rola e as torcidas se agitam, cantam, gritam, dançam e balançam suas bandeiras, tornando o espetáculo mais belo e colorido.

                Quando, aos 15 minutos  o Flamengo consegue seu primeiro gol, num pênalti  assinalado por Emerson, a torcida enlouquece.  Mas o Tupi tem garra, empata aos 35 minutos do primeiro tempo e, vira aos 25 do segundo. Aí a torcida alvinegra faz a festa.. No final, os jogadores erguem a  Taça Manoel Fernandes Nogueira  e gritam: “É campeão!” Ricardo, autor dos dois gols, é abraçado e festejado. É hora da volta olímpica e de desfilar pela Rua Padre Messias Passos com a belíssima taça conquistada.

                O que mais me admira no cachoeirense é essa alegria contagiante. Porque tão importante quanto o título, é a confraternização, as torcidas se abraçando e festejando juntas suas conquistas. Parabéns ao Tupi pela vitória! Parabéns ao Flamengo e as torcidas por esta festa bonita!

Fernando M. Ribeiro

 

TARDE DE LOUVOR, NO RODRIGÃO

 

                Alô Cachoeira, Silveira e Barão. Formem caravanas nas suas cidades, para  participar  do Grande Louvor, da Renovação Carismática Católica, no Ginásio Rodrigão, em Muriaé, no domingo, dia 26 de novembro

 

PACATO CIDADÃO

 

“Ô pacato cidadão, te chamei a atenção não foi à toa, não. Cest fini la utopia, mas a guerra todo dia, dia a dia não. E tracei a vida inteira planos tão incríveis, tramo à luz do sol, apoiado em poesia e em tecnologia, agora à luz do sol. Pra que tanta TV. Tanta coisa pra perder. Qualquer coisa que se queira, saber querer. Pra que tanta sujeira nas ruas e nos rios. Qualquer coisa que se suje, tem que limpar. Se você não gosta dele, diga ao menos a verdade, sem perder a cabeça, sem perder a amizade.  Ô pacato cidadão, da civilização . . .”

                Pacato cidadão, nos dias 04 e 08 de novembro, aconteceram  reuniões da Câmara de Vereadores de Barão do Monte  Alto e você não estava lá. O que foi votado, você sabe? Dia 07 de dezembro será a próxima reunião. Você sabe o que estará em pauta para ser votado?  Não. O projeto que dá nome às ruas de Cachoeira Alegre, por exemplo, sequer, foi apresentado para votação.  Daqui a pouco entrarão em recesso. Você não tem tempo, está muito ocupado com a tevê.  Você, pacato cidadão, já assistiu a uma reunião da Câmara Municipal? É lá, que o seu representante  decide o destino do município. Informe-se!

Fernando M. Ribeiro

 

                FLAMENGO E TUPI; UM ESPETÁCULO À PARTE

 

                A partida fora realizada no campo do Flamengo, debaixo de uma chuva insistente, mas que não tirou o brilho do espetáculo, não diminuiu a vibração das torcidas, nem fez desaparecer do campo a garra dos jogadores , que caracterizam essa competição denominada “Garra Cachoeirense”. É verdade que o campo pesado dificulta uma jogada mais sutil, um toque de malícia, um drible mais ousado, mas nem por isso alguns desses lances estiveram ausentes. Exceto no 2º tempo, quando o tupi estava em vantagem no marcador e, para segurar o resultado abusou dos chutões: o que é uma estratégia válida e, não vai aqui nenhuma crítica. Ao contrário, quero parabenizar as duas equipes. Gostaria de cumprimentar a todos os jogadores pela grandiosidade do espetáculo, pela seriedade com que participaram e pela lealdade com que disputaram cada jogada.

                Abracei o Olavo e, com este gesto externei meus cumprimentos a todos os seus  companheiros de equipe, à diretoria e à torcida do Tupi, pela vitória da raça, da dedicação. Depois da partida, ouvi comentários do tipo: o Tupi se organizou para a competição. “O Flamengo jogou de salto alto, esnobando o adversário”. O Flamengo fez   1X0, dando a impressão de que venceria  com facilidade e menosprezou o Tupi, acabando vítima de si mesmo. No próximo ano, a partida será disputada no campo do tupi, como reza o estatuto. As  pessoas que amam o esporte deveriam ajudar os organizadores desse evento. Esse ano alguns itens do regulamento não foram respeitados. O jornal Novo Tempo  registra aqui, seu descontentamento pelo não cumprimento das regras. Sugiro que as partes  consultem os estatutos da  AEC; pois passar por cima do regulamento, gera desconfiança e faz com que a competição perca o brilho e caia no descrédito.

Fernando M. Ribeiro

 

               CHUVA, SUOR, CERVEJA E GOLS

 

A galera valoriza o evento porque ainda acredita nos organizadores e gosta de se manifestar. “Essa partida foi emocionante”. Disse-me um torcedor rubro-negro, totalmente molhado, beijando a bandeira do seu clube. Então, lembrei-me de imediato do extraordinário Caetano  Veloso:  “. . . acho que a chuva ajuda a gente a se ver. Venha, veja, deixa, seja o que Deus  quiser. A gente se olha, se beija, se molha de chuva, suor e cerveja.” É também para essa torcida que vai o meu aplauso, pois ela só valoriza o espetáculo,  quando ao fim da partida, estava de pé, aplaudindo o adversário que, com orgulho de campeão erguia o troféu Manoel Fernandes Nogueira, que depois da volta olímpica fora conduzido em festa, pela galera, até  ao Bar do Adilson, onde está exposto.

Fernando M. Ribeiro

 

CACHOEIRA TE ESPERA, DE BRAÇOS ABERTOS

Seja representante do Novo Tempo. Você também é responsável

 

                Vem chegando dezembro, época de férias. Muita gente busca nas praias, nas serras, em algum sítio,silencioso, refazer as forças, longe  do trabalho habitual, porque ninguém é de ferro. “Se eu tivesse 50 minutos de vida, dizia Exuperry – caminhava em direção a uma fonte”. Fonte tem água. Água é vida, água refresca, as águas lavam cansaços, afogam problemas. Assim, muita gente volta às raízes e descobre a rota, conduzindo seus barcos, até Cachoeira Alegre, para navegar seus dias nas fazendas dos arredores, pescando nos rios, com os amigos nos bares, nos campos de futebol, na praça da Figueira, enfim, para mergulhar num oceano de alegria que é rever os amigos.

                Nesse caso, aportam em  Cachoeira, não só em dezembro, por ocasião das férias, do Natal, das Folias de Reis, reveilon, mas, em qualquer estação do ano; navegantes de todos os mares. Desde janeiro, com as festividades do padroeiro; fevereiro, tem carnaval; março, celebramos a Semana Santa, tem Malhação de Judas, Micareme; abril, (saudades das exposições agropecuárias) ; maio, barraquinhas, coroações, leilões; junho, forró, fogueira, quadrilhas; julho:  férias escolares e o Baile de Férias, no Jupter clube. E os meses se sucedem, as festas vão acontecendo e, quando chega novembro, de Brasília, Rio de Janeiro., São Paulo, Vitória, Beagá e de outras tantas cidades se deslocam pessoas para se encontrarem todas, na Festa do Cachoeirense.

 

       A ALEGRIA DE SERVIR

 

                                Pensando nesse ir e vir de cachoeirenses durante o ano inteiro, o Jornal Novo Tempo está buscando representantes em Cachoeira e essa é uma oportunidade de você experimentar a imensa alegria de servir, prestar serviço, ser util, se inserir. De que forma? O que fazer? Você deve estar se perguntando. E eu lhes respondo:  é tão simples.  Você pode colaborar de mil maneiras: divulgando, distribuindo, escrevendo,  opinando, captando novos anunciantes, conseguindo assinantes e etc, e etc.

                Por exemplo, você conhece muita gente que não está morando em Cachoeira e que gostaria de  ter notícias da terrinha. Parentes, amigos, visitantes. Procure lembrar de cada uma dessas pessoas. Converse na sua familia, proponha no seu círculo de amizades, descubra o endereço delas e encaminhe à redação do jornal. Essas pessoas receberão, mensalmente, em suas casas, em qualquer lugar do país, o exemplar do jornal e, quem sabe, no futuro , elas se tornarão assinantes e colaboradoras  entusiastas desse projeto  de marcar na história de Cachoeira. 

 VOCÊ TAMBÉM É RESPONSÁVEL

               Quando digo projeto, é porque o jornal não é o detentor único de uma ideia. Ele tem uma força vital, mas precisa ser feito todo dia. E não tenho a pretensão de fazê-lo sozinho. Ninguém pode fazer nada sozinho. O próprio Deus, podendo fazer e concluir tudo sozinho, quer nossa colaboração na construção do seu reino. Como seria triste, o mundo, se tudo se encontrasse feito, se não existisse uma roseira para plantar, uma obra a iniciar.  A imperfeição tem suas vantagens.  O não realizado e o não completo, carregam apelos, gratificações. Se eu fosse perfeito,  acabado, não buscaria você para me completar ou suprir.  E vice-versa, você nunca precisaria de mim, dos outros.

                Em sua primeira edição, o jornal se identificou como um recém-nascido, você se lembra?  Pois bem, o encanto maior de um recém-nascido, encontra-se exatamente na sua fragilidade inicial, um projetinho de gente, a caminho,  flor em botão.  Preciso de você! Não diga aos outros o que você  é capaz de fazer, de realizar. Demonstre-o concretamente.

 

APESAR DO MAU TEMPO, CEMITÉRIO RECEBE MUITAS VISITAS NO FINADOS.

 

                As chuvas do início do mês, tornaram ainda pior o acesso ao cemitério om Pastor,  obrigando um grande número de pessoas a dessitir de visitar o local, no Dia de Finados. Com as chuvas seguidas, aumentaram os buracos e aterra ali acumulada se transformou numa lama só, tornando impossível chegar com segurança,  ao cemitério, como reclamou um casal de idosos que, como  outros tantos acabou desistindo.  Esse mesmo casal, depois de pagar a anuidade para a equipe administrativa que, durante todo o dia esteve de plantão na Capela Bom Pastor, perguntou:  “Quando é que vocês vão dar jeito nisso aqui?” Um membro da equipe argumentou: “Estamos empenhados em resolver os problemas do cemitério. Penso que calçamento, iluminação e animais soltos nas vias públicas e etc, são de responsabilidade do prefeito”.

 

                                   Flores, velas, orações, cantos e silêncio                                    

 

               Jesus fala sobre a morte: “O meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar sua obra. (Jo 4, 3.4)  “Vai chegar a hora em que todos os mortos que estão nos túmulos,  aqueles que fizeram o bem, vão ressuscitar para a vida; os que praticaram o mal, vão ressuscitar para a condenação”  (Jo. 5. 28.29) Exercendo uma obra de misericórdia corporal que  honra os filhos de Deus – templos do Espírito Santo -  os corpos dos defuntos devem ser tratados com respeito e caridade na fé e na esperança da ressurreição.

                Daí, penso eu,  entendo  o cuidado, o carinho, a fidelidade dos cristãos para com seu entes queridos. Assim, talvez se explica o costume tradicional entre os seres humanos de visitar seus entes queridos, levar-lhes flores, acender velas e cultuar a sua memória. Por isso mesmo, apesar do mal tempo e do acesso difícil, o cemitério recebeu a visita de  centenas de pessoas, segundo vendedores ambulantes que tinham suas barracas instaladas na praça da Matriz e como constatou, ao final da tarde, membros do Conselho Adm. Da Paróquia.

                A missa, anteriormente marcada para o cemitério, também não pôde ser celebrada no local, mas sim na Matriz São Sebastião, às 9 h.  “É indispensável a fé e a piedade daquele que se dirige à casa do Pai”, disse o Padre José Madeira, que celebrou com os fiéis a missa de Finados, na Matriz, em Cachoeira Alegre.

Fernando M. Ribeiro

 

                NATAL: FESTA DA ESPERANÇA

 

                Esperar um amigo, uma visita é sempre uma alegria.  Arrumamos a casa, flores nos jarros. Tudo bem preparado. Assim devemos ser para o Natal. Preparar nosso coração. Repensar o ano que termina e o futuro. Aprender com as dificuldades, com os sonhos não realizados. Do ventre da companheira Maria, nasce o menino-Deus, menino-índio, menino-negro, menino-pobre que traz a esperança para os excluídos da terra. Reconhecer o Deus que nasce, é deixar de lado a prepotência, o orgulho, a ganância, o individualismo, o consumismo, o indiferentismo. É lutar contra toda a esperança, a corrupção, os políticos que enganam o povo. É lutar pela ética, pela cidadania, é tornar os excluídos,  incluídos nas riquezas e nas decisões do país. É gritar pela paz, pela justiça, pela partilha,pelo emprego, pela terra, pela distribuição de renda.

                No Natal reconhecemos a bondade, o carinho, a ternura do rosto do nosso Deus que mora entre nós. Ele quer ser íntimo de nós, chorar, sorrir,sonhar e lutar conosco, formando um só povo. Jesus continua nascendo nas favelas, nos barracos, nas periferias, no meio dos mansos, dos misericordiosos,dos que lutam pela paz, dos que são perseguidos por causa do Reino. Ele continua nascendo naquele que abre o coração para o outro, naquele que chora com o outro, que consola o outro no momento da dor, naquele que é solidário e que o experiencia pela vivência do dia a dia.

                Neste Natal, vamos renovar o nosso compromisso, a nossa esperança num amanhã melhor.     Deus quer nascer no nosso coração, na nossa comunidade, na nossa sociedade. Deixemos  Ele nascer para que a justiça e a paz possam se abraçar e a festa da esperança possa se tornar realidade.

Padre Domingos José Dias  (Chapecó – SC.)

 

DONA AMÁBILE: EXEMPLO DE VIDA

 

                Dia 23 de outubro último, as famílias Nery e Vardiero estiveram de luto com a morte de dona Júlia Amábile Vardiero, carinhosamente chamada por todos de Dindinha. Aos 95 anos bem vividos, Dindinha continuava com seu jeito tranquilo e uma vontade incrível de continuar vivendo. Mas Deus a chamou para junto de  Si e, ela deixou-nos saudades. Saudades da mulher forte nos momentos difíceis, amável, prestativa e atenciosa com todos.

                Falar de Dona Amábile é difícil.  E tudo o que dissermos será pouco diante de tudo o que ela representa para cada um de seus dez filhos, seus genros, noras,  60 netos, 96 bisnetos e 08 tataranetos. Viúva desde 1945, com seus filhos, todos menores, conseguiu criá-los e educá-los no caminho do bem.

                Descanse em paz Dindinha, que aqui na terra seus familiares jamais esquecerão de você e de seu exemplo de vida.  Ficam saudosos os membros  das famílias Nery e Vardiero das quais a senhora nunca sairá da memória. À família de Dona Amábile  os sentimentos de pesar da família Novo Tempo.

 

 

 JORNAL NOVO TEMPO – ANO - 01 – NUMERO 04- CACHOEIRA ALEGRE – DEZEMBRO - 1995

 

 

CACHOEIRA ALEGRE CELEBRA O NATAL

                Outro dia mesmo, estávamos às voltas para se elaborar o programa da festa de São Sebastião, festa do padroeiro, que se celebra a 20 de janeiro. Êta tempo que não pára! Passaram-se os dias, os meses. Despede-se 1995!  É dezembro, advento, Natal! Um clima diferente, sempre antigo e sempre novo. Bem característico. Muito especial!

                Para alguns, o Natal traz, invariavelmente um toque de alegria difusa, misto de melancolia  e saudade da infância, do passado, de algum ente querido que já partiu, deixando um  vazio insanável dentro de casa, na recordação. Para a maioria das pessoas, natal é festa risonha, alegre, tecida de paz e esperança.

                É Dezembro. Após 12 meses de labutas, desafios, realizações e canseiras, a suave “Noite Feliz” será cantada novamente em milhões de lares. Desde a mais simples capela, passando pelas igrejas, templos e catedrais, os sinos festivos anunciam a chegada do Deus-menino, e tudo se transforma, porque quando o Natal se faz vida na vida da gente, tudo fica novo, diferente, banhado de luz, revestido de eternidade.

                Que bom seria se, além da nossa prece, pudéssemos depositar junto  aquela Criança, alguns gestos bem concretos, recentes, da nossa solidariedade com os irmãos mais sofridos, humildes e carentes. É tão fácil e moderno estar ao lado dos pobres em discursos e belas palavras! É tão mais raro e difícil ultrapassar o estágio apenas retórico para buscar a identificação profunda com as classes menos favorecidas.

                Ser cristão é viver a fé no cotidiano das pequenas coisas, partilhando o que somos e temos, fazendo-nos ponte que une, vela que se consome iluminando à sua volta. Quando a meia noite chegar, deixe que de seus lábios saia uma prece de agradecimento por mais esse ano que, junto à sua família, você e os seus comungam os mesmos pensamentos bons, onde a felicidade é um presente  dado a todos.

                Feliz Natal e um 1996 de muita paz e alegrias!

Nota do Editor: haverá missa de Natal, dia 24, às 20 h, na Matriz São Sebastião.

Fernando M. Ribeiro

 

 

 

ESCOLA ESTADUAL DOMICIANO CERQUEIRA: CACHOEIRA    

Histórico:

 

                A  E.E. Domiciano Cerqueira, construída no governo do Dr. Francisco Bias Fortes, recebeu este nome em homenagem póstuma a um grande líder do município: Domiciano Cerqueira de Castro.

                Em 1959 a escola é inaugurada e, desde então, procura cumprir sua missão educativa, com as bases firmes da fé, da cultura, do saber e essencialmente do amor, despertando em seus alunos os valores mais nobres que dignificam o homem como pessoa e como cidadão.. A escola traz consigo uma longa história de amor, dedicação, de crença e de esperança. Sua primeira direção foi ocupada pela professora Maria Barros de Andrade Gomes, tendo sido substituída por Maria da Silveira Rodrigues. Em 1961, foi designada para substituir o estabelecimento, a  professora Maria Aparecida da Silva Cerqueira.  Em 1966, por um curto período, a direção foi ocupada por Olívia Garcia, sucedendo-lhe Maria Aparecida Ferrarez Bouzada. Em 1970, Marisa de Paula passou a ocupar a direção, em 1974, Luciana Maria de Azevedo, em 1986, Irma Balbino dos Santos e atualmente Marisa de Paula.

                São 36 anos vividos plenamente com coragem e  certeza de que todos que por ela passaram construíram para si e para a sociedade um ambiente de felicidade, embora feito de lutas, fracassos e dúvidas, somando as inúmeras vitórias e sucessos de cada um.

                1972 -  Buscando suprir as necessidades e anseios dos alunos, em sua grande maioria carentes, sentindo a escola a responsabilidade de propiciar  à sua clientela condições mais favoráveis ao ensino-aprendizagem, contando com a união de todos que lhe é peculiar, foi construída uma cabana para bailes e festas “Cabana Verão Vermelho”, através da qual se conseguia recursos que, muito bem gerenciados, eram priorizados em benefício da aprendizagem do aluno.

                1974 -  A escola recebe autorização para o funcionamento do Curso Regular de Suplência, proporcionando à população matriculada no ensino regular, em defasagem de  idade/série e aos jovens e adultos fora da escola, oportunidade para concluir os seus estudos em menos tempo, oferecendo-lhes conhecimento básico para sobreviverem com dignidade e serem cidadãos participativos.

                1979 -  Contando com uma firme Direção, com uma competente equipe de trabalho, com profissionais dedicados e abertos para o futuro,  preocupados em proporcionar maiores condições e maiores oportunidades para seus alunos, a notícia publicada no Minas Gerais de 23 de março, aprovando a 5ª série do Ensino Fundamental, fora recebida com grande expectativa, entusiasmo e emoção.

                1982 -  Inauguração do novo prédio. Mais uma conquista! Mais um sonho realizado! Mas os sonhos não cessam e todos da E.E. Domiciano Cerqueira, unidos num mesmo ideal, percorrem o caminho da liberdade, comprometidos com o amor, porque entendem  que educar é, antes de tudo, amar!

                Atualmente a escola atende alunos do CBA  à 8ª Série e Ensino Regular de Suplência, contando com a comunidade, pais, funcionários e alunos para que a missão dignificante se cumpra. É necessário dedicação, responsabilidade, participação,  envolvimento e compromisso de todos, para que cada um, com sua missão, contribua para o processo educativo, abrindo caminhos, despertando ideais, possibilitando a construção de uma sociedade cristã, justa e fraterna.

 

 

 

FOLIAS DE REIS SÃO ATRAÇÕES EM DEZEMBRO

                Sebastião Rodrigues de Oliveira, Tião Nâna, como é conhecido, nasceu em Cachoeira Alegre, é mestre de Folia de Reis, tem 60 anos, 30 deles vividos no Rio de Janeiro,  onde trabalhou como funcionário de uma rede de super mercados, mas nunca esqueceu de suas oiígens. Hoje, aposentado, retornou à terra natal, mora à Rua do Flamengo, número  64, onde recebeu o Jornal Novo Tempo, para falar de uma das suas paixões: a Folia de Reis.

N.T : Como surgiu a ideia de tornar-se mestre de Folia de Reis?

Tião Nâna:  A folia faz parte das minhas  raízes. Meu avô, Geraldo Rodrigues de Oliveira era mestre de folia. Fui folião por um  tempo, observei e aprendi a cantar folia e,  depois, com o tempo, tornei-me  mestre.

N.T :  O que é preciso para se formar uma folia?

Tião Nâna:  É preciso gostar, ter conhecimento da história do nascimento de Jesus, comprar os instrumentos, convidar outras pessoas para tocar e cantar e, é preciso muitos ensaios, até o dia de apresentar-se nas casas.

N. T :  Uma folia é formada de quantos membros?

Tião Nâna:  Doze pessoas. Sendo dez foliões que tocam seus instrumentos e cantam, contando o nascimento do Deus-menino e, normalmente outros dois  homens que se caracterizam de palhaços. Com suas vestes coloridas, máscaras e capacetes com fitas, eles estão sempre dançando à frente do grupo.

N. T :  Cachoeira sempre teve bons foliões,bons  mestres e consequentemente boas folias. Esse ano vai ter folia de Cachoeira Alegre, cantando nas noites de dezembro?

Tião Nâna:   Teve sim! Quem não se lembra da Folia do Argentino, do  Màrio Jaques,  do Jair Guimarães,  do Irací da Carmosa, do Benjamim Firme e a folia do pessoal da Pitanga ?  Mas nesse ano, creio que  de todas elas, só a folia de Dona Nair, viúva do Sr. Mário Jaques, é que deve sair.

N. T :  Como acontece nos anos anteriores, outras folias, de outras cidades devem  se apresentar em Cachoeira Alegre, não émesmo?

Tião Nâna:  Sim. O nosso povo gosta muito de folia e é com muito carinho que recebemos, por exemplo, folias de Palma, Muriaé, Silveira Carvalho (do saudoso Sebastião dos Reis) e folias do Rio de Janeiro. Para esse ano, está confirmada a presença da Folia do  Joãozinho Guedes, da cidade do Rio de Janeiro.

 Eduardo Camargo

 

 

UM PASSEIO PELA HISTORIA DE CACHOEIRA ALEGRE  -  Cap. 3

FORAM OS NEGROS OS PRIMEIROS A TRABALHAREM ESSAS TERRAS

 

                               Ao abordar o tema os primeiros habitantes, sobre o povoamento de Cachoeira Alegre, não se pode deixar de dedicar uma página aos negros. Como já foi ressaltado, nosso município, como na maioria das cidades desta região, foi ocupada por fazendeiros.  Como sabemos a presença desses fazendeiros  era acompanhada sempre da mão-de-obra escrava. Os fazendeiros não se envolviam diretamente em trabalho braçal. Cabiam-lhes a chefia, a supervisão e o controle.  Foram os negros os primeiros a trabalharem estas terras e graças a eles é que se organizaram as fazendas.

                Se a tradição oral não fosse o suficiente para comprovar  a existência de escravos em nosso município, temos depoimentos de várias pessoas que conheceram escravos. Entre elas, destaco Chico Emília e Sá Raquel (como eram conhecidos)  que afirmam ter sido construída a primitiva capela, com o trabalho forçado dos escravos. Outra prova a ser averiguada, são documentos lavrados no cartório de Registro Civil, que abordam esse tema, como por exemplo, cartas de alforria.

                O escravo fazia todo o trabalho. Para o fazendeiro, ser livre significava não trabalhar. Quem trabalha é negro escravo. Aos escravos cabia todo o trabalho doméstico e no campo. O capataz ordenava, vigiava e punia. . Não é difícil entender porque os negros, após a Lei Áurea, saíram pelo mundo, evitando o trabalho. Este, além de ter sido para eles uma tarefa aversiva, um castigo, era, conforme lhe ensinara o branco, incompatível com a liberdade. Assim, podemos dizer que o preto  adotou os conceitos do branco. Assimilou sua cultura. Evidente que  também a falta de terra e outras condições colaboraram decisivamente.  O negro passou a ser visto como vagabundo.

                Na verdade, as condições o obrigaram a agir dessa forma.  Qualquer outro grupo em etnia, desde que submetido às mesmas condições, apresentaria as mesmas reações e comportamentos. A gente aprende a prende a gostar e a valorizar o  trabalho. Como as leis e as penas eram severas, os negros  viviam dominados pelo medo e em completa submissão.  Sendo propriedade do fazendeiro, de sua bondade dependia a possibilidade de o escravo casar, ter uma mulher e filhos. Muitas  negras tiveram filhos, mas de uma união com o fazendeiro ou capataz.

                Esta página foi escrita para melhor ilustrar o que foi dito e acentuar a marcante presença do escravo em nossa história, a forma como se relacionou com o branco, os seus usos e costum

Fernando M. Ribeiro

 

 

COMO VAI A SAÚDE, EM CACHOEIRA?

               

                O Posto de Saúde de Cachoeira Alegre foi fundado em 1977, na administração do prefeito João Batista Moreira Duarte, tendo como funcionária auxiliar de saúde Maria das Graças Soares, que trabalhou  até agosto de 1979. 

                Aprovada em concurso realizado pela  equipe da  S.S. de Ubá, no Centro de Saúde de Barão do Monte Alto, em 1979. A auxiliar de saúde Rita de Cássia Silva Paula, assumiu o cargo no Posto de Saúde, em Cachoeira Alegre, como funcionária do Estado. O Posto de Saúde funcionava na esquina da Rua  São Paulo  com Rua do Flamengo. (Barracão)

                De 1983 a 1988, o Município teve a administração do prefeito francisco Carlos de Almeida. Em sua gestão, o Posto mudou de endereço. O  P.S. foi transferido  para  a Praça da Matriz. O Posto de Saúde contava ainda com atendimento  médico uma vez por semana, feito pelo Dr. Manoel José de Almeida Neto e mais duas auxiliares de saúde: Creusa Aparecida de Oliveira Pereira Arquete e Maria Aparecida ferreira Marques. (funcionárias da Prefeitura) O prefeito Francisco Carlos de Almeida, adquiriu também,  uma ambulância, que prestava serviço a todo o município.

                Em 1992 os serviços de saúde foram municipalizados, na administração do prefeito  Francisco Correia da Rocha, (Chichico). O prefeito nomeou secretário da saúde,o médico, Dr. Manoel José de Almeida Neto, que continuou atendendo a população uma vez por semana.  Com a saúde municipalizada, nesse mesmo ano, o prefeito Francisco C. da Rocha contratou novos profissionais,ampliando dessa forma o atendimento. Foram contratados o ginecologista e obstetra, Dr. Rogério Martins de Castro e também o dentista Dr. Luiz Carlos Arquete Furlane que atendiam uma vez por semana.  Também foram contratadas mais duas auxiliares de saúde: Ivete Soares Dias  Azevedo e Zenith de Fátima da Silva.

                O prefeito Francisco C. da Rocha, conseguiu mais uma ambulância para o Município e através do governo do Estado, um gabinete odontológico, para melhor atender a população e ampliou o Posto de Saúde: aumentou a sala de recepção, construiu uma sala para      atendimento odontológico, uma sala para curativos, uma cozinha e quatro banheiros.

                Analisando estes fatos, constatamos que a saúde  no Município está se modernizando e, assim,  atingindo um padrão de qualidade. A atual administração do Município, que está a cargo do prefeito Augusto Carlos de Abreu Neto, só nos vem confirmar isso. O Posto de Saúde conta hoje com atendimento médico todos os dias.  Na próxima edição mais detalhes sobre a área de saúde.

Aparecida Marques  

 

 

XV  FESTA DA FRATERNIDADE RECEBE CENTENAS DE CRIANÇAS

 

                O ano era 1981, O mês era dezembro, o dia era 25 e as horas eram 14:30. Mas antes, muito antes, a multidão de crianças já rondava a Praça da Figueira, atendendo ao convite que em nome de Dona Zuleica, fora feito pelo Pe. Adriano, ao final da celebração, na Matriz.

                O numero de crianças aumentava com o passar do tempe aumentava também suas expectativas, até que organizadas em filas, elas tomavam seus lugares na mesa, onde seria servido o almoço, aguardado com ansiedade por elas.

                Ali, depois de servido o almoço, houve  brincadeiras, danças, músicas e distribuição de brinquedos. A partir de então, quando dezembro se aproxima, a criançada (trezentas aproximadamente) vive essa expectativa e, no dia 25 se concentra na praça para esse encontro.

                Em 1985 e 1986, Lúcia Martins e Elden, proprietários da Lanchonete Cê ki sabe, tornaram mais alegre a Festa da Fraternidade, promovendo a chegada de Papai Noel, que desfilou pela rua Padre Messias Passos, ao som de Jingle Bells e outras canções natalinas. O entusiasmo e alegria das crianças encheram de brilho e cor as ruas de Cachoeira, e deram uma dimensão ainda maior ao encontro, que nos anos anteriores já contava com a participação da  charanga de Sebastião Jaques, que fazia a animação da meninada à sombra da Figueira, enquanto aguardavam o momento de se dirigirem ao quintal da casa do Sr. Joaquim Ribeiro, onde enormes mesas, já montadas, as esperavam para o delicioso almoço.

                Num clima de euforia, elas cantavam, dançavam e retornavam à praça, felizes, com os presentes que recebiam. Agora, a Festa da Fraternidade faz 15 anos e me ponho a pensar:  Natal em profundidade, vai muito além do presépio, da ceia festiva reunindo a família, os parentes, os amigos.

                Pelas frestas da manjedoura, nas campinas de Belém, um vento frio entrava batendo no rosto de José, de Maria e de uma criança indefesa. Pelas frestas da nossa sensibilidade um véu de tristeza se infiltra, ao nos lembrarmos de muitos irmãos que no mundo inteiro não terão o mínimo de condições para festejar o nascimento de Cristo . . . não se ajoelharão felizes, radiantes, diante do presépio, porque o sorriso de muito sumiu de sua vida alquebrada, sem horizontes.

                Estarei fazendo literatura e poesia em cima do Natal? Penso que não. O mundo, com dois mil anos de cristianismo, e a luz não raiou ainda nos caminhos dos homens. Continua a fazer escuro, muito escuro, no porão estreito do seu existir.

                A organização do encontro agradece a todos que deram sua contribuição, possibilitando a realização de mais uma Festa da Fraternidade. Esse ano a festa será no Pátio  da Matriz, as crianças estão convidadas para mais uma vez, encherem de alegria aquela praça. Elas serão recebidas nas salas de catequese e lá tomarão o seu lanche. A vida ganha novo sabor e outro sentido quando o Natal acontece nas almas, nos lares.

Fernando M. Ribeiro

 

 

SAUDADE DOS CARNAVAIS

 

Um dos sambas enredos da Unidos de Cachoeira diz o seguinte:  “ . . . vem menina, me acompanhe nessa viagem, venha se banhar na Cachoeira, ser feliz a vida inteira e inundar essa cidade”. Esta música foi cantada pelos foliões cachoeirenses e fez a galera da Azul e Branco cair na folia.

                Outro dia estavam batucando esse samba, no Bar do Unidos F.C. quando passei, e seu proprietário, Zildo Antonio da Silva,que insistia  no refrão e, reivindicava para aquelas imediações, a apoteose do carnaval,  vivida pelos foliões, quando o autor diz:  “É na Boca da Ponte, é no Barracão, levantando a poeira, segue a multidão . . . “  E o Zildo repetia: a Boca da Ponte agora é aqui. Aqui também é Boca da Ponte. Observe que é para cá que as pessoas se locomovem nos fins de tarde. É aqui que a galera do Unidos comemora suas vitórias. É aqui que as coisas acontecem . As pessoas ali presentes, gesticulavam, acenavam afirmativamente e repetiam o refrão:  É na Boca da Ponte . . .

                Enquanto os copos eram servidos e o samba prosseguia, eu dizia para mim mesmo: É hora de esquentar os tamborins, aquecer os foliões, fazer outro samba e botar o Bloco na Rua.

Fernando M. Ribeiro

 

 

CURTAS E BOAS – CURTAS E BOAS      

   DIA NACIONAL DE AÇÃO DE GRAÇAS        

 

Dia 23 de novembro, as 19 horas, inúmeros fiéis se reuniram na Matriz São Sebastião, para render graças e bendizer a Deus pelas maravilhas que operou entre nós, na história e na vida de cada um. Uma bela celebração marcou,  assim, o Dia Nacional de Ação de Graças.

 

                  NOVENA DO NATAL                        

No dia 22 de dezembro, as 18 horas, os grupos que estão celebrando a Novena do Natal em Família, se reunirão na Praça da Figueira, de onde seguirão em passeata até a Matriz, quando encerrarão a Novena com uma celebração festiva.

 

                                  TEATRO                                               

Está  marcada a apresentação da     peça “Jesus, o maior comunicador”, pelo Grupo de Teatro Perseverança, de Cachoeira Alegre, na Matriz São Sebastião, as 20:30 horas, do dia 22 de dezembro. Compareça e você  vai se emocionar com um belo espetáculo. Num belo cenário, figurino impecável, um bom elenco e uma bela história

 

                                  DANCETERIA GUIMARÃES                                                  

 

                               A Equipe ARCA-SONI, de Palma, fará dois grandes bailes, nos dias 23 e 24 de dezembro, na Danceteria Guimarães. Convide os seus amigos, Vá com a sua galera porque  a diversão é garantida.

 

                      REVEILON:  ADEUS ANO VELHO                                

 

                A Cabana Tropical e a Danceteria Guimarães prometem muito agito, muito som e queima de fogos, na noite de 31 de dezembro, para se despedir de 95 e saudar  1996. A ordem agora, é cair na folia, vestir-se de alegria com muita paz no coração.

 

                              PRIMEIRA EUCARISTIA                                        

                Dia 17 de dezembro, na  Matriz São Sebastião, 29 crianças, que ao longo desse ano frequentando as aulas de catequese, buscaram conhecer mais de Jesus, para amá-LO mais e levá-Lo aos irmãos, se encontrarão  com ELE,  ao tomarem parte no grande banquete, quando farão sua primeira comunhão.

 

                               CONFRATERNIZAÇÃO                                          

 

                Encerrando mais um ano letivo, a Turma da 4ª Série se reuniu na E.E. Domiciano Cerqueira,  dia 15 de dezembro, para uma noite de confraternização.

 

                               UNIDOS FUTEBOL CLUBE                                   

 

O Unidos F. C. de Cachoeira Alegre, faz brilhante campanha no atual “Torneio de Verão”.  O sucesso do futebol cachoeirense depende de você. Vista a sua camisa, leve a sua bandeira e torça pelo seu clube.

 

                               SHOW DO PADRE ZEZINHO EM MURIAÉ

 

                Maria de minha infância, Um certo Galileu e outras tantas lindas canções estarão no repertório de Pe. Zezinho, que percorre o Brasil semeando a Palavra de Deus através da música, e que estará em uriaé,no dia 28 de dezembro, as 17 h, no Parque de Exposições, com sua super banda, apresentando um grande show, com ingressos a RS 5,00, numa promoção das paróquias de Muriaé.

 

 

                       FORMATURA DO PRE-ESCOLAR                                                      

                A TURMA DO Pré-escolar Pequeno Polegar, fez bonito na noite de sua formatura.  Com seu diploma namão, as crianças cantavam e encantavam com sua alegria.  Ao final da cerimônia, enquanto eram abraçadas pelos pais, faziam questão de serem fotografadas ao  lado das tias Regina e Wanderléia, que, com carinho, prepararam a festa de formatura.

 

                       MAIS UMA CONQUISTA                                                           

                Dia 23 de dezembro, os portões da E.E. Domiciano Cerqueira, estarão abertos para receber os convidados que tomarão parte na cerimônia de Formatura da 8ª- série, que ao encerrar mais uma etapa, se reunirá para agradecer a Deus a alegria de mais uma conquista.

 

                               MISSA DO NATAL                                                                 

                               Na Matriz São Sebastião, o presépio já está montado, o coral está ensaiando para fazer bonito  na Missa Festiva, da noite de Natal,  as 20;30 h, que será celebrada pelo reverendíssimo Pe. Wildes Batista Porto.

 

PARA UMA VIDA MELHOR

 

                Quero, através dessa coluna, passar algum conhecimento aos nossos leitores que desejem uma  vida melhor. Com tanta agitação e pressão da vida moderna, não temos tempo de ler matéria extensa. Por isso vou tentar passar aqui, uma visão global  de um assunto que considero oportuno. Com tanta agitação e  a pressão da vida moderna que gera em nós uma carga de estresse que , por vezes, a  saída é a vida incontida, a explosão e agressividade contra coisas e pessoas. Estudos mostram que a  agressividade está ligada à carga de estresse que um indivíduo consegue suportar.

                Como superar o estresse?  Primeiro você deve cuidar de sua alimentação. Estudos indicam que uma alimentação adequada pode ajudar a manter o organismo num nível de equilíbrio. Evite  alimentos que contenham aditivos químicos e bebidas estimulantes, como alcool, café e chá preto. Você deve praticar regularmente algum tipo de esporte. Crie um círculo de amizade. Desenvolva o hábito da alegria. Dê gargalhada. Leia um bom livro. Evite filmes violentos. Aprenda a jogar cartas, xadrez ou dominó. Ouça músicas suaves. Preencha sua vida de alegria, paz e contentamento. Decida, a partir de agora, a usar a mais poderosa arma do universo: O amor. A escolha é sua!

                                               Moacir Henrique Barbosa – atendente comercial da ECT

 

 

CABANA TROPICAL, A OPÇÃO

 

                O Bar do Unidos é onde as coisas acontecem. Disseram seus assíduos frequentadores. Ele existe por causa do time. Aqui é a nossa sede. Mas, além do Bar, o ponto de encontro do cachoeirense nos últimos tempos tem sido a Cabana Tropical em anexo, que promove nos fins de semana animados bailes , com equipes de som e música ao vivo, com shows de pagodes, forrós e o romantismo extraído dos teclados com música de qualidade para curtir e dançar.

Fernando M. Ribeiro

 

CEMITÉRIO BOM PASTOR, DUPLICADO

 

Há problemas crônicos relacionados ao Cemitério, em Cachoeira. Estamos nos esforçando para organizar as coisas por lá e, continuaremos nos empenhando para solucionar esses problemas. Sabemos das dificuldades, temos enfrentado todo tipo de adversidade desde que assumimos ees compromisso em 1991 e entendemos que o processo é longo. Mas já houve bastante progresso, como diz o padre Tiago Prins, em suas celebrações.  Vá ao local, faça uma visita e veja as transformações pelas quais passaram o antigo  cemitério. Faça você mesmo, uma avalição!

No próximo dia 02, Dia de Finados, estaremos mais uma vez, no cemitério para orientá-lo sobre o pagamento das anuidades, aquisição de terreno para construção e venda de túlulos. Aquele que não fez seu recadastramento e não quitou ainda sua dívida com a Paróquia, constatou que o referido túmulo foi identificado com uma tarja preta, significando que está interditado  - não pode receber sepultamento -  .

Essa decisão foi tomada em 1993 - observe que se passaram três anos - e você não deve estar alheio a tudo isso. No entanto, há túmulos ainda não cadastrados. A paróquia desconhece seus proprietários, ja que tais informações não constam no livro de registros.

Como esses proprietários vêm sendo convocados a cinco anos consecutivos, cabe à paróquia, a decisão de medidas enérgicas. Estamos aguardando orientação do advogado da Paróquia, Dr. Paulo de Oliveira Carvalho, que já falou da hpótese de a Paróquia incorporar esses túmulos a seu patrimônio, para renegociá-los posteriormente.

São 47 túmulos ainda não identificados. Destes, 18 têm nomes legíveis, mas seus proprietários não são localizados. abe a você, proprietário, cadastrar e efetuar o pagamento das taxas. Fique atento, aguarde "Edital" a ser publicado neste jornal e nos Jornais A Gazeta e Jornal de Muriaé.

Observe que  na parte antiga do Cemitério, que identificamos como setor A, temos cinco quadras numeradas de 01 a 05. São 173 túmulos construidos e há espaço para a construção de apenas mais 21. e não se efetuará mais sepultamento em cova rasa nesse setor. Daí, a urgência de se ampliar o cemitério. Mais de cinquenta por cento dessa área fora pavimentada em concreto, pela atual administração.

O cemitério foi duplicado em tamanho. No setor "B", você verá um novo cemitério com mais quatro quadras. Nas quadras de números 06 e 07 há espaço para a construção de mais 52 túmulos. As quadras 08 e 09 são destinadas exclusivamente para o sepultamento em covas rasas e são um total de 182 covas.

Fernando M. Ribeiro

 

 

 

 JORNAL NOVO TEMPO – AN0 - 02 – NUMERO 05- CACHOEIRA ALEGRE – FEVEREIRO - 1996

 

O GRITO DA SAÚDE

 

Como vimos na edição anterior, a área de saúde obteve mudanças e melhorias com a administração do Prefeito Augusto Carlos Abreu.  O Posto de Saúde, hoje, conta com atendimento médico todos os dias.  O médico cardiologista e clínico geral, Dr. João Batista Duarte Abreu, é o secretário de saúde do município.

Dr. Manoel José de Almeida Neto,clínico geral. Dra- Rita de Cássia, pediatra, que além de seu atendimento no Posto de Saúde, atende na Creche, uma vez por semana. Dr. Richard, obstetra  Duvanel, ginecologista e obstetra. Contamos também com atendimento odontológico bem ampliado, feito pelo Dr. Luiz Carlos Arquete Furlane, que além de seu atendimento no Posto de saúde, está desenvolvendo um ótimo trabalho com as crianças na escola, com aplicação de fluor, conscientizando assim as nossas crianças, da importância da higiene  oral.

Esses profissionais contam com as auxiliares de saúde: Rita de Cássia Silva Paula (funcionária do Estado) Stela Maria Venâncio Barbosa e Maria da Glória da Silva (funcionárias da prefeitura) . O Centro de Saude de Barão do Monte Alto, que é o nosso centro de apoio, dispõe de uma funcionária para fazer a coleta do material para o exame de pezinho, Sandra Gonçalves,  que é técnica em enfermagem.

O Centro de Saúde ainda oferece exames laboratoriais, exames de prevenção e ultrassonografias, além de atender durante 24 horas, com equipamento completo de oxigênio, soro e atendimento de primeiros socorros completos. Dr. João Batista Duarte Abreu, fica à disposição para qualquer  intercorrência.  O secretário de saúde do município, numa entrevista a mim concedida,  assegurou que até o fim de 96, haverá ainda  muitas melhorias no setor de saúde.  Disse-me também que,  em novembro último, o prefeito  esteve em um reunião em Muriaé,  na Câmara Municipal, tendo a presença do governador de Minas, Eduardo Azeredo, que destinou uma verba para aplicar na saúde.

Segundo o secretário de saúde, o município já dispõe de tratamento odontológico em cada localidade:  Em Barão do Monte Alto, Dra- Silvana F. Araújo.  Em Cachoeira Alegre, Dr. Luiz Carlos Arquete Furlane e em Silveira Carvalho: Dra-  Zirlaine Marise. Esse é o nosso município que caminha mais confiante.

Aparecida Marques.

 

                FATOS QUE MARCARAM O MUNDO DO SHOW BIZZ

 

JANEIRO

13-01-1935 -  Elvis Flaron Presley, nasce em Tupelo, Mississipi (Estados Unidos)

11-01-1985  -  O Brasil entra na rota dos megashows com  o Rock In Rio

24-01-1958  -  Elvis Presley emplaca  o primeiro sucesso na parada americana com “Jailhouse Rock”

26-01-1968   -   Ultimo dia da apresentação da Jovem Guarda. O programa revelou Roberto Carlos e gírias da moda, do tipo “é uma brasa mora”

    FEVEREIRO                     

03-02-1959  -  Também conhecida como “O dia que a música morreu”, esta data marca o acidente trágico com três  talentos do rock americano.  Entre eles Richie Valens (o autor de “La Bamba”)

15-02-1993  -  Arnaldo Antunes deixa o Titãs,

21-02-1982  -  A  Blitz faz seu primeiro show no Rio de Janeiro. O grupo foi um dos responsáveis pela retomada do rock  nacional  nos anos 80

 

 

CARTAS DOS LEITORES

VAMOS DAR AS MÃOS

              

Vamos dar as mãos. Surgiu um Novo Tempo. Gosto muito desse jornal. E como não poderia deixar de ser, surgiu num grito, na voz daquele que foi um dos maiores batalhadores por dias melhores em nossa Cachoeira Alegre: Fernando Mauro Ribeiro. Vamos dar as mãos e lutar por uma Cachoeira melhor.  Essa terra maravilhosa que já nos deu tantas alegrias e nos proporcionou tantas emoções, precisa de cada um de nós, unidos e com garra. Vamos lutar por uma Cachoeira Alegre limpa,  com ruas calçadas, praças e jardins bem cuidados. Precisamos resgatar a cultura, promover a educação e esporte e proporcionar lazer para todos. Vamos agradecer o que ja foi feito e vamos cobrar o que está por fazer. Vamos construir um mundo melhor. E o primeiro passo é apoiar com idéias e ações que possam melhorar nosso amanhã. Cachoeira Alegre conta com você!

José Antonio Marques – cachoeirense, reside  em Muriaé e é funcionário  do HSP.

 

NOVO TEMPO: PRESENTE DE NATAL

Em 14 de dezembro último, recebemos em nossa residência, em Serra Dourada I I – Vitória – ES. O jornal novo tempo. Eu e meu filho, Emerson, tomados pela alegria (característica dos filhos dessa terra) orgulhosos de sermos cachoeirenses e, cheios de amor por nossa terra; nos abraçamos e choramos, em meio à muita emoção. O Novo Tempo, é para nós, o presente de Natal, que graças a Deus ,recebemos . Graças dou também ao criador, porque inspirou, deu força e sabedoria a esse nosso irmão, para realizar tão belo projeto. Quero agradecer a Deus e também ao editor por essa maravilha de cultura cachoeirense.

Maria Lúcia Dias – cachoeirense, carnavalesca, fundadora da Escola de Samba Unidos de Cachoeira, promotora de eventos da Cê Ki Sabe, entusiasta das coisas de Cachoeira e atualmente reside em Vitória – ES.

 

JORNAL SURPREENDE PELA SERIEDADE

Chegou à  redação do jornal, uma cartinha simpática, com um recadinho  de um membro do Grupo de Cursilhos da Diocese de Leopoldina. O senhor Jurandir disse que conheceu o jornal Novo Tempo, em sua  terceira edição, que traz na primeira página, uma matéria com o título: Festa do Cachoeirense: uma explosão de alegria e, nessa mesma página uma entrevista com o editor do jornal. A matéria o surpreendeu pela forma como foi escrita:  “  . . . aos primeiros acordes dos instrumentos estava decretado que a alegria invadiria aquele local”.  A  pujança e, um entusiasmo magnânimo, atestam o talento e o vigor do autor das referidas matérias.  Surpresa também, foi quando li a entrevista e me certifiquei do poderio de um jornal, quando feito com seriedade,   do entusiasmo e dedicação de seu editor.

Palavras muito gentís de nosso leitor.  Ele disse que viu o jornal na casa de um amigo e por fim, nos pede que divulguemos através do jornal a Campanha da Fraternidade, proposta pela CNBB, para esse ano. É uma oportunidade que não se pode passar despercebida.  O creistão, deve sim, se interessar pela política, acrescenta ele. 

Jurandir Luiz de Souza – membro do Movimento do Cursilho, na Diocese de Leopoldina e residente à Av.

 José Gomes Domingues -  745 – Bairro São Cristóvão – Leopoldina – MG

 

CAMPANHA DA CNBB

Agradecendo ao Jurandir pelas palavras carinhosas  e pelo reconhecimento do nosso trabalho, atendendo ao seu pedido, aí vai um recadinho sobre a Campanha da CNBB, para esse ano.

  O tema da Campanha da Fraternidade será sobre a política, com o tema: “A Fraternidade e a política “ e o lema “Justiça e Paz se abraçarão. A campanha convoca os cristãos para uma reflexão sobre a política no Brasil. Forme grupos na sua rua, reúna as famílias e participe da campanha. Já comprei uma bela camisa, na cor verde, com uma estampa  alusiva à campanha e o livreto para participar dos encontros.  Adquira você também o livrinho com as reflexões para os encontros, já disponíveis na sacristía da Matriz, após as celebrações.

 Tá dado o nosso recado, amigo Jurandir. E permita-me citá-lo novamente: Que essas reflexões nos ajude a caminhar, que não sejamos indiferentes à política, pois o que Jesus quer é que a justiça do Pai seja cumprida e, que  comprometidos  com o nosso batismo, nos tornemos fermentos onde vivemos e trabalhamos, sempre animados pela Palavra de Deus.

 

 

ATENÇÃO FREGUESES DO  MENGÃO

 

                Sou assinante do Novo Tempo, tenho todas as edições, desde a primeira. É bom ter notícia da terra da gente, principalmente se essa,  nos chega documentada, através de um jornal  que,  apesar do pouco tempo se  impõe como um jornal sério, que fala de todos os seguimentos da sociedade, levando aos seus leitores todo tipo de informação. Por ser um jornal democrático, decidí, com a ajuda de uma amiga, enviar a minha contribuição.

                Morando  aqui no Rio, já a alguns anos, estou acostumada com as gozações que a torcida adversária faz, quando de alguma derrapada do Mengão.  Estive em Cachoeira, no fim do ano passado e alguns engraçadinhos faziam piadas  pelo fato de o Mengo não ter conquistado título no ano do seu centenário. Para esses bobocas de plantão, vai o meu recado: “Tenha personalidade, escolha um time, torça por ele, vista a camisa, defenda-o. Há tantos infelizes que  dizem: não tenho time, sou contra o Flamengo. É a esses infelizes e aos pervertidos que mando o meu recado: 

                “Atenção fregueses!  Em função da larga superioridade do Flamengo no futebol brasileiro, só admito  gozações  de torcedores cujo time tiver o seguinte retrospecto: Campeão Mundial de Interclubes, Campeão da Libertadores, Penta-campeão  Brasileiro, Penta-campeão da Taça Guanabara,  Três vezes Tri-campeão carioca, com superioridade de vitória sobre todos os times do Rio de Janeiro. Se não for o seu caso, por favor, disfarce, abaixe a cabeça e saia de fininho. Torça para que seu time chegue a esse nível.  Não discuta e nem repele.

Maria Denise Souza de Carvalho é cachoeirense, membro da Torcida Organizada Flachoeira e reside  no Bairro de Olaria, no Rio de Janeiro – RJ.

 

 

FELICITAÇÕES RECEBIDAS

“O direito de pensar com liberdade é tão necessário ao homem  como o direito de viver, pois este último é consequência do primeiro”

“Da gratidão surge a nobreza e os sentimentos mais puros, visto que nela reside o mais exelso da natureza humana”.

Agradeço o carinho da lembrança de alguns amigos que no mês de janeiro, enviaram cartões e telegramas com mensagens de felicitações pelo aniversário desse escriba. Dentre eles  José Geraldo F. Chaves, José César Cabral, (Muriaé)  Luzmar Charres (Patrocínio do Muriaé) e Isabel Cristina R. Mansur (São Paulo)

 

UMA TORCIDA QUE VIROU RELIGIÃO

                Foi-se o ano do centenário. Foi-se a possibilidade de conquistar um título no ano do centenário. Foi-se o ataque dos sonhos! Mas não foram os sonhos. O torcedor do Flamengo tem caráter.  A torcida veste a camisa e sai às ruas. Independente das circunstâncias, ela tem orgulho de suas cores, sabe de suas glórias e enche  os estádios.  Onde quer que vá o Flamengo, ali está a alegria e, a cidade vira festa.

                Por isso ele é o “mais querido”, sempre amado, mais cotado, consagrado.  Ah! Eu teria um desgosto profundo se faltasse o Flamengo no mundo.  Flamengo é fibra, ele vibra, ele nos emociona, nos  arrebata . . . Uma vez Flamengo, flamengo até morrer. A torcida não deixa por menos: É Deus no céu e flamengo na terra. E 1995 é apenas uma vírgula na história dessa irresistível paixão popular, que se chama Flamengo. Um time que se transformou em mito, uma torcida fantástica que se tornou religião.

                Ninguém conseguirá  jamais explicar a força geradora desse amor infinito por um clube de futebol. O fascinio pelas cores rubro-negras. O envolvente calor humano que une brancos e pretos, pobres e ricos, adultos e crianças no grito de  mengôooo, que ecoa pelo imenso território brasileiro.  Aliás, todo mundo  nasce  Flamengo depois é que se perverte.  Mas esses, no fundo, no fundo, bem que gostariam de fazer parte dessa família, se lhes  fosse dada nova chance.

Fernando Mauro Ribeiro 

 

 

DESTAQUE DE UM NOVO TEMPO

 

                Séculos rolam, gerações se sucedem, as pessoas se encontram, há evidentemente os desencontros, entra ano e sai ano. Milhares de livros são publicados no mundo, os jornais circulam diariamente nas capitais. No interior, esses periódicos são semanais ou mensais e seus redatores se desdobram para brindar os seus leitores com as noticias  dos arredores. A vida passa, alguns sobrevivem, deixam rastro, fazem escola. A maioria, passa breve, cai no esquecimento.

                “Deus grita seu amor através de suas obras.” O ser humano que caminha para Deus, foi criado construtor desse mundo.  O  NT. Pretende ir em busca dessa gente que se destaca em alguma área. Seja ela na educação, esporte, política, comércio, religião, segurança ou outro seguimento da sociedade; para torná-la   “destaque do  mês”, aqui em nossas páginas.  Então, criou a coluna “Destaque de um Novo Tempo”.  Acreditamos que,  de fato, quem caminha constrói,  edifica, faz progresso e merece ser destaque de um Novo Tempo.

                Filho do Sr. Sebastião Belga e Sra. Palmira Soares Belga, ele é o penúltimo de uma família de doze irmãos, sendo dez deles cachoeirenses;  Marcelino Antonio Soares Belga, é natural de Bom Jesus da Cachoeira e atualmente reside à Rua Padre Messias Passos, em Cachoeira Alegre.

                Como aconteceu isso?  Eu sabia muito pouco de Cachoeira.  Embora tivessem morado aqui durante muitos anos, meus pais, pouco falavam daqui.  Em  1986, por ocasião da Primeira Exposição Agropecuária de Cachoeira, eu estive aqui, a convite de um amigo (Robson).  Descobri e aprendi a gostar de Cachoeira, diz, Marcelino.

E COMO QUEM GOSTA REPETE, Marcelino voltou outras vezes, descobriu aqui suas raízes, conheceu uma jovem, que tornou-se sua esposa.  A  Sra.  Maria Aparecida Dainez Soares Belga, com quem tem dois filhos.

                Marcelino foi ousado, determinado, encheu-se de entusiasmo, dedicou-se ao trabalho, acreditou, investiu, apostou em Cachoeira Alegre e, é hoje, um próspero comerciante. Proprietário da Drogaria Soares.  Foto Arte -  Studio de fotografias. Boutique  Soares. Fonte do Paladar. Supermercado Soares e Papelaria Soares compõe o Grupo Soares, há seis anos atua em Cachoeira.

Marcelino é um jovem  senhor, torcedor do Tupi Futebol Clube, empreendedor de sucesso e muito envolvido com as coisas da comunidade.  Parabéns ao Marcelino Soares Belga que é o “Destaque de um Novo Tempo”

Fernando M. Ribeiro

 

 

BALANÇO DA FESTA DE SÃO SEBASTIÃO

37 BEZERROS  . ..................      ..................        ............  3.401

O9  porcos       ..............................................................210,00

GALINHAS       .....................................................           ........  77,50

FRANGOS ASSADOS       ..............................................92,80

LEILÕES EM PRENDAS     ...........................................44,00

CONTRIBUIÇÕES/DINHEIRO/OFERTAS     ............... ... 188,00

01 TELEVISOR 08 POLEGADAS    ........................         83,00

PORTARIA DO BAILE NO JUPTER   ....................       800,00

ARRECADAÇÃO DO BAR     ...........................  165,00

 SALDO :                                                        5.061,30

DESPESAS:                                                        476,00

SALDO :                                          4.585,30

DOAÇÃO Á DIOCESE                          225,00

SALDO LÍQUIDO                     . .............................................................   4.360,30

 

 

CURTAS E BOAS

 

ABORTO

Na sala de aula, o professor lança o problema: “O pai é sifílico e a mãe, tuberculosa. O primeiro filho nasceu cego, o segundo surdo , o terceiro com problemas mentais. A mãe está grávida do quarto filho. Vocês autorizam o aborto?  Boa parcela da classe responde: Sim!  Então o professor diz:  Parabéns, vocês acabam de assassinar  Beethoven.”

 

                VOLTE SEMPRE

Registramos a presença de Maria Lúcia Dias (Lúcia Martins) na Festa do Padroeiro, em Cachoeira Alegre. Vim, para matar as saudades, disse ela.  A Lúcia de sempre, revendo os amigos, fazendo novas  amizades. Ela trouxe consigo um casal de amigos, gente boa, da capital capixaba, (presidente de sindicato e secretário  da Prefeitura de  Vitória) e que se confessou apaixonado por Cachoeira.  Volte sempre!

 

ALÔ,  ALÔ  BRASIL!

Me chega notícias  de que uma galerinha de Brasília está a caminho de Cachoeira Alegre.  Venha! Há uma cidade tranquila e hospitaleira, um povo fraterno e ordeiro a espera daqueles que nos honram com sua visita. A turma de Brasília sabe disso e, sempre que possível, faz sua bagagem e ruma  seu barco para as águas dessa Cachoeira Alegre.  Aguardamos  vocês!  Um abraço para a família cachoeirense em Brasília.

 

ESPERANDO PELO PADRE

A Casa Paroquial de Cachoeira Alegre, passou por uma grande reforma (telhado, piso, parte interna recebeu pintura em látex, construção de muros demarcando o quintal e etc) O próximo passo é tentar junto à comunidade, mobiliá-la e, esperar para quando o padre vier.

 

UNIDOS É VICE-CAMPEÃO

O Unidos F.C. de Cachoeira, fez uma bela campanha no Torneio de Verão,  com grandes partidas, colocando em destaque o nosso futebol, enchendo de alegria as tardes do cachoeirense e, sagrou-se vice-campeão. O título ficou com o Independente F.C. do Bairro Santo Antonio, de Muriaé, que fez uma final espetacular, vencendo por  5 X 2. O cachoeirense soube valorizar a conquista do vice campeonato, reconhecendo a boa campanha do clube. As comemorações aconteceram no Bar do Zildo e Cabana Tropical.

 

CATEQUESE

A coordenadora da catequese, Maria do Perpétuo Socorro, comunica aos pais e as crianças que as matrículas estão abertas e, que no dia 24 será o primeiro encontro. As catequistas trabalharão com as turmas de Primeiro, Segundo e Terceiro Nível e o Grupo da Perseverança.

 

PASTORAL DA CRISMA

A Pastoral da Crisma avisa que os encontros terão início esse ano e se estenderão até 97. Aqueles que desejam se crismar, devem fazer sua inscrição. Os monitores avisarão na Matriz a data da primeira reunião.

 

PROFISSIONALISMO

Parabéns  aos  músicos da Euterpe Santa Cecília, pelo exemplo de profissionalismo. A Banda recebeu convites para tocar nas cidades vizinhas,  mas recusou; optando por permanecer em Cachoeira para abrilhantar a Festa do Padroeiro.

 

FAZENDO ARTE                 

O maestro e professor de música,  Erlande Rodrigues de Assis, está se reunindo com um grupo na casa paroquial todos os dias, às 19 h, onde passa teoria musical, exercita a leitura das partiturase as executa, com o objetivo de reformular a Banda de Música, (Euterpe Santa Cecília) em Cachoeira Alegre

 

                                                        UMA VERGONHA                                                                       

Realmente é uma vergonha ver a liberdade com que  trafegam as dezenas de animais pelas vias públicas, sem que o poder público faça algo. Eles continuam invadindo o cemitério, ruas, destruindo as árvores . . .  As aulas começam,  mas eles não tiram férias; estão sempre no pátio do colégio. Muitas cartas chegam à redação, pedindo solução. A nós, cabe registrar a denúncia e torcer para que o executivo tome providência.  Mas quando será?

 

 DESATENTOS                

O QUADRO Le Bateau, de Henri Matisse, ficou exposto no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, durante 47 dias, em 1961, antes que notassem que estava de cabeça para baixo.  Cerca de 116 mil pessoas já tinham passado pela frente do quadro sem notar o erro.

 

 

 

 

CACHOEIRA ALEGRE, SEMPRE ALEGRE, CELEBRA  SEU PADROEIRO

 

                Se você me perguntar porque Cachoeira Alegre e qual a origem desse nome, tenho algumas versões que poderão ajudá-lo a melhor entender. Porém, eu te digo: acompanhe a história em capítulos, através do jornal Novo Tempo, faça  “Um  passeio pela história de Cachoeira” e terás a resposta. Mas, enquanto não virares a página, enquanto esse capítulo não chega, eu  sugiro que  observe atentamente o calendário festivo de Cachoeira e leia essa matéria.

                O ano mal  começou e já tem festa em Cachoeira Alegre . No dia 06-01, Dia de Santos Reis, quando as folias se exibem na  festa de  encerramento da jornada,  (entrega de folia) com suas cantorias, o colorido das fitas dos instrumentos e os  adereços dos foliões  nos proporcionando  uma bela apresentação .   Alguns dias depois os fiéis se reúnem na Matriz, para dar início à novena do padroeiro.  E você  me  pergunta, porque Cachoeira Alegre?  E não sou eu quem lhes responde.  você mesmo se dá  conta, ao acordar pela manhã   ao som da Banda de Música e o toque dos sinos,  anunciando que  hoje é dia de festa.

                A  Matriz São Sebastião se veste de vermelho e os fiéis participam com fervor e entusiasmo da missa solene. Depois,  nossa gente se reúne ao redor do curral para o leilão de gado. Na praça da Matriz, nas barracas,  nossa gente se confraterniza. Nas praças de esporte nossos times de futebol proporcionam grandes espetáculos.

                Porque Cachoeira Alegre? Porque somos uma comunidade que louva o Senhor, um povo vibrante. E os fiéis se concentram no Pátio da Matriz, para conduzirem a Imagem de São Sebastião pelas ruas da cidade, cantando,rezando e louvando. E  à comunidade que caminha, aos cristãos, andarilhos da fé, cabe progredir, avançar em busca da meta-objetivo, lá adiante, porque a esperança cristã é que dá sentido à vida.  E essa alegria, essa fé contagia os corações, invade as praças, as barracas, o Jupter clube e entra pela noite, num clima de euforia, com muito som e luz, num sensacional baile, que superlota as dependências do clube.  Acho que nem é preciso ir além no calendário festivo, porque, muito provavelmente, já estás convencido de que essa é uma Cachoeira sempre Alegre.        

  Fernando M. Ribeiro

 

 

ANIVERSÁRIOS DOS DIZIMISTAS

 

Dízimo é partilha. Partilhar não é dar o que sobra, não é resto, nem é esmola, mas o que o outro precisa. Somos a Igreja do Senhor e o dízimo é um jeito de ser igreja. Parabéns pelo seu testemunho de igreja e que Deus abençoe abundantemente o seu lar.

                Feliz aniversário: Maria dos Reis Souza Gonçalves, Erlande Rodrigues de Assis, Luisa Helena Bizarro, Maria Aparecida  de Souza Ferraz, Felix Mario Ribeiro, Fernando Mauro Ribeiro, Manoel Ribeiro Gouveia, Ana Maria Ribeiro, Maria Alexandrina Corrêa e Luzita Aparecida Fernandes Alvim.

 

                                                    ARRECADAÇÃO DA ADM. FAZENDÁRIA EM DEZEMBRO DE 1995                                                                                                                   

               

                A Administração Fazendária II – Muriaé, divulgou a arrecadação do município de Barão do Monte Alto, no mês de dezembro de 1995. O total da receita, incluindo ICMs (normal, ST, multa, juros, dívida ativa e outros), IPVA, ITCD, AIR, taxas, multas de trânsito e outras receitas, chegou a RS 18.763,17. Só o valor do ICMs, dentro da arrecadação dos principais setores da receita, aí incluídos cimento, leite/derivados, energia, transporte, comércio, indústria, substituição tributária e outros, chegou a RS 17.950,07.

 

                               PREFEITURA MUNICIPAL DE BARÃO DO MONTE ALTO – MG                         

 

                LEI NÚMERO 472/95 (Nomeia ruas, praças e avenidas no distrito de Cachoeira Alegre- MG.) A Câmara  Municipal de Barão do Monte Alto, por seus legítimos representantes, aprovou e eu,  em seu nome sanciono a seguinte Lei.

Artigo Primeiro – Ficam nomeados ruas, praças e avenidas do Distrito de Cachoeira Alegre, conforme anexo  1 dessa Lei.

Artigo Segundo. Revogam-se as disposições em contrário.  Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Barão do Monte Alto, 29 de Dezembro de 1995. Augusto Carlos de Abreu Neto  (prefeito)

 

                                               TRIBUTO A UM AMIGO                     (Para Eduardo Camargo)                               

 

                As vozes estão aí, paradas dentro de nós e não se despedem nunca inequívocas. A vida passa sobre as pedras e as vozes agarradas não se perdem cheias de cautelas, filtrando os momentos e escrevendo as histórias.  Obrigado Eduardo, pelo sorriso franco, pelo carinho,  pela amizade, pelo grito de gol narrado naquela fita de VHS (registros de Flamengo e Tupi), pelos avisos veiculados através dos auto-falantes da Matriz São Sebastião, pelas leituras nas celebrações dominicais, pela alegria estampada no rosto a cada vitória do Mengão, pela sua presença no Bloco das Piranhas,  pelos bate-papos nos bares, pelo seu entusiasmo co Cachoeira Alegre, pelos  S-O-N-H-O-S.  Hoje, saudades de ti.  

  Seus amigos.      

 

 

ATÉ QUE ENFIM RUAS RECEBERÃO NOMES EM CACHOEIRA

 

                               Finalmente surgiu alguém com boa vontade e apresentou na Câmara o projeto que dá nome às ruas de Nossa Cachoeira. Desde 1987, tento, com vereadores e prefeitos a aprovação desse projeto, sem  obter deles, nenhum parecer.  Elaborado há mais de uma década, tal projeto passou pelas administrações  de Francisco Carlos Almeida, Francisco Correia da Rocha e Augusto Carlos de Abreu Neto, a quem fiz ciente  numa audiência, em 18-01-1994, e que também, como seus antecessores, prometeu que o faria, e até então, nada fez, apesar de insistentes cobranças.

O projeto de autoria de Fernando Mauro Ribeiro, que dá nomes a 16 logradouros no distrito de Cachoeira Alegre, foi apresentado pela vereadora Rita de Cássia Silva Paula e aprovado com algumas restrições, em  reunião na Câmara dos vereadores no dia 12-12-1995. Ausente apenas o vereador Antonio Luiz Moreira Neres.           

                De posse do mapa do distrito, com a relação dos nomes e das respectivas ruas, atendendo ao pedido do advogado da Câmara, Dr. Vagno; o jornalista Fernando M. Ribeiro fez um breve comentário sobre os nomes propostos, com o objetivo de esclarecer e convencer aos vereadores da importância do projeto e da justa homenagem  àqueles que ajudaram a escrever a história e, por isso terão o mérito de ter seus nomes inseridos nela e, perpetuados como nomes de ruas e praças.

Os vereadores Nelson Moreira do Prado e José Olímpio de Souza lamentaram não disporem de mais tempo para uma avaliação mais profunda e ameaçaram vetar, mas acabaram votando favoráveis.                                                                                              

O vereador Luiz Henrique, do distrito de Silveira Carvalho, desaprovou  alguns nomes, dentre eles, Rodolfo Rocha e Souza Aguiar que homenagearia as duas famílias. Argumentou que ao invés de  Souza Aguiar, a rua deveria chamar-se  José Broca (como era conhecido) e em relação a Rodolfo Rocha, era nome inexpressivo, não merecia tal homenagem. Mesmo depois de  o autor do projeto expor  a biografia do candidato em questão, permaneceu o impasse.

 O vereador José Olímpio propôs o nome do Sr. Geraldo Fani, para a rua onde mora. O autor do projeto reiterou que, de acordo com nossa constituição, não se presta esse tipo de homenagem em vida e, que, para nossa alegria, o líder político e ex-vice-prefeito Sr Geraldo Fani está vivo e, se Deus quiser,  teremos o privilégio de conviver com ele, ainda por muitos anos. Nesse caso, o nome do Sr. Antonio Fani (que já contava na lista) foi indicado para emprestar o seu nome àquele logradouro, enquanto o saudoso  vereador José Maria da Rocha, cederia seu nome  á rua onde atualmente reside seu irmão, o ex-prefeito Francisco Rocha.

Ao final, fui indagado por um vereador sobre a impressão que eu tivera da reunião e, eu disse ter achado um tanto confusa e desordenada, talvez, pelo pouco tempo e os muitos projetos que seriam votados ainda naquela noite, que era a ultima reunião de vereadores daquele ano e,  a Casa Legislativa entraria de recesso.  Mas, foi produtiva e, percebi o empenho dos vereadores em avaliar cada projeto para depois opinar e dar o seu voto. Todos os projetos foram minuciosamente estudados, as dúvidas dirimidas pelo advogado da Câmara, o que permitia o voto consciente de cada vereador.

Pela seriedade com que dirigiram a reunião, cumprimento os vereadores que compõem a Câmara Municipal de Barão do Monte Alto e faço uma observação para os nossos leitores:  Os vereadores estão lá, através do seu voto. Eles são os representantes do povo. Informe-se das reuniões da Câmara , participe, acompanhe a vida de seu Município.

Fernando M. Ribeiro

 

 

ENTREVISTA COM O PREFEITO AUGUSTO CARLOS ABREU

 

1996 é ano eleitoral. Os políticos se deslocam de Brasília rumo às suas bases, os prefeitos  deixam suas cidades e vão ao encontro desses deputados,  em busca de verbas e apoio para as suas campanhas à sucessão municipal.  Prestação de contas, conclusão de obras,promessas cumpridas e não cumpridas,  eleitores contentes e descontentes, o início das campanhas e novamente uma avalanche de promessas e a barganha do povo e o poder, à caça de votos.  É a corrida eleitoral.

                O jornal Novo Tempo fará entrevistas com as lideranças políticas do município, para que possam apresentar seus candidatos à sucessão, suas propostas de governo e divulgar os seus trabalhos, para que os nossos leitores, melhor se posicionem,  na escolha de seus representantes.   Nosso primeiro entrevistado é o atual prefeito  Augusto Carlos de Abreu Neto, que recebeu nossa repórter Aparecida Marques, em seu gabinete, para um bate-papo, em dezembro de 1995.

AM -  Excelente, boa, regular ou ruim ? Até então como você classifica a sua administração?

Prefeito: É difícil classificar o trabalho da gente, mas é boa! Acho que estou correspondendo à confiança que depositaram em mim.

AM -  Qual a maior dificuldade que  você encontrou para administrar o Município?

Prefeito -  A situação em que encontrei a Prefeitura, o povo mal acostumado com favores particulares. A prefeitura não tinha documento de nada, nem registro de seu patrimônio.

AM -  Já há algum tempo se fala de crise no país. Até onde esta crise afetou o Município?

Prefeito  -  A crise existe. Mas não basta só ser honesto, é preciso trabalhar. A prefeitura produziu no ano passado, cem mil mudas de eucalipto, 20 mil de aroeira e, para 96, já temos 80 mil saquinhos de mudas de eucalipto e vamos chegar a cem mil. Em cinco anos, serão 200 mil m2 de madeira, que gera recursos para o município.

AM -  A prefeitura faz bom trabalho na educação. Em Cachoeira há carência de salas de aula. Existe projeto nesse sentido?

Prefeito  -  Com a criação da extensão de série, Cachoeira tem mesmo  problemas nesta área. Mas estamos empenhados em resolver. Fizemos uma planilha de custo. Um engenheiro fez o projeto. A diretora Marisa de Paula sabe disso, pois recebeu documento do governo do Estado comunicando que será liberada verba.

AM -  Barão do Monte Alto e Silveira Carvalho têm esse mesmo problema? 

Prefeito  -  Em Silveira Carvalho a Escola funciona muito bem. Já em Barão há o mesmo problema. É uma vergonha a superintendência de ensino liberar aquelas salas construídas na rua do colégio para funcionar como escola, pois são totalmente inadequadas.

AM  -  Como um homem público, o prefeito é sempre alvo de críticas. Como você as recebe?

Prefeito  -  A gente tem que saber receber as críticas construtivas e destrutivas.  Só não aceito imposições. E não é porque eu seja prefeito não; exijo que me respeitem como gente. Às vezes dizem que sou burro, mas falo o que penso. Sim é sim, não é não. Não vou mudar  para agradar João ou Maria.

AM  -  O jornal vem denunciando o não cumprimento da Lei que proíbe os animais soltos nas vias públicas. A população já se manifestou. A Lei existe!  Por que não é  cumprida ?

Prefeito  -  A prefeitura não vai colocar fiscal para tomar conta de animal. Como prefeito, jamais faria isso. Aqui em Barão já prendi diversas vezes e falei que vou multar. Mas em Cachoeira, as pessoas gostam muito de falar, mas agir nada. Lá existe o Destacamento Policial, posso mandar documento para lá, mas a população tem que ajudar a vigiar, pois a polícia não tem essa disponibilidade. O povo tem autonomia para prender qualquer animal e comunicar à prefeitura.

AM  -  Então a responsabilidade é nossa?

Prefeito -  Nossa, da prefeitura e da comunidade. Faremos uma pracinha no Largo da Matriz e os animais não podem continuar nas ruas.

AM -  A Praça é sonho antigo do cachoeirense. Então ela se tornará realidade em  96?

Prefeito  -   Cachoeira tem coisas mais importantes para se fazer. Mas entendo esse desejo. A praça está nos meus planos.

AM  -  É dezembro de 95.  Você tem ainda 1996, um ano inteiro de mandato. Cachoeira será contemplada com alguma obra?

Prefeito  -  Projetos existem. Estou aguardando verbas.

AM  -  A população, através do jornal se diz descontente com  o péssimo estado da via pública que dá acesso ao cemitério. Os paralelepípedos estão lá.  Por que um trecho tão pequeno não foi ainda calçado?

Prefeito  -  As pedras não são o suficiente. Não vejo porque o povo ficar nesse nervosismo, se há coisas mais importantes, como o abastecimento de água. Quem quiser que não vá ao cemitério. O cemitério não é municipal e não posso fazer coisas para religião. Para mim, católico, evangélico, espírita é uma coisa só.

AM  -  O cemitério é de responsabilidade da paróquia de Cachoeira e a administração fez  grandes obras lá. A rua não está dentro do cemitério, ela dá acesso ao cemitério, é portanto uma via pública ...

Prefeito  -  A via é pública, cabe à prefeitura, mas o problema está no cemitério. Conversei com o Zacarias, vou falar com um funcionário para fazer um orçamento, ver quanto de pedra falta; se for muito, não vou fazer  realmente.

AM  -  Os jogos estudantis foram sucesso.  Um ginásio poliesportivo atenderia as necessidades do município. Há essa possibilidade?

Prefeito  -  Não . Vejo isso como um sonho. Gostaria sim, mas minha preocupação é com a educação, estradas, saúde  e assistência maior aos produtores , com a Emater.

AM  -  Qual a sua maior alegria ao longo desses três anos de mandato?

Prefeito  -  É difícil falar de uma coisa coletiva. Para mim é um todo.  Veja que o município tem 192 Km2. Acho que é eu manter, como sempre,minha honestidade e franqueza com o povo que é o dono do município. Sou apenas o administrador. Acho que não decepcionei quem confiou em mim.

AM  -  Qual sua maior decepção na política?

Prefeito  -  A maioria dos políticos é desonesta, visa interesse próprio. A Constituição Federal deveria ser feita por peritos.

AM  -  É inadmissível que um Município com tanta riqueza, não tenha ainda estradas asfaltadas, que facilite o escoamento da produção e traga-lhe outros tantos benefícios.  Até quando vamos conviver com isso?

Prefeito  -  A  AMERP, com a prefeitura está lutando para isso. Já sai no plano  de trabalho de 96. Está sendo avaliado com muito carinho. Patrocínio do Muriaé até a Br 116 é a prioridade.

AM  -  Estamos no ultimo ano de sua gestão. O PMDB já fez sua convenção para escolher o candidato ao pleito de 96?

Prefeito  -  Isso não será definido na convenção.

AM  -  Para finalizar, faça uma auto-avaliação. Você se sente realizado?

Prefeito  -  A gente quer mais e mais. Foi cumprido o objetivo com honestidade. Coisa simples tem que ser  olhada com carinho. Procurei respeitar ao máximo. Estou satisfeito, mas o tempo é curto. Não está longe de tudo o que eu planejei. O dever está sendo cumprido. Existem duas coisas parecidas; Política e politicagem. Política é coisa limpa, tem filosofia,tem essência, é do povo. Politicagem é coisa isolada, desonestidade, abuso de confiança. Corrupção maior é usar as pessoas porque elas não sabem seus direitos. Para administrar bem, tem que fazer política e não politicagem. Estou administrando.

Aparecida  Marques.

 

 

UM PASSEIO PELA HISTÓRIA DE CACHOEIRA     -      IV

               

                PARÓQUIA DE CACHOEIRA ALEGRE – Foi criada a Paróquia de São Sebastião da Cachoeira Alegre, pela Lei Número 1.676, de 21 de setembro de 1870, com sede na povoação de São Sebastião da Cachoeira  Alegre, então no município de São Paulo do Muriaé.  (Observe que a mesma Lei que cria o Distrito de Paz, cria também a Paróquia)

PARÓQUIA DE CACHOEIRA ALEGRE  -  Em 1871 a Lei Número 1.783, de 22 de setembro de 1871 determinava: “ Ficam reunidas em uma as freguesias de São Sebastião  da Cachoeira Alegre  e  Patrocínio de Muriaé, cuja sede fica sendo o Arraial de São Sebastião da Cachoeira Alegre”.

PARÓQUIA DE CACHOEIRA ALEGRE  -  A Paróquia foi suprimida por um pequeno período e depois foi restaurada. Veja:  Em  28 de setembro de 1887, a Paróquia foi restaurada pela Lei  de Número 3.442,  sancionada em 28 de setembro de 1887.

A PARÓQUIA E SUA LOCALIZAÇÃO

A Paróquia de Cachoeira Alegre está situada em três  Municípios: Barão do Monte Alto, Muriaé e Patrocínio do Muriaé.  A sede está no distrito de Cachoeira Alergre, a Matriz São Sebastião e, rege ainda  quatro  Igrejas filiais e  sete capelas. 

Nossa Senhora da Imaculada Conceição,  em  Barão do Monte Alto.  São José, em Silveira Carvalho. Bom Jesus dos Aflitos, em Bom Jesus da Cachoeira – Muriaé. Nossa Senhora do Carmo e São Sebastião, na Comunidade de  Anastácia – Patrocínio do Muriaé.  Santa Cruz, na Comunidade dos Rochas – Cachoeira Alegre. Santa Bárbara, na Comunidade da União – Cachoeira Alegre. Divino Espírito Santo, na Comunidade do Divino -  Barão Do Monte Alto. Nossa Senhora Aparecida, na Comunidade da Guarita – Cachoeira Alegre.  Nossa Senhora de Lourdes, na Vila Vardiero – Cachoeira Alegre -   São Francisco de Assis, Comunidade Boa Esperança – Barão do Monte Alto.  São José Operário, Comunidade da Casa de Tábuas – Muriaé . Capelas de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro  -  Cachoeira Alegre.

LIMITES DA PARÓQUIA DE CACHOEIRA

A Paroquia de São Sebastião, de Cachoeira Alegre, limita-se com as Paróquias de Muriaé, Patrocínio do Muriaé, Palma, Laranjal, Santana de Cataguases,  Boa Família e a Paróquia de Laje do Muriaé (Comendador Venâncio), Diocese de Campos, estado do Rio de Janeiro.

  

OBSERVAÇÃO:  Com base nestas afirmações  com provas documentais, extraídas do Arquivo Histórico Mineiro, Com notas retiradas do Arquivo da Cúria Diocesana de Mariana e Livro de Leis Mineiras, conclui-se que a Paróquia de São Sebastião de Cachoeira Alegre, completará   no mês de setembro desse ano (1996)   126 Anos.  Temos pois, uma paróquia com mais de um século de existência.   São 126 Anos de história, de lutas e  de conquistas.

Fernando M. Ribeiro

 

 

 JORNAL NOVO TEMPO – ANO - 02 – NUMERO 06- CACHOEIRA ALEGRE – MAIO - 1996

 

 

EDITORIAL

                       MARIA, O GRANDE SINAL DE ESPERANÇA

 

 

                Em maio, comemora-se o Dia do Trabalhador, Dia das Comunicações, Dia do Artista Plástico,  Dia do Enfermeiro, Dia da Abolição da Escravatura, Dia da Aeromoça, dias das Mães.  Maio, mês de alegria, Mês de flores, Mês que celebramos com alegria os louvores de nossa mãe, a Virgem  Maria. Ela que foi coroada no céu, como rainha dos anjos e dos santos, é coroada  nos nossos altares como rainha também da terra.

                Maria, tão próxima do povo e tão próxima de Deus. Hoje, como outrora, Maria continua sendo o grande sinal de esperança  do povo simples e sofrido., sedento de paz, justiça e libertação. Porque ela conseguiu, como ninguém, ser de Deus e ser do povo.  Daí esse estranho fascínio espiritual que Maria exerce sobre nós.

                Há pessoas que buscam aproximar-se de Deus, enquanto se distancia do povo. Rezam, comungam, fazem penitência, mas fraquejam no convívio da fraternidade. Só  é realmente do povo, quem tem intimidade com Deus.  Alguns afirmam que vivem identificados com o povo, mas apenas usam o povo; seu engajamento popular é máscara falsa, encenação sem raízes.

                Maria, empresta-nos teus olhos e coração para contemplarmos a vida e o mundo, os rastos e o rosto de Deus.  Virgem santa, lançai um olhar de bondade sobre todos os que sofrem, que lutam contra  as dificuldades e não cessam de beber o cálice das amarguras da vida.  Amém.

O Editor

 

FESTA PARA AS MÃES, NA MATRIZ

 

                Na Matriz São Sebastião, o Dia das Mães foi lembrado com muito carinho pela equipe de liturgia, que preparou uma belíssima celebração. Depois da Celebração da Palavra, as crianças prestaram homenagem a nossa Mãe do Céu, coroando-a no seu altar, com uma corôa de flores.  A turma da catequese mostrou sua gratidão, em forma de teatro e, ao final das comemorações, foram distribuídos um total de 50 presentes para as mães;  estes anjos, vindos do céu, que com total desprendimento nos cobre de carinho, amparou nossos primeiros passos, ensinou-nos as primeiras palavras, apontou o céu, indicando-nos a grandeza de Deus, juntou nossas mãos pequeninas nas singelas preces da Ave-Maria.

                Ao final do encontro, mães e filhos se abraçaram com  sorrisos nos lábios, com uma lágrima talvez, mas com o coração em festa, dizendo para si mesmas: “Esse é o caminho da paz, o segredo da alegria interior, de um lar que vale a pena e onde é gostoso residir.”

Fernando M. Ribeiro

 

A ESSAS SANTAS MULHERES    

                Torna-se difícil escrever escrever a respeito de quem,  por si, já é um poema de amo. Mãe encerra todas asas virtudes e qualidades existentes, enobrecendo a mulher sobre o ato de gerar filhos. Mãe, pequena palavra/ que a todo instante/ por todos é pronunciada.  Presença constante, lembrada/  Meu mundo resiste/ porque existes/ E por Deus foi criada.

                Homenagem do Novo Tempo, a essas santas mulheres, mães-donas-de-casa, as que trabalham fora, mães de filhos adotivos, mães que sofrem  pela perda dos seus filhos que partem para o mundo espiritual, mães que estudam, que pesquisam, mães políticas, mães negras que se sacrificam no campo, mães  que lutam pela desigualdade social.             Sejam elas de nome Zuleica,  Cidinha, Terezinha. Rosas, Iracís, Marias do Carmo, Conceição, Emílias, Anas, Isabel, Iolandas, Amélias  e tantas outras, as que partiram, saudade, amor filial, lembrando sempre: “Ela é a dona de tudo, ela é a rainha do lar.”

Fernando M. Ribeiro

 

 

GENTE QUE FAZ

 

                Num país chamado Brasil num tempo não muito distante, em terras menos distantes ainda, havia um município promissor, um povo alegre, que apostava no trabalho, buscava o progresso e  acreditava nos seu sonhos.  Tanto que esse povo elegeu prefeito um homem em quem ele acreditava.  Aliás, ele próprio, - o prefeito -  parecia acreditar. Então, ele fez projetos e mais projetos e risque, trace, desenhe, calcule ; contando que se faça mais projeto.

                O tempo passou, as ruas não receberam   um paralelepípedo, um poste, uma manilha,  não se plantou uma árvore, um canteiro, uma flor. E o prefeito “empreendedor”  abre a gaveta, orgulhoso e diz: “Veja a metrópole que construí ao longo desses quatro anos”, enquanto  exibia os projetos da Praça, Gruta, casas populares, rede pluvial, ruas pavimentadas, iluminadas, arborizadas e ajardinadas.

                O povo se surpreende: quanto progresso guardado numa gaveta!  E as obras, onde estão essas obras?  E o povo, antes alegre, agora chora, pois suprimiram as leis, roubaram-lhes a alegria, já não lhe é mais permitido sonhar e nem voas nas asas da esperança.

Fernando M. Rieiro

 

DESCASOS

 

O que você vê na foto, são aspectos da rua Prof. Geraldo Rodrigues, em estado de total abandono.  A rua não tem calçamento, meio fio, nem galeria de água pluvial. As águas das chuvas causam erosão e  provocam essa enorme cratera, que coloca em permanente risco  as instalações do Jupter clube.  Só falta dizer que é  a Igreja,  a responsável por mais essa obra.  Para não ver ruírem os alicerces do Salão Paroquial, a Igreja fez mais de 50 metros de manilhamento e canaleta , porém, ela não dispõe de recursos para estender a obra até ao final da rua e,  entendemos também que, é obra para ser executada pelo poder público.

                Veja você que essa é uma das ruas que dá acesso ao Posto de Saúde,  à Creche Pequeno Polegar, à Escola Estadual Domiciano Cerqueira, Escola Municipal, Matriz São Sebastião, Museu de Arte Sacra, Capela de Velório, Sala de Pastorais, Cemitério Bom Pastor, Morro do Cruzeiro, Casa Paroquial e outas. Não dá para passar despercebido  Os líderes políticos;  vereadores e prefeito, não podem  dizer que desconhecem os fatos , pois eles trafegam por essa rua

Fernando M. Ribeiro

 

LIXO,  BURACO E MATO

É um trecho tão pequeno, mas ainda sem calçamento o prolongamento da rua  Alves Pequeno, onde estão a Capela de Velório, Cemitério Bom Pastor, Salas das Pastorais , o Museu de Arte Sacra e a incompetência do prefeito.

 

CONCENTRAÇÃO MARIANA EM BARÃO DO MONTE ALTO

 

                               A Congregação Mariana de Barã, recebeu no dia 19 de maio, com carinho e entusiasmo, as 13 delegações com 500 congregados.  Uma queima de fogos saudou as caravanas que se deslocaram de diversas cidades para celebrarem juntas O Dia Nacional do Congregado Mariano..

                Com alegria, emoção e  respeito,  os congregados ostentavam em seu peita o fita que  os identifica e orgulhosos cantavam o hino “Fita Azul”, conscientes de que prometeram um dia, caminhar nos caminhos da Mãe de Jesus, animados pelo seu amor, com o propósito de levar avante o nome da Imaculada Virgem Maria..

                As 9 h, num palco montado em frente a Igreja, fizeram uso da palavra, autoridades civis e eclesiásticas.  Abrindo oficialmente as festividades, falou o presidente da Federação Sr. Adilson Dala Paula.  Em seguida, os presidentes das congregações, o Pe. Wildes B. Porto, o prefeito Augusto Carlos de Abreu Neto e o seminarista Wilian Grôpo da Silva, que recebeu de Dom Ricardo, a missão de assistir as congregações, para  que sejam exemplo vivo de Maria em nossas igrejas. Depois teve início uma passeata, que percorreu as principais ruas e retornou ao pátio da igreja, onde foi celebrada missa festiva.

                Após a missa, foi servido um delicioso almoço nas dependências do colégio, onde aconteceu também uma série de apresentações das congregações, com encenações bíblicas, retratando a presença constante da Maria em nossas vidas. 

                Os presidentes das Congregações dos bairros da Barra, Porto e Gaspar (Muriaé)  Cataguases,Cachoeira Alegre, Leopoldina, Recreio, Conceição da Boa Vista,  Bom Jesus da Cachoeira, Providência, Argirita, Miraí e O Grupo JAM (Jovens em Ação Mariana)  transmitiram suas mensagens e, num clima de festa, todos se despediram, prometendo um novo encontro para 1997, na Paróquia de São Sebastião, em Cachoeira Alegre, onde se reunirão para mais uma confraternização do Dia Nacional do Congregado Mariano.  Salve Maria!

Carmem Luisa Ribeiro

 

O PREFEITO RECOMENDA

 

                Para aqueles cidadãos que procuraram a redação do jornal para reclamar de animai soltos nas ruas, eu recomendo que sigam as determinações do nosso prefeito. Em entrevista a esse periódico, na edição anterior, ele disse:  “ . . . a prefeitura não vai colocar fiscal para tomar conta de animal. Como prefeito, jamais faria isso.  Aqui em Barão, já prendi diversas vezes e falei que vou multar. Mas em Cachoeira, as pessoas gostam muito de falar, mas agir, nada .  O povo tem autonomia para prender qualquer animal e comunicar à prefeitura.”

                Que o cachoeirense se prepare então, para laçar bois, bezerros e cavalos e tenha muita disposição para correr atrás de cabritos e carneiros. Haja laços e tome correria.  Mas pode ser divertido .

Fernando M. Ribeiro

 

DONA MARIA CAPANGA  COM OS ANJOS

 

                Nasceu Maria de Lourdes de Souza, no dia 01-11-1922.  Aqui ela viveu, casou-se, teve filhos,  partilhando suas alegrias, seus dias. Sim, porque Dona Maria era uma pessoa alegre, que nasceu numa Cachoeira Alegre, no dia do cachoeirense; dia de festa e, ela fazia de sua vida uma festa.

                Em 1992, ela se emocionou com uma festa surpresa que as amigas prepararam para ela. O bolo de aniversário foi cortado na sacristia da Matriz São Sebastião e lá estava ela recebendo os abraços, o carinho dos amigos. E lá estava ela, distribuindo felicidade.

                Dona Maria Capanga. Maria entusiasmo;  Maria da reza do Terça;  Maria da Congregação Mariana;  Maria do Apostolado da Oração; Maria do Curso de Batismo;  Maria das Novenas;  Maria das Procissões; Maria das crianças, dos jovens e dos idosos:  Maria de Lourdes de Souza,  Maria de todos nós!

                Dona Maria se foi no ultimo dia 03 de março, mas as lembranças permanecem.  Seus amigos a acompanharam em sua ultima visita ao Cemitério Bom Pastor, em Cachoeira, cantando uma música que ela pedia que o fizesse nessa ocasião,   “  . . . estou em meu silêncio, conversando com meu Senhor e, me sinto feliz, como aquele do Monte Tabor ...”

                E lá estava Dona Maria em seu silêncio, conversando, ou quem sabe gritando:  Viva São Sebastião! Viva Nossa Senhora Aparecida!  Dona Maria agora, canta, reza, brinca e contagia os anjos no céu.

Fernando M. Ribeiro

 

ELEIÇÕES MUNICIPAIS

 

                Em outubro, o povo brasileiro volta às urnas, para a escolha de prefeitos e vereadores. Dizem por aí que o jornal não deve se meter na política, e eu discordo. Deve sim!“ Penso,  no entanto, que é um abuso usar desse meio  para manipular as pessoas, para favorecer um partido ou um candidato. Nosso trabalho é sério. O jornal é de todos. Na verdade, ele não é do PMDB, nem  do PT, nem do PFL,  PSDB ou PDT. Mas, por outro lado, tem muito a ver com a  atividade política, pois o jornal traz uma gama de informações sobre as atividades  humanas, a educação, saúde, religião e o dia-a-dia do município.

                Aliás, a política é uma das formas mais poderosas das ações dos homens. Daí porque facilmente a política se torna em benefício de uns poucos ou de uma classe social, prejudicando, por outro lado, uma multidão que não é valorizada como pessoa humana. Todas as pessoas são iguais, têm a mesma dignidade, gozam dos mesmos direitos e têm as mesmas necessidades básicas para  viver.   Todos têm também a mesma responsabilidade  de organizar e melhorar sempre  mais a sociedade.  Isto é tarefa específica do poder político, criado para promover o bem estar de todos, sem excluir ninguém.

                Para se chegar ao poder político, existem os partidos políticos, que representam diversas opiniões contrárias. Cada um, porém, tem direitos e deveres iguais, facilitando a  participação de todo o povo na procura do bem comum. A forma política que parece mais perfeita é a democracia. Na prática, porém, nem sempre assim.  Muitos usam da democracia para perpetuar seus privilégios e não fazer cumprir as leis que beneficiam a maioria, que são os mais empobrecidos.

                Por isso o Jornal Novo Tempo está aí para conscientizar você, caro Leitor, sobre os benefícios e os malefícios da política.  Na próxima edição, traremos o perfil de cada candidato  a prefeito, a relação com os nomes de cada candidato a vereador e seus respectivos partidos

Fernando M. Ribeiro.

               

                                               OS PARTIDOS E SUAS LIDERANÇAS

 

                Quatro partidos compõe o cenário político do nosso município: PFL , PMDB,  PSDB e PDT.  O PFL tem como presidente e vice Luiz Aberto Ribeiro e Paulo Nogueira Bastos.  O PMDB tem como presidente Nelson Moreira do Prado.  O PSDB é presidido por Fernando Antunes Bastos e Dr. João batista de Abreu.  O PDT tem como presidente, Odila Terezinha Silva Andrade.

Fernando M. Ribeiro

 

TÚLIO MARAVILHA É JUDAS

 

O Flamengo é Bi-campeão de Taça Guanabara e Romário o artilheiro da competição com 17 gols.  Túlio parece que despertou para essa realidade e marcou quatro na partida de estréia do Fogão, no returno.  Mas já era tempo. O jogador estava em falta com a torcida e, estava tão em baixa que foi lembrado como Judas, no sábado da Aleluia, em Cachoeira Alegre.

                Conduzido pelos torcedores de Vasco, Fluminense, Flamengo e até do Botafogo, o Túlio Maravilha percorreu as ruas de Cachoeira ao som da sanfona e instrumentos de percussão, enquanto os adéptos  cumpriam os rituais cantando, dançando, bebendo e malhando o Judas Túlio.  Durante o percurso foi grande o consumo de cerveja e aguardente, até que o ídolo Túlio, na pele de Judas, retornou ao campo do Tupi F.C. para tornar-se cinzas.

Fernando M. Ribeiro

 

 

                               É CARNAVAL FESTA!, TUDO É FESTA

 

                E o cachoeirense manteve a tradição, botou o bloco na rua e fez o seu carnaval. A emoção, a euforia, a alegria tomam conta dos foliões que expulsam a tristeza, afogam as mágoas, pintam a cara e saem às ruas para extravasa seus sentimentos.  A vibração dos carnavalescos tem início com o Bloco dos Esfarrapados, que se junta ao Bloco da Piranhas, Bloco das Baianas, Bloco do Boi e Mulinhas, fazendo dos quatro dias de Momo um acontecimento.

                Tudo é festa! Tudo é válido! E a o evento acontece com um povo vibrante, numa Cachoeira  de fantasias, que se torna real, envolvendo toda a massa e promovendo um encontro de todas as gerações. Isso se confirma com o destaque do folião-mirim, Victor Hugo, que cai na folia, mostrando que um cachoeirense tem no DNA a alegria e, o fez com garra e orgulho de um sambista que não resiste ao som dos tamborins.

Fernando M. Ribeiro

 

FATOS QUE MARCARAM O MUNDO DO SHOW BIZZ

 

MARÇO: 

15-03-1977 – Rita Lee lança o compacto  Arrombou a Festa, um marco do deboche do rock nacional.

18-03-1973 – Raul Seixas se encontra com John  Lennon.

20-03-1991 – Michael Jackson assina contrato de de USS 1 bilhão com a Sony.

ABRIL:

OI-O4-1984 – o spulman Marvin Gaye morre baleado pelo pai, após  uma discussão doméstica.

11-04-1981 – A Gang 90 faz o primeiro show considerado multimídia do Brasil.

18-04-1943 – Nasce Roberto Carlos

MAIO:
01-05-1981 – Bob Marley, o maior  super-star da história do reggae, morre em Miami, vitimado pelo câncer.

02-05-1964 – O primeiro album dos Rolling Stones desbaca os Beatles da parada inglesa.

26-05-1994 -  Michael Jackson se casa com Liza Maria Presley, herdeira do rei do rock, em cerimônia secreta.

 

SOCIAIS

ANIVERSÁRIO I

O Novo Tempo não dispõe de  espaço para uma coluna social mais ampla, mas vamos reservar um cantinho, para, na medida do possível  destacar esses fatos.

Assim, registramos o aniversário de José Miguel, filho de Miguel Arquetti Filho e Isabel Cristina (Miguel e Belinha) Ele reuniu os amiguinhos na Danceteria Guimarães, para soprar a velinha e cortar o bolo de seu primeiro aniversário.  Parabéns ao garotão!

 

ANIVERSÁRIO II

A festa de  Lucas, filho de Fátima Henriqueta e Sebastião de Souza (Tião Capanga), foi na casa da vovó Maria Henriqueta, à rua Mario Ribeiro, onde os pais receberam os amigos. Com a natural alegria dos baixinhos, cantou-se o parabéns pra você e distribuiu o bolo e docinhos. O Novo Tempo deseja  ao Lucas, um Feliz Aniversário.

ANIVERSÁRIO III

O tempo passa e a amizade permanece, cresce, floresce, se agiganta. Tê-lo como amigo é um privilégio. Feliz Aniversário,  (14-04) Judas Tadeu Bouzada Dias.  Abraço do velho amigo, Fernando Ribeiro,  através do Novo Tempo.

 

BODAS DE OURO

No dia 19 de maio, o casal Sr. Janir e Sra. Waldomira celebraram Bodas de Ouro. Subiram ao altar da Igreja de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, em Barão do Monte Alto, para receberem as  orações da assembléia e  as bênçãos de Deus, pelas mãos de Pe. Wildes e, os votos de felicidades pelos 50 Anos de  feliz matrimônio.

 

SEMINARISTA

Em junho, Cachoeira Alegre receberá o seminarista willian Grôpo da Silva, que auxiliará o padre Wildes, na paróquia.  Já foram feitos alguns contatos, a comunidade cachoeirense está entusiasmada e já é grande a expectativa pela sua chegada. Bem-vindo Willian. Cachoeira te recebe de braços abertos!

 

MISSA

No dia 06 de junho, às 10 h, 30 min.  Cachoeira celebrará a Festa de Corpus Christi.  Os fiéis deverão se reunir na Praça da Figueira, onde acontecerá a Santa Missa, para, em seguida, percorrer as ruas ornamentadas com flores, tapetes de serragem e a altares, em procissão, com o Santíssimo Sacramento, até a Matriz.

 

                PARABÉNS AOS DIZIMISTAS

 

                A mais eloquente contribuição dizimal nasce do espírito comunitário que o contribuinte deve adquirir ao se firmar como dizimista. O Dízimo não acontece por acaso. Ele nasce da necessidade de ser agradecido a Deus por tudo o que temos e somos; pela saúde, pelo trabalho, enfim, por tudo. Parabéns aos dizimistas:

MARÇO:  Maria José David, José Ribeiro Gouveia,.

ABRIL:  Maria Aparecida Soares Azevedo, Maria Perpétuo Socorro de Oliveira, Eloízio Rodrigues de Oliveira, Ivan Clovis Ribeiro, Maria Helena Rodrigues e Rita de Cássia Silva Paula.

MAIO: Neuza Alves Pequeno, Zuleica Rogel Ribeiro,  Sebastiana Veronese Bizarro e  Margarida da Silva  Ferreira

Fernando M. Ribeiro

 

 

CARTAS DOS LEITORES

 

QUEREMOS ATOS, OBRAS

O Novo Tempo é uma realidade que surgiu como um canal de esperança para o povo de Cachoeira Alegre.  Um povo forte e trabalhador, alegre e descontraído.  Mas um povo que vem já a algum tempo, sendo preterido nas suas reivindicações, por melhorias em seu lugar. Cachoeira Alegre tem hoje, um canal onde o povo pode reivindicar com mais clareza, seus anseios por melhores condições de vida. É hora portanto, de nos unirmos e mostrarmos nossa força e capacidade.  Temos o poder de decidir sobre o nosso futuro.

                Não estamos contra ninguém, mas na hora certa ficaremos do lado de quem tiver cumprido suas obrigações com o povo que o ajudou. Não queremos  promessas, nem conversas; queremos atos, obras, melhorias e, na hora certa saberemos escolher o melhor. O povo de Cachoeira, que sempre se destacou pela sua alegria, espontaneidade, hospitalidade, merece uma vida melhor, para continuar sempre, o povo bom e acolhedor que é.

                Parabéns, Novo Tempo! O jornal tem o dever de falar e não pode se calar, pois é falando que ele nos ensina!

Gilson G. Oliveira – Ilha do Governador – Rio de Janeiro – RJ.

 

NOTA DO REDATOR:

O jornal está aí e se coloca a serviço para conscientizar o homem, o leitor, eleitor ou não.  A reforma da casa paroquial foi concluída e  o Conselho Administrativo está desenvolvendo junto à comunidade, uma campanha para a aquisição dos móveis, com o objetivo de deixar a casa em ordem. Com isso, percebe-se que,  à medida que o tempo passa, cresce na comunidade a expectativa pela chegada do padre.

 

ORGULHO DE SER CACHOEIRENSE

Caro Amigo, Fernando, é com muita satisfação que venho, através desta, parabenizá-lo pelo maravilhoso trabalho que realiza, ao editar um jornal em Cachoeira.

                Saiba que, a todo dia que passa, sinto-me  mais orgulhoso de ser cachoeirense; que a admiração que sinto por você é muito grande e o seu trabalho e dedicação para com nossa comunidade tão sofrida, é o máximo. Tenho recebido todo mês o Novo Tempo e gostaria que você  enviasse as edições deste maravilhoso jornal para um cachoeirense ilustre, que quando leu, adorou sua iniciativa. Não tenho dúvida de que ele vai gostar muito. Vou ficando por aqui. Parabéns pelo trabalho e um abraço do amigo que te admira muito.

Ivan Lacerda Soares -  Gama – Brasília – DF.

NOTA DO EDITOR;

Amigo leitor, essas suas palavras fazem aumentar ainda mais nossa responsabilidade e nos estimula a caminhar. Obrigado!

 

RAÍZES CACHOEIRENSES

                Só um cachoeirense ausente sabe o quanto é difícil viver longe de nossas raízes. Quando o jornal chega é uma festa. O Novo Tempo fez também outros irmãos felizes aqui em nossa casa. São eles: Paulinho e família, Carlinhos e famiíia, Juceli e família, (filhos do Josino e Gerci) . Todos se sentiram felizes e orgulhosos com esse trabalho.

                Jesus é tão maravilhoso que me deu  esses irmãos, como vizinhos; são elos de uma corrente que se estende pelo Brasil inteiro. Queremos ser assinantes do Novo Tempo, ele é mesmo o jornal da família cachoeirense.  É através dele que Através dele  que podemos pedir, cobrar, criticar e aplaudir.  É através dele que tomamos conhecimento dos acontecimentos do município e experimentamos as emoções, à medida que tomamos conhecimento das festas e do nosso dia-a-dia dessa nossa Cachoeira querida, já que não é possível estar presente em todas as festividades.

Bravo! Bravo é o Novo Tempo! Por isso estou louvando o nosso Pai Criador, hoje e sempre, pelas graças recebidas. Vá em frente! Um abraço.

Maria Lúcia Dias -  Serra Dourada II  -  Vitória  -  ES.

 

NOTA DO REDATOR:

É bom saber que, além de informações,  o Novo Tempo leva também alegria às pessoas. Obrigado pelas palavras de estímulo!

 

CURTAS E BOAS  --  CURTAS E BOAS  -  CURTAS E BOAS

 

FOI DADA A LARGADA

Nos últimos dias, começou a ciranda envolvendo políticos e partidos. Nesta movimentação os políticos convocam seus diretórios para constantes reuniões. Algumas delas já aconteceram nas Fazendas Nova Zelândia, Fazenda Soledade e Fazenda Santa Luzia. Nestes encontros apresenta-se candidatos, questiona-se, pondera-se, discute-se,   para se definir  um nome que tenha mais chances de se chegar ao poder.

Até que se chegue a esse consenso, muitos outros encontros acontecerão, com certeza.  Fala-se em coligações, alianças, mas nenhum partido confirmou, o que nos leva a crer que tudo está ainda no campo das especulações, das negociações, do toma-lá-dá-cá, muito próprios dos políticos.

 

                               QUEM NÃO SE COMUNICA  . . .

 

Como está a situação dos Conselhos Comunitários, no Município?  Cachoeira, Barão e Vila não se manifestam.  Quando e onde acontecem as reuniões?  Guardar o Livro de Atas para manter o “statos” de presidente não trará nenhum benefício à comunidade. Onde andam os membros que compõem as diretorias dos respectivos conselhos? 

Silveira Carvalho, nos tempos de Nelson Moreira do Prado à frente do Conselho realizava trabalhos louváveis na comunidade. Como andam as coisas por aí, seu  presidente? Mande-nos notícias.

 

BARÃO, SUCESSO TOTAL, NO MICAREME

 

Muita alegria, descontração e gente bonita superlotando as ruas de nosso Município. Sucesso absoluto o Micareme 96, em Barão do Monte Alto.  O Novo Tempo solicitou de seus organizadores (Prefeitura Municipal)  informações sobre a programação do evento, para fazermos a divulgação, como é de praxe  e,  até o fechamento da edição anterior, não havia recebido  tais informações.  (nosso jornal é mensal)   Para os leitores que nos acompanham à distância e que reclamam a não divulgação, lamentamos; mas  são esses os motivos.  Parabéns aos montealtenses que fizeram uma festa bonita e que tão  bem acolhem os visitantes.

 

                               CPP COMEMORA DIA DAS MÃES

 

A coordenadora da Creche Pequeno Polegar e competente equipe de funcionários, promoveram uma festa para comemorar o Dia das Mães.  As 14 h, do dia 10 de maio, era grande a movimentação das crianças no Pátio da CPP, onde compareceram 30 mães, para receber  homenagens e o carinho de seus filhos, a quem abraçadas, agradeciam, emocionadas, enquanto as crianças cantavam o Parabéns pra você. Para completar a alegria dos baixinhos, depois foi servido um delicioso bolo.

 

                               A ARRECADAÇÃO DE ABRIL E MARÇO

 

A Administração Fazendária de Muriaé, divulgou  a arrecadação de Barão do Monte Alto, em Abril de 96. O total da receita, em valores nominais, incluindo ICMS, Substituição tributária, juros, multas, Dívida  Ativa, IPVA, ITCD,Taxas, Multas de trânsito e outras receitas foi de RS 23. 778,65.  NO mês de Março, foram arrecadados  RS 21.408,45.

                               CACHOEIRA, TERRA DE MÚSICOS

Nosso reconhecimento aos senhores  Erlande Rodrigues de Assis e Adilson Gomes Delgado, pela dedicação à Banda de Música, a Euterpe Santa Cecília que, atuam na preparação de  novos músicos, para uma nova formação da Banda.  Parabéns aos integrantes da Banda que tornaram mais harmoniosa a celebração da Semana Santa. (Na foto, o músico Adilson Gomes Delgado)

 

A SEMANA SANTA EM CACHOEIRA ALEGRE

 

                A Paróquia de Cachoeira Alegre se reuniu para mais uma manifestação de amor e fé, celebrando de 31 de março a 06 de abril, a Semana Santa.  Refletindo sobre o lema da CF/96,  Pe. Wildes Batista Porto, abriu a semana com a bênção dos ramos, junto ao altar, na Praça São Sebastião, domingo, as 17 h.  Cantando “Justiça e Paz se abraçarão”, o povo  foi conclamado a a participar da cerimônia que reviveu a entrada triunfal de jesus e seus discípulos em Jerusalém, saudados com ramos, há quase dois mil anos.

                O povo contrito, seguiu em procissão, até a Matriz, onde foi celebrada a Santa Missa. O tema Fraternidade e Política, foi enfocado no sermão do seminarista Itamar Goulart, no qual se posicionou muito bem em relação aos fundamentos da politica como ciência e como forma de vida  e os desmandos da politicagem que tanto prejudica a sociedade.

                                                              

                As 19 h, Nosso Senhor dos Passos foi levado na Procissão de Depósito para a residência de Dona Fiota.  A segunda feira mostrou as dores de Maria, nas palavras acertadas do seminarista Itamar Goulart.  Em seguida o povo saiu em procissão, levando Nossa Senhora das Dores, para a residência do Sr. José Ribeiro Gouveia, de onde saiu para a procissão do encontro na terça feira.

                Nas escadarias da Alameda Joaquim de Assis, revivemos os momentos de dor vividos por Maria e o sofrimento de Cristo, em sua flagelação. A comovente cena do Encontro de Maria com seu Filho Jesus, foi relatada de forma prática (sem perder a alta dramaticidade do fato) pelo seminarista Itamar que ressaltou o indiferentismo dos políticos brasileiros, ante os problemas do povo que os elegeu;  povo com o qual os grandes do poder não estabelecem encontros; povo sofrido que só existe para os poderosos em véspera de eleições.  Na quarta feira, celebramos a caminhada de Jesus ao calvário. A Via-Sacra enfocou o nosso lado positivo e negativo (para este, chamou-se por soluções urgentes)                                           

     TRÍDUO PASCAL

 

                O cerimonial de quinta feira, provou mais uma vez a seriedade de nosso pároco que vai além das aparências e vê a religião como forma de vida coerente entre sentimentos, pensamentos e testemunho. A solenidade desse dia, contou com três momentos importantes: “Instituição da Eucaristia”, quando nos conscientizamos do valor da doação que Cristo nos fez, ao deixar-nos seu Corpo e Sangue como alimento, herança espiritual preciosa;  Lava-pés, que numa cerimônia sublime e de originalidade, realçou todo o valor da autoridade como serviço ao outro, o que, num gesto de humildade, fez o celebrante ao ajoelhar-se diante dos discípulos e lavar-lhes os pés; “ Adoração ao Santíssimo”, após a Missa, motivo de bênçãos  e graças aos fiéis, na exaltação de Cristo como Senhor e Rei, que se estendeu pela noite, com horários pra os catequistas e catequizandos, Congregação Mariana e Apostolado da Oração e Grupo Jovem.

                                                             

SEXTA FEIRA SANTA

                Na sexta feira, foi encenada a Crucificação e Morte de Cristo, numa solenidade marcada pela piedade e pelas palavras precisas e conscientizadoras do seminarista Itamar, que enfocou o ato do Descimento da Cruz, como um ato que deve ser praticada no dia-a-dia, quando devem ser tirados da cruz do abandono, do descaso, da injustiça, todos os marginalizados  por nossa sociedade. A Procissão do Enterro de Cristo, contou com  um número muito grande de fiéis, que ao som da “marcha fúnebre”, executada pela Euterpe Santa Cecília, caminhava silenciosamente mostrando sua devoção e um novo sentido para o sacrifício da Cruz.

                                               SÁBADO SANTO

                O  sábado santo, constituído de preciosidades como a celebração do Fogo, no Pátio da Matriz, da Luz,  da Água, do Batismo, da Palavra, da Eucaristia trouxe um manancial riquíssimo à vivência cristã de todos os seus participantes.

                                               DOMINGO DA RESSURREIÇÃO

                No domingo, celebrou-se a Ressurreição, que revestiu de grandeza  a Liturgia das Celebrações Eucarísticas e a Bênção do Santíssimo. A plenitude da vida que renasceu da morte foi muito bem vivenciada em cada palavra do celebrante e os fiéis participaram de todos os atos com o semblante de quem  sabe o quanto é importante a Cruz de Cristo, porque dela nasceu a esperança da redenção e a certeza de uma Vida Nova.

Fernando M. Ribeiro

 

  JORNAL NOVO TEMPO – ANO - 02 – NUMERO 07 - CACHOEIRA ALEGRE – JULHO - 1996

 

 

 

 

 

FESTA DE CORPUS CHRISTI E OS BELOS TAPETES DE FLORES

 

                Somos chamados a caminhar com Cristo. Uma caminhada árdua! Sentimos fome, precisamos de forças. Mas,  ao caminharmos, Cristo mesmo caminha conosco. Sua presença nos alimenta e nos restaura.  A celebração do Corpo e do Sangue nos questiona em nossa auto-suficiência:   ninguém caminha sozinho. Caminhando com Jesus quer dizer que  devemos caminhar com nossos irmãos, comungando nossas vidas, partilhando nossas experiências, construindo o Reino que Deus quer.

                As 10 h, muitos fiéis já se concentravam na Praça da Figueira. Às 10 h, 30 min. centenas deles se reuniram em torno do altar e se espalhavam pela praça, ornamentada com jarros de cerâmica, toalhas, tapetes e flores, e, com alegria entoavam o canto de entrada, que abria oficialmente a solenidade.

                Padre Wildes  B. Porto, auxiliado pelo seminarista Willian Grôpo da Silva, celebrou no local a Santa Missa, seguida da procissão do Santíssimo Sacramento, que esse ano percorreu toda a Rua Padre Nonato, por onde se estenderam belos tapetes de flores, confeccionados pelos moradores.  Outros dois altares foram montados ao longo do percurso, para uma pequena parada, onde o sacerdote  dava  aos fiéis, a bênção com o Santíssimo;  a fumaça do incenso inebriava o local e se espalhava pelos ares, enquanto o povo de Deus , contritamente, cantava: “Tão sublime Sacramento adoremos nesse altar . . .”

                Dessa forma, os fiéis caminharam com o Deus vivo até a Matriz, adorando-O nos altares, entoando seus cânticos, ao som da Banda de Música e, finalmente louvando-O  em seu santuário.  Porque o que mais nos alegra e emociona é o fato de que nos é concedido participar da vida do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Porque o DEUS de que tanto falamos, em que acreditamos e a quem tanto amamos não é um  Deus remoto e distante, desconhecido por nós e esquecido de nós.  Pelo contrário, Ele é nosso familiar, habita nossos lares, frequenta nossos corações, caminha conosco e orienta a nossa história.

Fernando M. Ribeiro

                                                                                                                                                                        

      

VILA VARDIERO TEM PROJETO: CONSTRUIR SUA IGREJA

               

                A  comunidade da Vila Vardiero vem fazendo progresso em vários aspectos nos últimos tempos.  Essa gente acolhedora do povoado  que antes era conhecido como Pitanga, se dês tacou dentre outras áreas, no esporte, ao  conquistar títulos com o time da Montanha F.C. e a comunidade deixava de ser Pitanga  e se identificava com o nome do time de futebol.  O Montanha continua sendo um dos orgulhos  de sua gente mas  ganha cada vez mais forças o nome de  Vila Vardiero, uma das famílias mais tradicionais ao lado dos Nery e Simão.  A Vila, hoje, se desenvolve com o loteamento  em terras  da família Vardiero. Daí, justo o nome, que parece ser definitivo.

                As celebrações religiosas sempre se convergiam para a Matriz São Sebastião, em Cachoeira Alegre e a Capela de Santa Bárbara, Na Fazenda da União. Após muitos anos de sonho dos católicos, a comunidade da Vila Vardiero tem um projeto para construir a sua Igreja. Com esse objetivo, no mês passado (junho) mais de sessenta moradores da Vila e região se reuniram. Dentre eles, destacamos a presença dos senhores Américo  Vardiero, Paulo, Lúcio, Zeca, Tita e Santinho.

                Um importante passo foi dado nesse sentido, que é a doação de um terreno de 400m2 pelo Sr. Vivalde, ao lado da residência e comércio do Sr. Júlio Vardiero.  Essa Igrja-capela será consagrada a Nossa Senhora de Lourdes. Os ministros da Palavra e da Eucaristia, Ângelo e Luiz,

Ofereceram os seus préstimos e com certeza serão muito úteis nesse processo, dadas as suas experiências.  Agora, é esperar que o sonho se torne realidade. É dever dos católicos participar com um pouco daquilo que recebem de Deus. Disse uma moradora da Vila.

                Nessa reunião, os moradores trataram ainda de assuntos relacionados ao abastecimento de água e saneamento básico;  antigos anseios da comunidade, que serão levados até aos seus líderes políticos.

Fernando M .Ribeiro

 

 

CARAVANAS APORTAM EM CACHOEIRA, É UMA FESTA NOS CORAÇÕES

 

                Não é comum vermos em Cachoeira, ônibus de turismo. Isso ocorre quando  da festa do cachoeirense, por ocasião das exposições agropecuárias ou algum evento religioso  ou esportivo. Mas aconteceu dia 23 de junho e surpreendeu alguns desatentos.

                Foi bom ver as caravanas aportarem em Cachoeira . Um ônibus de Muriaé, trouxe membros de diversos Grupos de Oração. Grupo de Jovens  de Bom Jesus da Cachoeira, comunidade do Dornelas e outros bairros também se organizaram e, por volta das 13 h, e 30 min. estacionavam seus veículos na Praça São Sebastião.  Para quê? Para uma tarde inteira de orações de  e  louvor  e, render graças a Deus Pai, Filho e Espírito Santo.

                A marca da Renovação Carismática Católica é a alegria com que celebra seus encontros. O Ministério de Músicas trouxe  membros da RCC, que tornou mais alegre, envolvente e participativo o evento, principalmente por parte da ala jovem que,  erguendo os seus braços, louvava a  celebrar Deus.

                No intervalo as comunidades se confraternizaram no pátio da Matriz e foi servido um lanche nas salas de catequese. O encontro foi encerrado com a celebração de Santa Eucaristia, pelo padre Helvécio de Bom Jesus, que, ao final falou de sua alegria por estar em Cachoeira, conhecer de perto a paróquia, sua gente e nossa história, através do Museu de Arte Sacra.

                A comunidade cachoeirense envia através do Novo tempo, seus agradecimentos  à  equipe de Bom Jesus, que veio somar com seu entusiasmo, fazendo mais alegre nossa tarde de louvor. Ao Padre Helvécio, nosso carinho, nossos agradecimentos e um convite para celebrar  na Matriz São Sebastião outras vezes, com mais tempo, para ouvirmos suas histórias.

                Jesus é um pastor Onipotente e cheio de amor, que providencia a maravilhosa abundância de todos os bens.  A possibilidade de se ter em Cachoeira, um Grupo de Oração da RCC, depende de você.  Ore, busque, visite em Muriaé os grupos de oração e informe-se a respeito dos Seminários de Vida no Espírito Santo.  Você quer? Você pode! Você deve participar, esse é o primeiro passo.

Fernando M. Ribeiro.

 

 

 

PARABÉNS, DIZIMISTAS ANIVERSARIANTES DE JUNHO

 

                “Todos os dízimos do campo, seja produto da terra, seja o fruto das árvores, pertence a Javé; é coisa consagrada a Javé. Se alguém quiser resgatar parte do dízimo, pagará vinte por cento além do valor. Os dízimos de animais, bois ou ovelhas, isto é, a décima parte  de tudo o que passa sob o cajado do pastor, é coisa consagrada a Javé.”  (Lev. 27,30-32)

Cecília C Berto, Adriana Gomes da Silva, Jovem Soares Dias, Sônia Pereira Fernandes, Ana Maria de jesus Soares e Ana Lúcia Andrade

 

PARABÉNS DIZIMISTAS DE JULHO

                Há pessoas que tem medo de dar o melhor para a sua Igreja, porque tem medo que irão,mais tarde,  lhe fazer falta.  Outras pessoas são insensíveis e  não se importam com os seus gestos! Tem medo de ser feliz. Brincam com Deus como se Ele fosse uma coisa qualquer. Para você que leva a sério esse gesto de doar com o coração, Feliz Aniversário!

Maria Aparecida Aleixo Mansor, Judite dos Passos Morim, Clementina A Nery,  Deusinha S. Fernandes, Eli dos Anjos Souza e Maria Celina Soares.

 

 

     

GENTE QUE FAZ

 

                Há muito, que o povo de barão do Monte Alto precisava ver o Posto de Saúde, hoje Unidade Mista de Saúde, bem equipado e em condição de oferecer atendimento digno aos menos favorecidos. Esse nobre objetivo, felizmente, foi alcançado pelo Dr. João Batista Duarte Abreu, secretário de saúde, incansável, capaz e profissional, como se mostra nesses quatro anos de atuação,como médico dedicado e possuidor de grande espírito de solidariedade humana.

Guiado pelo coração, atende com presteza e desprendimentos os doentes da região, procurando aclará-los com a luz de sua inteligência e simplicidade de seu viver desambicioso, inclinado sempre para o bem comum. Além de prestar seus conhecimentos, sabe ser amigo, fiel e atencioso nos momentos mais drásticos, deixando sempre a marca indelével de sua bondosa e iluminada pessoa.

                É bom reconhecer o trabalho de um servidor que jamais colocou outro interesse acima de sua honestidade profissional, chamando  a si a responsabilidade de buscar soluções muito difíceis para o posto de saúde tornar-se hoje um exemplo de atendimento ao setor precário (em muitas regiões) da saúde.

                Pelo grande amor a profissão, por sua incansável dedicação, por suas intenções de bem servir, hoje e para sempre, acreditamos ter adquirido consciência de saber a quem fazer o maior e mais sincero agradecimento e reconhecer que o dr. João é realmente “gente que faz”         

Ana Lúcia  -  Barão do Monte Alto

     

 

FATOS QUE MARCARAM O MUNDO DO SHOW BIZZ

JUNHO:

01-06-1967  -  Os Beatles lançam Sgp Peper’s, um dos discos mais importantes da história da música  pop.

16-07-1967  -  Começa o Monterrey Pop  Festival.

29-06-1968  -  Pink Floyd faz o primeiro show gratuíto no Hyde Park, em Londres

JULHO:

06-07-1948  -  Nasce Arnaldo Baptista. 

03-07-1971  - Jim Morrison é encontrado morto numa banheira de hotel, em Paris.

25-07-1965 -  Bob Dylan é vaiado no New-port Folk Festival, por ter trocado a viola pela guitarra elétrica.

AGOSTO:

02-08-1941  -  Nasce Sérgio Murilo, considerado o rei do rock brasileiro.

15-08-1969  -  “Três dias de paz e música.” Era o que prometia o Woodstock Festival.

16-08-1958  -  Nasce Madona Loise Ciccone.

16-08-1976  -  Elvys Presley morre de ataque cardíaco.

02-08-1989  -  Morre o Maluco Beleza, Raul Seixas e deixa uma legião de fãs que ele conquistou com sua genialidade.

 

TRÊS NOMES, TRÊS HISTÓRIAS E UM CARGO

 

                O Jornal Novo Tempo, em primeiríssima mão, traz para você, leitor,  os candidatos a prefeito pelo município de Barão do Monte.  São três nomes importantes,  três histórias interessantes e um cargo almejado pelos três.  Três filhos de Cachoeira Alegre. Três cidadãos de bem, com propostas de governo  muito boas, segundo seus acessores, – o jornal  Novo Tempo fará uma entrevista com cada um dos candidatos, se coloca à disposição de todos,  para divulgar suas propostas , acredita no potencial de todos eles e não tem dúvidas de que,  independente de quem seja o mais votado, o município estará bem representado --  com alguma experiência  na vida pública e com um desejo enorme de marcar definitivamente seus nomes na história do município. O perfil de cada candidato, é o que você verá na sequência.  Embora o trio seja conhecido do grande público, há sempre aquele eleitor que diz não saber de quem se trata. Penso que essas informações serão uteis também para os nossos  leitores que não residem no município.

                Você vai checar também a relação dos candidatos ao cargo de vereador.  Alguns, são figurinhas carimbadas, que você coleciona já a algum tempo e que têm credibilidade para continuar lhe representando. Outros, são novos personagens que desejam subir ao palco do Legislativo e que você pode  vir a aplaudi-lo. Se você, deseja inserir um novo nome no seu álbum de figurinhas, procure conhecer bem sua proposta.  Lembra-te que  o espetáculo para o qual você está adquirindo o ingresso, tem duração de quatro anos. E  não adianta dirigir-se à bilheteria , dizendo ter se arrependido.  No palco da política, comédia ou drama são encenadas  ininterruptamente, em qualquer canto do país e, para decepção da platéia e a alegria do elenco; o show não pode parar.   Pense nisso!

CANDIDATO DO PMDB:   NELSON LUIZ MOREIRA DO PRADO

Nascimento: 12-08-1946

Cidade: Cachoeira Alegre

Endereço: Rua da Estação – 89 – Silveira Carvalho – MG.   CEP.  36.873.000

Profissão: Comerciante

Escolaridade: Primeiro Grau (incompleto)

Atividade política:  Foi eleito vereador em 1993 (o mais votado do PMDB) Já ocupou o cargo de presidente da Câmara.

Atividade comunitária e social: Atuação marcante em Silveira Carvalho e no município de Barão do Monte Alto.

Estado civil: Casado com Marlene Soares Resende do Prado. Filhos: Três

Meta de Governo:  atuação na saúde, educação, urbanização, agricultura e esportes.

O que é a política, para você?

É polimento! É a arte de governar com honestidade e seriedade. Virtudes que me acompanham ao longo da minha existência.

E o político, o que é?

É o cidadão que tem como base esses princípios. Se eleito, governarei com educação e respeito.

 

CANDIDATO DO PFL  -  ROBERTO NAVARRO ROCHA

Vice: Francisco Renato de Oliveira

Nascimento: 21-05-1959

Cidade: Cachoeira Alegre – MG.

Endereço: Fazenda Nossa Senhora Aparecida – Cachoeira Alegre – MG.  CEP. 36.876.000

Profissão: Agropecuarista

Escolaridade: Terceiro Grau (engenheiro civil)

Atividade política: Secretário municipal de obras de 1989 a 1992 e candidato a prefeito em 1992.

Estado civil: Casado com Lúcia Moreira Rocha -  Filhos: Dois

Meta de Governo: Atuação na saúde, educação, abastecimento de água, urbanização e habitação

O que é a política para você?

A política é uma arte de bem governar

E o político, o que é?

É aquele que, com seriedade, vai ao encontro dos anseios do povo.

 

CANDIDATO DO PSDB/PDT  -   LUIZ JOSÉ VARDIERO  (Luiz Perina)

Vice: Valtecir Ferreira Guimarães

Nascimento: 30-10-1957

Cidade: Cachoeira Alegre – MG.

Endereço: Fazenda Boa Vista – Cachoeira Alegre – MG.   -   Cep. 36.867.000

Profissão: Agricultor e pecuarista

Escolaridade: Segundo Grau (completo)

Atividade política:  Nunca exerceu atividade política, nunca exerceu algum cargo público

Estado civil: Casado com Wanda Maria Carlos Santos Vardiero.  Filhos:  Três

Meta de Governo: Elaborar um plano diretor, visando dar sequência na área da educação, saúde, saneamento e habitação.

O que é a Política, para você?

A arte de administrar coletivamente as necessidades básicas para a sobrevivência do povo.

E o político, o que é? É aquele que exerce tais atividades, com seriedade, competência e responsabilidade.

 

CANDIDATOS A VEREADOR PELO PMDB

José Silvio Ferreira (Silvinho)

Pedro Rosa Mendes (Pedrinho)

Maria de Lurdes Gomes Marcelino  (Lurdes do Posto)

José Oliveira de Souza (Zé Olimpio)

Mauro Lopes Barbosa (Maurinho)

Maria Cecília Silva de paula (Cecília)

Geysa Rosa Oliveira Novais

Sebastião Gil de Mattos (Tião Gil)

Antonio Vieira Barbos (Antonio Pica-pau)

 

CANDIDATOS A VEREADOR PELO PFL

José Romão Guilherme Nery -25.601

Lucinéa  Cardoso Rocha -  25.604

Ana luisa Fernandes da Silva – 25.610

Rita de Cássia Silva Paula – 25.611

Domiciano Cerqueira de Castro Neto -  25.616

Petrônio Soares da Fonseca – 25.615

João Pedro Cândido – 25.629

Luiz Henrique Ribeiro  -  25.625

Osório José da Cruz  -   25.630

Eduardo Dias Barros -   25.665

José Pacheco  -  25.670

 

OBS:  A lista dos candidatos do PSDB e PDT não chegaram até o fechamento desta edição. Informou-nos  membros dos partidos que a lista ainda não fora concluída.  Possivelmente, publicaremos na próxima edição.

 

PROMESSA DE POLÍTICO, COLHEITA DE DECEPÇÃO

 

O amor perdeu espaço

Cedeu lugar para a guerra

Vou marcando com meus passos,

Estradas de sol e terra.

Nos caminhos e descaminhos,

Só minha sombra e, eu sozinho.

A fé, deu lugar à ambição,

O homem tornou-se vazio,

Só quer chegar ao poder,

Não importa a condição.

Vive-se outra realidade.

Quando, eu ainda criança,

Me enchia de esperanças

Ver minha vila, cidade,

Ao ouvir promessas  e, confiante

Alimentava sonhos gigantes.

Lembro-me que, em tempos não muito distantes,

 O menino sonhador, ouvia

Os “poderosos” dizerem:  um dia

Vou fazer crescer essa comunidade!

Vou fazer aqui, uma cidade!

Gritavam nos seus palanques,

Ao som de auto-falantes.

O  tempo passa como um furacão

E o que se ganha em juro e correção,

São dias a fio de dor e decepção.

Fernando M. Ribeiro.

 

 

UM PASSEIO PELA HISTÓRIA DE CACHOEIRA  -  Cap.  V

A PRIMITIVA CAPELA E AS IGREJAS

                Dada as excelências de suas águas e terras, desde muito cedo o homem civilizado viu que a região era um convite às atividades agropecuárias e, foi sobre essa base econômica que o lugar progrediu. Assim que a população conseguiu construir  a pau-a-pique suas rústicas moradias, providenciaram um local para a prática religiosa e comunitária. Desbravaram primeiro uma colina, para iniciar a construção da primitiva capelinha de São Sebastião, que abrigaria os fervorosos  desbravadores nas horas de prece.

                Com a mão-de-obra escrava a primitiva capela foi erguida. Com a obra já concluída, José Joaquim de Paula Alves e Antonio Teodoro da Silva encomendaram uma imagem de São Sebastião, talhada em madeira e, a consagraram ao santo, denominando-a  Capela de São Sebastião da Cachoeira Alegre. Em 1859, as pessoas do povoado,  cantando e rezando conduziram  a Imagem do Mártir São Sebastião,  até a Capela, que serviu ao culto divino  nos primeiros anos .

                Alguns anos depois, a primitiva capela de pau-a-pique e assoalho, já não atendia as necessidades do  povoado que crescia e,  dera  lugar a uma Igreja maior, que acolhesse todo o povo para as celebrações e recebesse com relativo conforto,  o padre,  que viria, para  cuidar da Igreja, que  posteriormente seria elevada à condição de Paróquia. Fato que se concretizou em 28 de setembro de 1870.

                Em 1887, era vigário da paróquia de São Sebastião, da Cachoeira Alegre, o reverendo Pe. Sinfronino de Almeida, que fez algumas obras, tornando ainda melhor e mais agradável nossa  Igreja-matriz.

Em 1913, Padre Freitas Pacis submete nossa matriz a mais algumas intervenções, mas o destaque dessa obra, na ocasião, foi a construção do enorme muro de pedras brutas, na frente da  torre, preservando  uma área à frente e ao redor do prédio, constituindo assim o adro da Igreja.                                                                                                                                                                            Próximo à pedreira, mais precisamente onde é hoje, a residência de Sr. Claudionor Bahia, (Nênen Bahia) foi construída  uma  outra igreja.  A edificação de mais um templo,  para a honra e glória do Senhor, foi uma iniciativa do Padre Lúcio Benfica.  Em 1917, Cachoeira contava com mais uma bela Igreja, desta feita; no outeiro  da pedreira, à rua do Rosário  ( hoje, Pe. Messias Passos)   e  o santuário foi consagraram a Nossa Senhora do Rosário.

Em 1934, o prédio da Igreja-matriz foi praticamente demolido para dar lugar a uma construção mais sólida,mais ampla e imponente.  Depois de seis anos dedicados à causa, com alicerces consistentes, paredes bem fundamentadas,  se elevam do solo, 12 grandiosas colunas de sustentação, simbolizando as 12 tribos de Israel, os 12 apóstolos de Jesus; surge a majestosa  Igreja-matriz, que foi inaugurada com Missa festiva, onde reuniu todos os paroquianos, em  1940, quando era  Arcebispo  Metropolitano de Mariana, Dom Helvécio Gomes de Oliveira e o sucessor de Pedro era o Papa Pio XII.

1941. A Igreja do Rosário, 23 anos depois, precisa de reparos urgentes. A população acabara de construir a Igreja- matriz no ano anterior e não dispunha de recursos para recuperar uma construção já ameaçada. Havia um impasse; para a paróquia, era inviável a restauração, diante das dificuldades financeiras, os fiéis por sua vez, entristecidos com a impossibilidade da obra e a dificuldade de admitir que  dentro de pouco tempo só restariam os escombros. A  nova Matriz atendia às necessidades da Paróquia, mas  ver a bela Igreja do Rosário, em ruínas é o que não se desejava. Não havendo outra alternativa, optou-se pela demolição.

Em 1947, a Igreja-matriz fora ricamente decorada com belíssimos altares laterais e o altar-mor, talhados em madeira, nos quais eram apostos os santos, as imagens recém adquiridas e, ornados com flores, o  púlpito, a mesa de comunhão em madeira torneada separando a nave central do presbitério, tudo preparado com muito carinho , para receber seu primeiro filho sacerdote, Padre Guilherme de Oliveira, que lá cantou sua primeira Missa, no dia 24 de setembro de 1947.  (continua na próxima edição)

Fernando M. Ribeiro.

 

 

ASSISTÊNCIA SOCIAL  -   SÃO VICENTE DE PAULO

                Em 1988 teve início um trabalho em Cachoeira Alegre,  para ajudar as famílias carentes, através de doações para compras de cobertores, flanelas, agasalhos, fraldas, remédios e etc.

                Com uma pequena interrupção no início de 96,  em virtude da morte de Dona Maria Capanga (como noticiou o NT. na edição de número 06), que era a procuradora.  Esse trabalho foi retomado em maio. Hoje, com a dedicação e boa vontade de novos colaboradores, o movimento tem cerca de  75 contribuintes que doam todo mês RS 0,50,  RS 1,00, RS 2,00  e 2,50.  Dentro das obras vicentinas, faz-se também a campanha do quilo. O que é arrecadado é destinado também aos carentes.

                Em maio, os RS 83,000 arrecadados foram empregados na compra de 34 pares de sandálias e fraldas  que foram doadas às crianças da Creche Pequeno Polegar.  Com a  arrecadação de junho,  foram adquiridos  23 cobertores, que foram doados às mães carentes.

                “Quem se compadece do necessitado  empresta ao Senhor, que lhe recompensará o benefício.” Provérbios 19,17.  Os nomes dos membros que realizam esse trabalho não foram mencionados   aqui, a pedido dos mesmos.

Zuleica R. Ribeiro.

 

CURTAS E BOAS  --  CURTAS E BOAS  -  CURTAS E BOAS

 

FOI DADA A LARGADA

Nos últimos dias, começou a ciranda envolvendo políticos e partidos. Nesta movimentação os políticos convocam seus diretórios para constantes reuniões. Algumas delas já aconteceram nas Fazendas Nova Zelândia, Fazenda Soledade e Fazenda Santa Luzia. Nestes encontros apresenta-se candidatos, questiona-se, pondera-se, discute-se,   para se definir  um nome que tenha mais chances de se chegar ao poder.

Até que se chegue a esse consenso, muitos outros encontros acontecerão, com certeza.  Fala-se em coligações, alianças, mas nenhum partido confirmou, o que nos leva a crer que tudo está ainda no campo das especulações, das negociações, do toma-lá-dá-cá, muito próprios dos políticos.

 

                              QUEM NÃO SE COMUNICA  . . .

 

Como está a situação dos Conselhos Comunitários, no Município?  Cachoeira, Barão e Vila não se manifestam.  Quando e onde acontecem as reuniões?  Guardar o Livro de Atas para manter o “statos” de presidente não trará nenhum benefício à comunidade. Onde andam os membros que compõem as diretorias dos respectivos conselhos? 

Silveira Carvalho, nos tempos de Nelson Moreira do Prado à frente do Conselho realizava trabalhos louváveis na comunidade. Como andam as coisas por aí, seu  presidente? Mande-nos notícias.

 

BARÃO, SUCESSO TOTAL, NO MICAREME

 

Muita alegria, descontração e gente bonita superlotando as ruas de nosso Município. Sucesso absoluto o Micareme 96, em Barão do Monte Alto.  O Novo Tempo solicitou de seus organizadores (Prefeitura Municipal)  informações sobre a programação do evento, para fazermos a divulgação, como é de praxe  e,  até o fechamento da edição anterior, não havia recebido  tais informações.  (nosso jornal é mensal)   Para os leitores que nos acompanham à distância e que reclamam a não divulgação, lamentamos; mas  são esses os motivos.  Parabéns aos montealtenses que fizeram uma festa bonita e que tão  bem acolhem os visitantes.

 

                               CPP COMEMORA DIA DAS MÃES

 

A coordenadora da Creche Pequeno Polegar e competente equipe de funcionários, promoveram uma festa para comemorar o Dia das Mães.  As 14 h, do dia 10 de maio, era grande a movimentação das crianças no Pátio da CPP, onde compareceram 30 mães, para receber  homenagens e o carinho de seus filhos, a quem abraçadas, agradeciam, emocionadas, enquanto as crianças cantavam o Parabéns pra você. Para completar a alegria dos baixinhos, depois foi servido um delicioso bolo.

 

                               A ARRECADAÇÃO DE ABRIL E MARÇO

 

A Administração Fazendária de Muriaé, divulgou  a arrecadação de Barão do Monte Alto, em Abril de 96. O total da receita, em valores nominais, incluindo ICMS, Substituição tributária, juros, multas, Dívida  Ativa, IPVA, ITCD,Taxas, Multas de trânsito e outras receitas foi de RS 23. 778,65.  NO mês de Março, foram arrecadados  RS 21.408,45.

                               CACHOEIRA, TERRA DE MÚSICOS

Nosso reconhecimento aos senhores  Erlande Rodrigues de Assis e Adilson Gomes Delgado, pela dedicação à Banda de Música, a Euterpe Santa Cecília que, atuam na preparação de  novos músicos, para uma nova formação da Banda.  Parabéns aos integrantes da Banda que tornaram mais harmoniosa a celebração da Semana Santa. (Na foto, o músico Adilson Gomes Delgado) 

 

                MINHA TERRA NÃO TEM PALMEIRAS, MAS CANTA O SABIÁ

 

                Há 48 anos troquei o canto do sabiá pelo da gralha azul (ave símbolo do Paraná). Pelo menos quando deixei meu saudoso Cachoeira Alegre, lá  não havia palmeiras, mas o sabiá  cantava no galho do ipê, da amoreira ou de qualquer outro arbusto. E como era bonito!

                De Cachoeira mudei para Muriaé, onde morei pouco mais de um ano e de onde parti, num vôo mais alto, pousando em Bom Sucesso – PA, onde projetavam a fundação de uma cidade. Cinco anos depois da minha chegada iniciamos um movimento de emancipação, o que conseguimos logo no ano seguinte. Lá passei 20 anos. Depois troquei Bom Sucesso por Apucarana, onde moro até hoje.

                Aqui no Paraná permaneci em silêncio durante esses 48 anos. Agora, com o Novo Tempo, resolvi  “mostrar a cara” e contar aos meus conterrâneos por onde tenho andado. Parabenizo o ilustre e idealista Fernando Ribeiro, a quem gostaria de conhecer pessoalmente, pelo seu brilhante trabalho.  Conheci o Novo Tempo, pelo Sr. José Garcia Soares Sobrinho, leitor do jornal e admirador de seu trabalho, a quem agradeço penhoradamente.

Américo Vermelho  -  Apucarana – PA.

NOTA DO REDATOR:  Senhor Américo, que cartinha simpática,  com palavras tão carinhosas.  Muito obrigado pelo apoio e por nos dar notícias. Faça-nos uma visita. Aqui por essas bandas, já se vê palmeiras,  os sabiás continuam  cantando de galho em galho e,  com certeza, farão festa  com sua chegada.   Estamos à disposição dos amigos.

 

AME CACHOEIRA, TRABALHE POR NOSSA TERRA

                Não vou a Cachoeira com a frequência que eu gostaria, mas Cachoeira chega até a mim, através do Jornal Novo Tempo. Por isso, faço um apelo: vamos amigos cachoeirenses  e você também que não nasceu nessa terra, mas que a adotou; ame Cachoeira. Faça como o editor do NT. Que nos dá um grande exemplo: ame Cachoeira Alegre, trabalhe por nossa terra!

                O fato de morar e trabalhar em Muriaé há quase 20 anos, não o impede de realizar trabalhos significativos em Cachoeira e,  -- como vimos na primeira edição  --  em Muriaé e região, onde  desenvolve trabalhos  voltados para a juventude. Você sabe quais os trabalhos ele realiza em Cachoeira?  Ah, não ! É sempre assim, nunca se sabe, nem se quer saber. Que pena!  Mas você deveria saber, pois assim estaria colaborando com você mesmo e evitaria que a história  se repetisse e as mesmas lamentações de sempre: Ai que pena, já não se faz mais bailes no Jupter!  O Museu de Arte Sacra não foi concluído, o Jornal Novo Tempo acabou, já não fazem mais as exposições  . . . Ai que pena, isso e aquilo! Faça sua parte, porque quando todos participam as tarefas são divididas, ninguém se cansa e nem se fica triste.

                Sabe porque estou dizendo isso?  Porque quando aí estou, muita gente me diz assim: que época boa, quando você realizava as festas. Ai que saudade das festas natalinas, o Papai Noel alegrando a criançada, a exposição de cerâmica, aquele baile. Em fevereiro tinha desfile, ruas cheias, crianças, jovens e velhos, todos num carnaval de alegrias. Hoje, tudo se acabou, ai que pena!  Fico sem respostas, sem palavras.  Não vamos deixar isso acontecer novamente, vamos dar apoio, descruzem os braços e dêm-se as mãos. Quero fazer uma pergunta ao editor: já se tem previsão do lançamento do livro? As vezes fico a imaginar folheando-o, um dia, a contar histórias para os amigos, os netos e bisnetos.

Maria Lúcia Dias  -  Serra Dourada II  -  Vitória – ES.

NOTA DO REDATOR:  O livro “Um grito no silêncio”, é ainda um projeto. Alguns capítulos foram concluídos, outros dependem ainda de dados que não obtive ainda. O processo é longo e, o pouco tempo de que disponho para me dedicar a essa tarefa, torna as coisas mais difíceis. Mas queira Deus que ele se torne realidade um dia. Enquanto esse dia não chega, faça “um passeio pela história de Cachoeira,” nas páginas do Novo Tempo. Nessa edição você verá mais um capítulo.

 

 

 

  JORNAL NOVO TEMPO – ANO - 02 – NUMERO 08 - CACHOEIRA ALEGRE – AGOSTO - 1996

 

 

 

ENTREVISTA COM NELSON LUIZ MOREIRA DO PRADO

 

N.T:  Nelson  Luiz Moreira do Prado é o nome do PMDB, indicado para concorrer à Prefeitura de Barão do Monte Alto.  Como surgiu sua candidatura?

Nelson:  Haviam sérias divergências entre grupos políticos que sempre tiveram unidos nas eleições de Barão, como o PMDB, PSDB e PDT. Diversos nomes foram indicados e alguns convidados para ser o prefeito e unir o grupo. Uns foram rejeitados e outros não aceitaram. Sem eu esperar, fui  considerado fator de união entre os companheiros. Só por isto aceitei a participar da convenção do PMDB como candidato a candidato a prefeito. No entanto, após minha escolha, o que havia sido combinado, não foi cumprido. Mas, como homem público, chamado para cumprir a missão de ser prefeito de Barão do Monte Alto, jamais iria esmorecer.  Minha candidatura foi sacramentada pelo PMDB e aqui estou. Irei até a vitória.  Se uma análise isenta for feita, o povo de Barão sabe que sempre defendi os interesses da comunidade. Com fé em Deus, chegaremos lá.

N.T: Como está a campanha?

Nelson: Muito bem. Pobre em dinheiro e riquíssima  em seriedade e trabalho. Tratamos nossos adversários e principalmente o povo de nosso município com o máximo respeito. Nossos munícipes são esclarecidos e  ordeiros e saberão separar o joio do trigo., votando num candidato que sempre agiu com toda dedicação  para o bem de Barão e seus distritos. Quem me conhece, sabe a mercadoria  em que está investindo.

N.T: Eleito, você fará cumprir a lei que proíbe a circulação de animais soltos em vias públicas, como o jornal vem denunciando?

Nelson: O que trás transtornos para a sociedade deve ser evitado, principalmente quando a lei prevê. Em nosso mandato vamos cumprir a lei.

N.T: O que fazer para não tornar-se um político de promessas?

Nelson: Político não deve fazer promessas, mas compromissos que devem a rigor ser cumpridos. Sou assim. Os que me conhecem sabem que sempre honrei com meus compromissos.

N.T: Trace o perfil do político ideal.

Nelson : É o que cumpre com seus compromissos, que age com lealdade na campanha e depois de eleito. Político ideal coloca  o interesse da comunidade  acima de qualquer outro. O bom político ama sua terra. Barão, Cachoeira Alegre, Silveira, Vila Vardiero e Arraial Velho, todo o nosso município é para mim, o verdadeiro paraíso.

N.T: Exponha para nossos leitores, eleitores ou não, o  seu plano de trabalho.

Nelson: Prezado amigo, vizinho e conterrâneo. Por considerar que você, caro eleitor deste município, merece toda a atenção por parte dos candidatos a cargos eletivos e, ainda, que um cidadão que pretende administrar um município como o de Barão, com todos os seus distritos e povoados, deve ter delineado um plano administrativo, traçamos, após ouvirem as maiores lideranças do município, o presente programa, que resolvemos chamar de Programa de Metas Administrativas para o Município de Barão do Monte Alto. Juntos, o governo municipal e o povo deste município, certamente  poderão realizar o Plano, cuja base é a seguinte:

1)      Prioridade e assistência total para os setores de Saúde e Educação.

2)      Construção e implantação de creches comunitárias em Silveira Carvalho e Vila Vardiero.

3)      Melhoria e ampliação dos serviços de distribuição gratuita de remédios às famílias carentes.

4)      Funcionamento de horário corrida, de segunda a domingo, dos Postos de Cachoeira Alegre, Silveira Carvalho e Vila Vardiero.

5)      Construção e implantação de um Posto de saúde no Arraial Velho.

6)      Aumento do número de médicos, visando substancial melhoria no atendimento às zonas urbana e rural, principalmente na prevenção de doenças e combate a surtos.

7)      Ampliação e melhoria dos serviços odontológicos.

8)      Aumento das consultas nos Postos de Saúde.

9)      Aumento  do número de exames laboratoriais.

10)   Reforma, ampliação e melhoria nos Postos de Saúde.

11)   Solução definitiva para o problema de rede de esgoto e abastecimento de água em Cachoeira Alegre, Vila Vardiero e Arraial Velho.

12)   Continuação e término das obras de interesse do município, iniciadas pela atual administração.

13)   Garantia de permanência e apoio ao Bemge.

14)   Apoio total a Emater -  MG.

15)   Apoio participativo através de convênios, nos Serviços de segurança Pública do Município.

16)   Compra de uma motocicleta, equipada com serviços de rádio centralizado na Prefeitura, para melhor contato com o serviço veterinário.

17)   Programa de incentivo total à todas às áreas da agricultura e pecuária.

18)   Conservação, manutenção e melhorias das estradas.

19)   Programa de incentivo para instalação de indústrias no município.

20)   Programa habitacional com construção de casas populares.

21)   Pavimentação (calçamento ou asfalto) de ruas na sede, nos distritos e povoados.

22)   Apoio e incentivo ao esporte e à cultura.

23)   Construção de Parques infantis e áreas de lazer. Praças (nas sedes e nos distritos.

24)   Melhoria e ampliação dos serviços de eletrificação rural.

25)   Construção e ampliação de matadouros.

26)   Entendimento autônomo e harmônico com o Poder Legislativo.

Esta é a base de nosso programa. É claro que, no decorrer do mandato, outras prioridades e deverão aparecer, recebendo sempre, nossa maior atenção, uma vez que tragam o progresso o desenvolvimento e o bem estar social para o povo de nosso município. Conforme o nosso plano de trabalho apresentado. Obrigado!

Nelson Luiz Moreira do Prado – candidato a prefeito pelo PMDB.

 

DESTAQUE DO NOVO TEMPO

                Eliane Maria Dias Ferraz é a oficial do Cartório de Registro Civil de Cachoeira Alegre. Ela nasceu em Cachoeira Alegre, em 03-12-1964.  É escrivã do Cartório de Registro Civil, gosta de Cachoeira e de sua gente. É sagitariana e, introvertida. Mas as amigas do tempo de colégio garantem que ela é engraçada com a turma. Ela é destaque do Novo Tempo e fala de seu trabalho, da história do Cartório e de sua personalidade.

Esporte que curte: futebol, vôlei e basquete.

Time que torce: Flamengo, em Cachoeira,, no Rio e em qualquer cidade.

O que falta em Cachoeira: Lazer.

Um livro legal: O Pequeno Príncipe (Saint Exupery)

Um bom filme: Ghost – O outro lado da vida.

O melhor programa de tevê: Sai de Baixo  (Globo)

Cantor: Fábio Júnior

Cantora: Simone

Música: Como eu quero (Kid Abelha)

Ator: José Maier

Atriz: Regina Duarte

Personalidade: João Paulo II

Uma saudade: Vovô Mário Ferraz

Um momento: O nascimento do meu sobrinho e afilhado Victor Hugo.

Um sonho: Fim da guerra nuclear.

Ídolo: Zico (Artur Antunes Coimbra)

Nota Dez: Para meus pais.

Nota Zero: Para a fome e a miséria.

Mito: Airton Senna

O que você gosta em Cachoeira: O Jupter clube e o clássico Flamengo X Tupi, em primeiro de novembro.

Uma frase: “Tu te tornas responsável por aquilo que cativas.” (Saint Exupery)

VAMOS CONHECER UM POUCO MAIS DO CARTÓRIO E DE CACHOEIRA:

1)      Quando foi instalado o Cartório de Paz e Registro Civil de Cachoeira Alegre?

Em 12/12/1888, conforme Termo de Abertura do livro de Registros de Nascimento de Número 01, lavrado na Secretaria do Governo de Ouro Preto – MG.

2)      Quem foi o primeiro escrivão?

Carlos Freire de Andrade Alvarenga.

3)      O Cartório possui em seu arquivo alguma carta de alforria?

Não.

4)      Conte nossa história, através do cartório. O primeiro nascimento:

Saturnino Gomes de Resende, em 06-01-1889

5)      Primeiro casamento:

Julião Alves dos Santos e Josephina Maria da Conceição, em 03-01-1889

6)      Primeiro óbito:

Francisco Julião, de mais ou menos 10 meses de idade, filho de Julião da Silva Isabel e Verônica Anna Francisca, em 03-01-1889.

7)      Quantos escrivães atuaram no cartório?

Foram 22. São eles: Carlos Freire de Andrade Alvarenga (03-01-1889 a 22-12-1891). Antonio da Silva Pafros (27-12-1891 a 09-06-1896). Francisco de Paula Vilela (04-09-1896 a 31-08-1897). José Costa Cardoso (10-09-1897 a 15-08-1898). Benedito Figueira (15-05-1898 a 15-08-1898). Olympio Fernandes de Magalhães (22-08-1898 a 17-03-1889). João José da Matta (29-03-1889 a26-01-1903). Horácio Peixoto Lyrio (15-09-1903 a 18-08-1910). Antonio Romão de Castro e Silva (23-06-1910 a 06-11-1921) Antonio Felício Barbosa (10-11-1921 a 22-06-1926). Manoel Hugo Barbosa (23-06-1926 a 22-11-1926). Antonio Felício Barbosa (25-01-1926 a 02-02-1927). Luiz Soares Dias ()5-02-1927 a 27-10-1928 meu avô materno) . Manoel Hugo Barbosa (31-10-1928 a 12-03-1930). Jovelino José Rodrigues (21-03-1930 a 20-10-1935). Mário Rodrigues (28-10-1935 a 24-02-1958). Rita de Cássia Rodrigues (06-03-1958 a 30-11-1962) Suzete Soares Dias Ferraz (03-12-1962 a O4-09-1963). Rita de Cássia Rodrigues (20-09-1963 a 06-05-1986) . Suzete Soares Dias Ferraz( 06-05-1986 a 31-03-1987 minha mãe).Eliane Maria Dias Ferraz (31-03-1987 até os dias de hoje, agosto de 1996)

8)      Qual a média de atendimento ao mês?

Cerca de 50 pessoas.

9)      Que tipo de serviço é mais solicitado?

Cópias de certidões de nascimento.

10)   Horário de atendimento;

Pelo alvará de funcionamento, seria de 7h, as 16h, mas como o cartório funciona em minha casa, atendo durante o dia todo, inclusive sábados, domingos e feriados.

11)   Quantos registros de nascimento foram lavrados em 1995?

Somente trinta, pois pela Lei 6.015, esses registros só seriam lavrados no local do nascimento e não na residência dos pais como era anteriormente. A lei foi alterada em maio de 95 e, a partir de junho, começou-se a lavrar registros no local de residência.

12)   E os registros de óbitos, quantos foram ao longo de 1995?

Apenas quatro, pois estes tem que ser feitos onde ocorreu o falecimento (quase sempre nos hospitais) e não mais na residência do falecido ou no local de sepultamento.

13)   E registros de casamento?

Seis registros apenas.

14)   A Campanha Se Ligue 16 com o objetivo de despertar o adolescente para uma participação mais efetiva na política brasileira, surtiu efeito nos grandes centros. Aqui, mudou sua rotina de trabalho? Quantos novos eleitores Cachoeira terá nas próximas eleições?

A rotina do cartório não alterou em nada, pois a Lei 8.868/94 extinguiu o preparador eleitoral nos distritos e municípios. Esses serviços ficaram com a Comarca. Meu cartório só é solicitado para esse tipo de serviço, quando os preparadores eleitorais da Comarca, no nosso caso Palma, vem a esta localidade para fazer as inscrições ou  entregar os títulos eleitorais. Quanto ao número de eleitores, segundo o Cartório Eleitoral, será de 1.798.

15)   Endereço do Cartório:

Rua Padre Messias Passos número 460

Cachoeira Alegre – MG.

CEP. 36876.000

Fernando M. Ribeiro

 

 

CHEGA!

 

É tempo de discurso prolixo,

Usar e abusar dos sufixos,

Na tevê os olhos fixos,

De beijar os crucifixos.

Estão à caça de votos.

São crentes, descrentes, devotos,

Qualquer coisa que lhes dê votos.

Prometem ao povo, “tudo”,

Devolver a voz ao mudo.

Não ouvem a voz das ruas,

Fingem-se todos de surdos.

Ciência dos absurdos.

Política sem ética nem dignidade,

Só votos,  voracidade.

Sem critério, sem planos.

Chega de tanto mistério!

Chega de ministérios!

Chega de entrar pelo cano!

Chega de nos causar danos!

Plantamos sonhos no peito

E colhemos desenganos.

Levanto, luto, me deito,

Choro em silêncio em meu leito.

Onde estão os meus direitos?

Chega a ser desumano!

Estamos em último plano!

Mas a história se repete

De quatro em quatro anos!

Fernando M. Ribeiro

 

 

CURTAS E BOAS   -   CURTAS E BOAS   -   CURTAS E BOAS

                NOSSO POVO JÁ ESTAVA COM SAUDADES

                Padre Domingos, filho da terra, disse que veio para participar da ordenação de Roberto Carlos Pereira e conseguiu um tempinho para vir à Cachoeira, abraçar e reunir os amigos em torno do altar, para a celebração eucarística em 21 de julho, na Matriz São Sebastião, às 17 h, Obrigado pela visita e volte sempre, pois Cachoeira já estava com saudade!

 

ELE TEM UM LUGAR EM NOSSO CORAÇÃO

                Outro que também esteve em Cachoeira Alegre, foi padre Adriano Keet. Na manhã do dia 21 de julho, nosso amado padre foi à casa  do Sr. Joaquim Ribeiro, disse estar com saudade da família cachoeirense. O acompanhava nessa visita, o padre Paulo Roberto, que quis conhecer a Matriz São Sebastião, uma das mais modernas arquiteturas da região, disse Padre Paulo. De fato, o belo templo desperta admiração dos fiéis e dos turistas que o visitam desde sua inauguração, em outubro de 1987. O prédio fora projetado em forma de um teatro de arena, pelo arquiteto José Luciano Frutuoso Braga, por quem o cachoeirense tem muita gratidão. Padre Adriano ajudou a escrever essa história ao longo de 18 anos dedicados à paróquia de Cachoeira Alegre. O cachoeirense não o esquece em suas orações. Seja bem-vindo!

 

PARABÉNS, LUANA

                Luana reuniu os amiguinhos para comemorar seus cinco aninhos. Os baixinhos se divertiram  e saborearam os deliciosos bolo e docinhos da festa, que os pais de Luana, Lúcia Helena e Maciel Vardiero Neri, prepararam em sua residência, no dia 03 de julho, na Vila Vardiero.

 

FUTEBOL

                Teve início no dia 04-06, em Patrocínio do Muriaé, o Torneio Divisão 96, presidido por Américo Vardiero e José Torres. Teodorico Torres como secretário e Soney Torres no comando do Departamento Técnico. Doze clubes participam da competição, entre eles o Tupi F.C. e Montanha F.C. da Vila Vardiero, ambos de Cachoeira Alegre.

 

ORDENAÇÃO

                Dia 20 de julho, na Igreja Nossa Senhora Imaculada Conceição, na Barra, uma multidão de fiéis de várias paróquias participaram da celebração eucarística da ordenação de Roberto Carlos Pereira. Com entusiasmo, caravanas de diversas cidades chegavam e se envolviam com a música e a dança, vibrando, à medida que nossos padres tomavam seus lugares, no palco montado para a celebração. Da procissão de entrada à bênção final, o povo cantou, louvou e agradeceu a Deus, pelo “sim” de Roberto que, ao chamado do Pai, disse: vou trabalhar pelo reino do Senhor, vou anunciar o evangelho para os povos, vou ser profeta, sacerdote, rei, pastor.

 

AINDA QUE EU FALASSE A LÍNGUA DOS HOMENS, DOS ANJOS  . . .

                O amor é fundamental. O apóstolo Paulo, sempre pregou a Palavra de Deus  (depois de sua conversão, evidentemente; quando passou de perseguidor a perseguido). Suas cartas escritas às comunidades são fantásticas, suas exortações extraordinárias o amor e o carinho de Paulo para com os seus, é algo, assim, arrebatador. Faça uma reflexão sobre esse texto:

 “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tivesse amor, seria como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver amor, nada serei.”

 

NOSSA GRATIDÃO AOS PADRES DA CONGREGAÇÃO DOS M.S.C

Belíssima a festa em comemoração aos 50 Anos da Congregação dos M.S.C.  Nossos amados sacerdotes que há cinqüenta anos semeiam a Palavra de Deus em nosso meio; homens de Deus, que plantam esperança nos nossos corações e nos apontam o caminho, comunicando o amor de Nosso Pai do Céu. A todos os padres M.S.C, nosso carinho, nossa gratidão, pelos trabalhos realizados na nossa paróquia de São Sebastião de Cachoeira Alegre.  Parabéns à paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição, no Bairro da Barra, pela organização do evento em homenagem aos padres Missionários do Sagrado Coração.

 

FELIZ ANIVERSÁRIO

O gatinho José Ribeiro Gouveia Neto, era só alegria na sua festa de aniversário. A turminha de colo estava presente quando o aniversariante apagou a velinha de 1 aninho. A festa aconteceu na casa da vovó, à Rua Mario Ribeiro, onde seus pais, Eduardo e Ana Maria, receberam os amigos

 

O MAIOR SHOPPING

Porto Alegre promete construir o maior shopping do país, com RS 150 milhões. O Cristal shopping deve estar pronto em dois anos e meio, terá 20 cinemas, 600 lojas e parque temático, com e

O gatinho José Ribeiro Gouveia Neto, era só alegria na sua festa de aniversário. A turminha de colo estava presente quando o aniversariante apagou a velinha de 1 aninho. A festa aconteceu na casa da vovó, à Rua Mario Ribeiro, onde seus pais, Eduardo e Ana Maria, receberam os amigos.

 

DIZIMISTAS ANIVERSARIANTES DE AGOSTO

Helena Maria da Silva

Nice Alves Pequeno

Francisco José Gonçalves Santana

Carlos Augusto Ribeiro

Luciana Maria Azevedo de Oliveira

Antonio Carlos Ribeiro Gouveia

Carmem Lúcia Brambila

Aparecida Sarah Mansur Oliveira

Maria Aparecida Ribeiro

Paulo Marques de Souza

Luiz Henrique Ribeiro

 

CARTAS DOS LEITORES

É  enorme a expectativa pela chegada da próxima edição do Novo Tempo. Conto os dias para tê-lo e mostrar para os meus amigos que na minha terra tem um jornal. Parabenizo o pessoal por esse trabalho bonito e de modo especial pela edição de maio, à pagina três, quando denuncia o descaso dos políticos com Cachoeira Alegre e pela excelente matéria Gente que faz, sobre um prefeito empreendedor. Valeu!

Maria Celeste Machado – Realengo – RJ.

Nota do Editor: O jornal agradece o carinho da leitora para com o nosso trabalho. Por falta de espaço, sua carta teve que ser resumida. Não fique triste conosco. Pelo mesmo motivo, cartas de outros leitores deixaram de ser publicadas nesta edição. Pedimos a compreensão de todos!

 

 

  JORNAL NOVO TEMPO – ANO - 02 – NUMERO 09 - CACHOEIRA ALEGRE - SETEMBRO - 1996

 

  1. PRIMEIRO ANIVERSÁRIO DO JORNAL NOVO TEMPO

                O jornal Novo Tempo, tendo como redator Fernando Mauro Ribeiro, está de fato, de parabéns! Nosso país ainda não descobriu o valor da cultura, não percebeu a iniciativa de alguns poucos que se esforçam para divulgar, informar, instruir e motivar a população nos diversos ramos de conhecimento humano.

                É difícil acreditar que, mesmo sobre as mais variadas pressões, os maiores dissabores e as dificuldades financeiras e de esforços sobre-humanos de companheiros abnegados, obcecados pelo jornal, veículo de informação único, muitas vezes não se obtenha retorno do público.

                Neste primeiro aniversário do Novo Tempo, queremos parabenizar os companheiros que promovem cultura, que esclarecem seus leitores, que se esforçam para tornar o distrito de Cachoeira Alegre mais informado, participante da história em formação de novos tempos, de melhores tempos, de tempos verdadeiramente em florescência. Iniciativa de verdade, pioneira e de confiança no homem.

Thiago de Melo, nos “Estatutos do Homem”, nos diz: “Fica decretado que o homem não precisará nunca mais duvidar do homem. Que o homem confiará no homem como a palmeira confia no vento, como o vento confia no ar, como o ar confia no campo azul do céu.”  Que seja assim,, de confiança, o Novo Tempo.

Dra. Célia Freitas Bandeira de Mello – Psicóloga e membro do Instituto de Pesquisa Ernest Mach.

 

UM ANO DE TRABALHO E INFORMAÇÕES

                Amiga leitora, muito obrigado! Sei do carinho que tens para com o jornal. Suas palavras estão guardadas no coração. A alma está sorrindo diante de tanta generosidade. O tempo não pára, como diz o poeta. E assim se passaram os dias, os meses e, o Novo Tempo faz seu primeiro aniversário. Assim, como ele nasceu, sem festas, sem alarde, sem comemorações, ele segue sua trajetória; denunciando, informando, aplaudindo, criticando, fazendo história.

                Um ano de trabalhos, de lutas, de informações. E, com ele, as noites mal dormidas, as horas em claro, debruçado sobre papéis e a máquina de datilografar . . . Criando, escrevendo, pensando, corrigindo, sonhando, dormindo e acordando . . .  até obter, finalmente, o resultado satisfatório; o produto final. Que assim seja!

Fernando M. Ribeiro

 

TUPI F.C. COMEMORA 76 ANOS DE GLÓRIAS

 

                Amigos, torcedores ilustres e ex jogadores, uma multidão apaixonada , vestiu as cores do clube e lotou o campo de futebol, para aplaudir o alvi-negro, de Cachoeira Alegre, no dia do seu aniversário. São 76 anos de um futebol aguerrido, aliando  técnica e raça que levaram o clube da Rua Souza Aguiar,  às suas conquistas e a revelar grandes nomes que, depois atuariam em clubes  de outras cidades. Cachoeira foi sempre um celeiro de craques, dizia o Sr. Geraldo Fani, em conversa com seus contemporâneos, momentos antes da primeira partida. Uma festa bonita, com direito a queima de fogos, troféus e muitos gols.

                Na preliminar, a diretoria do clube colocou em campo o time do futuro, quando a garotada apresentou, um belo futebol, no presente, despertando o  interesse do público. O placar da partida marcava, ao final dos 90 minutos: Tupi Futebol Clube 3 X 0 no Nacional Atlético Clube - Muriaé (equipe de juniores).

                No jogo principal, foi a vez dos times de masters do Tupi enfrentar o time do Giz F.C. de Juiz de Fora, também com sua equipe de masters. Em tarde de gala, o Tupi exibiu um futebol brilhante, conseguindo uma vitória expressiva de 7 X 4.

                Momento de emoção, quando Geraldo Fani, ex jogador do tupi F.C. foi convidado a dar o ponta-pé inicial, sob os aplausos do público presente.

Fernando M. Ribeiro

 

 

ENTREVISTA COM O CANDIDATO A PREFEITO LUIZ JOSÉ VARDIERO

                Dando sequência à série de entrevistas com os candidatos a prefeito de Barão do Monte Alto, o Novo Tempo entrevistou o candidato da coligação PSDB/PDT, Luiz José Vardiero (Luiz Perina), que nos recebeu em sua residência, onde ele falou da campanha e apresentou sua proposta de governo. (Aparecida Marques e Fernando Ribeiro)

N.T: Luiz, como surgiu sua candidatura?

Luiz: Primeiro, foram feitas reuniões com várias pessoas das comunidades e membros da coligação PSDB/PDT, com o objetivo de se escolher candidato. Democraticamente  optaram pela minha candidatura. Nascido e criado em Cachoeira Alegre, onde sempre exerci minhas atividades na agropecuária, atendi ao chamado do povo, seguro de que tenho competência para administrar. O duro na política é conviver com os políticos, mas não podemos ficar de fora, reclamando. Se queremos mudar este país, temos de entrar e tomar o lugar dessa gente.

N.T: Como está a campanha?

Luiz: A minha, está firme, limpa, transparente. Não vejo razões para fazê-la diferente. Acredito no povo e todos sabem da mina postura, presença, participação no dia-a-dia do município. Sempre procuro atender às solicitações de todos os eventos, contribuindo para a realização destes, mesmo fora da época de política. “Será bem-vindo quem quiser”.

N.T: Em relação aos animais soltos nas ruas, o Novo Tempo é terminantemente contra e vem denunciando o descumprimento da lei. Eleito, você a fará cumprir?

Luiz: Se há a lei e se é para o bem de todos, com certeza a faremos cumprir.

N.T: O que fazer para não tornar-se um político de promessas?

Luiz: A política existe em função de tudo que nos rodeia. Jamais posso pensar que um político com real vontade de trabalhar sério para o progresso de seu município, possa tentar iludir o povo com promessas de emprego, obras descabíveis, etc. O bom político para mim é aquele que tem consciência que administrar é trabalhar com eficiência em busca de soluções das prioridades legais, essenciais e dignas que o ser humano precisa para sobreviver.  O homem tem que ser político e não politiqueiro.

N.T: Trace o perfil do político ideal.

Luiz: O político ideal é aquele que não ilude o povo com promessas,, mas sim busca soluções verdadeiras, para o crescimento de seu município. Governar é antes de tudo administrar com carinho, honestidade, dignidade e transparência.

N.T: Qual a sua proposta de governo

Luiz: Nosso compromisso é:

 1) Dar continuidade ao trabalho que está sendo realizado pela administração 93/96, junto aos funcionários da Prefeitura (na educação, saúde, atendimento às creches, transporte de alunos, assistência técnica ao meio rural, eletrificação rural etc)

2) Construção de casas populares nos bairros mais carentes, para que todos tenham sua morada decente.

3)Realizar obras de saneamento básico, (água, esgoto, luz)

4)Melhorar e fazer ruas, calçamentos, praças.

5)Apoiar os eventos comunitários, religiosos e escolares.

6)Apoiar e desenvolver o esporte e cuidar com eficiência das estradas.

7)Cumprir a verdadeira função de trabalhar para o bom desenvolvimento e progresso do município , com uma atuação firme, respeito e zelo pela transparência e honestidade da administração pública.

8)Trabalhar com segurança, autonomia e seriedade com o outro, para o outro, pois assim entendo que deve ser o relacionamento com o ser humano e para com Deus. “Construindo e deixando caminhos para quem vier continuar”.

 

 

CRIME ECOLÓGICO: TOCARAM FOGO ...

                Não se sabe quantos, nem quais. Sabe-se sim, que um bando de irresponsáveis e desocupados; uma turma de a toa decidiu colocar óleo diesel e atear fogo no tronco da figueira. Exatamente numa árvore que dá nome à praça – Praça da Figueira -  Plantada em 21 de janeiro de 1961, por um grupo de “homens do bem” e, que durante décadas se comemorava seu aniversário, com a reza do terço e, que ainda hoje, é lembrada e festejada com “vivas” e fogos, no seu dia; quantas missas foram celebradas aos pés dessa árvore, que em troca lhes oferece sombra, há 35 anos!

                É mais um monumento que os vândalos querem destruir a exemplo do memorial das Bandeiras com o marco da fundação de Cachoeira Alegre, cunhado em placa de bronze, na Praça São Sebastião. O Parque de Exposições foi abandonado pela atual administração municipal, está às escuras e os galpões onde se expunha os animais fora todo depredado.

                O tronco da árvore indefesa, agonizou durante toda a madrugada, até que pela manhã, alguém, ao tomar conhecimento, apagou o fogo. Contudo, por volta das 15h de sábado, voltou a fumegar.

                À sombra dessa mesma figueira o cachoeirense assiste a tevê nos fins de semana, os passageiros à espera do ônibus, nela se abriga, o viajante, o vendedor, o caminhante, o operário, crianças, jovens e anciãos se detêm a sua sombra. Será que isso incomoda a esses desocupados? Não se explica tamanha estupidez!

                O televisor a que me referi acima e que era destinado ao lazer e fonte de informação para o cachoeirense, foi furtado a mais de um ano e não fora substituído por outro. Ninguém sabe, ninguém viu, ninguém fala! Ou se sabe, se viu, por que não se fala?  Há quem diga que é mais uma ação dos vândalos. Porque então não se denuncia? As coisas aqui são assim mesmo e não se fala mais nisso! É muito mais cômodo, não?

Fernando M. Ribeiro

 

PADRE GERMANO VISITA CACHOEIRA

                Com a possibilidade de antecipar a vinda de um padre para a Paróquia de Cachoeira Alegre, padre Germano esteve em rápida visita à comunidade e manifestou sua vontade de trabalhar lá. Falou de sua disposição em assumir a paróquia, elogiou a Matriz e a Casa Paroquial  que disse ser confortável e pediu que viabilizasse uma linha telefônica para a mesma.

                Para tratar desse e de outros assuntos, o Conselho Paroquial teve mais uma audiência com o bispo Dom Ricardo Pedro P. Chaves, dia 23 de agosto, que confirmou o interesse do padre e sua intenção de entregar a paróquia aos seus cuidados. Isso deixou-nos bastante confiantes e felizes. Afinal, no dia 30 de março de 96, fez 31 anos que a paróquia está sem um padre residente. A exemplo de padre Germano, Dom Ricardo reivindicou também um telefone. Sabemos da precariedade desses serviços em nossa Cachoeira e, nos certificamos através da Telemig da impossibilidade de se conseguir uma linha.

                Alguns dias depois, fomos informados pelo próprio padre Germano que, diante dessa impossibilidade (dificuldade de comunicação) fora designado pelo seu superior, para assumir uma paróquia no Sul de Minas. Assim, mais uma vez, Cachoeira perde a oportunidade de se ter um padre permanente. Lamentavelmente, os atrasos também nessa área de telecomunicações no nosso distrito, vêm causando muitos transtornos à população.

                Essa decisão levou a Comissão Paroquial a  outro encontro com Dom Ricardo, que mais uma vez assegurou-nos que, no início de 1997 teremos um padre em definitivo, em Cachoeira.

Fernando M. Ribeiro

 

BETO & CRISTIANO: SUPER SHOW NA FESTA DA AMIZADE

                Apesar das chuvas intermitentes que ameaçam a realização das festividades programadas para a Praça São Sebastião, em Cachoeira Alegre, o evento contou com um número significativo de pessoas. As 19 h, a equipe da Tecnosom já atraia o público, enquanto a criançada tomava lugar no palco e dançava sucessos do Grupo Gerasamba.

                A Barraca Planeta Jupter atendia a todos com uma over-dose de simpatia e calor humano, num clima de muita animação e alegria. Ao mesmo tempo, Zacarias transitava por entre as mesas, oferecendo as prendas do leilão.

                No palco, a dupla Beto & Cristiano, num repertório diversificado, extraiu de seus teclados, música baiana, samba, pagode,, sertanejo e forró. A chuva que ameaçava com freqüência, acabou de fato, impedindo a turma jovem que, já ensaiava para dançar e pular na praça e teve de se conter na barraca, de onde aplaudia e cantava os sucessos com a dupla.

                José Olavo, se apresentou mostrando pérolas da música sertaneja e algumas de suas canções já consagradas, como “Sorte” e “Verdades e fatos”, muito tocadas no programa do comunicador Carlos Santos, da Rádio Muriaé.  Pedro di Assis, interpretou sucessos de Leandro e Leonardo e Zezé di Camargo e encerrou sua participação prestando homenagem aos pais, revivendo um grande sucesso de Sérgio Reis. No Jupter clube, a noite do “Sai de Baixo” foi o ponto alto da festa, com os salões super-lotados e galera entrou pela noite.

Fernando M. Ribeiro

 

 

ENTREVISTA COM O CANDIDATO A PREFEITO ROBERTO N. ROCCHA

                Culminando com a entrevista do candidato do PFL, à prefeitura de Barão do Monte Alto, o NT conclui a série de entrevistas  “Eleições 96”. Roberto Navarro Rocha, esteve na redação do jornal e concedeu entrevista a Aparecida Marques e Fernando Ribeiro, analisando o fluxo da campanha e expondo seu programa de governo.

NT: Roberto, como surgiu a sua candidatura?

Roberto: O PFL, através de seu diretório, escolheu por unanimidade o nosso nome como candidato a prefeito e  do companheiro Francisco Renato de Oliveira a vice, pessoa que muito honrou ao aceitar compor nossa chapa. Pretendemos desempenhar com da melhor forma possível a confiança que o partido nos depositou. Com o apoio do povo e a força de Deus, chegaremos lá.

N.T: Como está a campanha?

Roberto: Vai fluindo muito bem com aceitação de grande número de eleitores, harmonia, tranqüilidade, respeito, seriedade e dedicação ao nosso querido povo.

N.T: Eleito, você fará cumprir a lei relacionada a animais soltos na rua, como o jornal vem denunciando?

Roberto: Lei é algo a ser cumprido e nós faremos cumpri-la.

N.T: O que fazer para não tornar-se um político de promessas?

Roberto: O bom político não promete, faz com  que seus compromissos sejam cumpridos.

N.T: Trace o perfil do político ideal.

Roberto: É aquele que vai ao encontro dos anseios do povo, tratando-o com atenção, carinho, respeito e educação e sempre ligado aos interesses comunitários.

Qual é a sua proposta de governo?

Roberto: Elaboramos um programa de governo capaz de honrar não só o trabalho que faremos, mas também o nome de nosso partido, afim de promover o progresso e o desenvolvimento do nosso município. São metas de nosso futuro governo:

1)Melhorar as condições de moradia, abastecimento d’água, saneamento básico, amparo e assistência aos idosos e crianças etc.

2)Aumentar o atendimento médico e odontológico, distribuir mais medicamentos às pessoas carentes. Temos compromisso firmado com o secretário  adjunto de saúde de Minas Gerais, Dr. Christiano Canêdo, relacionado à implantação do Programa de Saúde da Família, PSF; que é um modelo de assistência à saúde, cujo objetivo é desenvolver ações de promoção e proteção à saúde do indivíduo, da família e da comunidade, com equipes de saúde atendendo na comunidade e na unidade local de saúde , a nível de atenção primária.

                São objetivos do PSF: 1) ampliar a cobertura à população. 2) atingir a equidade na atenção à saúde. 3)melhorar a atenção da qualidade à saúde, abordando a promoção, atenção, recuperação e reabilitação da saúde.

                São características básicas do programa: 1) abordagem de toda a população  e não apenas dos doentes. 2) Globalidade; atenção a homens, mulheres, crianças e idosos em todos os aspectos,, independente de especialidades. 3) Continuidade: a população é acompanhada pela mesma equipe permanentemente. 4) Longitudinalidade: conhecimento mais profundo da população, de seu ambiente e de sua cultura.

                Ação e funções da equipe do PFS: 1) identificação dos problemas de saúde da população.

2) acompanhamento de gestantes e recém-nascidos. 3) monitoramento do crescimento e desenvolvimento de crianças. 4) controle de vacinações. 5) identificação, controle e tratamentos de doentes agudos e crônicos – hipertensos, diabéticos, asmáticos, cancerosos, doentes mentais e etc. 6) doenças profissionais: tratar e orientar sobre prevenção. 7) saúde escolar. 8) encaminhamento e acompanhamento de doentes para o cuidado secundário e terciário. 9) Educação. 10) melhoramento no transporte de alunos, ampliações e programas para melhorar o ensino, distribuição de material didático, alimentação e uniformes. 11)urbanização, calçamentos, praças e iluminação pública. 12)empenho junto ao governo do Estado pelo asfaltamento da estrada que liga a BR 116 a Patrocínio do Muriae, passando por Cachoeira Alegre e Barão do Monte Alto. 13) implantação do sistema DDD da Telemig em Cachoeira Alegre, Silveira Carvalho e localidades rurais.

                Programa da área de esporte: 1) apoio aos times do município, promovendo campeonatos municipais e apoiando-os em suas competições intermunicipais. 3) apoio a continuidade dos jogos estudantis. 4) construção de quadras poli-esportivas e melhoramentos dos estádios de futebol.

                Programa no setor agrícola: apoio a Emater, com programas para o desenvolvimento da agricultura e pecuária de nosso município. 2) apoiar o atendimento médico-veterinário aos agropecuaristas. 3) ensaibramento, conservação e drenagem das estradas municipais. 4) assistência a pequenos proprietários, adquirindo equipamentos agrícolas, retro-escavadeira e o programa de eletrificação rural. 5)realização de exposições agropecuárias, estimulando o desenvolvimento da pecuária e agricultura.

6) Apoio as associações e conselhos comunitários, assim como as entidades religiosas em geral.

                Nossa meta está traçada. Nosso programa visa o crescimento comum de nosso município e nós, empenhados em trabalhar pela nossa terra, colocamos nosso nome à aprovação popular, como sendo uma grande opção para você, amigo eleitor confiar o seu voto em três de outubro. Um grande abraço e até lá, se Deus quiser.

 

 

ASSIM SE PASSARAM OS QUATRO ANOS

                Muitas foram as pessoas que nos perguntaram: essa obra é da prefeitura? Outras, preferiam afirmar, ao invés da interrogação, para enganarem a si mesmas, talvez. Lamento decepcioná-las, mas esta obra, nada tem a ver com a prefeitura. Aliás, nos últimos anos vai ser difícil você encontrar alguma em que a prefeitura tenha participação. Deveria ser!

                Eu sei e você também, que não compete à Igreja fazer rede de captação de água, galerias pluviais, nem calçamento nas vias públicas. Isso cabe ao município, ao executivo, é portanto, dever do prefeito. Mas diante da recusa do prefeito, diante da incompetência municipal, a Igreja assume tais responsabilidades para não ver ruir suas obras, para não ver desmoronar o muro, bar, cozinha e cinco banheiros sanitários do Jupter clube – o nosso salão de festas da comunidade -  Tudo construído com muito sacrifício, com recursos da própria comunidade e que corre o risco de desabar, ameaçado com as águas das chuvas que provocam o desmoronamento, colocando em risco os alicerces do clube.

                O problema foi levado ao prefeito, as reivindicações vêm sendo feitas desde o início de sua gestão. Por ultimo pediu-se que a prefeitura fornecesse a mão-de-obra ou doasse as manilhas para tornar viáveis as obras. Isso também foi negado.

                Como vês, a administração paroquial deu início às obras, já que não se pode esperar mais. O dinheiro ali empregado vem dos eventos que ela promove, com a sua participação. Para maiores informações, consulte o Livro da Paróquia que está à sua disposição, na secretaria. (sala em anexo à Casa Paroquial).

                Se você procurar o prefeito, ele, com certeza, terá um projeto para essa obra em sua gaveta, como outros tantos que foram exibidos ao longo desses quatro anos. Só que projetos na gaveta, não resolve! Se você tinha ainda alguma esperança de contemplar uma obra municipal em Cachoeira, perdoe-me desapontá-lo. Ainda não foi dessa vez!

Fernando M. Ribeiro 

 

 

GERALDINHO ANASTÁCIO ENCERRA SUA CARREIRA DE ÁRBITRO

 

                Na festa das comemorações dos 76 anos do Tupi F.C. o ex-árbitro de futebol Geraldo Alves de Oliveira voltou a atuar como juiz da partida, para despedir-se das quatro linhas; na sua cidade, no campo onde tantas vezes atuara e apitando uma partida do seu clube do coração.

                Geraldinho Anastácio, é assim que todos o conhecem, era árbitro conceituado, filiado à LEM, Liga Esportiva de Muriaé, desempenhando sempre o seu papel com discrição, nos muitos estádios por onde atuou. Em seu último trabalho, foi destaque pela boa forma física, o que lhe permite uma boa colocação em campo, boa movimentação para estar sempre próximo das jogadas e apitar com segurança. Eu seria infantil se afirmasse que nunca se envolveu em polêmica e que jamais errara ao assinalar uma falta, uma penalidade ou expulsar um atleta.

 Na verdade, esse árbitro não existe. Os grandes baluartes das arbitragens, do passado ou do presente, serão sempre questionados por torcedores, presidentes de clubes, cartolas e a imprensa esportiva; por suas decisões. Mas, regularidade era outra marca de nosso conterrâneo. Em sua despedida dos campos de futebol, foi o árbitro seguro de sempre e recebeu por isso o carinho e os aplausos da galera.

Parabéns ao Geraldinho e nosso muito obrigado pela sua contribuição para o esporte. Parabéns ao Tupi F.C. pelos seus 76 anos, pela bela festa que proporcionou à sua torcida. Saiba que também tens um cantinho nesse meu coração rubro-negro!

Fernando M. Ribeiro

 

 

UM PASSEIO PELA HISTÓRIA DE CACHOEIRA: AS IGREJAS (continuação)

                Foram dias difíceis. Lembro-me quando minha mãe me ligou dando a trágica notícia – eu já morava em Muriaé – e pediu que eu fosse ter com Padre Adriano Keet, para avisá-lo do ocorrido e explicar-lhe que a parede que sustentava o sacrário, havia vindo à baixo, que ele havia sofrido avarias e que as âmbulas, com as Hóstias consagradas estavam expostas, no meio dos escombros. Com a voz embargada comuniquei-lhe o fato. Meus olhos marejados contemplaram as lágrimas também nos olhos de nosso pároco; que de imediato dirigiu-se à Cachoeira Alegre. E, tomou as devidas providências.

                O vendaval foi de fato, assustador. O vento ensurdecedor não permitiu que duas senhoras – Maria de Lourdes de Souza e Ana do Sr. Elisiário -  que estavam na sacristia, no momento que as paredes ruíram e tudo veio a baixo com as doze imponentes colunas e o telhado, ouvissem o barulho do desabamento. Estavam, essas duas senhoras, no interior da Igreja. Abriam as portas de uma das laterais do prédio, quando o vento impetuoso as surpreendeu, impedindo que elas fechassem as portas. Assustadas, correram para a sacristia e, algum  tempo depois de ter cessado o vendaval  (furacão, ventania) elas retornariam à Igreja  e estarrecidas, viram a Matriz literalmente no chão. Uma visão que elas não desejavam ver e teimavam em não acreditar no que viam. Atônitas, se olharam e choro foi compulsivo.

                A torre e a sacristia permaneceram de pé. A cruz, de ferro, fixada no cume da torre, ficara retorcida com a força do vento. E os alicerces, a base da grande torre estaria comprometida? A sacristia fora preservada. As ruínas compreendiam esses dois extremos: ia do altar mor, e todo o presbitério, até às escadas que davam acesso ao local destinado ao coral e consequentemente, à torre e ao campanário.

                Os comentários foram diversos, os choros e lamentos intensos. Sem recursos financeiros, não sei se vou ver nossa Igreja erguida! Quando teremos outra igreja? Acho que vou morrer sem ver nossa Matriz de pé! Mais parece um pesadelo! Meu Deus, nossa paróquia é pobre e não conseguiremos construir outra Igreja. Não posso crer no que vejo! Portas, janelas, paredes, sólidas colunas, peças inteiras de madeira do telhado; tudo veio ao chão! É difícil acreditar que a Casa de Deus não resistiu à ira da natureza!Toda a madeira do telhado estava intacta, como explicar essa queda? Não acredito no que vejo: imagens em meio aos escombros! Só consigo chorar ao  me lembrar que foi aqui, que me batizei, me casei e batizei meus filhos!

                Passados ?????? meses, o Sr. Joaquim Ribeiro Gouveia estava lá, com sua enxada, a remover os escombros. Foram dias à fio, separando os tijolos, selecionando a madeira que seria utilizada, pedras que seriam destinadas ao alicerce da nova Matriz eram amontoadas, as telhas, eram só cacos e, formavam uma montanha gigante. O entulho se avolumava à medida que eram removidas a madeira, as pedras, tijolos e etc.

                Não será uma tarefa fácil,  levaremos alguns anos provavelmente, mas vamos sim, construir nossa nova Matriz! Disse o Padre Adriano, algun tempo depois, durante a celebração da Santa Missa. Estou fazendo  contato com um engenheiro, que será o responsável pelo projeto arquitetônico e nós teremos uma Igreja moderna e muito bela!

                Foram confeccionados carnês, onde os paroquianos davam sua contribuição. Acelerou-se o processo de venda dos terrenos. Ou seja: a legalização dos terrenos pertencentes à paróquia, visto que muitas pessoas construíram em áreas do patrimônio de São Sebastião, sem ter adquirido o terreno. A paróquia era proprietária de uma grande área urbana e outra área, que fora demarcada com cercas, transformadas em pastagens e arrendadas. Era também uma forma de se obter algum recurso para investir na construção. A madeira em perfeito estado foi cerrada e vendida, assim como os tijolos. Pequenos eventos, rifas e mais rifas, grandes festas e leilões de gado eram também fonte geradora de recursos. Uma pessoa da comunidade, deu uma contribuição generosa, doando uma jóia, que foi revertida em benefício das obras. Padre Adriano, com seu carisma de pastor preocupado em edificar a Casa de Deus, conseguiu ajudas significativas com seus amigos, em sua terra, Holanda,  que também muito ajudaram nesse processo.

                O Jupter clube deixou de ter sua função social. Com algumas adaptações o salão foi transformado em Igreja. Local onde se realizaria durante alguns anos, as celebrações da santa missa, batizados, Confissões, Primeira Eucaristia, Crisma, Casamentos, Exéquias, as coroações à Nossa Senhora,  novenas, as festas do padroeiro e outros eventos do calendário litúrgico.             

Para dar lugar à nova construção, a torre seria demolida. Esse era o comentário geral, com algumas poucas pessoas contra e muitas a favor. Particularmente, eu era contra a implosão. Se a construção está sólida, o ideal seria mantê-la para visitação, além de podermos contemplar dois momentos distintos da arquitetura: A nova Matriz de arquitetura moderna, em forma de um teatro de arena e a Torre marcantemente elevada, uma construção tradicional. O moderno e o tradicional estariam lado a lado. A maioria optou pela demolição e, a torre da antiga Matriz de São Sebastião, foi demolida. Em seu lugar foram plantados os alicerces da nova Matriz.

Fernando Mauro Ribeiro

 

 

DDD: ESPERAR, ATÉ QUANDO?

                Que os serviços da Telemig melhoraram um pouco nos últimos anos, nós sabemos. Que em Cachoeira, foram instalados dez aparelhos residenciais, é um fato. Mas que esses serviços estão muito aquém do que se espera e do que merecemos, é inegável. Veja você que os assinantes pagam pelos serviços à operadora, e não recebem dela esses serviços.

 Aqui, continua funcionando ainda com o “PS”. Logo, se tem alguém usando o telefone, mesmo que você seja assinante, que tenha adquirido e instalado um aparelho na sua residência ou no seu comércio; você não consegue uma ligação. Nesse caso, constatamos que esses dez aparelhos são inúteis, pois não posso usar quando preciso. E se é assim, por que cobram taxas de um serviço que não é prestado?

Na era da tecnologia, a Telemig ainda funciona de forma muito precária, em Cachoeira. É inadmissível que na virada do século, ainda se tenha que esperar uma eternidade para se conseguir uma ligação, mesmo o consumidor _-  assinante  -  pagando uma taxa bastante elevada. Daí, pergunto aos nossos políticos: Quando teremos DDD em Cachoeira? Até quando vamos conviver com essa situação? Paga-se caro e não tem qualidade dos serviços. Até quando os políticos estarão de braços cruzados? Onde estão eles ???

No distrito de Bom Jesus da Cachoeira, o DDD foi implantado. Mirem-se no exemplo de seus líderes. Há uma informação de que em Cachoeira, circula uma lista com cerca de 60 candidatos a assinantes, à espera da ação dos políticos e de uma posição da Telemig.

Dizem que quem espera, sempre alcança. Mas sei também que “Quem espera se desespera.” E já são 60 desesperados e, uma população de desesperançados com os políticos e com essa política da Telemig. Até quando?

Fernando M. Ribeiro

 

 

BALANÇO DA FESTA DA AMIZADE

Portaria do Baile no Jupter clube    403,00

Barracas       636,00

Leilões    85,00

Bingo    34,00

Colaboração do Sr. Roberto N. Rocha    250,00

Colaboração do Sr. Luiz Perina      130,00

Total:       1538,00

DESPESAS:

Sonorização e Baile Equipe Tecnosom    250,00

Show de palco: Dupla Beto e Cristiano    130,00

Bebidas, salgados e demais despesas da barraca  589,00

Arrecadação  . . . . . .      1.538,00

Despesas . . .  . . . . . . . . .  969,00

Total Líquido . . . . . . . . .   569,00

CACHOEIRENSES E VIZINHOS

                Nós do Grupo Soares e o candidato a vereador Ademir José Dainez Soares, o Mica, Número 12.660, estamos adotando uma meta de trabalho forte. Acreditamos que através do trabalho, confraternização, com inteligência, amor e paz no coração, conseguiremos muitas melhorias para o nosso município.

                SAÚDE:                Adotamos como meta principal na saúde, colocar um agente de saúde. Mas o que é um agente de saúde? É um enfermeiro, eficaz, dotado de cursos específicos de medicina, que atuará nas comunidades, fazendo um acompanhamento de todas as famílias, fazendo um acompanhamento diário, passando informações e, se necessário, encaminhando a um médico, enviando receitas e etc.

                ESPORTE E LAZER: Patrocinar futebol de campo e salão, basquete e vôlei, inclusive conseguir recursos para a construção de uma quadra de esportes, dando mais opção de lazer à juventude.

                EDUCAÇÃO: Patrocinar eventos culturais nas escolas, como concursos literários, festivais de poesias e músicas, etc. Recursos que possibilitem doar às famílias carentes, material escolar.

                AÇÃO SOCIAL: Atuar de forma decisiva, fornecendo às famílias carentes, cestas básicas e cobertores. Vote Mica para vereador, coligação com o Grupo Soares, você só tem a ganhar. Essa é a nossa meta, Ademir Soares e Grupo Soares. Grupo Soares, sinônimo de progresso.

Marcelino Soares Belga

 

 

FIQUE DE OLHO

                E então, você fez uma visita ao Cemitério Bom Pastor, em Cachoeira Alegre? Foi uma sugestão da administração paroquial que administra aquele “campo santo”,  para que se faça uma avaliação dos trabalhos realizados ao longo desses anos. Se a sua resposta foi afirmativa, com certeza você contemplou, conferiu e aprovou a execução das obras. De fato, Cachoeira tem hoje, um cemitério que dobrou em extensão, limpo, ajardinado, bem cuidado, bem administrado.

                Vem aí mais um Dia de Finados e a administração do cemitério faz um lembrete: As pessoas que têm túmulos em Cachoeira e que não fizeram ainda seu recadastramento, correm o risco de perder seus respectivos túmulos, que, segundo orientação do advogado da Diocese, deverão ser reincorporados ao patrimônio da Paróquia.

                Desde 1993 uma equipe vem fazendo o cadastro. Cerca de 80% dos proprietários já deram as informações necessárias. Mesmo percentual deles já quitou a anuidade referente a 93. Para ajudar a quem ainda não efetuou seu cadastro e, portanto, está em débito com a paróquia, na próxima edição publicaremos o nome deles e/ou os números dos túmulos. Essa relação será fixada também no quadro de avisos da Matriz, onde você poderá obter maiores informações.

A Comissão.

 

CURTAS E BOAS  -  CURTAS E BOAS  -  CURTAS E BOAS

                IV FESTA DO ARROZ, SUCESSO TOTAL

                Alegria e animação não faltaram para um público recorde, na IV Festa do Arroz da Vila Vardiero, de 16 a 18 de agosto. A Banda de Música Santa Cecília de Cachoeira Alegre, abriu a solenidade com uma bela apresentação. Após a execução do Hino Nacional Brasileiro, teve início a Santa Missa com a participação da Banda do EAC do Porto. As 21 h, samba e pagode dos bons, com o Grupo Sampagode.

                No sábado a festa teve sequência no campo do Montanha F.C. com algumas partidas de futebol. O rodeio infantil foi bastante prestigiado pelo público presente e, no palco a Banda Stígma deu o seu recado fazendo zoeira e botando a galera pra dançar. No domingo, o ponto alto foram os desfiles da Escola Estadual Domiciano Cerqueira – Cachoeira Alegre e o desfile de carros de bois e cavaleiros. Beleza e charme na coroação da Rainha da Festa e o super-show dos cantores José Olavo e João Luiz, que apresentaram seus grandes sucessos para a turma dançar  e curtir nas barracas.

 

ANIVERSÁRIO DO NOVO TEMPO

                               Crie um slogan para o Jornal Novo Tempo. Participe na sua escola do concurso que vai eleger o melhor slogan para o jornal e você receberá um prêmio. Também para nossos leitores que desejarem participar, é só enviar para a redação do jornal  a sua sugestão. Nós selecionaremos as melhores e publicaremos nas edições seguintes. Faça como o leitor Jose Adilson de Souza, que nos enviou o seguinte: O Novo Tempo está completando um ano e, um jornal feito numa “Cachoeira”, em tão pouco tempo, surge como um riacho silencioso, mas com a força de  um oceano. Meu slogan é: “Jornal Novo Tempo: Inocente riacho com força de oceano.”

 

PARABÉNS DIZIMISTAS DE SETEMBRO

                Dízimo é algo espontâneo. É um gesto de gratidão a Deus e sinal de participação com sua comunidade religiosa. “Deus ama a quem dá com alegria.”  Parabéns dizimistas:

Edir José da Silva

Grimaldo José Fernandes

Joaquim Ribeiro Gouveia

Lucinéa  Cardoso da Rocha

 

DIA DOS PAIS

                Com carinho, catequistas e catequizandos realizaram uma singela homenagem aos pais, com jograis, poesias e músicas, na Matriz São Sebastião. “Esses seus cabelos brancos, bonito, esse olhar cansado, profundo, me dizendo coisas da vida, me ensinando tanto do mundo  . . . Olhando seus cabelos tão bonitos, beijo suas mãos e lhe digo: meu querido, meu velho, meu amigo.” Música de Roberto e Erasmo Carlos que, com emoção encerrou a comemoração do Dia dos Pais, em Cachoeira Alegre.

 

TALENTOS DE CACHOEIRA

                No palco da Festa da Amizade, José Olavo interpretou canções de sua autoria, que estão no CD “Canta comigo” e que vêm sido executadas na Rádio Muriaé, através do programa do Carlos Santos.

                Pedro Di Assis cantou músicas de Leandro e Leonardo e de Zezé di Camargo, mas foi muito aplaudido ao prestar homenagem aos pais, interpretando uma canção de Sérgio Reis.

 

 

CATEQUISTA, MAIS QUE PROFESSOR, APÓSTOLO!

                Dia 25 de agosto, encerrando o mês vocacional, a Igreja comemora o Dia do Catequista. A data foi lembrada na Matriz São Sebastião, onde os catequistas foram homenageados, assim como os Ministros da Eucaristia e da Palavra, enfim, leigos que se colocam a serviço, atendendo ao convite do Pai, vivendo sua vocação. São senhoras e senhores, rapazes e moças que se comprometem no serviço de ensinar a religião. Levam a sério esse compromisso. Dedicam seu tempo a estudar a religião e a dar catecismo. Catequistas, sejam sempre fiéis à sua vocação! Parabéns!

 

CAMINHADA VOCACIONAL

                Orando e refletindo sobre as vocações, o cachoeirense fez caminhada vocacional, com o tema “Maria, guia dos peregrinos, ensina-nos a dizer SIM”. Com fé e entusiasmos, os fiéis empunhavam faixas, cartazes, lanternas e tochas, passando pela rua Padre Messias Passos, contornando a Mário Ribeiro e retornando à Praça são Sebastião, onde foi celebrada missa solene, pelo padre Wilson Batista Porto.

 

 

 
  JORNAL NOVO TEMPO – ANO - 02 – NUMERO 10 - CACHOEIRA ALEGRE - OUTUBRO - 1996

 

 

 CACHOEIRA ALEGRE FAZ CARNAVAL NA MADRUGADA

                Assim como nas campanhas, as eleições transcorreram sem incidentes em Cachoeira Alegre, Silveira e Barão. O município só tomou conhecimento do resultado do pleito, na madrugada de 04-10-1996. As apurações dos votos do município tiveram início no dia anterior- 03-10 – às 20 h, e varou a noite. Com muita expectativa, curiosos aguardavam o resultado de cada boletim, nos corredores, salas e arredores do Fórum de Palma.

                Aqueles que não acompanharam de perto, permanecendo em suas casas, em suas  cidades, também viveram momentos de tensão à medida que as urnas eram abertas e, ansiosos, aguardavam, uma ligação de Palma, informando os números, que confirmariam os vencedores das Eleições 96.

                A cada urna apurada, aumentava a tensão, pois estava mais próximo o momento de se conhecer os nomes mais votados, daqueles que tanto se empenharam em apresentar suas campanhas e conseguirem os votos necessários para ocupar uma vaga na Câmara e na Prefeitura Municipal.

                As quatro da madrugada encerram-se as atividades no Fórum e foram confirmados os nomes. Daí, povo não resistiu e saiu às ruas de Cachoeira, promovendo um carnaval na madrugada de 04 de outubro. Com queima de fogos e muita alegria, Roberto Rocha foi carregado nos ombros pela multidão que se concentrou no Parque de Exposições e se estendeu por toda a extensão da Mário Ribeiro e Padre Messias Passos.

Fernando M. Ribeiro

 

 

HORÁRIO DO TRE E O CORPO-A-CORPO

                A mudança do peso das antigas lideranças e dos partidos ocorre no momento que é alterado também o estilo de fazer política. Ganham evidências temas que afetam a vida das pessoas, em detrimento de discursos e fórmulas demagógicas.

Foi o que constatei pelos programas dos partidos no rádio e tevê, nos horários gratuitos do TER e nos comícios de que participei. No nosso município, a campanha se deu basicamente através de carros de som circulando pelas ruas, com suas propostas de governo, camisas, bonés e adesivos com nomes dos candidatos e a panfletagem (tão antiga quanto eficaz) que faz chegar até ao eleitor, esse ou aquele partido, como informação.

                Ouvi os três candidatos. O novo Tempo publicou as entrevistas com os três. Dezenas de cartas chegaram à redação com os mais diversos comentários sobre o programa de governo exibido por cada um deles. Taí a prova inconteste de que o eleitor está atento. Quando o carro de som deixa de circular, entram em cena (os lobos) os políticos da noite, para fazerem o que chamamos corpo-a-corpo.

                Disputam os votos casa a casa. “Vale tudo”, inclusive subornar, comprar a consciência do pobre desinformado, por alguns parcos reais ou com ameaças. Em Cachoeira, a política se ganha na véspera, basta subir o Morro, diziam uns. Digo que isso é antigo e que tamanha estupidez é o quadro da política nacional. Mas, a esse quadro negro, pode se imprimir outras cores. Essa situação pode ser mudada. Ou já está mudando?

                Pense! O resultado dessas eleições terá reflexo nos próximos anos, reduzindo ainda mais o estilo de políticos tradicionais, de bastidores, consolidando a transparência democrática na região. Mesmo acirrada no final, os eleitores de Cachoeira, Silveira e Barão não se preocuparam com os discursos conservadores, nem de denúncias reacionárias de um lado contra o outro. O eleitor de cada cidade deu o recado nas urnas.

                Com certeza, a partir de agora, o eleitor quer político competente e política de resultados.

Fernando M. Ribeiro

 

 

RESULTADO DAS ELEIÇÕES DE 1996

PREFEITO ELEITO: Roberto Navarro Rocha  (PFL)

VICE-PREFEITO:  Francisco Renato de Oliveira

Total de votos:  1.900 votos

 DEMAIS RESULTADOS:

Luiz Perina -  Vice: Valtencyr   (PSDB)  . . . . . . . 1.429  votos

Nelson Luiz M. Prado – Vice: Getúlio   (PMDB)  . . . . . . .  640 votos

EM BRANCO:     . . . . . .     29 VOTOS

NULOS:   . . . . .      90 votos

VEREADORES ELEITOS:

Eduardo Dias Barros (PFL)  ..............................  384 votos

José Oliveira de Souza (PMDB) – José Olímpio  ....... 265 votos

Pedro da Rosa Mendes (PMDB) – Pedrinho   ...........  236 votos

Lucinéa Aleixo Cardoso  (PFL)   .....................  224

Osório José da Cruz  (PFL)  . ............. .......  180 votos

Jorge Luiz A. Carvalho (PDT/PSDB) Juvenil  . . . ....  178 votos

Rita de Cássia Silva Paula (PFL) Rita do Posto  ........ 171  votos

Mauro Lopes Barbosa (PMDB) Maurinho  .......... 232 votos

Ademir José Dainez Soares (PDT/PSDB)  Mica  .......   124 votos

DEMAIS RESULTADOS:

José Silvio Ferreira (PMDB)             .................. 168 votos

José Româo Guilherme Nery (PFL)  ................  167 votos

Petrônio Soares da Fonseca  ((PFL)  ................  143  votos

Maria de Lourdes Gomes Marcelino (PMDB)  ......  118 votos

João dos Passos de Paiva (PDT/PSDB)   ................ 104 votos

Ana Luiza Fernandes da Silva (PFL) ....................... 101 votos

Domiciano Cerqueira de Castro Neto (PFL)  ............ 83 votos

José Pacheco  (PFL) ...........................  82 votos

João Dias Baia (PDT/PSDB)  ................  78  votos

Zenithi Ferraz Soares (PDT/PSDB) ...................   76

Silvia Ana Vardiero Medeiros (PDT/PSDB)   ................ 60

Jorge Hilário Gomes (PDT/PSDB)  ......................          58 votos

Maria Cecília Silva de Paula  (PMDB) ....................  52 votos

João Pedro Cândido  (PFL)   ........................... 50 votos

Sebastião Gil de Matos  (PMDB)  ......................  25 votos

Geysa Rosa Oliveira Novais  (PMDB)   ...............  21  votos

Geriel de Oliveira Estácio  (PFL)  . .................... 20 votos

Antonio Vieira Barbosa  (PMDB) ......................   16 votos

Antonio Fernandes de Oliveira (PMDB)  ............. 13 votos

EM BRANCO:              .................................  470 votos

NULOS:  ............................................   134 votos

NA LEGENDA:  ..................................  56 votos

                                    

 

ISSO LHE INTERESSA: CEMITÉRIO BOM PASTOR

                Nos próximo mês, é grande o número de pessoas que visitam os cemitérios, em função do dia de Finados. No Cemitério Bom Pastor, em Cachoeira Alegre, você pode conferir as obras em andamento: ampliação do cemitério, num total de 900 m2.

                Quem tem túmulo no Cemitério em Cachoeira e ainda não se recadastrou, corre o risco de perdê-lo. Segundo o advogado da Diocese esses túmulos deverão ser reincorporados ao patrimônio da Paróquia.

                Desde 1991, uma equipe vem organizando  cadastro. Cerca de 80% dos proprietários já se manifestaram prestando as informações necessárias e 80 % deles, acertaram a anuidade de 1993. Para auxiliar os proprietários que não se cadastraram e, portanto estão em dívida com a paróquia, essa equipe estará atendendo no cemitério, no Dia de Finados.

A Comissão.

 

CACHOEIRA SE DESTACA NOS JOGOS ESTUDANTIS

                Nos dias 07 e 08 de setembro tiveram início os jogos estudantis do município, com apresentação de ginástica rítmica, dança e coreografia, numa bela abertura. O encerramento foi no dia 12, com a festa de entrega das medalhas.

                Cachoeira Alegre se destacou de novo, conquistando cinco medalhas de ouro: vôlei feminino, ciclismo masculino, queimada feminino  e futebol masculino. Outras medalhas foram conquistadas, evidentemente, mas até o fechamento desta edição, as escolas e os organizadores não nos forneceram nenhuma informação.

                O nível dos Jogos Estudantis é excelente e é um momento de grande confraternização entre os atletas. Extraordinária a iniciativa do Prefeito ao promover tal evento e, a exemplo do ano passado, o Novo Tempo parabeniza a comissão organizadora.  A vocês, o nosso aplauso!

Fernando M. Ribeiro

 

 

ATRÁS DO TRIO ELÉTRICO . . .

                Êta povo para gostar de festas! E dessa forma faz jus ao nome: Cachoeira Alegre. As comemorações em função da vitória nas eleições, se sucederam, com um churrasco promovido em Barão do Monte Alto, na residência do vice-prefeito Renato, na sexta feira, dia 04 de outubro.

                No sábado, uma multidão portando faixas, cartazes e bandeiras, toma parte na carreata que saiu de Cachoeira Alegre, passou por Silveira Carvalho, Arraial Velho. Barão do Monte Alto e Vila Vardiero e, retornou a Cachoeira Alegre, onde o povo pulou e cantou ao som do trioelétrico. Num dos veículos lia-se um cartaz que fazia alusão à votação significativa que obtivera o candidato pelo PMDB, Nelson Moreira do Prado e homenageava o candidato eleito:”Cachoeira Alegre do Prado Rocha”.

Fernando M. Ribeiro

 

 

CANDIDATOS ELEITOS OU NÃO, FALAM DE SUAS CAMPANHAS

 

 

ENTREVISTA COM DOMICIANO CERQUEIRA

NT: Qual o seu objetivo ao pleitear uma vaga na Câmara Municipal?

Domiciano: Nas eleições de 1992, recusei convite do próprio PFL. Esse ano, aceitei para atender a pedidos de amigos, grande parte deles, produtores rurais, com os quais convivi durante  cinco anos va CCPL. Eles me cobravam uma maior participação na vida pública. Daí decidi brigar por uma vaga e trabalhar pela comunidade.

NT: Você não se elegeu. Foi uma decepção?

Domiciano: Não! Discordo de alguns métodos usados na campanha, onde candidatos barganham com eleitores, a compra de votos. Ao me decidir, eu disse que entrava na política para fazer política. Fiz uma campanha coerente com a realidade do município e acho que o objetivo maior foi atingido que é eleger o prefeito. Até porque, eu tinha com esse candidato uma dívida e, evidentemente, uma afinidade política, que me impulsionaram a lançar-me na campanha.

NT: Faça suas considerações finais.

Domiciano: Agradeço ao partido e seus 25 convencionais, dos quais 19 me deram seu voto, tornando-me candidato e aos 83 eleitores que acreditaram na minha proposta e me confiaram seu voto.

 

ENTREVISTA COM ANA LUISA FERNANDES DA SILVA

NT: Você não atingiu o número de votos necessários para se eleger-se vereadora. Está frustrada?

Ana: De forma nenhuma! São muitos candidatos e nem todos podem ganhar. Eu, por exemplo, não me licenciei da Casa de Saúde Santa Lúcia, onde trabalho, não tive tempo portanto, para fazer campanha. Foi um período desgastante, mas valeu a pena. A experiência foi positiva!

NT: Você pensa em se candidatar novamente?

Ana: Não! São onze anos como funcionária da Casa de Saúde, coce presta serviço a muita gente, tem muito contato e até poderia no futuro, quem sabe, me eleger, já que obtive 101 votos agora. Mas não quero!

NT: Você está abrindo mão de 101 votos?

Ana: Não, absolutamente! Esse é o motivo da minha alegria. São 101 amigos que acreditaram em mim, que depositaram em mim sua confiança e estão ao meu redor.

NT: O que você diz para esses eleitores?

Ana: Agradecer a esses 101 amigos que me confiaram seus votos e outros tantos que  tiveram a intenção de votar e por algum motivo, isso não aconteceu. Acredito na intenção de voto. É verdade que ele não é computado, mas sou grata também a essas pessoas.

NT: Você acredita em mudança na política a partir de janeiro de 97?

Ana: Sem dúvida! Acredito que o progresso virá através de Roberto Rocha. Foi para isso que o elegemos. Tenho grande alegria de saber que contribui com 101 votos para a eleição de meu candidato.

 

ENTREVISTA COM ADEMIR SOARES  “MICA”.

NT: Vereador com vaga garantida na Câmara a partir de 1997. Você está surpreso?

MICA: Sim! É claro que você entra para ganhar, mas são 28 candidatos e é uma competição  difícil. Tive a ajuda de muitos amigos.

NT: Como surgiu sua candidatura?

MICA: Me filiei ao PDT em 1992, quase que por acaso, pois não me imaginava na política. Esse ano, numa reunião do partido, meu nome foi cogitado. A princípio relutei em aceitar, mesmo porque meu tio Petrônio era possível candidato. A idéia foi tomando formas com o incentivo dos amigos. Fui para a convenção sem uma definição do meu tio, que estava na convenção do seu partido, no mesmo horário. Acabei por aceitar. Soube no dia seguinte que o seu nome havia sido aprovado na convenção e era também candidato. Isso me incomodou bastante. Pensei a desistir. Voltei a falar com o tio, sobre minha possível desistência, mas ele me convenceu do contrário.

NT: E daí, deu-se início a campanha?

MICA: Sim. Me apresentei então como candidato, já com uma proposta de trabalho e a campanha fluiu naturalmente.

NT: E a partir de janeiro, mãos à obra?

MICA: Sim. A fama de nossos vereadores é de que só vão lá para buscarem seus salários e mais nada. Eu não admito tal coisa, pois acho que na política, principalmente, não se pode haver acomodação. Vou apresentar projetos e estar atento para apoiar aqueles que trouxerem benefícios para o povo, independente de partido. Se eu não fizer nada, não terei argumentos para pedir votos no futuro. Se eu trabalhar com seriedade, daqui a quatro anos, nem é preciso pedir votos. Meu trabalho falará por mim!

NT: Um recado para seus eleitores:

MICA: Agradecer a confiança depositada em mim. E é uma imensa emoção saber-me eleito. Eu não esperava e quando dei por mim, estava competindo entre os grandes. Não fiz promessas. Fiz um pedido a Deus, que se fosse de sua vontade para eu fazer um trabalho para o povo, que Ele me fizesse vitorioso. Caso contrário, eu encararia a derrota com naturalidade. Fui eleito e não vou decepcionar, estejam certos disso!

Todas as entrevistas foram feitas pelo editor Fernando Mauro Ribeiro.

 

 

CARTAS DOS LEITORES   -   CARTAS DOS LEITORES

EVOLUÇÃO:      

Dia 29 de junho, visitei Cachoeira Alegre, revi os amigos e voltei orgulhosa das coisas que vi lá. Quero, através do Novo Tempo, parabenizar diretores, professores, serviçais e alunos da Escola Estadual Domiciano Cerqueira, pela brilhante festa na Praça São Sebastião. Organização, ornamentação das barracas e principalmente muita união e harmonia.

O Arraiá da Florentina estava o máximo. Divertidíssima, a pirâmide humana que as crianças faziam em torno do pau de sebo, para conseguirem pegar o prêmio. E quando isso aconteceu, foi uma festa, uma correria, gritavam e riam felizes. Parabéns também às mães pelo bom gosto das roupas e alegorias das meninas e meninos na dança da quadrilha.

Tamanha foi minha alegria, quando já, quase ao final de festa eu deixava o local e pude observar que toda a decoração estava intacta, fora conservada. Isso vem mostrar que Cachoeira está evoluindo em civilização. Parabéns conterrâneos!

Maria Lúcia Dias -  Serra Dourada II – Vitória – ES.

Nota do Redator:  Alô, Lúcia! A comunidade caminha. E quem caminha em busca de um ideal, com o passar do tempo, de alguma forma, se aproxima dele. Tá dado o recado.

 

MEXE E REMEXE

                Sou leitora assídua do N.T e li atentamente as propostas de cada candidato. No papel está tudo ótimo e bonito, mas quero ver na prática. Eleições vem, mudam-se os políticos, mas não muda a política. A primeira preocupação é quem deve ser mandado embora, um mexe e remexe e se vai o tempo. Trabalho mesmo que é bom, nada! E com isso estamos vivendo na idade da pedra, ou melhor, do barro e buraco. Calçamento? Asfalto? Nem pensar! Praça, área de lazer? Também não! Água? Só de poço, sem nenhum tratamento. E ainda se fala em saúde! Como? Se nem a água é tratada!

                Estou pedindo a Deus que as coisas se acertem por aí e que o candidato eleito, seja ele quem for, cumpra com suas obrigações, administre com dignidade. Um abraço!

Lúcia Martins -  Av. Brasília – 66 – Vitória – Es.

Nota do Redator:

É isso aí, amiga leitora! As propostas são boas, os candidatos também. Infelismente, não se pode eleger os três.

 

PDT COM A PALAVRA

                Parabenizo em nome do PDT, este importante veículo de comunicação para o município. O povo precisa mesmo saber o que se passa, com seriedade, verdade e respeito. No momento o assunto mais importante é o político. E o que é ser um político? É uma resposta que reflete a consciência, os princípios e os objetivos de quem a responde. O mais importante é saber que político e povo se completam. Isto é, um não existe sem o outro. Portanto, o político que se candidata precisa considerar o povo como sua meta de realizações em todos os sentidos. E o povo, por sua vez, procurar o candidato que lhe convier, que julgar ser capaz de atender suas necessidades básicas para uma vida mais digna.

Odila I.S. Andrade – Presidente do PDT de Barão do Monte Alto

NOTA DO REDATOR:

O Novo Tempo agradece as palavras de estímulo e o reconhecimento do PDT, para com o nosso trabalho. Encontrei-me antes e depois das eleições com a presidente do partido e pude constatar o seu empenho em elevar o nível da campanha e tornar mais transparente as eleições.

 

NOSSO APLAUSO:

O Jornal Novo Tempo quer contar com a compreensão dos leitores que não tiveram ainda suas cartas publicadas e pede desculpas pelo atraso, reiterando, que isso só ocorre unicamente por falta de espaço e agradece pelas dezenas de cartas enviadas à redação. (O Editor)

 

UM PASSEIO PELA HISTÓRIA DE CACHOEIRA – AS IGREJAS  (continuação)

                Em 12 de outubro de 1987, Cachoeira Alegre estava em festa. Num período de três anos, aproximadamente, era inaugurada a nova Matriz. A comunidade se reuniu na entrada da cidade, (próximo ao Parque de Exposições) para saudar Maria Santíssima. Às 16:30 horas, ao som da banda de música, uma belíssima queima de fogos e o dobrar dos sinos, chega ao local, em carro aberto, a imagem de Nossa Senhora Aparecida, que fora doada pelos proprietários da empresa de ônibus de mesmo nome – Empresa Nossa Senhora Aparecida – e que fora conduzida festivamente pela multidão, até a Matriz e colocada em seu trono. Em seguida, padre Marino Van-de-vem, celebrou missa festiva.

                A imponente Matriz de São Sebastião, de construção do século passado, de torre marcantemente elevada, deu lugar a outra de moderna arquitetura. Isso é para nós, cachoeirenses, um grande orgulho. O  que ontem parecia um sonho, hoje é realidade. Das ruínas e dos escombros, do vendaval que destruiu nosso templo. Do pesadelo que vivemos naquela tarde de 25 de novembro de 1982, despertamos para essa realidade fantástica que é a Matriz de São Sebastião.

                Para que isso fosse possível, contamos com as bênçãos de nosso soberano Deus, com a constante intercessão de nosso padroeiro o “glorioso mártir São Sebastião. Com a abnegação de nosso pároco Pe. Adriano Keet que, com determinação se dedicou  ao projeto de edificar a igreja do Senhor. Com o trabalho incansável dos senhores Joaquim Ribeiro Gouveia e Carlos Augusto Ribeiro, - presidente e vice- presidente das obras da paróquia, que aceitaram o desafio, que se doaram em tempo e trabalho e de forma obstinada, sonharam e fizeram com que o povo sonhasse, conduziram esse empreendimento, desde a remoção dos escombros, desde os seus alicerces, até à cruz – esse facho de luz que ilumina Cachoeira -  fixada no cume da torre. Contamos com a colaboração, com o espírito social e religioso, com a solidariedade, o entusiasmo e a garra de um povo. Foram três anos ininterruptos de trabalho árduo, de total dedicação, mas coroado de êxitos. E hoje, com o coração sorrindo, podemos contemplar um dos mais belos templos da região,de arquitetura moderna, que exprime o bom gosto dos fiéis. Aí está nossa Igreja Matriz.

                Mas esta solenidade, caros irmãos, irmãs, paroquianos ou não, tem um significado muito maior do que apenas a estética dessa obra. Ela significa muito mais do que o aspecto material que ela representa, que ela traduz. Ela representa um ponto de união, da vontade de um povo e da determinação de seus líderes. Igreja é como seres humanos: um local onde Deus faz morada. De nada adianta uma igreja bela, moderna, mas de portas fechadas. O bom gosto é necessário, mas a fé, a participação, o ser cristão são vitais. Sejamos cristãos autênticos e vejamos a Igreja como um sinal visível do Reino de Deus, o Sal da Terra e Luz do Mundo.

Hoje, pela primeira vez, nos reunimos aqui para professar nossa fé, celebrara vida, celebrar nossas conquistas, como filhos agradecidos que somos, pois, para o ser humano, muito pior do que a falta de fé é a frieza, a ingratidão e o indiferentismo religioso. Com amor e afeto, nosso Pai celestial, acolhe seus filhos, em sua casa; essa multidão, que veio demonstrar ao Criador, sua gratidão, nessa tarde de 12 de outubro. Quero, como filho dessa terra, como membro dessa comunidade, expressar minha alegria, que creio, seja também de vocês e, agradecer a todos pela conclusão dessa obra, porque ela significa também a presença de um povo empunhando sua bandeira, buscando novas conquistas, construindo o progresso, escrevendo sua história!

(Trecho do discurso escrito por Fernando M. Ribeiro e proferido por Maria Aparecida Ribeiro – presidente e secretária do Grupo Jupter, respectivamente)

 

 

CURTAS E BOAS   -   CURTAS E BOAS   -   CURTAS E BOAS

                É grande a movimentação dos organizadores do clássico Flamengo e Tupi, para o dia primeiro de novembro. O Tupi F.C. tem a posse da taça Manoel Fernandes Nogueira, que está exposta na Drogaria Soares.

 

ALUNOS VISITAM MUSEU

                Dias 10 e 11 de setembro, alunos da E.E. Domiciano Cerqueira visitaram o Museu de Arte Sacra. A pedido da direção do Colégio, falei-lhes  sobre Cachoeira, contando sua história, à medida que ia apresentado-lhes o retrato dos fundadores, pintado à óleo, em suas molduras, na parede e outras peças ali expostas como parte integrante de nossa história. Até porque, penso que um museu torna-se um instrumento muito útil para se preservar e resgatar os valores artísticos de um povo, à medida que os educadores usem a imaginação pedagógica para propiciar às crianças, oportunidades ricas e variadas de interagir com a linguagem escrita.

                Foi uma tarefa que executei com prazer,porque as crianças me pareceram bastante interessadas. E quando a criança se interessa pelo que faz, é capaz de empreender esforços, ultrapassar limites, e isso acaba nos estimulando.

 

TIA CLAUDIA E CIA.

Com alegria registro o recebimento do trabalho que a professora “Tia Claudia”, realizou com os alunos, contando a história de Cachoeira Alegre, baseado no que viram, ouviram e leram. Obrigado pelo carinho e gentileza da lembrança. Os frutos que colhes, fostes vós que plantastes. O mérito é de vocês.  Afinal, “só pode ser pedagogo aquele que se encontrar capacitado para penetrar na alma infantil.”  (Segmund Freud)

 

FELIZ ANIVERSÁRIO

Dr. Odilon p. Carvalho comemorou mais um aniversário no dia 24. Recebe cumprimentos de Rosângela Matola, os filhos Thaís, Guilherme e Laura, da esposa Genilda Flores Carvalho e da equipe do Novo Tempo.

 

JEAC É UM SHOW

Lí e guardo comigo as 2ª e 4ª edições do JEAC. O jornal é ótimo e a entrevista com o Padre Cícero é bastante interessante, uma lição de vida. Parabéns ao JEAC. Jornal do Grupo EAC da Barra, em Muriaé.

 

 

PARABÉNS.

Rosangela Matola cumprimenta sua mãe Teodora Gomes Matola, na Fazenda Inveja, em Silveira Carvalho, pelo seu aniversário dia o8 de novembro. À senhora Teodora, parabéns também, em nome do jornal Novo Tempo

 

DESCREVENDO O MUSEU

                O Museu de Arte Sacra está instalado no prédio da sacristia da antiga Matriz São Sebastião. O prédio passou por uma grande reforma. O  assoalho de madeira  e o telhado de madeira, ambos no segundo pavimento e, já comprometidos, foram substituídos por lajes de concreto e ferragem.

O prédio perdeu em originalidade, mas ganhou em tamanho, - mais quatro salas – segurança, - todas as dez janelas receberam grades - e comodidade. O Museu conta com oito salas. Sendo três, no segundo pavimento e cinco, no primeiro piso; onde estão: a Capela do Santíssimo; a Sala de Nosso Senhor dos Passos - com os sinos, as matracas, castiçais e uma peça raríssima, a imagem esculpida em madeira, de Nosso Senhor Morto – ; a Sala do Menino Jesus _ com o  belo presépio montado permanentemente e outras peças tais como galetas, cálices, candelabros e outras; a Sala da Administração com um painel de fotos que ocupa toda uma parede, um armário com peças riquíssimas do vestuário de nossos padres ao longo de mais um século de história e documentos importantes.  No salão central,  que dá acesso ao segundo pavimento, estão a  pia batismal esculpida em mármore, o antigo telefone de manivela, quadros com orações da Santa Missa em latim, painéis e troféus contando a história dos três clubes de futebol de Cachoeira Alegre e outras peças.Todas elas no primeiro pavimento.

                No segundo pavimento, uma enorme sala, ornada com tapetes, uma cruz, com o Cristo, fixada no centro da parede frontal, estolas e outras peças de paramentos, a cruz que fora fixada no cume da primitiva capela, em 1859  e nas outras duas salas, um total de 13 belas imagens, cada uma delas no seu nicho, algumas recuperadas dos escombros da Matriz e restauradas por artesãos da própria comunidade, compõem um rico cenário e guarda um pouco a história de nossa igreja, de todos os tempos.

 

EAC  - CENTRO – BOLA PRA FRENTE!

Acabo de ler “Um meio de amor e comunicação” . A primeira edição do jornal do EAC – Centro. É fantástico ter um canal aberto para o adolescente questionar, opinar, propor, falar de suas dúvidas e certezas e comunicar sua alegria. Ideia brilhante. Parabéns!

 

PARABÉNS AOS NOSSOS DIZIMISTAS

Só quem é generoso dá o dízimo.O egoísta enxerga só a si mesmo, não sabe ser grato, nem conhece o valor e a alegria da partilha. O Novo Tempo cumprimenta a todos os dizimistas, pois são eles, que doando um pouquinho do que têm, ajudam a perpetuar a igreja de Jesus.

DIZIMISTAS DE OUTUBRO: Arlete Passos Dias, Maria Camargo de Oliveira, Carmem Luiza Ribeiro, Sebastião Marques, Geraldo Camargo de Oliveira e Luciano Adauto do Carmo.

 

UNIÃO DOS COMERCIANTES, JÁ!

É hora de associarmos. União dos Comerciantes de Cachoeira Alegre, Silveira Carvalho e Barão do Monte Alto, venham! Vamos negociar essa ideia. Associação comercial do Município. Informe-se com o Grupo Soares.

 

MISSA DE FINADOS NO CEMITÉRIO

No dia 02 de novembro, a Igreja celebra o Dia dos Mortos e é uma tradição cristã que visitemos  nesse dia, os nossos entes queridos, levando flores, acendendo velas e rezando por eles, nos cemitérios. Em Cachoeira Alegre é costume celebrar a santa missa no Cemitério Bom Pastor. Para esse ano, a celebração eucarística por intenção das almas está confirmada para as 09 horas. Caso esteja chovendo, a missa será celebrada na Matriz São Sebastião.

 

DOM RICARDO É TRANSFERIDO PARA A DIOCESE DE POUSO ALEGRE

Dom Ricardo Pedro fora transferido da Diocese de Leopoldina, para assumir a Arquidiocese de Pouso Alegre – MG.Estamos aguardando, portanto, a nomeação do novo Bispo Diocesano. Enquanto isso, recomenda-se aos fies que continuem em oração, na certeza de que no início de 1997, a Paróquia de Cachoeira Alegre receba o padre que Dom Ricardo prometera e que é  aguardado com enorme expectativa pelos paroquianos.

 

DIA DO PROFESSOR

“Hoje, como no passado, a tarefa mais importante e também a mais difícil na educação de uma criança é ajudá-la a encontrar significado na vida.” (Bruno Bevelheim) A vocês, professores, parabéns pelo seu dia e a gratidão desse editor, um ex-aluno da E.E. Domiciano Cerqueira.

 

FESTA DE NOSSA SENHORA APARECIDA

Como acontece na maioria das paróquias espalhadas por esse país, também em Cachoeira  a Festa da Padroeira do Brasil, foi celebrada com entusiasmo no dia 12 de outubro. As 18:OO horas, a imagem de Nossa Senhora Aparecida foi conduzida em carro aberto, por uma multidão de fiéis, pelas principais ruas da comunidade. Num carro de som, o seminarista Willian Groupo,conduzia as orações e meditações, enquanto o povo caminhava com Maria e cantava seus louvores, alternando com a Banda de Música, que muito contribuiu para o brilhantismo da festa. Na Matriz, a Virgem Imaculada foi saudada com uma queima de fogos, ao som da banda de música, repicar dos sinos e as vozes da multidão que cantava: “Dai-nos a bênção, ó Mãe querida, Nossa Senhora Aparecida”. Em seguida foi celebrada Missa solene.

PARÓQUIA ESTÁ CONCLUINDO OBRAS QUE A PREFEITURA NÃO FEZ

A construção do muro do Jupter clube e a galeria pluvial à rua Professor Geraldo Rodrigues, que tiveram início em setembro estão em fase de acabamento. O muro  de contenção, construído no local, acabou com os riscos de desmoronamento. As obras na lateral do clube estão sendo concluídas e foram executadas com recursos da Paróquia de Cachoeira, uma vez que o poder público – a Prefeitura _  se recusou faze-las.

 

 

 

UM PASSEIO PELA HISTÓRIA DE CACHOEIRA – AS IGREJAS  (continuação)

                Em 12 de outubro de 1987, Cachoeira Alegre estava em festa. Num período de três anos, aproximadamente, era inaugurada a nova Matriz. A comunidade se reuniu na entrada da cidade, (próximo ao Parque de Exposições) para saudar Maria Santíssima. Às 16:30 horas, ao som da banda de música, uma belíssima queima de fogos e o dobrar dos sinos, chega ao local, em carro aberto, a imagem de Nossa Senhora Aparecida, que fora doada pelos proprietários da empresa de ônibus de mesmo nome – Empresa Nossa Senhora Aparecida – e que fora conduzida festivamente pela multidão, até a Matriz e colocada em seu trono. Em seguida, padre Marino Van-de-vem, celebrou missa festiva.

                A imponente Matriz de São Sebastião, de construção do século passado, de torre marcantemente elevada, deu lugar a outra de moderna arquitetura. Isso é para nós, cachoeirenses, um grande orgulho. O  que ontem parecia um sonho, hoje é realidade. Das ruínas e dos escombros, do vendaval que destruiu nosso templo. Do pesadelo que vivemos naquela tarde de 25 de novembro de 1982, despertamos para essa realidade fantástica que é a Matriz de São Sebastião.

                Para que isso fosse possível, contamos com as bênçãos de nosso soberano Deus, com a constante intercessão de nosso padroeiro o “glorioso mártir São Sebastião. Com a abnegação de nosso pároco Pe. Adriano Keet que, com determinação se dedicou  ao projeto de edificar a igreja do Senhor. Com o trabalho incansável dos senhores Joaquim Ribeiro Gouveia e Carlos Augusto Ribeiro, - presidente e vice- presidente das obras da paróquia, que aceitaram o desafio, que se doaram em tempo e trabalho e de forma obstinada, sonharam e fizeram com que o povo sonhasse, conduziram esse empreendimento, desde a remoção dos escombros, desde os seus alicerces, até a cruz – esse facho de luz que ilumina Cachoeira -  fixada no cume da torre. Contamos com a colaboração, com o espírito social e religioso, com a solidariedade, o entusiasmo e a garra de um povo. Foram três anos ininterruptos de trabalho árduo, de total dedicação, mas coroado de êxitos. E hoje, com o coração sorrindo, podemos contemplar um dos mais belos templos da região,de arquitetura moderna, que exprime o bom gosto dos fiéis. Aí está nossa Igreja Matriz.

                Mas esta solenidade, caros irmãos, irmãs, paroquianos ou não, tem um significado muito maior do que apenas a estética dessa obra. Ela significa muito mais do que o aspecto material que ela representa, que ela traduz. Ela representa um ponto de união, da vontade de um povo e da determinação de seus líderes. Igreja é como seres humanos: um local onde Deus faz morada. De nada adianta uma igreja bela, moderna, mas de portas fechadas. O bom gosto é necessário, mas a fé, a participação, o ser cristão são vitais. Sejamos cristãos autênticos e vejamos a Igreja como um sinal visível do Reino de Deus, o Sal da Terra e Luz do Mundo.

Hoje, pela primeira vez, nos reunimos aqui para professar nossa fé, celebrara vida, celebrar nossas conquistas, como filhos agradecidos que somos, pois, para o ser humano, muito pior do que a falta de fé é a frieza, a ingratidão e o indiferentismo religioso. Com amor e afeto, nosso Pai celestial, acolhe seus filhos, em sua casa; essa multidão, que veio demonstrar ao Criador, sua gratidão, nessa tarde de 12 de outubro. Quero, como filho dessa terra, como membro dessa comunidade, expressar minha alegria, que creio, seja também de vocês e, agradecer a todos pela conclusão dessa obra, porque ela significa também a presença de um povo empunhando sua bandeira, buscando novas conquistas, construindo o progresso, escrevendo sua história!

(Trecho do discurso escrito por Fernando M. Ribeiro e proferido por Maria Aparecida Ribeiro – presidente e secretária do Grupo Jupter)

 

 

   JORNAL NOVO TEMPO – ANO - 03 – NUMERO 11 - CACHOEIRA ALEGRE - JANEIRO - 1997

 

 

A POSSE DOS ELEITOS EM 1996

                O PREFEITO Roberto Rocha e seu vice Renato, assumiram a prefeitura de Barão do Monte Alto, em clima de muita festa. A programação elaborada para a festa de posse, no dia 01 de janeiro, teve início com a celebração da Santa Missa , em Ação  de Graças, na Igreja Nossa Senhora Imaculada Conceição, pelo padre Wildes B. Porto, às 9h, em Barão. Em seguida o público presente foi convidado a tomar parte na cerimônia de posse, no Salão Paroquial , onde se encontravam os líderes das bancadas do PFL, PSDB, PMDB e PDT.

                À execução do Hino Nacional Brasileiro, o mestre de cerimônias, fez a abertura da solenidade, onde houve discursos e aplausos, principalmente quando o ex-prefeito Augusto Carlos Abreu Neto transmitiu o cargo ao seu sucessor Roberto Navarro Rocha.

                A festa teve sequência em Cachoeira Alegre, onde uma verdadeira multidão se concentrou na Praça São Sebastião e superlotou as dependências do jupter clube, onde foram servidos churrasco e cerveja.

                Prefeito e vice foram recebidos na entrada da cidade, próximo ao Parque do Flamengo, ao som de trio elétrico, queima de fogos e businaço de caminhões, ônibus e outros veículos, que foram dispensados por eles, para seguirem a pé, pelas ruas, até a Praça, na qual a festa se estendeu até as 19:00 horas, quando os mais entusiasmados já deixavam o local, completamente molhados de chuva, suor e cerveja.

Fernando M. Ribeiro

 

EDITORIAL

VOCÊ NASCEU PARA A FELICIDADE

                 Plagiando Januário de Oliveira, locutor esportivo: “Taí o que você queria!”  Taí, 1997!  Se chove ou faz sol, não importa. O que conta é que o tempo passa e com ele caminhamos, marcando nossos passos no pó ou no barro da estrada. E você pode sentir-se feliz com o sol da felicidade que traz consigo e sentir-se igualmente feliz com a orquestra da chuva, que interiormente, contemplas, fascinado.

                Paz, alegria e felicidade fazem parte dos nossos sonhos básicos, fundamentais. Algo assim como o ar que respiramos, o sol que aquece, ilumina. O próprio Deus, nos quer alegres, sorridentes, pacificados, irradiando entusiasmo, transmitindo simpatia, cantando felicidade. Bem ou mal, sábia ou tolamente, cada um de nós constrói a sua felicidade e realização. Outras pessoas podem nos auxiliar, instruir, complementar. O arquiteto-mor de nossa felicidade somos nós, insubstituivelmente.

                Felicidade lembra edifício em construção, casa inacabada. Lembre-se que Deus quer sempre nossa colaboração na engenharia da felicidade, do Reino a construir. Ao encontrar dificuldades, ao tropeçar em pedras do caminho, deposite-as ao pé da cruz, onde elas perderão sua amargura. Da cruz pende a esperança, a salvação.

                Não lastime uma ilusão perdida, um sonho desfeito, uma expectativa frustrada. Não haveria frutos, se as flores não caíssem. Olhos que choram vêem mais longe, mais fundo. As alegrias plenas e duradouras, lembram as rosas: crescem entre espinhos.

                Você nasceu para a felicidade. Para não machucá-la, conserve a todo custo o gosto do bem viver, de sorrir e acolher. Trabalhe, lute, descanse, vibre, distribuindo favores,, ajudando os menos favorecidos. E, acima de tudo, jamais deponha a fé, a esperança, em momento algum. Porque viver é esperar, acreditar, prosseguir, perseverar. Feliz 1997!

Fernando M. Ribeiro

 

 

PADRE MARCIONÍLIO CELEBRA EM BARÃO SUA PRIMEIRA MISSA

               É com carinho e alegria, que registramos a ordenação sacerdotal de Paula Barbosa, no dia 21-12-1996, em Juiz de Fora. Padre Marcionílio é filho de Barão do Monte Alto, cidade que o viu crescer e esteve sempre orante, para que ele perseverasse em sua vocação. Por isso, foi com mita alegria que a comunidade o recebeu, no dia 24 de dezembro, quando celebrou sua Primeira Missa, na Igreja de Nossa Senhora Imaculada Conceição, às 20:00 horas.

                Padre Marcionílio é da Congregação de santo Antonio e pertence a Diocese de Juiz de Fora, onde assumirá uma paróquia, a partir de fevereiro. Enquanto isso, ele estará celebrando, visitando as igrejas e capelas por onde passou fazendo amigos, para nessa oportunidade revê-los e com esse gesto de gratidão, retribuir a amizade e o carinho a ele dedicados.

                A Paróquia de Cachoeira Alegre está feliz, agradece a Deus o “sim”, de Marcionilio , cumprimenta seus pais, familiares e a comunidade montealtense, que com suas orações e estímulos, se tornaram responsáveis por mais uma vida consagrada a serviço do Reino de Deus.

Fernando M. Ribeiro

 

 

TUPI E FLAMENGO, UMA FARSA, EM 1996

                O clássico Flamengo e Tupi foi um festival de desorganização, uma farsa. Até parece que há alguém com a intenção de acabar com uma das coisas mais bonitas e emocionantes do esporte cachoeirense, que é essa competição realizada em todo dia primeiro de novembro, por ocasião da festa do cachoeirense, quando as duas equipes se enfrentam, disputando o troféu “Garra Cachoeirense”.

                A partida terminou em empate no tempo normal, não houve prorrogação, nem cobrança de penais. O Tupi – dizem que por iniciativa de um de seus representantes, o Marcelino – se denominou vencedor, deu a volta olímpica, levou consigo a taça e continua com ela, como se fosse seu legítimo dono, descumprindo totalmente o regulamento. Um desrespeito com aqueles amam o futebol. E para não me estender mais, faço aqui uma pergunta: Campeão de que?

                O Estatuto da competição é claro, ele diz em seu capítulo V, artigo segundo: “Terá posse do troféu, a equipe que  conseguir três vitórias consecutivas.” E para aqueles de curta memória, lembro que o Glorioso Tupi foi o vencedor de 1995 (como registrou o Novo Tempo) com méritos. Mas uma única vitória não lhe confere o direito de posse em definitivo do troféu.

                É pena que as coisas tenham chegado a esse ponto.” O que era festa bonita, tornou-se uma palhaçada,” escreveu-nos indignada uma torcedora, leitora do jornal. E com isso a competição perde a credibilidade. De quem é a culpa? Dos (des) organizadores! Estou perplexo com tantos desmandos e é pena que não posso atender o apelo da torcedora que sugeriu que publicássemos aqui o estatuto da competição. Desculpe-me a leitora, só não o faço por falta de espaço, mas concordo que seria bastante oportuno.Tenho uma cópia do referido estatuto que ajudei a fazer e foi aprovado pelos idealizadores e organizadores do evento, na época; coloco-o à disposição de quem desejar fazer eventuais consultas.

                Penso que os dirigentes, os atletas e os árbitros principalmente, deveriam conhecer o regulamento da competição. Deus queira que prevaleça o bom senso, que os dirigentes se reúnam e discutam de forma civilizada tal impasse. Comenta-se a possibilidade de uma outra partida no dia da Festa do Padroeiro, mas ninguém confirma. E o que é pior;  eles continuam ignorando o regulamento.

Fernando M. Ribeiro

 

 

PANCADARIA NO CLUBE RECREATIVO MONTEALTENSE

                Lamentável o episódio do dia 21 de dezembro no clube recreativo montealtense. Uma falta de respeito para com os formandos-96, que promoviam sua festa-baile de formatura, esperavam por entretenimento e apostavam num clima de confraternização.

                Pancadarias, cadeiradas, garrafadas, ponta-pés e toda espécie de agressão é o que se viu! Há quem feriu-se gravemente e teve que ser medicado no Hospital São Paulo, em Muriaé. De quem é a culpa? Nossa é que não é, diziam os formandos, inconformados com as cenas de vandalismo, com a irresponsabilidade daqueles, que deveriam ser exemplos.

                O Jornal Novo Tempo foi procurado com uma indagação (mais afirmação do que interrogação) : ”Você tem que noticiar tal baixaria; tenho todas as informações”.  Não farei sensacionalismo, nem serão mencionados nomes, como querem alguns, pois não é esse o objetivo do jornal, mas não posso ser omisso. Os formandos, a sociedade merecem um mínimo de respeito. “ Quem promoveu toda essa violência, não foram os chamados  ‘pequenos’, não! Foi gente  “grande”, a elite, que agora se faz de vítima” , foi o desabafo de um dos formados.

Fernando M. Ribeiro

 

 

EX-PREFEITO SE CALA

                A DIREÇÃO DO Novo Tempo, na pessoa de seu diretor comercial, fez, na primeira quinzena de dezembro, contato com o então prefeito Augusto Carlos de Abreu Neto, quando colocou mais uma vez, o jornal à disposição do administrador municipal e sugeriu-lhe que  fizesse um balanço de sua administração, com o objetivo de informar ao povo de “como andam as coisas por lá”. Ele foi simpático. Contudo, recusou o espaço a ele oferecido e foi reticente: “Está tudo documentado e tenho cópias desses  documentos.”

                É muito comum, na política brasileira, (nosso município não é exceção) quando o prefeito não elege o seu sucessor e os meses que se seguem até ao final de seu mandato e o município fica em total abandono. Quando o prefeito eleito toma posse, aponta sua metralhadora em direção à administração passada, e durante longo tempo dispara: “A casa está uma desordem”. Alguns falam de dívidas, rombos e outras tantas coisas. E o povo assiste pacificamente aos ataques e ao marasmo que se arrastam durante meses, como se fosse ele o culpado. A movimentação que se vê, nos primeiros meses, é a que eles dizem inevitáveis: enxugar a máquina administrativa, demissões, admissões e perseguições. É sempre assim!

                Daí, pensei na importância do parecer do então prefeito, para falar de sua transparência, para esclarecer e não confundir o povo que gostaria de receber tais informações nas suas casas, através do novo tempo, que é distribuído gratuitamente. Mas como se vê, o ex-prefeito pensa diferente do povo e achou melhor guardar para si, ao invés de torná-los públicos. O jornal não concorda, mas respeita sua decisão.

                “Mas não se preocupe, meu amigo, com os horrores que lhe digo, isto é somente uma canção. A vida realmente é diferente. Quer dizer: ao vivo é muito pior” (Belchior -  compositor e intérprete da MPB)

Fernando M. Ribeiro

 

 

A NOSSA ÚNICA GRANDE INVENÇÃO ESTÁ MORRENDO

                Estávamos lá nos idos de 1973, quando estourou a guerra entre árabes e judeus. Os árabes, indignados com o apoio nunca negado aos judeus pelo governo norteamericano, apelou para a única arma que tinha em seu poder: o petróleo, já que o Criador foi pródigo ao mundo árabe na distribuição do ouro negro, imprescindível no mundo inteiro. Apelaram impiedosamente para um novo preço, reorganizando a OPEP (Organização dos Produtores e Exportadores de Petróleo) multiplicando o seu preço, por quatro vezes, deixando o mundo inteiro em polvorosa.

                O Brasil, com toda a sua timidez, teve que dar uma de sapo, que só pula no aperto. Como sempre. Mandava então o presidente Geisel. Botou a funcionar sua imaginação criadora.  Depois de muitas “démarches” inventou-se o Proalcool (Programa Nacional do Alcool) o melhor substituto do petróleo até hoje inventado, não obstante a sua incapacidade de carburação com a mesma capacidade da gasolina, defeito que é compensado pela sua limpeza despoluidora e cheiro agradável, o que acreditamos que ainda esteja nos motores e não no combustível.

                Agora, decorridos 22 anos da sua invenção, o brasileiro que tem a triste mania de desnacionalizar tudo, somando esforços com a nossa famigerada Petrobrás, estão somando esforços para acabarem com o Proalcool. O mundo inteiro nos invejando porque temos área, clima próprio, mão-de-obra barata e abundante para tocarmos o programa com relativa facilidade. A maioria absoluta das usinas implantadas a mais de vinte anos, ainda não pagaram seus financiamentos e agora o governo se vê na obrigação de injetar mais recursos nas mãos dos usineiros para não ver o programa morrer. É o fim do mundo!

                É a hora que se sente falta de um general prussiano tipo presidente Geisel, comandando a nação para fazer funcionar pela ponta da espada um programa como o Proalcool, visando um futuro mais distante para os nossos filhos, netos e bisnetos. É uma falta de patriotismo dos brasileiros que não pensam nos milhares e milhões de boias-frias a perderem seus empregos com a extinção do programa, que veio para ficar, pois trata-se de um combustível nenovável, cuja colheita pode até ser antecipada, como aconteceu este ano, quando o estoque está apresentando ameaça de falta do produto. É uma invenção nossa, muito ligada à segurança nacional, já que a sua tecnologia é nossa e a sua matéria-prima vem da terra e não precisa privatizá-la, pois já nasceu nas mãos da iniciativa privada, faltando apenas desatrelá-la da Petrobrás,  sua algoz.

                            As nossas montadoras também contribuíram para o desânimo do programa, pois nesses 22 anos de existência dos motores movidos a alcool não houve um grande empenho  no aperfeiçoamento dos seus carburadores causando transtornos no inverno para por o carro em funcionamento de manhã, o que é sempre desagradável.

                Ainda bem que o presidente Fernando Henrique está demonstrando empenho em salvar o Proalcool. Oxalá ele obtenha êxito.

Américo Vermelho é cachoeirense, residente em Apucarana  -  PA.

 

 

VOLTA AO MUNDO EM ALGUNS MINUTOS

Há na tradição de todas raças

Um traço marcante que eu alcanço:

Do italiano, em geral, falso,

Já do Português “austero e franco”!

 

Quanto ao Espanhol (pelo que sei)

Sr ignorante em demasia . . .,

E do Japonês e do Nissey –

Terem o dom maior da autoria?!

 

Dizem que o Africano é preguiçoso,

Gosta de sambar e ser charmoso –

Pelo branco ser elogiado ..,

Já o Brasileiro (que é mistura)

Ter de cada raça a parte impura

E ainda ser desconfiado.

 

Nesta volta pelos continentes

Vi costumes, coisas diferentes

Que nem vale a pena retratar.

No Unides States eu parei;

E do que mais eu admirei?

De um país ser tetra – sem jogar.

Ivo Dias Soares

 

ESPORTE: TORNEIO DE VERÃO

                Quatro equipes disputam em Cachoeira Alegre o Troféu José Maria Rocha. A competição é realizada pelo terceiro ano consecutivo, desperta o interesse dos desportistas e atrai para as praças de esportivas, um grande público, como constatou nossa equipe de esportes, por ocasião do Torneio Início, que reuniu as equipes: Palestina F.C. (responsável Jair Olímpio) Cabana F. C. (Zildo) Colégio F. C (Carlos Augusto de Souza e Erick de Souza Alvim) e Cachoeira F.C. ( responsável Jorge Madeira. O diretor técnico do evento é Antonio Luiz M. Nery.

 

 

CURTAS E BOAS  -  CURTAS E BOAS   -  CURTAS E BOAS

                É CAMPEÃO!

Parabéns ao XV de Novembro,  - diretoria, atletas e torcida – pela conquista do Torneio Divisão 1996. É mais um troféu para a galeria dos meninos de Silveira Carvalho.

 

CARLOS SANTOS

                O N.T. registra o sucesso do Programa Show da Muriaé, apresentado pelo comunicador Carlos Santos e Vieirinha, nas manhãs de domingo, pela Rádio Muriaé – AM. No programa, muito bem conduzido por eles, compositores, intérpretes e músicos têm espaço.

 

NÃO BASTA SER ALUNO, TEM QUE PARTICIPAR

                Dia 24 de novembro, houve em todo o estado de Minas Gerais, eleições para diretor e vice das escolas estaduais. Em chapa única, Marisa de Paula e Wanda Maria Carlos dos Santos foram eleitas, diretora e vice, respectivamente, da Escola Estadual Domiciano Cerqueira.

 

COLHE-SE O QUE SE PLANTA

                Cumprimento a professora e amiga Rita Rosa, reeleita diretora da E.E. Julieta de Oliveira Macedo (Planalto), que dirigiu com competência, no biênio 95/96. Colhe-se o que se planta, disse um morador do bairro. E quem planta respeito, seriedade, dedicação, colherá progresso, vitorias, reconhecimento.

 

ORDENAÇÕES

                Senhor faz ressoar em nossos ouvidos o teu forte e suave convite: “Vem e segue-me!” Deus Pai, na sua bondade infinita vem atendendo nossas súplicas. Vocações surgem, ordenações ocorrem, para nossa alegria. No dia 21 e 28 de dezembro duas ordenações sacerdotais foram celebradas de forma muito festiva, em Guidoval e Rio Pomba. A Diocese de Leopoldina e os católicos vibram. São mais dois pastores para cuidar do povo. Em tempo: em algumas paróquias da diocese de Leopoldina, as ovelhas aguardam com ansiedade a chegada do pastor para conduzir o rebanho. Em Cachoeira Alegre, os paroquianos continuam rezando e esperando por esse dia.

 

UNIDOS FUTEBOL CLUBE

                O Unidos Futebol Clube de Cachoeira Alegre, está realizando boa campanha e é o terceiro colocado na chave B, do décimo terceiro Torneio de Verão. A torcida está fazendo o seu papel que é apoiar o time.

 

SOCIEDADE SÃO VICENTE DE PAULO

                Dia 17 de dezembro, membros da S.S.V.P. fizeram passeata em Cachoeira, animada pela charanga de Sebastião Jaques. Fátima Henriqueta e Maria Helena Bizarro de Assis recolheram doações no lençol conduzido em festa pelas crianças da catequese. A Sociedade São Vicente de Paul distribuiu cerca de 40 cestas básicas às famílias carentes.

 

NATAL EM FAMÍLIA

                Seis grupos se formaram e se reuniram nas casas para as reflexões do Natal em Família. Segundo os coordenadores, foi grande a participação da comunidade e de ótimo aproveitamento. Foram vendidos mais de cem livros.

 

TEATRO EM CACHOEIRA

                Sob a coordenação do seminarista Geraldo Chaves Cruz, os grupos se reuniram na Matriz, para encerrar a Novena do Natal. Houve troca de presentes (amigo secreto) e encenada uma peça teatral: “Os Magos, a Estrela e o Menino”, mostrando os males que afligem o século XX e, destacando o Deus-Menino humano, despojado, nascendo dos corações de boa vontade.

 

CIDADANIA

                Personalidades receberam placas de cidadania na Matriz São Sebastião em Cachoeira, no dia primeiro de novembro. Entre elas, o Cabo da Polícia Militar, Edson Pinheiro de Souza e o soldado Carlos Antonio Rodrigues. O Novo Tempo cumprimenta os homenageados.

 

DANCETERIA: MÚSICA AO VIVO

                Dia 14 de outubro, ao concluírem mais um a etapa, alunos da E.E. Domiciano Cerqueira, celebraram na Matriz, culto em ação de graças. Às 20:00 horas, houve a cerimônia de entrega dos certificados de conclusão da 8ª série, em meio à alegria de alunos, pais, professores e amigos. A festa teve sequência na Danceteria Guimarães, onde todos se confraternizaram num super-baile com música ao vivo.

 

NOITE FELIZ

                Na noite de 24 de dezembro, padre Wildes B. Porto celebrou Missa de Natal na Matriz. Apesar da insistente chuva, muitos fiéis compareceram à Casa do Senhor, para comemorar a chegada do Deus-Menino.

 

FOLIA DE REIS

                Após a Missa de Natal, a Folia de Reis do mestre Iraci da Carmosa fez, em versos, a releitura da história do nascimento de Jesus, diante do presépio iluminado, na Matriz São Sebastião.

 

VINDE CRISTÃOS

                Que bom seria se, como os pastores de Belém, caminhássemos pressurosos até a manjedoura, onde uma criança se encontra reclinada. Natal, a cada dezembro, é o maior voto de confiança que Deus nos concede. E a gente chora, canta, agradece e se emociona porque a Esperança não desertou da face da terra. Em Cachoeira, as Folias de Reis mantêm viva essa história. Desde o dia 24 de dezembro as Folias do mestre Iraci e Paulinho do Antenor vão aos lares cachoeirenses, com suas cantorias.

 

QUARTA SÉRIE

                Silvane Guedes Vieira dos Santos e Claudia de Paula Bouzada Furlani, professoras responsáveis pela  4ª série, reuniram-se com os alunos, no Colégio, às 13:00 horas , do dia 13 de dezembro, para comemorarem a conclusão de mais um ano letivo.

 

BODAS DE OURO

                Belíssima a decoração da Matriz São Sebastião, na noite de 15 de dezembro, para as Bodas de Ouro de Mario Bizarro e Sebastiana Veronezi Bizarro. Pe. Wildes B. Porto,  foi o celebrante. Depois, o casal recebeu os convidados na E.E. Domiciano Cerqueira, onde foram servidos, bolo e doces.

 

DOSE DUPLA EM 24 DE DEZEMBRO

                Mesmo com chuva, foi grande a movimentação na Danceteria Guimarães, no baile em dose dupla. Chiquinho e Daniel, ambos de Juiz de Fora, fizeram a galera dançar até Ás 04:30 horas da manhã.

 

SANFONA, ZABUMBA E CIA

                Na Cabana Tropical, também na noite de 24 de dezembro, a turma do arrasta-pé, também entrou pela madrugada ao som da zabumba, sanfona e Cia.

 

S.S. PROMOÇÕES

                A Equipe S.S. Promoções, de Laje do Muriaé – RJ. Fez excelente trabalho de sonorização na 18ª Festa do Cachoeirense.

 

VANDILSON E JOSILANE

                Dia 04 de dezembro, na igreja Nossa Senhora Aparecida, no Porto, casaram-se Josilane e Vandilson, filhos de Antonio José da Silva e Nadir Maria da Silva e de Adilson Gomes Delgado e Maria de Lourdes Ribeiro Delgado. Muita gente bonita se fez presente. Linda decoração da Igreja. Esses momentos foram registrados pelas câmeras da Tela Viva. Parabéns ao jovem casal!

 

MAIS UM VEXAME

                O Botafogo vendeu Túlio, o Vasco quer rifar Edmundo e o Fluminense já se livrou de Renato Gaúcho. Exceção feita ao Flamengo que contratou Lúcio e manteve Romário. O futebol carioca consegue, até o momento, um autêntico prodígio: está pior que no ano passado, quando julgávamos ter chegado ao fundo do poço. Que a torcida prepare o seu coração, pois vem aí  o Rio-São Paulo.

(Renato Maurício Prado – colunista de O Globo)

 

FORMATURA DO PRE

                Formatura do Pre-escolar Pequeno Polegar, dia 12-12, na E.E. Domiciano Cerqueira, com grande movimentação dos baixinhos, que cheios de orgulho, posavam para as fotos com os pais, amiguinhos e as professoras, tia Maria da Glória Gouveia e Marcia Dainez Soares.

 

BANDA STIGMA DE ITAPERUNA -  RJ

                Três dias de alegria, marcaram a XVII Festa do Cachoeirense, com shows, barracas, desfile do colégio, Missa, banda de música, fogos, coroação da Rainha da Primavera e baile-show, na Praça São Sebastião, com a super banda Stigma, de Itaperuna – RJ.

 

DISTRIBUIÇÃO DE PRÊMIOS NO JUPTER CLUBE

 

 

ORAÇÃO DO DIZIMISTA

Recebei Senhor minha oferta!

Não é esmola, porque não Sois mendigo.

Não é uma contribuição, porque não precisais.

Não é resto que me sobra o que Vos ofereço.

Esta importâncias representa, Senhor,

Meu reconhecimento e meu amor,

pois se tenho é porque me destes.

Representa minha gratidão,

pois sois meu Senhor, a quem apresento

o fruto do meu trabalho.

Amém!

Dizimistas aniversariantes:

Novembro:

Carlos Roberto Bizarro

José Guilherme Berto

Maria de Oliveira

Maria José de Souza

Maria Auxiliadora

Prisciliana Socorro

Mario Lúcio Ribeiro

Dezembro:

Marilza C. de Souza

Bárbara do Carmo Veloso

Maria Aparecida Rogel Ribeiro

Mário Bizarro

Josefina Aparecida Dainês Gouveia

Sueli da Silva

Janeiro:

Maria dos Reis de Souza

Felix Mário Ribeiro

Fernando Mauro Ribeiro

 

REVEILLON

                Muito agito, som, fogos, chuva e cerveja foram os ingredientes do Reveillon na Danceteria Guimarães e Cabana Tropical, em Cachoeira Alegre, onde o povo se despediu de 96 e ergueu brindes, saudando 1997, com o entusiasmo de quem acredita em si mesmo, no seu próximo e, acima de tudo, acredita em um Deus que está presente em todos os momentos de  nossa vida, em qualquer lugar, não importa quando, nem quem quer que você seja!

 

 

 

   JORNAL NOVO TEMPO – ANO - 03 – NUMERO 12 - CACHOEIRA ALEGRE - ABRIL - 1997

 

 

CACHOEIRA ALEGRE JÁ TEM UM PADRE

                Cachoeira Alegre viveu seu apogeu nos anos sessenta, quando tinha padre Raimundo Nonato de Carvalho como pároco. Um empreendedor, admirado por sua determinação em relação as obras materiais e com a mesma dedicação  se empenhava em anunciar a Palavra de Deus, colocando a serviço do Reino, os dons preciosos recebidos do Criador -  seus sermões eram assuntos na mesa de almoço das famílias cachoeirenses – Seu trabalho em prol dos valores de nossa terra era reconhecido por todos. Dispensava igual atenção a todos e, com esse seu jeito de ser, fez muitos amigos.

                Padre Nonato destacou-se ainda na região, pelo entusiasmo com que celebrava, pelo zelo que dispensava à casa do Pai. A beleza, o brilho, o júbilo, o resplendor, o carinho com que ministrava, contagiava a todos. As ruas de Cachoeira Alegre eram totalmente tomadas por uma multidão de fieis nas procissões da Semana Santa. As festas do padroeiro, a cada ano, atraia mais e mais fieis fervorosos, que se deslocavam de carros-de-bois, das fazendas distantes e, de automóveis, das mais diversas cidades da região, seduzidos pelo resplendor dos altares, mas sobretudo, pelas Sagradas Escrituras que nos assegura que “Aquele que constrói sobre a Palavra, edifica a casa da própria vida sobre a rocha.” (Mateus 7,24)   - E de fato, para edificar a própria vida, o homem tem necessidade de alicerces sólidos, que permaneçam mesmo quando falham as certezas humanas.as  para celebrarem – para celebrarem com entusiasmo, a Festa de São Sebastião.

                Depois de insistentes pedidos e uma longa espera de 33 anos , Cachoeira Alegre, consegue, finalmente, um padre que venha habitar a casa paroquial, residir em Cachoeira Alegre e ocupar-se das coisas da Paróquia. Nossos pedidos à Cúria Diocesana, sempre foram no sentido de termos na paróquia, um padre residente, que a assista espiritualmente, que se envolva com as questões da comunidade, que se interesse por sua história, que viva o dia-a-dia de sua gente, que trace planos, arregace as mangas, busque alternativas, suscite líderes, proponha e trabalhe com o povo.

                Somos  eternamente agradecidos aos sacerdotes que por aqui passaram. Todos foram importantes, deram sua contribuição, deixaram sua marca. A esses nossos irmãos, que ouviram o chamado do Senhor “Vem e segue-me” e se tornaram discípulos fieis; o nosso carinho, nossa gratidão e nossas constantes orações. Temos o privilégio, ainda que seja uma única vez ao mês, de receber a visita de Pe. Wildes Batista Porto, que vem para celebrar conosco. O diácono Marcos está residindo em Cachoeira, desde o início de fevereiro, ele será ordenado em breve e será o nosso vigário. Estamos felizes, temos um  pároco. Seu nome é Marcos Antonio Tavares Motta.

                Nesse pequeno espaço de tempo, ele já disse a que veio. Numa demonstração de quem quer realmente trabalhar, tem se reunido com as pastorais, está visitando as famílias, fazendo contatos, com o objetivo de formar uma comissão que o auxilie na administração das obras paroquiais. Algumas pessoas já foram sondadas e confirmaram sua participação. A restauração do Jupter clube é a prioridade, uma vez que a paróquia será cede de um evento em nível diocesano. A Concentração Mariana, uma festa que marca o encontro de todas as Congregações, será celebrada em Cachoeira, no terceiro domingo de Maio.

                Uma série de outras obras estarão em pauta, mas acredita-se que só serão discutidas depois de se formar a nova diretoria, quando nosso administrador vai se reunir com a comissão para discutir sobre cada uma delas. Disse-me o Diácono Marcos.

                Obrigado Senhor, porque nossas orações foram ouvidas. Nosso muito obrigado ao Administrador Diocesano Padre Muniz, por ter atendido nosso pedido. Obrigado também ao   Marcos, pelo seu “Sim” a Deus e porque entendendo nossas necessidades, disse sim à Paróquia de Cachoeira. Um sacerdote a mai, “um salvador” a mais no mundo  . . . é cada dia uma “missa oferecida”. Uma Missa, que riqueza! Seja bem vindo!

Fernando M. Ribeiro

 

 

EDITORIAL DE ABRIL

                O  alfaiate costura pano, roupa. O escritor costura palavras, alinha frases, expõe pontos de vista. Atento aos fatos e acontecimentos, de antenas constantemente embandeiradas, percebe detalhes que outros não viram. Cada pessoa tem um estoque de idéias. Uma espécie de extrato subterrâneo a explorar”. Disse Woody Allen, polêmico diretor e artista cinematográfico. Concordo. Além de um pequeno estoque de idéias básicas, os jornalistas e escritores verbalizam sinteticamente o que se passa à sua volta.Não são “magos ou bruxos das palavras”, como pensam alguns leitores, fazem-se intérpretes, apenas, das muitas faces do cotidiano.

                Ao radiografar seus sentimentos e anseios, suas dores e esperanças, suas alegrias e decepções, um escritor está fazendo um xerox da existência de milhares de mortais comuns. Porque na raiz profunda do ser, somos todos muito semelhantes. E semelhantes, díspares, apenas na superfície, no visual externo, na ramagem. Daí o fenômeno tão corriqueiro da sintonia fácil e da identificação entre leitores e escritores.

                Os subterrâneos existenciais se repetem, nos igualam e aproximam. Sei, que da partilha nasce a felicidade, a paz profunda, a esperança de um mundo melhor. Mais justo, mais solidário, mais cristão  . . . A partir daí, a proposta de intensificar os trabalhos, a certeza de noites mal-dormidas para dedicar-me a mais uma edição do Novo Tempo.

                As águas de março se foram, mas os fatos de março serão retratados aqui,com um pouco de atraso, nessa edição de abril, porém, com a seriedade de sempre. Dê uma olhadinha na  coluna Curtas e Boas e veja como se transcorreu a Semana Santa e se dê conta de que somos portadores do Evangelho, mensageiros do próprio Cristo. Que uma profunda alegria Pascal deve povoar nosso coração e vida.  Porque a alegria é um perfume gratificante, fruto do dever cumprido.

                Navegar com otimismo e perseverança é fundamental, mas navega melhor, com mais segurança, motivação e alegria quem segura nas mãos de Deus. Navegue, mergulhe nas páginas do novo Tempo e se banhe nessa Cachoeira de informações. Feliz Páscoa!

O Editor

 

 

VOCÊ SERÁ NOTICIA, FALANDO DE AMOR

                Vem aí o Dia das Mães. Mãe é doação, carinho, alegria, tristezas, dores, esperança, trabalho, canseira  . . . mãe é tudo.  Demonstre o seu amor, a sua gratidão, escreva uma frase, um verso, um poema em homenagem à sua mãe. Nós publicaremos aqui, nas páginas do Novo Tempo, na edição de Maio. Assine a sua mensagem, entregue nos postos de coleta e eternize sua homenagem. Postos de entrega: Grupo Soares, Pastoral do Dízimo e Pastoral da Catequese.

 

APOSTOLADO DA ORAÇÃO,MAIS PARTICIPAÇÃO

                Marcos Antonio, nosso pároco (diácono por enquanto), se reuniu também com o Apostolado da Oração do Sagrado Coração de Jesus, numa de suas reuniões mensais, para conhecer mais de perto seus membros e avaliar sua atuação na igreja. Ao final do encontro, uma zelada disse da importância da visita e pediu que o padre visitasse o grupo outras vezes, para tornar mais dinâmicas as reuniões e para que haja uma participação mais efetiva de zeladas e zeladoras.

 

RECONSTRUÇÃO DO JUPTER

                Em virtude das comemorações do Dia Nacional do Congregado Mariano, que esse ano acontecerão em Cachoeira, a equipe administrativa decidiu, depois de se reunir com o diácono Marcos, que a restauração do JUPTER é indispensável e, que deveria ter início já, caso contrário, muito provavelmente comprometeria a realização do evento, haja vista não dispormos de outro local e o salão no estado em que se encontra, não oferece condições.

                O primeiro passo seria formar uma comissão paroquial, depois contatar um engenheiro para avaliar, calcular, projetar, (esboçar um projeto). Na sequência virão,  aquisição do material, a contratação do pedreiro, ajudantes e a execução do projeto. O tempo é muito curto para a execução da obra, porém é intenção da comissão, realizá-la em etapas. Espera-se contudo, que a primeira etapa seja concluída até Maio.

                A sua participação poderá ser decisiva. Portanto, envolva-se nesse projeto, opine, questione, proponha, participe, torne viável mais esse empreendimento. Ajude-nos a contornar os obstáculos, para juntos atingirmos nosso objetivo. As obras tiveram início 72 horas depois da reunião. Visite o local e confira!

Fernando M. Ribeiro

 

 

JOVENS, VOCÊS SÃO IGREJA

                Cinquenta e seis adolescentes vem sendo acompanhados pelos seus monitores, com encontros semanais, desde 1996, em preparação para receberem o Sacramento do Crisma. Esses encontros acontecem aos sábados, sempre às 19:00 horas, e para enriquecê-los ainda mais, padre Marcos está os assistindo. No dia 15 de março foi exibido um filme “O quarto sábio”, que eles assistiram atentamente e, promoveram depois um debate, que os monitores consideraram bastante produtivo.

                É com alegria que faço tais registros e aproveito para lembrar a esses jovens, que o Senhor os convida a assumirem seu papel de cristãos, desempenhando trabalhos, colaborando na edificação do Reino de Deus, aqui na terra. A Igreja conta com vocês. Vocês são a Igreja!

Fernando M. Ribeiro

 

CACHOEIRA SERÁ SEDE DE GRANDE EVENTO

                Será celebrado na paróquia de Cachoeira Alegre, o “Dia Nacional do Congregado Mariano”. A grande Concentração Mariana se dará no dia 18 de maio, quando receberemos em nossa comunidade 15 delegações, aproximadamente. São as Congregações Marianas de Cataguases, Leopoldina, Recreio, Muriaé, Porto, Barra, Gaspar, Miraí, Conceição da Boa Vista, Providência, Argirita, Bom Jesus da Cachoeira, Barão do Monte Alto e outras que ainda confirmarão .

                A  diretoria da Congregação Mariana de Cachoeira Alegre, com a contribuição decisiva do padre Marcos, está se empenhando para fazer uma festa bonita. Não nos forneceram ainda nenhuma informação a respeito da programação. Provavelmente, nosso pároco estará divulgando o evento nas celebrações de domingo. Procure se informar, dê também a sua contribuição, participe!

Fernando M. Ribeiro

 

MALHAÇÃO DE JUDAS

                Na manhã de 30 de março, o cachoeirense que pretendia dormir um pouco mais, foi despertado pelos fogos que anunciavam a festa de “malhação de Judas”e saltou da cama para ver e dar passagem ao cortejo que conduzia o traidor mais execrado do Brasil. É bem verdade que  há dezenas deles em Brasilia e espalhados por esse país. Mas esses são os traidores ilustres, os lobos do poder, os intocáveis. Com esses, somos muito tolerantes.          

                Esse ano, o personagem teve uma companheira “uma Judas”, que não revelaram ainda a quem estariam homenageando, contudo, foram mais complacentes, uma vez que durante todo o percurso não sofrera nenhuma lesão. Judas, ao contrário, para não fugir à tradição, fora impiedosamente espancado, agredido, humilhado e ao final atearam-lhe fogo, enquanto dançavam e consumiam grande quantidade de aguardente, ao longo da Rua Souza Aguiar, em frente aos portões do campo do tupi F. C.

Fernando M. Ribeiro

 

NOVA MESA DIRETORA DA CÂMARA É EMPOSSADA

                A Câmara Municipal de Barão do Monte Alto, enviou correspondência à redação do jornal, em 20 de janeiro, informando a composição de sua nova Mesa Diretora, empossada em primeiro de janeiro de 1997, para o biênio 97/98.  Presidente: Pedro da Rosa Mendes; Vice presidente: Lucinéa Aleixo Cardoso: Secretária: Rita de Cássia Silva Paula.

                Agradecemos à Câmara Municipal, na presença de seu presidente Exmo. Sr. Pedro Rosa Mendes e cumprimentamos os demais membros que compõem aquela casa e, mais uma vez reiteramos que o Novo Tempo está a serviço do município.

Na foto, da esquerda para a direita os vereadores: Osório, Cineia, Rita, Maurinho, Ademir, Pedrinho, Eduardo, Zé Olímpio e Jorginho.

Fernando M. Ribeiro

 

ATUAÇÃO DA VEREADORA LUCINÉA

               A vereadora Lucinéa Aleixo Cardoso, enviou ofício à Câmara, em 04 de março, requerendo de seu presidente o Exmo. Sr. Pedro da Rosa Mendes, que após tramitação regimental, seja encaminhado ao Exmo. Sr. Prefeito Municipal as seguintes indicações:

Policiamento para o Distrito de Silveira Carvalho; Placas indicativas com nomes de ruas e números de casas, na sede do município e nos distritos; Arborização do Distrito de Cachoeira Alegre; Bueiro na Rua Souza Aguiar, esquina com Prof. Geraldo Rodrigues, próximo à residência do senhor José Bia; Toldos para abrigar os passageiros nos pontos de ônibus do município.

                Algumas de suas reivindicações já foram atendidas, para maior conforto da população. Haja visto, o bueiro na referida rua que causava constantes transtornos aos motoristas e pedestres que transitam por aquelas imediações.

Fernando M. Ribeiro.

 

TELEFONE PÚBLICO: UM ORELHÃO, UMA CONQUISTA

No dia 04 de março, Cachoeira Alegre comemorou mais uma conquista: a aquisição de um telefone público – um orelhão -  que, se não resolve o problema, pelo menos ameniza o drama daqueles que precisam ligar e não conseguem, devido à precariedade dos serviços, ao horário de atendimento no P.S e outros fatores que causam verdadeiras revoltas  aos usuários.

O aparelho (orelhão) foi instalado à Rua Padre Raimundo Nonato, próximo ao escadão que dá acesso à Av. Antonio Fani. Presentes à cerimônia de inauguração o Prefeito Roberto Rocha, o gerente da Telemig Claudio Roberto e várias outras autoridades. Com queima de fogos, cerveja e leite de onça de onça, os moradores fizeram da solenidade uma festa.

 

E O DDD, QUANDO VIRÁ?

Essa é uma interrogação constante aqui em Cachoeira. É sempre a mesma pergunta: E o DDD, quando teremos?  Um orelhão, um telefone público, não deixa de ser uma conquista, mas há muita gente que disse não ter motivo para comemorar e indaga do prefeito: E o DDD, quando virá? É promessa de muitos e, é grande a expectativa, apesar de o prefeito não ter acenado ainda com nenhuma possibilidade.

Porém, se ele conseguir finalmente implantar em Cachoeira Alegre e Silveira Carvalho, o tão sonhado DDD (discagem direta à distância), com certeza o povo sairá às ruas para comemorar e o telefone da prefeitura será acionado com freqüência para expressar nossa alegria e gratidão, disse um pai de família, que aguardava no P.S. uma ligação do Rio de Janeiro, para ter notícias da filha.

Fernando M. Ribeiro.

 

 

A CAMPANHA DA FRATERNIDADE E A SEMANA SANTA, EM CACHOEIRA

                Com o tema “A Fraternidade e os encarcerados” e o lema “Cristo liberta de todas as prisões”, a campanha da fraternidade refletiu uma das mais graves feridas de nossa sociedade: o encarcerado e tudo quanto a ele está relacionado.

                É inegável que esse tema tenha despertado bastante atenção dos brasileiros nestes dois últimos meses. Quer pela campanha da fraternidade em âmbito nacional, no tempo da quaresma, quer pelo espaço dado pela mídia.

                Testemunhando a religiosidade que anima sua população, foi muito participada a Semana Santa em Cachoeira Alegre. As comemorações contaram com as tradicionais solenidades, todas muito concorridas, sobretudo a procissão da Sexta Feira Santa, que percorreu as principais ruas e após a lembrança da descida da cruz, o Diácono Marcos falou para uma multidão de fieis, na Praça São Sebastião.

                Em sua pregação ele disse que o cristianismo tem por objetivo partilhar a vida, dom de Deus em abundância e fez um paralelo entre Maria Madalena e Pôncio Pilatos;  salientou que o cristão tem que fazer do existir, uma força permanente de transformação, do mal para o bem, do ódio para o amor, do egoísmo para a fraternidade, da escravidão para a liberdade, das trevas para a luz.

                As solenidades terminaram com a alegre lembrança de que Cristo ressuscitou, vencendo o poder do mal e a morte. Na Missa da ressurreição, os fieis entoaram com júbilo o Glória, enquanto os sinos da Matriz anunciavam o Cristo ressuscitado a nos libertar de todas as prisões que ferem a dignidade da pessoas humana. É Páscoa. Aleluia! Glória a Deus!

Fernando M. Ribeiro

 

 

O QUE É QUE A VIDA QUER DA GENTE?

Mais uma vez não participastes da festa do padroeiro, nem estavas presente nos carnavais de Cachoeira, questionaram-me dois amigos, depois de uma das procissões da Semana Santa, em Cachoeira. Mais que um questionamento, era uma cobrança. Mas outro amigo veio em meu socorro: pelo que sei, essa ausência significa viagens, lazer, descanso.

Também alguns leitores, enviaram cartas à redação, para se informarem sobre o atraso do jornal. Agradeço a preocupação dos leitores e a intervenção do amigo. De fato me ausentei nessas ocasiões, para um revigoramento, um reabastecer-se. No carnaval de 96, estive  no litoral capixaba, entre Guarapari e Piúma, atrás do trio elétrico e das delícias do mar que, nós mineiros não temos.

A Festa de São Sebastião, a celebrei na Catedral Metropolitana, no Rio de Janeiro, para onde os fieis acorrem, vindos das centenas de paróquias espalhadas pelo grande Rio. Portando estandartes, cartazes, faixas e bandeiras identificando suas paróquias e pastorais a multidão caminhou em procissão, desde a catedral até a Rua do Russel, no bairro da Glória, cantando e rezando com entusiasmo.

Chegando ao monumento erguido em honra ao santo padroeiro, um elenco global, tendo, Stephan Nercessian, no papel principal, encenou o Auto de São Sebastião e, culminou coma apresentação de Nei Matogrosso, que interpretou Cidade Maravilhosa, para uma multidão de 25 mil fieis, (segundo estatística de O Globo) que dava vivas, aplaudia e cantava num gesto de carinho e numa atitude de fé para com o santo e a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.

Para os quatro dias de Momo desse ano, optei por Rio das Ostras, Arraial do Cabo, fui ao encontro dos encantos de Buzios, suas praias belíssimas, Cabo Frio  . . . a conhecida região dos lagos: onde água, sol, sal, pedras, flores, sombras e sonhos se misturam. Água de coco, olhos, olhares, sorrisos, só risos. Os pensamentos vagueiam, os sentimentos procuram o tom, o tcham, a cor, a emoção. Com um pouco de poesia não sei se me fiz entender, mas uma coisa é certa: que se volta revigorado dessas viagens, que elas significam um reabastecer-se, sem dúvida que sim!

Cheio de alegria, com as forças renovadas, aqui está esse simples mortal, se explicando, se desculpando pelo atraso, colhendo material, trabalhando para levar até você, mais uma edição do Novo Tempo.

Fernando M. Ribeiro

 

A VIDA É UM CARNAVAL?

                Através da amiga e vereadora Rita de Cássia, me chegam notícias de que mesmo entre a saudade, o sonho e o real, a fantasia e a realidade, os nostálgicos botaram o Bloco na rua e fizeram o carnaval em Cachoeira. Mesmo sem a ajuda da prefeitura, o Boi e as mulinhas sempre fazem a animação dos foliões e os Blocos dos Esfarrapados, dos Mascarados, das Piranhas dançaram, pularam e cantaram, á frente da Charanga de Sebastião Jaques e seus pupilos, espalhando a alegria pelas ruas de Cachoeira.

Fernando M. Ribeiro

 

 

CARTAS DOS LEITORES   ---   CARTAS DOS LEITORES

                CACHOEIRA DE TODOS

                Chega-nos de Caratinga uma colaboração do leitor José Augusto Soares, a quem agradecemos e parabenizamos pela composição do poema que une gerações, elos, famílias e resulta em belos versos de uma Cachoeira de todos. Ei-los:

Cachoeira de Todos.

Cachoeira dos Bouzada, dos Ferraz, de Padre Messias.

Cachoeira dos Alvim, dos Cerqueira, da família Soares Dias.

Cachoeira de Mario escrivão, dos Fani, dos Cardoso, Barbosa, Moreira Prado,

Cachoeira dos Aguiar, Capanga, Perina, da família Delgado.

Cachoeira dos Mansur,                Eliziário, dos Azevedo, Andrade, dos Garcia.

Cachoeira dos Egídio, Entriel, Teodoro, da família Oliveira, de Messias Dias.

Cachoeira de Antonio Augusto, Procópio Vermelho, Culête, Saturnino, Nicolino.

Cachoeira de Chico Rosa, dos Ovidio, da família Fernandes, de Jacobino.

Cachoeira é Alegria de todas as mulheres, da velha e nova geração.

Cachoeira da Virgem Maria e do Mártir São Sebastião.

José Augusto Soares  (Zé Rato)  17-02-1997 -  Caratinga – MG.

 

AINDA NÃO TIVE CORAGEM

                Bem, Fernando, tenho muita vontade escrever algo para o jornal, mas ainda não tive coragem. Fiquei emocionada com a carta que a Lúcia Martins escreveu e você publicou. Gostaria também de saber escrever. Mas o que eu posso lhe dizer é que admiro muito o seu trabalho, ou melhor, o trabalho de vocês e, peço a Deus que o ilumine sempre para que possas, apesar do pouco tempo, continuar a nos brindar com o Novo Tempo. Para que consigas com sua alegria, entusiasmo e essa força de vontade que muito admiro em você, dar sequência a esse trabalho de levar aos leitores informações-verdades.

                Quando leio o jornal é como se eu estivesse aí, fazendo parte do dia-a-dia de vocês. Daí fico recordando os tempos felizes da juventude, os jogos do Flamengo nas tardes de domingo, a luta incansável na construção do Jupter clube, o período do colégio, a expectativa em relação ao casamento e muitas outras coisas que são como um tesouro que a gente tem guardado dentro do coração. Vá em frente, um abraço

Maria Isabel Ribeiro Mansor – Rua Gerônimo Solto Maior – 325 -  São Paulo SP.

NOTA DO EDITOR:

Isabel. Sem que se desse conta, acabou escrevendo. Observe que extrai trecho de sua carta de 25-02-1997. Carta esta, que me trouxe alegria. Quanto às lembranças, elas são eternas. Quanto ao jrnal, obrigado pelo carinho. Arranje outra dose de coragem (que disse não ter) e volte a escrever. Obrigado!

 

AO FUNDADOR E REDATOR DO NOVO TEMPO

                Este que sonhou e com muito trabalho, força de vontade, esperança, fé e coragem fez desse sonho uma realidade. Um Novo Tempo que chegou para mostrar o trabalho:

De um povo sofrido, mas que está sempre a lutar por dias melhores;

De um povo alegre, que está sempre a dividir suas alegrias com os demais;

De um povo que divide o pão com seu irmão.

Um Novo Tempo há de vir despertar a paz, o amor, a harmonia em nossas vidas, a luz em nossos corações;

Um Novo Tempo há de brilhar como brilham as estrelas no firmamento.

Fernando, só os grandes pensadores vencem os obstáculos e realizam seus sonhos.

Meus parabéns. Um ano e seis meses levando informações!

Um grande abraço.

Maiza Lacerda Ferreira

( A leitora é cachoeirense e reside no Rio de Janeiro, é proprietária do Salão “Maiza Cabeleireira”, à Rua Visconde de Pirajá – 487 – na Galeria Ipanema)

NOTA DO EDITOR:

O homem moderno, muitas vezes perplexo e angustiado passa a vida inteira correndo como um louco em busca do futuro e esquecendo-se do agora. O que faço, é simplesmente navegar, atravessar o próprio tempo, voltar a um certo tempo; e nessa viagem, os leitores, como você, são os que impulsionam o barco rumo a um “Novo Tempo”. Obrigado pela amáveis palavras.

 

 

FELIZ ANIVERSÁRIO

                Registramos o recebimento da carta de Maria Helena de Oliveira Rodrigues (16-03-1997) que cumprimenta Fernando e Felix Ribeiro por mais um aniversário:

 “Heróis que não se cansam de trabalhar em favor de nossa Cachoeira Alegre querida. Embora residentes em Muriaé, atuam na comunidade de Cachoeira e, somam anos de dedicação. Que Deus os proteja hoje e sempre.”

Maria Helena Rodrigues (Helena de Assis)  é cachoeirense, ministra da Eucaristia e catequista)

NOTA DO EDITOR:

Agradecemos a amiga e leitora as generosas palavras, a lembrança e a manifestação de carinho

 

 

BELA HOMENAGEM

                Acusamos o recebimento do convite enviado ao Novo Tempo, pelo Prefeito de Muriaé, Dr. Carlos Fernando Costa, através da secretaria Municipal do Trabalho e Ação Social e Secretaria de Cultura, para tomar parte nas solenidades comemorativas do Dia Internacional da Mulher, no Auditório Zacarias Marques, no dia o8 de março, as 19:00 horas. Bela homenagem. Parabéns pela iniciativa.

 

 

AS CRIANÇAS DE CACHOEIRA SÃO DIFERENTES DAS DEMAIS?

HÁ ALGUMA COISA ERRADA POR AQUI!

                Que é natural da criança ser peralta, levada, serelepe, irrequieta, arteira e etcétera e tal, todos sabemos. Criança acomodada, muito quieta, silenciosa, comportada, até nos preocupa . Nessas ocasiões é comum e não muito raro ouvirmos: essa criança está doente. E agora? Se uma criança quieta preocupa; uma criança levada preocupa também. Imagine então, dezenas, centenas delas.

                Não cursei nenhuma faculdade que me capacite para discutir tal assunto, não tenho a autoridade e nem o conhecimento de um psicólogo para aprofundar sobre o tema. Mas gostaria de entender alguns pontos, algumas situações, algo que parece inexplicável, insolúvel nessa Cachoeira Alegre de São Sebastião.

                As crianças daqui são diferentes das demais? Você me dirá: o comportamento de uma criança urbana é óbvio que difere do comportamento de uma criança da área rural. E concordo inteiramente, visto que ela tem acesso a mais informações, se projeta além da escola, se relaciona com outros grupos, esporte, cultura etc. Mas, se por um lado, a essas crianças lhes são negadas tais coisas, por outro lhes são concedidas outras, que são privilégios da vida do interior.

                Há alguma coisa errada por aqui! Falta orientação em casa? Falta autoridade aos educadores? Falta quem lhes imponha limites? Como se explica tamanha agressividade? Na época que fui aluno da E.E. Domiciano Cerqueira, no período do “recreio”, as crianças permaneciam no pátio interno da escola. Hoje, a recreação dos alunos é na rua. A praça, o pátio da matriz, a varanda da casa paroquial são extensão da escola. E o que vemos é um total desrespeito ao patrimônio público.

                Pedras são atiradas nas lâmpadas dos postes da Alameda Joaquim de Assis, nos telhados das casas, nas vidraças das janelas  . . . A casa paroquial era o alvo preferido. Os vidros quebrados das janelas, foram substituídos, o relógio de energia a Cia. F.L.C.L. teve que trocar, pois fora também danificado, a varanda da casa, transformaram-na em campo de futebol durante muito tempo, o portão fora arrancado. No telhado do Jupter, pode ser vista a conseqüência das pedras atiradas.

                A Maria José de Souza, (Zita) moradora da praça, colocou já a algum tempo, grades nas janelas, mas nem assim está livre dos ataques das crianças que trafegam por ali, ou se concentram nas imediações enquanto aguardam o horário da escola, da creche, ou para serem atendidos no Posto de Saúde, ou durante o período de recreação onde as crianças com total liberdade fazem suas estrepolias, cometem seus excessos.

                Os animais muito contribuem para esse espetáculo deplorável. O que para nós é deplorável, para as crianças é circo, é diversão. Elas disputam com os animais nas escadarias da matriz, a sombra da figueira, a varanda da casa paroquial que está ainda impregnada do mau cheiro de fezes e urinas.

                As árvores também sofrem! E não são só os cabritos e carneiros, os únicos a sacrificá-las. As crianças destroem as cercas que as envolvem para protegê-las e quebra-lhes os galhos, os brotos. Varais tentativas foram feitas para se ter uma área totalmente arborizada, mas pode-se contar quantas dessas árvores vingaram, apesar da vigilância das ameaças de Padre Tiago.

                A vereadora Rita de Cássia também é vítima das pedras que são atiradas sobre o telhado de sua casa e informou-nos, em entrevista que pediu ao Cabo do Destacamento de Polícia que faça um policiamento ostensivo para se evitar esses abusos. Nós do Novo Tempo, junto com a comunidade torcemos para que o pedido da vereadora seja atendido. Que se faça um revezamento entre seus comandados, que intensifique suas incursões ao local com o objetivo de coibir tais absurdos, pois a simples presença das autoridades inibe os infratores.

                Quem sabe uma campanha de conscientização que envolva toda a população? É uma sugestão!  Há alguma coisa errada por aqui e precisa ser detectada para se corrigir com urgência. Por favor, não me diga, como outros tantos, que para tais problemas não há solução e que Cachoeira Alegre é assim mesmo!

                Assim tem sido a algum tempo, mas precisa mudar, deve mudar e pode mudar. Se você insiste em ser pessimista eu lhes digo: como é que se vai construir ali uma praça? Para quê? Para ser destruída? É preciso amar Cachoeira, conhecer sua história, , se envolver, ajudar a preservá-la, ser uma página dessa história.

                Desculpe-me o leitor. Não é minha intenção fazer sensacionalismo ou coisa parecida. O problema existe. Fui apenas objetivo, verdadeiro, porque não quero ser conivente. É preciso falar e o momento é esse. Posso parecer antipático, inoportuno e talvez até o seja, mas agredir não foi minha intenção.

Fernando M. Ribeiro

 

 

 

CURTAS E BOAS   -   CURTAS E BOAS  -  CURTAS E BOAS

                TREM DE MINAS

Trem de Minas, mais uma opção de lazer e cultura. A casa noturna teve suas dependências, à Rua Cel. Domiciano – 72, totalmente tomadas em 16 de março (data da inauguração) e  a partir daí, a festa não parou mais. Estive por lá e pude conferir o bom atendimento e o bom gosto na decoração. A sensibilidade de Adelton, seu proprietário, ao destinar um espaço à arte e cultura. Lá, artistas poderão expor seus quadros, esculturas, seu trabalho, sua arte. Parabéns pela iniciativa!

 

CATEQUIZANDO

                A atuação do Diácono Marcos, em Cachoeira, tem sido decisiva para elevar o índice de aproveitamento da comunidade. Na catequese, por exemplo, ele vem se reunindo com as catequistas e elaborou um plano de trabalho para a Pastoral, que inclui dentre outras, uma celebração dominical voltada para as crianças.

 

SILVEIRA CARVALHO RECEBE ORELHÃO

                Funcionários da Telemig e da Prefeitura Municipal estão concluindo os trabalhos para a instalação de um Telefone Público em Silveira Carvalho. O orelhão será instalado na Rua da Fábrica e estará funcionando em breve, de acordo com as informações obtidas na prefeitura.

 

TALENTOS DE CACHOEIRA

                Assim, como no esporte, na música, na dança e na política, também nas artes plásticas Cachoeira tem seus representantes. Veja a pintura dos retratos dos padres Adriano Keet, Raimundo Nonato de Carvalho e Messias Passos, emoldurados e expostos no Museu de Arte Sacra, têm a assinatura da cachoeirense, Heloisa Helena. Nos dias de hoje, Petrônio Soares da Fonseca Filho, vem desenvolvendo trabalhos nessa área e, os comentários são de que o rapaz tem talento.

 

TURMA DO MÉ

                Bonita, oportuna e interessante a camiseta  que o pessoal de Brasília mandou confeccionar. Ostentando essa camisa que trazia no peito o perfil do cachoeirense e nas costas o nome dos integrantes da Turma do Mé, era uma espécie de identidade com a qual eles se apresentavam para tomar parte na festa de Malhaçaõ de Judas. Seus integrantes acompanharam todo o trajeto malhando o Judas, com a irreverência e a alegria que os caracteriza. Parabéns galera!

 

FERNANDO HENRIQUE VISITA O PAPA

                João Paulo II recebe em visita de Estado, o Presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso. O Papa relembrou a importância de se preservar os valores cristãos, porém, não se esqueceu de pedir ao governo que busque cada vez mais o bem comum.

 

INDIGNAÇÃO

                Corumbiara, Carandiru, Eldorado dos Carajás, Diadema, Cidade de Deus. Socos, chutes, pauladas e tiros. As imagens não mentem, as cenas nos chocam. São os bandidos da PM em ação.

 

MUSEU DE ARTE SACRA

                O Museu de Arte Sacra de Cachoeira Alegre, precisa de sua atenção, seu carinho. É preciso manter o espaço sempre limpo, bem cuidado. Algumas peças precisam ser catalogadas (identificadas em seu tempo). Outras peças são sempre bem vindas. Faça você, sua doação, doe parte de seu tempo. Fale com a administração e venha trabalhar conosco.

 

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

                “Olha que coisa mais linda mais cheia de graça  . . .”  “Mulher, se Deus não criasse você, Ele próprio custava a crer.” Para vocês que sempre foram a maior inspiração dos poetas, nosso carinho, nossa homenagem pelo dia internacional da mulher, comemorado em 08 de março.

 

PARÓQUIA DE CACHOEIRA ADQUIRE UM VEICULO

                A  paróquia de Cachoeira adquiriu um veiculo no valor de 2.700,00, um Fusca, modelo 78, para tornar mais viável o trabalho de locomoção do diácono Marcos, que além de Cachoeira, atende também a comunidade de Silveira Carvalho, onde celebra aos domingos na Igreja de São José e, assiste também a outras capelas que integram a Paróquia de Cachoeira Alegre.

 

 

   JORNAL NOVO TEMPO – ANO - 03 – NUMERO 13- CACHOEIRA ALEGRE - MAIO - 1997

 

 

 

EDITORIAL DE MAIO - 1997

                Alô Brasil! Alô Amigo! Salve Simpatia! Salve, Salve Maria!

É Maio, mês de Maria, mês das Mães, mês das Noivas, mês dos altares de flores, mês de celebrar com alegria, os louvores de Maria!

                Há coração de mãe, um olhar saudoso de namorada, esposa, irmão, de amigo; formulando desejo de novamente revê-lo. Há uma saudade infinita, vagando no ar, a traduzir um convite magnânimo de fraternidade. Venha ouvir outra vez a cantiga do rio da Guarita, do rio do Jandirinho, do rio do Tomé, do rio desse e daquele. Todas essas águas são do rio Cachoeira Alegre. O rio é um só, é o mesmo que vai entrecortando as fazendas, irrigando os campos, fertilizando a terra. O rio é seu, é meu, é nosso. É o rio amigo, segredando ao luar a poesia de suas águas irrequietas.

                Venha ouvir o canto dos pássaros, que se mistura com o dobrar dos sinos e se juntam ao som da banda de música, na alvorada, compondo a mais bela das sinfonias. Quando descortinas Cachoeira, contemple a Cruz altaneira, velando por nós, abraçando a cidade. O Santo Cruzeiro, sentinela que o missionário Alfredo fixou no Morro do Ipiranga e que com seus braços abertos acolhe a todos.

                Venha, se emocione com as torcidas de Flamengo e Tupi, que cantam, se agigantam, aplaudem, para verem seu time conquistar em definitivo o troféu “Garra Cachoeirense”. Cachoeira é terra da gente. É Jesus quem assinou nossa alforria. Venha partilhar dessa alegria. Vista de azul e branco e grite: Salve Maria!

Louve com o seu canto, empunhe sua bandeira, venha caminhar com Maria, pelas ruas de Cachoeira, venha celebrar a vida à sombra das figueiras. Cachoeira quer receber você e sua congregação, queremos te estreitar num abraço de afeto e entregar a ti, o nosso coração!

Sejam todos bem vindos em Maio e em qualquer outro dia e serão acolhidos com... de Jesus e o amor de Maria!

Fernando M. Ribeiro.

 

 

CONTESTAM O INCONTESTÁVEL

                Nossas ruas finalmente receberam nomes. Ruas, que nomes nunca tiveram e, que ostentam orgulhosamente em seus extremos as placas, com os nomes de seus heróis. Homens que pelos seus feitos extraordinários, foram lembrados pela comunidade.

                Meu Deus, quanto ti-ti-ti em torno de algo tão natural (dar nomes às ruas). Um assunto que desde 1986, quando era prefeito o Sr. Francisco Carlos Almeida, foi levado aos vereadores e  vem sendo discutido por eles, na Câmara Municipal.                                                                         Está claro,  que não houve por parte de nossos antecessores, boa vontade, para aprovar um projeto tão simples quanto importante, disse-me um representante da Casa Legislativa. De fato, essa falta de empenho, essa má vontade, como disse o vereador, se reflete no tempo. Veja que, só depois de nove anos, o Legislativo aprovou  (por unanimidade) e o prefeito Sr. Augusto Carlos de Abreu Neto, em dezembro de 1995, sancionou a Lei.

                Agora surgem os que se dizem entendidos, os doutores e não doutores. Que me parece muito desentendidos e pouco doutores no assunto, com uma série de questionamentos infundados.

                Primeiro, Cachoeira Alegre, oficialmente nunca teve nomes suas ruas. Até mesmo pela falte deles e pela omissão do poder público para algumas ruas, os moradores diziam: Rua do Mato; (por causa do matagal) Rua Grande; (devido à sua extensão) Rua Principal, Rua do Campo, Rua do Meio, Rua da Ponte, Rua de Silveira, Rua dos Andradas, como consta nos talões de Luz, da Cia. F.L.C.L.  e não Dos Andrades, (como querem alguns) Andradas, de José Bonifácio de Andrada e Silva, estadista brasileiro, (1763-1838), cognominado o Patriarca da Independência e que também se notabilizou como escritor, poeta e cientista  . . . (figura de destaque que dispensa comentários).

                Tanto tempo depois contestam o incontestável. Ah, o fulano não merece tal homenagem, o cicrano foi esquecido . . . o outro questiona o logradouro no qual foi fixada placa, reivindicando uma rua de maior projeção; essa rua eu não quero, essa rua eu me recuso.

Desconhecem eles que numa comunidade só é possível o progresso quando todos participam e, que a soma dessas ruas é que forma o conjunto, que compõem o complexo urbano de Cachoeira Alegre. Cada qual com suas características, suas particularidades, suas carências, seus atrativos, são importantes no contexto.

A homenagem é justa. Os homenageados são dignos dela. E não são, João nem Antonio que vão medir a intensidade da homenagem, mesmo porque não nos compete esse julgamento.

                Essa é a Cachoeira complicada (ou de gente complicada) que amo, com a qual me divirto,  me preocupo, me alegro e me decepciono, e é por tudo isso que serás sempre Cachoeira Alegre.

Fernando M. Ribeiro

 

 SAMBA DO CRIOULO DOIDO

                Lembra-te dessa canção? Vou mencionar um trecho apenas: “Foi em Diamantina, onde nasceu JK. que a princesa Leopoldina resolveu se casar. Mas Chica da Silva, tinha outros pretendentes e, obrigou a princesa e se casar com Tiradentes  . . .”  Uma canção tão alegre quanto complexa. Cheia de inverdades, ao ponto de dizer de um suposto casamento da Princesa Leopoldina com Tiradentes. Basta conhecer um pouco da História do Brasil para se perceber essas coisas. O objetivo do autor era fazer o povo rir e divertir-se também. Mas causou espanto e confundiu muita gente.  O nome dessa música, dá título a essa matéria.

                Também aqui, em Cachoeira Alegre, há quem queira transformar a nossa história em um “Samba do crioulo doido”. Não sei se essas pessoas têm o mesmo objetivo do compositor da referida canção. Não sei se conseguirão confundir, mas com certeza o riso está garantido.O riso é inevitável, confesso que já estou dando risadas das muitas coisas que ouvi.

É evidente que respeito as opiniões, os questionamentos. Mesmo porque, quem despreza a dúvida paralisa a sua inteligência. A arte da dúvida estimula a construção da arte crítica. Gosto de ouvir os relatos, acho que a história deve ser confrontada para maior veracidade, que deve ser permanentemente atualizada e que deve acima de tudo, ser preservada. Da mesma forma, entendo que aquele que faz questionamento, deve ter algum embasamento para fazê-lo. Aquele que desmente um fato, deve ter sólidos argumentos e nobres motivos para esse enfrentamento. Aquele que propõem algo num contexto histórico, (que diz que a história não é assim), deve ter em seu poder provas documentais.

 Quando escrevo sobre algo, costumo me informar a respeito. Quando conto uma história procuro me cercar desses valores para que o trabalho tenha credibilidade e o leitor continue me honrando com a sua leitura. Estamos abertos ao diálogo. Diálogo é diferente de conversas de portas de botequim e são dessas conversas que dou risadas: A História de Cachoeira, que venho contando em capítulos, nas páginas do Novo Tempo, com o titulo de Um passeio pela história de Cachoeira, não é verdadeira, dizem os doutores das portas de botequim. Se não lhes agrada a forma como é contada a história, eles dizem que ela não é real. Dizem até não se tratar de dois senhores os doadores do terreno ao patrimônio de São Sebastião, mas duas senhoras. Quem são elas e quais os seus nomes?

Com tantos doadores de terras, Cachoeira deve ter uma área infinitamente maior e não sabe. Onde andam esses documentos? A Diocese desconhece a existência deles, pois a história que o jornal vem publicando é extraída de documentos originais da Cúria  de Mariana

e Leopoldina, no Palácio episcopal, onde estive muitas vezes, em companhia de Monsenhor Guilherme (conterrâneo) que me auxiliava nas pesquisas. As pessoas de coragem podem mudar o rumo da história. Recomendo àqueles que defendem essas questões, que procurem a Diocese, falem com seu administrador, apresente os documentos para que a entidade tome posse de suas novas terras.

                Ao mesmo tempo que surpreso, fico feliz com essas novas descobertas. Mas me pergunto insistentemente, porque só agora, 138 anos depois, os doutores resolvem se manifestar? Porque os entendidos silenciaram durante todo esse tempo? É sempre tempo de se corrigir um erro, de se voltar atrás, porém, mais importante que reivindicar homenagem é fazer-se merecedor dela, e essa se conquista com o trabalho.

Fernando M. Ribeiro.

 

 

 

VILA VARDIERO VAI CONSTRUIR SUA IGREJA

                No dia 21 de abril, a comunidade religiosa da Vila Vardiero, deu um importante passo para  a construção de sua Igreja católica, com a eleição de uma comissão par essa finalidade, que ficou assim constituída: Presidente: José Julio Nere Vardiero. Vice presidente Adilson Dias Nery. Primeiro tesoureiro: Antonio Manso Valdier. Segundo tesoureiro Rômulo Antonio Campos Braga. Primeira secretaria: Lucia Helena Nere Vardiero. Segunda secretaria:  Silvéria de Andrade Valdier e conselheiros.

                A reunião bastante concorrida, contou com a participação de moradores da vila e membros da Comunidade União. Esse encontro marca apenas o início de uma escalada, com o objetivo de concretizar o tão sonhado projeto: “construir na Vila uma Igreja”.

                A estética dessa obra, sem dúvida mudará os aspectos da Vila, mas para os cristãos autênticos ela é um sinal visível do Reino de Deus aqui. É muito mais que tijolos e cimento, é prova palpável do amor de Deus. É para ela que correrão  todos os evangelizados, todos os convertidos, todos os filhos pródigos.

                É importante que o povo de deus se uma. A comunidade não medirá esforços. Você já se perguntou o que posso fazer?

                Como canal de comunicação, nós do Novo Tempo, nos colocamos à disposição e a partir de então, torcemos para ver, o quanto antes, estampada em nossas páginas, a manchete: “ Vila Vardiero inaugura sua Igreja!”

 

 

 

 

 

 

FALANDO DE AMOR

                Estamos publicando, nesta edição, as mensagens recebidas dos leitores, para homenagear as Mães, no seu dia.

MINHA QUERIDA MAMÃE.

Somos filhos de sua bondade,

de sua doçura e paz.

 Obrigado Mãe, por tudo. Um beijo!

Cida – Rua Etiópia – 124 – São Cristóvão – Muriaé – MG.

 

MÃE, VOCÊ ME DEU CARINHO

Deu amor, deu proteção,

Deu remédio, deu beijinho,

Deu também educação.

Será mãe, o seu caminho,

Só de luta e doação?

De coração rezo a Deus, baixinho,

Te abraço e te peço perdão.

Felicidades!

Seus filhos: Mauri, Conceição, Rafael, Tiago e Bruno

Rua Mario Ribeiro – Cachoeira Alegre

 

PARA A MÃEZONA AMÉLIA MARIA GABRIEL

Mamãe, você é meiguice e carinho,

Um afago de ternura, suave como a brisa,

A razão da nossa vida, o sol que nos ilumina,

O tesouro que Deus nos deu.

Mil beijos e parabéns dos filhos que te amam:

Aguinaldo, Valéria e Vilma.

MAMÃE ELI

Felicidades no seu dia,

 esse dia tão especial.

 Mãe, você é poesia,

 é o presente mais legal.

Te amamos muito!

Seus filhos: Wladimir e Nívia

 

À DONA CIDINHA, COM CARINHO

Mãe, tu és modelo de amor e ternura,

Luz que nos ajuda a caminhar.

A ti o nosso abraço, mãe-doçura,

Que veio a esse mundo, só para amar.

O nosso muito obrigado. Seus filhos.

Rua Mario Ribeiro  -  Cachoeira Alegre

 

MÃE CELI

Celi, apesar de não ter me dado a vida, você deu vida ao meu viver.

Te amo e te respeito muito, como minha verdadeira mãe.

Eli – Rua Padre Messias Passos – Cachoeira Alegre – MG.

 

NOSSA MÃE, CIDINHA

Temos muito para lhes dizer, mas nos faltam palavras.

Por isso, vamos dizer apenas, que te amamos e respeitamos muito.

Ariádina e irmãos.

Rua Antonio Teodoro da Silva – Cachoeira Alegre – MG

 

PARA MARIA APARECIDA NUNES

Mãe, o que seria de nós, sem seu carinho

E seu dom maravilhoso de mãe, amiga e companheira.

Tudo o que somos agradecemos a você,

Que é mais bela que a própria rosa.

Parabéns e feliz dia das Mães!

Seus filhos, que te amam.

Renata N. Lopes e irmãos – Barão do Monte Alto – MG.

 

 SÃO MUITAS AS MÃES

São muitas as mães que fazem parte da minha vida. A todas essas mulheres, a todas essas Mães, o meu abraço e os votos de muitas felicidades.

Preta ...   Cachoeira Alegre – MG.

 

OBRIGADO MÃE

Mãe, você é uma pérola de bondade, que Deus deixou cair sobre a terra,

Para que nossos dias fossem mais felizes.

Obrigado mãe,  porque você é a mulher que assumiu a vida

E fez dela missão.

RAFAEL, Tiago e Bruno – Rua Mario Ribeiro – Cachoeira Alegre – MG

 

RAZÃO DO MEU VIVER

Mamãe, você é a razão do meu viver. Te amo muito!

De Preta, para sua mãe, Fátima.

Rua padre Messias Passos – Cachoeira Alegre – MG.

 

QUERIDA MÃE, JANE

Nos momentos mais difíceis, minha querida mãe, Jane, é minha melhor companheira. Esta é uma mensagem que brota do coração. Você, é a pessoa a quem devo carinho, amor e dedicação. Te amo, te adoro, você me deu a vida. Obrigado por tudo.

Seu filho: Rodinei Nunes Marinhos – Rua Padre Messias Passos – Cachoeira Alegre – MG.

 

MÃE, TE AMO

Mãe, te amo, te amo, te amo muito!

Eni Bouzada – Rua Maria Ribeiro – Cachoeira Alegre – MG.

 

HOMENAGEM  ÀS MÃES

Ao nascer, recebi um presente: a vida. Mas como nesse período era frágil,

Precisei de cuidados especiais, que só uma pessoa pôde me dar: a Mamãe.

Mãe, que me deu vida, Mãe que no colo me carregou,

Mãe que me deu a mão e para a vida me preparou.

Cheguei chorando, me deste acalento, me deste carinho.

Vestia-me para proteger-me do vento.

Em minhas mãos segurava, para a rua atravessar,

Me preparando para a vida que, hoje, tenho que levar.

Hoje sou grande, sou pequena, mas, a vida devo amar,

Pois minha mãe preparou o caminho para eu passar.

Compus esse poema para minha mãe, Dalva Lacerda Ferreira e, gostaria de homenagear a todas as mães, com a sua publicação no Novo Tempo do mês de maio. Muito obrigada!

Maiza Lacerda Ferreira -  Rio de janeiro – RJ.

NOTA DO REDATOR:

Aí está sua mensagem. Aliás, tais homenagens deveriam tornar-se rotina, como rotineiro deve ser o hábito de valorizar o outro, porque amar, é mais que um sentimento, é uma forma especial de tratar a pessoa e ao mesmo tempo compartilhar seus sentimentos, seus momentos, sua vida.

O Editor.

 

HOMENAGEM ÀS MÃES

                “Minha mãe é super maravilhosa, porque teve a coragem de me colocar no mundo. E aí, me fez gente, gente que ama e que é amada, gente que é feliz e que dá felicidade, gente que sorri pela vida e que faz sorrir a vida.” À minha linda Mãezona D. Elza Furlani e a todas as mães do mundo inteiro, a minha gratidão, admiração e o meu carinho por todos os seus dias.

Albina Furlani

OBSERVAÇÃO:  Ao jornal Novo Tempo, parabenizo pelo trabalho, desejo sucesso e agradeço  participar, ou seja, ter o espaço em suas páginas.

Albina G. C. Furlani é montealtense, supervisora pedagógica em Rosário da Limeira – MG. E reside à Rua Maria B. Lobato – 277/202 – Muriaé – MG.

NOTA DO REDATOR:

Agradecemos suas palavras de carinho. O sucesso do jornal depende também de vocês. Quanto à sua participação, nós  é que agradecemos. É bom quando alguém da área da comunicação se manifesta. E nos alegramos quando alguém reconhece a seriedade de nosso trabalho, porque valoriza o veículo e nos estimula a buscar sempre  informações precisas para os nossos leitores.

 

 

 

CURTAS CE BOAS   -   CURTAS E BOAS   -   CURTAS E BOAS

SUPER GINCANA

                Aguarde a programação da festa de encerramento das festividades do mês de Maria. Já está confirmada para o dia 31 de Maio, uma super gincana, com três equipes, que já estão se mobilizando e prometem sacudir Cachoeira.

 

OBRAS NO JUPTER

                As obras do Jupter prosseguem em ritmo acelerado com vistas a liberar o salão para as festividades do Dia Nacional do Congregado Mariano, mas até o fechamento dessa edição, os responsáveis por esse setor, na paróquia, não definiram se o almoço de confraternização e a Assembléia do dia 18 de maio serão realizados no local.

 

OS ANIMAIS CONTINUAM NAS RUAS

                Sim, os animais continuam nas ruas. Queremos lembrar ao prefeito o que ele disse em entrevista a esse jornal: “Lei é algo a ser cumprido e nós faremos cumpri-la”. Palavras do Prefeito Roberto Rocha, quando nossa repórter lhe perguntou sobre o não cumprimento da lei que proíbe os animais de circularem soltos nas vias públicas. Quando se dará isso, senhor prefeito? Estamos aguardando há décadas, que se cumpra a lei!

 

MULHERES DE MAIO

“A ternura e a coragem mudam o destino dos homens”. Homenagem do jornal Novo Tempo às Mães, mulheres de Maio, mulheres do mês de Maria.

 

FALANDO DE AMOR

                Falando de amor é um espaço que o jornal destina aos seus leitores, para de alguma forma expressarem o seu amor.  A exemplo das mensagens enviadas às mães, neste mês, você pode homenagear os amigos, professores, pais; a alguém que você ame. Dia 12 de junho é Dia dos Namorados. Que tal um recadinho para o seu namorado (a), para seu candidato a namorado (a)? Fale de amor, aposte no amor e acredite que ele faz florir nosso jardim, que o amor pode mudar o curso da história, mudar a vida.

 

E POR FALAR EM AMOR

                E quando se fala de amor, se fala de sonhos de realizações, de alegrias. E é com essa alegria que o casal Cida e Marcelino comemoram a chegada de Marina, na dia 02 de maio, na Casa de Saúde Santa Lúcia. Compartilhando dessa alegria, o Novo Tempo cumprimenta os amigos, desejando mil felicidades.

 

 

MUSEU É UMA ARTE VIVA

                Visite o Museu de Arte sacra em Cachoeira Alegre. Até o momento, são 86 peças expostas nos dois pavimentos, que compõem o espaço cultural, que conta ainda com outras salas, dentre elas a Capela do Santíssimo, onde você pode admirar nos dois altares, os dois antigos sacrários; a Capela do Senhor dos Passos e do Menino Jesus.

                A idéia que, equivocadamente se tem de museu é que trata-se de “um lugar fechado, escuro, decadente, sem vida. Um local onde se guarda objetos empoeirados, velharias envoltas em teias de aranha e tal.

                Ao contrário, Museu é uma arte viva, permanentemente em evolução. É a história de um povo. Conheça sua história! Ajude-nos a contar essa história! Faça-nos uma visita!

Fernando M. Ribeiro

 

DÍZIMO: MISSÃO E VOCAÇÃO

                “Uma comunidade de batizados comprometidos, através do dízimo, constrói um reino de irmãos onde todos tenham vida” (Jo. 10,10) Nenhuma pessoa que crê em Cristo, pode sentir-se alheia a esta responsabilidade que deriva do fato de ela pertencer sacramentalmente ao Corpo de Cristo. Ser dizimista é assumir esta vocação. A missão de todo batizado é transformar os dons recebidos pelo bem de toda a comunidade.

DIZIMISTAS ANIVERSARIANTES DE FEVEREIRO:

Luzia Aparecida Fernandes Alvim, Conceição Soares, Ana Maria Ribeiro, Erlande Rodrigues de Assis e Luiza Helena Bizarro.

MARÇO:  Maria José David Jorge e José Ribeiro Gouveia.

ABRIL: Maria Aparecida Soares Azevedo, Ivan Clovis Ribeiro e Juracy Almeida Mingorança.

 

 

 

CARTAS DOS LEITORES  -  CARTAS DOS LEITORES

                VILA RECLAMA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA

O tempo passa e o problema de abastecimento de  água na vila vardiero se arrasta vagarosamente. O poço artesiano que foi perfurado na administração 88/92, ficou abandonado durante toda a administração do prefeito Augusto Carlos de Abreu Neto, apesar de ter apresentado um volume de água satisfatório à demanda da Vila.

                Às vésperas das  ultimas eleições vimos ser instalada a caixa d’água. Mas não passou disso. Nem a bomba, nem o encanamento para recepção ou distribuição da água foram instalados. E apesar disso a obra já é dada como acabada, inaugurada e em pleno funcionamento desde o ano passado. E o problema continua . . .

                Esperamos que  o novo prefeito encontre em breve solução para esse impasse  a população seja beneficiada com essa obra que é prioridade para a Vila Vardiero, conforme depoimentos de alguns moradores em resposta à pergunta: “O que você acha que é prioridade na Vila Vardiero?

                “A prioridade é a instalação da água, mas acho que a rede de esgoto também é importante”.     ( Luzia Cortes Basilio – Rua Projetada )

“A minha preocupação é com a água, porque nos próximos meses entra a época da estiagem e a população da Vila, sofre com esse problema. Por isso acho que a instalação da água está em primeiro lugar.   (José Muniz Filho  -  Rua Projetada  )

                “Acho que é a instalação da água, apesar de ter uma cisterna em casa, mas a maioria da população vem sofrendo muito com isso.  (Lourdes Vardiero Ribeiro  -  Rua Projetada  )

 

PREFEITURA MUNICIPAL DE BARÃO DO MONTE ALTO – MG.

TERMO DE RECEBIMENTO DA OBRA

                Eu, AUGUSTO CARLOS DE ABREU NETO, prefeito municipal de Barão do Monte Alto/MG. DECLARO, que aceito e aprovo a obra, bem como a recebo, como concluída, em perfeito funcionamento, atendendo á toda comunidade, conforme cópia da planta em anexo a este processo.

                Barão do Monte Alto, 23 de Outubro de 1996

                Augusto Carlos de Abreu Neto

                               Prefeito Municipal

Reproduzimos também o termo de recebimento da obra, assinado, em que o ex-prefeito Augusto Carlos de Abreu Neto, aceitava, aprovava e recebia a obra de abastecimento de água na Vila Vardiero, em perfeito funcionamento.

 

PRESERVANDO NOSSA HISTÓRIA

                O projeto de autoria de Fernando Mauro Ribeiro, que dá nome às 16 ruas no distrito de Cachoeira Alegre, é uma justa homenagem àqueles que ajudaram a escrever sua história. Esse projeto, pelo que entendi, foi enviado à Câmara Municipal pela vereadora Rita de Cássia Silva Paula, votado e aprovado por unanimidade, em 12 de dezembro de 1995 e que o prefeito Augusto Carlos Abreu Neto, sancionou a Lei em 29 de dezembro de 1995.

                Esse projeto voltou à pauta do Legislativo, se não em reunião dos vereadores, pelo menos nos bastidores da Câmara, pois atendendo ao Ofício da vereadora Lucinéia Aleixo Cardoso, o Prefeito atual, Roberto Rocha autorizou e, as placas que dão nomes às ruas de Cachoeira Alegre estão sendo colocadas.

                Acompanho todo esse processo através do jornal de Cachoeira e, outro dia, quando estive aí, para uma visita ao cemitério, vi alguns postes com as placas fixadas, que de fato deram outro aspecto a minha saudosa Cachoeira.

                Parabéns pela iniciativa, parabéns a todos que se empenharam para essa realização. Isso mostra o quanto estão preocupados em preservar nossa história.

Virgilio Gomes Amorim  -  Rua 7 de Setembro, 631 –Triângulo –

Carangola  -  MG.

NOTA DO REDATOR:

                Obrigado senhor Virgílio pela carta. De parabéns está você, pois mesmo à distância parece-me muito mais informado que muita gente daqui. Quando dizes: justa homenagem corres o risco de ser chamado louco, como aconteceu comigo. Alguns dos que se dizem fora de série e que na verdade nada fazem, estão insatisfeitos com algumas homenagens e cobram outras. Dificilmente se consegue agradar a todos. Mas, felizmente Cachoeira tem muitos filhos ilustres para serem lembrados ainda. Que surjam outras tantas ruas, praças e avenidas.

 

 

 

   JORNAL NOVO TEMPO – ANO - 03 – NUMERO 14 -  CACHOEIRA ALEGRE - JUNHO - 1997

 

 

FANTÁSTICA, EMOCIONANTE BELÍSSIMA, CONTAGIANTE!

                Na edição de Maio, em seu editorial, eu convidava você para visitar Cachoeira e celebrar com nossa gente. Você que veio, ficou deslumbrado, se emocionou com a Festa de Maio. O título dessa matéria que você leu acima, trás alguns dos adjetivos que os visitantes usaram para descrever a Festa do Dia Nacional do Congregado Mariano em Cachoeira Alegre.

                Como era de se esperar, uma multidão de congregados tomou de assalto Cachoeira. Portando suas bandeiras, as Congregações eram recebidas com carinho, na Praça da Matriz e logo depois, a cidade era azul e branco.

                Ao som da Banda de Música Santa Cecília, as congregações desfilavam e, ao longe, como pude ver, mais parecia o manto azul da padroeira do Brasil se arrastando pelas ruas de Cachoeira e os filhos de Maria cantando, rezando, louvando, emocionando-se, caminhando; retornavam à Praça São Sebastião.

                Autoridades eclesiásticas, políticas e outras tomaram lugar no palco. O Diácono Marcos Antonio Tavares Mota, fez uma saudação aos visitantes e na sequência, houve a execução do Hino Nacional Brasileiro, pela Banda Sol Nascente¨. E a festa prosseguiu com músicas, peças teatrais, shows. Bandeiras azul e branco eram agitadas. Músicas de louvores eram apresentadas, numa bela atuação da Banda Sol Nascente, queima de fogos, apresentação das padroeiras das delegações que se fizeram presentes. Nesse clima de confraternização a festa se estendeu por todo o dia.

                Um delicioso almoço foi servido no Colégio, enquanto que as dependências do Museu de Arte sacra, recebiam público recorde que observava atentamente, as peças ali expostas. Na Matriz São Sebastião realizou-se a Assembléia Geral e, em seguida o povo voltou a ocupar toda a extensão da Alameda Joaquim de Assis. No palco, a Equipe de Liturgia e o coral davam os últimos retoques, quando o público foi surpreendido ao voltar os olhares em direção à Matriz e um terço gigantesco era elevado aos céus, presos aos balões azuis e brancos, que flutuavam e subiam diante dos olhares extasiados e contemplativos dos fieis que, emocionados, juntavam às suas, as vozes do coral, para cantarem: “que honra é para mim, chamar de minha mãe, a Mãe de Jesus, o meu Salvador  . . .” E o terço subia aos céus e se perdia no  horizonte, como canal de comunicação, colocando a terra em sintonia com o infinito.

                O Diácono Marcos Antonio Tavares Mota fez a intronização da Imagem da Virgem Maria e a consagração: “Quem é essa que avança como aurora, brilhante como o sol e como a lua...” , que conduzida pelos fieis, resplandecia como o sol naquela tarde-noite, sobre os degraus das escadarias, mostrando-nos os caminhos aos filhos seus.

                O encontro culminou com a celebração da Santa Missa, pelo Monsenhor Antonio Shamel, da Diocese de Leopoldina, Padre Wildes Batista Porto, o Diácono Marcos A. T Mota e os seminaristas Willian Grôpo e Silvio.

                As dezenas de automóveis deixavam a Praça São Sebastião, os ônibus faziam suas manobras para também darem partida, os pedestres, em grande número desciam pela Padre Messias Passos e Geraldo Rodrigues; em todos, os olhos traduziam paz, revelavam alegria e felicidade.

                Entre abraços fraternos, acenos e sorrisos festivos, a certeza de nos encontrarmos outra vez, em maio de1998, na cidade de Miraí, para mais uma vez, fazer ecoar o nosso grito: SALVE MARIA!

Fernando M. Ribeiro

 

 

CONSELHO COMUNITÁRIO; ONDE ANDA ESSA GENTE?

                O  CDC de Cachoeira Alegre, no uso de suas atribuições legais, através de Editais, convocou a comunidade para a assembléia geral, que realizou-se no dia 13 de maio de 1997, as 19:00 horas, no salão de festas da Danceteria Guimarães (segundo pavimento), à Rua Mario Ribeiro, para eleição da nova diretoria do Conselho.

                Houve comentários de que outras duas chapas seriam lançadas para concorrerem, o que seria muito natural. Louvável, eu diria, pois seria a prova inconteste de que o cachoeirense não está indiferente; ao contrário, ele estaria dando provas de que se preocupa com o destino da terrinha, ao colocar-se à disposição.

                Tais chapas não foram apresentadas. Tudo não passou de boatos. Lamentavelmente, apenas boatos. Aliás, onde anda essa gente?

                A eleição transcorreu num clima muito tranqüilo e os presentes elegeram a chapa única, que assim ficou constituída: Presidente: Francisco Correa da Rocha; Vice, Maria José Dias Bouzada; Primeiro tesoureiro: José Augusto Duarte Antunes; Segundo tesoureiro: José Jorge de Oliveira; Primeiro secretário: Ivan Alves de Oliveira; Segundo secretário: Cristiano Roberto de Almeida; Conselho Fiscal: Elden Francisco de Paula, Geraldo Camargo de Oliveira, Silverio Soares de Azevedo, José Maria Bouzda Neto, João Batista Castro de Paula e Lucinéia Cardoso da Rocha.

                Parabéns à nova diretoria, torcemos para que seja um período de muitas realizações e ansiosos, (nós do Novo Tempo) aguardamos notícias dos primeiros passos.

Fernando M. Ribeiro

 

 

 

 

ESTADISTA TOMA CAFÉ DA MANHÃ EM CACHOEIRA

                No dia 30 de maio, tomou café da manhã com o ex-prefeito Francisco Rocha, em sua residência, à rua José Maria Rocha, no Parque do Flamengo, em Cachoeira Alegre, o Deputado Estadual Sebastião Costa.

                Cumprindo mais um mandato na Assembléia Legislativa, o Deputado veio oferecer ajuda ao município, já que trata-se de um homem experiente e com prestígio junto ao governador Eduardo Azeredo, em troca, evidentemente, o pedido de apoio nas eleições de outubro.

                Nesse primeiro contato, falou-se das muitas necessidades do município, dentre elas, o DDD para Cachoeira Alegre, abastecimento d’água, saneamento básico e o asfaltamento até a BR 116.

                O Deputado realiza trabalhos significativos na região de Tombos, Carangola, Divino, Espera Feliz . . . e prometeu conseguir junto ao governo do Estado, recursos para o município.

 

 

LÍDERES DO PFL COBRAM ASFALTAMENTO

                Na segunda quinzena de maio, a bancada do PFL no município, se reuniu com o Deputado Lael Varela, na residência do vice-prefeito Francisco Renato de Oliveira, à Rua Getúlio Vargas ,848, em Barão do Monte Alto. Na reunião, discutiu-se exaustivamente a possibilidade de asfaltamento, ligando o município de Barão,  da BR 116 até ao município de Patrocínio do Muriaé, exigindo do deputado mais empenho nesse setor para que as coisas saiam do campo das possibilidades para se tornarem reais.

 

PEÇAS TEATRAIS CONTAM A HISTÓRIA DE CACHOEIRA

                Com proposta dos educadores para conter a evasão escolar, e principalmente os alunos da 5ª  série, promoveu-se na Escola, em maio, uma comemoração, onde a 4ª série foi convidada a participar, já que serão eles, os alunos que formarão a 5ª série, no próximo ano.

                O evento foi marcado pelas encenações teatrais, onde os alunos contaram a história de Cachoeira Alegre, desde sua fundação, até os dias atuais. Os professores escolheram esse tema, por ser do interesse do aluno e por estarem no momento estudando ao fundação de nossa cidade.

 

ENSAIBRAMENTO DE ESTRADAS

                O PREFEITO Roberto Rocha efetua patrolamento e ensaibramento das principais estradas que ligam ao município. Os serviços estão sendo acompanhados por ele e o vice prefeito Francisco Renato de Oliveira.

 

ATUAÇÃO DA VEREADORA LUCINÉIA, NA CÂMARA

                A VEREADORA Lucinéia Aleixo Cardoso, encaminhou ao presidente da Câmara, ofício contendo indicações a serem encaminhadas ao Poder Executivo com as seguintes reivindicações: Extensão da rede para escoamento de água pluvial, até ao Córrego Rico, para concluir a obra, realizada parcialmente, pela paróquia de Cachoeira Alegre, na administração anterior, à Rua Geraldo Rodrigues, ao lado do Jupter clube, em Cachoeira Alegre.

  • Drenagem com valetamento aos fundos das casas da Rua Manoel Fernandes Nogueira, até ao Córrego Rico.
  • Drenagem de uma vala que corre numa das laterais do campo do Tupi F.C.

Tais indicações, é bom ressaltar, são serviços necessários que merecem atenção por parte de seus pares na Casa Legislativa e do Executivo, na pessoa do senhor prefeito.

 

PREFEITO SE ENCONTRA EM BH. COM O SECRETARIO DE ESTADO DA SAÚDE

                Na semana passada, Roberto Rocha esteve em Belo Horizonte em busca de recursos e aproveitou para se encontrar com o Secretário Adjunto de Estado da Saúde, Dr. Christiano Canêdo, que o acompanhou, à diversas secretarias. Roberto Rocha continua lutando, junto ao governo do Estado, para o asfaltamento da estrada que liga Barão a Patrocínio, da BR 116 à BR 356.

 

TV VIÇOSA REGISTRA DIA DE CAMPUS NA EPAMIG

                No dia 15 de abril de 1997, na fazenda experimental da EPAMIG, em Leopoldina, foi feito o novo lançamento do Arroz Irrigado “Jequitibá”.

                Nessa oportunidade estavam presentes o prefeito de Leopoldina, o secretário de Agricultura de Cataguases e várias autoridades e membros da EPAMIG, representantes da EMATER, (Cataguases, Leopoldina, Muriaé, Recreio, Palma, Laranjal, Rosário da Limeira, Barão do Monte Alto) e como não poderia faltar, produtores e meieiros de várias localidades.

                Os convidados participaram de palestras e depois foram agraciados com um almoço e música ao vivo. Tudo foi registrado pela Tevê Viçosa. No final do encontro foi outorgado a todos os que participaram do Dia de Campus, um certificado. Nossos agradecimentos ao prefeito de Barão do Monte Alto que viabilizou a participação do município, nesse evento.

Domiciano Cerqueira.

AUMENTA O NÚMERO DE SEMINARISTAS

                O Anuário Pontifício 1997, recentemente lançado, anuncia que cresceu o número de padres e de seminaristas, em relação ao ano anterior. A Igreja católica contou, em 1996, com 289 padres diocesanos a mais do que em 1995, totalizando 404.750. Entretanto, houve uma diminuição de 593 membros do clero religioso.  Houve também um aumento dos seminaristas maiores, estudantes de Filosofia e Teologia, que passaram de 105.075 para 106.307. As ordenações sacerdotais foram 8.800, superando em 800 o número de sacerdotes mortos durante o ano de 1996.

                O Papa nomeou 161 bispos, chegando atualmente a 4.224. E a Santa Sé iniciou relações diplomáticas com mais de três novos países.

 

TEM FESTA NA VILA

Se tem festa na Vila, vamos todos pra lá. A comunidade da Vila Vardiero é uma grande família e todos os que a visita, se sentem membros dessa família, tal o carinho com que eles recebem. A Festa do Arroz, embora a cada ano atraia mais gente, ainda é uma festa da família da Vila que se confraterniza.

Nos dias 25, 26 e 27 de julho, tem festa lá na Vila e com uma extensa programação que consta de desfile de carros de bois, desfile cívico da escola, barracas, shows e um super baile para a galera dançar e curtir.

 

ESCOLINHA DE FUTEBOL, EM CACHOEIRA

                               O futebol é a maior paixão popular do país tetra campeão do mundo. Daqui, dos campos de várzea, saíram  vários jogadores que se destacaram em competições oficiais, atuando por diversos clubes profissionais.

                Com o objetivo de revelar novos talentos, o Marcelino fundou em Cachoeira, uma escolinha e a garotada está batendo um bolão. Confira na próxima edição, matéria a respeito de mais essa iniciativa do empreendedor Marcelino.

 

A BOLA CONTINUA ROLANDO

                Chega ao fim o Terceiro Torneio de Verão . Depois de três meses de uma maratona de jogos, os times Cabana F.C. e Cachoeira F.C. fizeram a final e coube ao primeiro o troféu José Maria Rocha.

                A partida decisiva despertou ainda mais o interesse do público que compareceu em grande número para torcer pelo seu clube. Os presidentes do Cabana F. C. e Cachoeira F.C. receberam das mãos do prefeito Roberto Rocha, os troféus de campeão e vice, respectivamente. Os jogadore iniciaram a volta olímpica e a torcida se juntou a eles, fazendo a festa, numa grande comemoração de suas conquistas.

                Ao Antonio Luiz, responsável pela realização do evento, nossos parabéns! Disse ele, que a bola continuará rolando nas tardes de domingo, em Cachoeira, com as quatro equipes jogando entre si.

 

CONHEÇA CADA PASSO DO PAPA, NO RIO

                João Paulo II de volta ao Brasil. Ele esteve aqui, pela primeira vez, em 1980. Na segunda visita, em 1991, o papa passou por dez cidades brasileiras, mas o Rio não foi incluído no roteiro. Desta vez, será a única cidade visitada.

                O Papa chegará ao Rio em 02 de outubro. No dia seguinte fará o encerramento do Segundo Congresso Teológico para a família, no Riocentro, que reunirá mais de 2.500 pessoas de 140 países. No dia 04 de outubro, pela manhã, rezará missa, na catedral, para 800 bispos, e à tarde, participará do evento religioso Festa-Testemunha da Família, no Maracanã. Sua ultima aparição deverá ser Missa campal no Aterro do Flamengo, na manhã do dia 05.

                O jornalista que assina essa coluna estará lá, rezando, cantando, fotografando, enfim, registrando o evento. Mas também, para ver de perto o sucessor de Pedro, que através das tocantes palavras do Evangelho, nos lembra sempre as atitudes de Jesus e nos exorta a imitá-LO.

Fernando M. Ribeiro

 

 

CARTAS DOS LEITORES   -   CARTAS DOS LEITORES

                102 ANOS DE VIDA E DE LUTA

                Cento e dois anos de vida e de luta de Guilhermina Soares Dias.

Mamãe Querida!

Neste dia tão especial para nós, seus 14 filhos, netos, bisnetos e tetranetos, quero homenageá-la em nome de todos; pelo amor e carinho devotados à nós, nestes 102 Anos de vida e de luta.

                Com sua mãozinhas de santa, sempre no fogão de lenha, fazendo o pão de cada dia para seus filhos, às vezes também para os netos, para suas ajudantes do dia-a-dia, e também para os ajudantes de papai  e mais os visitantes que papai recebia, com sorriso de bondade. Peço a Deus que lhe abençoe e que te dê paciência, já que seus olhinhos cansados já não pode nos ver, seus ouvidos não podem nos ouvir e suas pernas não andam, cansadas que estão de carregar seus 102 anos de idade, já não sustentam mais aquela disponibilidade, coragem que sempre teve em anos anteriores.

                Portanto, quero deixar aqui todo meu carinho, meu afeto e gratidão. Te amo muito!

Sua filha Suzete.

 

MULHER INTERNACIONAL

                Gostaria de parabenizar uma mulher muito especial através do Novo Tempo. Quero prestar-lhe uma homenagem especial pelos anos dedicados à caridade e à família. Ela sim, é um exemplo de mulher, pela sua honradez, dedicação e renúncia em prol da família que constituiu e tão bem soube orientar. Não só criou seus filhos legítimos como também adotivos, sobrinhos e outros. Ainda hoje, com 75 anos, dedica sua vida aos netos e bisnetos que lhes foram confiados, e está sempre sorrindo com todos. Essa mulher é Maria Roriz, (Maria Martins) minha mãe!

                Ninguém se não ela, merece o título de mulher excepcional. Parabens Mamãe, pelo aniversário transcorrido em 06 de maio.

Lucia Martins – Av. Goiania – Serra Dourada – Vitória – ES.

Nota do Redator:

Lúcia Martins é sócia, amiga e leitora do jornal. Olha querida, sua carta só não foi publicada antes, por falta de espaço; porém, falei com Dona Maria Martins, (a quem visitei) de sua intenção, a cumprimentei e me desculpei pela não publicação no devido tempo. Contando com sua compreensão, despeço-me com um abraço.

O Editor.

 

NOSSOS AGRADECIMENTOS

                É com imensa gratidão e profundo reconhecimento, que venho expressar, por meio de sinceras palavras, meu contentamento com a boa nova que há dias atrás me foi transmitida e que despertou, muitas alegrias entre familiares e amigos.

Trata-se da inauguração da Rua Francisco Luiz Bouzada, uma homenagem carinhosa, que resgata saudosas lembranças de meu querido irmão, Chiquinho, essa  pessoa bondosa, que tão cedo nos deixou, mas que está com certeza, na memória desse povo que ele tanto amava.

                Acredito que não só da família Bousada, também os outros familiares dos demais lembrados devem ser agradecidos pelo reconhecimento de seus entes queridos, homenageados nesse evento.

                Deste modo, agradeço a todos aqueles que de uma forma ou de outra contribuíram para a realização deste ato e a você, Fernando Ribeiro, que com o Novo Tempo, este jornal, pequeno no tamanho, mas imenso nas idéias, vem proporcionando à Cachoeira Alegre, informações, cultura, ensinando o povo a reivindicar seus direitos e paulatinamente prestando outros serviços que engrandece a nossa terra natal e o nosso povo.

                Obrigada, em nome de nossa família!  Glorinha Bousada.

Glorinha Bouzada  já atuou nas escolas em Cachoeira, como educadora. É professora aposentada, é cachoeirense e reside no Bairro São Francisco, em Muriaé.

Nota do Redator:

Querida conterrânea, continua a professora amável de sempre. Quanto a homenagem (placas nas ruas) é um dever nosso, eternizar, aqueles, que com seus atos, inseriram seu nome na história. Em relação ao jornal, estou certo também de que é meu dever fazer algo que vá de encontro aos anseios do povo, que seja canal entre o povo e o poder.  Um abraço!

O Editor

 

 

 

EDITORIAL DE JUNHO

 

FUNDAMENTAL É MESMO O AMOR

 

                É preciso amar, transmitir em palavras e gestos, o sentimento que está dentro de cada um de nós. Estamos em  junho, consagrado ao Sacratíssimo Coração de Jesus, comemoramos  o Dia dos Namorados, as Festas Juninas e outras datas bastante significativas que faz desse mês, um período de muitas comemorações. Vejamos algumas dessas datas em que  nosso povo expressa sem restrição ou vergonha, o que de mais belo vai na alma e no coração.

                Dia 05 – Dia do Meio Ambiente – Dia Mundial da Ecologia:

A natureza em seu “meio-ambiente” pede socorro, mas grita de amor pelo universo, no Dia Mundial da Ecologia.

                Dia 07 – Dia da Liberdade de Imprensa: O jornal Novo Tempo acredita que o amor é sem medidas e usa da liberdade de imprensa para semeá-lo.

                Dia 12 – Dia dos Namorados:

Casais apaixonados trocam juras de amor eterno e presentes. De pequenas lembranças até onde a imaginação e o bolso alcançam, para marcar a data.

                Dia 13 – Dia de Santo Antonio:

Antonio, um santo que tem e segura em seus braços o  fruto do amor divino de Deus – O Menino Jesus. Seu dom é o próprio amor.

                DIA 20 – Dia da Mídia:

É tempo de falar de amor, de deixar aparecer o poeta que existe dentro de cada um de nós e cantar a alegria da presença, a saudade da ausência, a vontade de estar perto e de abraçar. Falar para os jovens ,Proclamar o Evangelho, Denunciar as injustiças, Falar de política, Esporte, Lazer, atualidades, cultura e arte.

                Dia 22 – Dia consagrado ao Coração Generoso de Jesus:

Guardai em Vosso sagrado Coração aqueles que buscam ser uma igreja viva, comprometida com a realidade humana, desejosos de ser Vossa resposta de amor aos homens de nosso tempo.

                Dia 23 -  Dia consagrado ao Imaculado Coração de Maria:

Sagrado Coração de Maria. Um coração que amou a todos sem exceção e a todos desejou o maior bem que se pode desejar: o Amor de Deus. E por todos orou, por todos sofreu, por todos entregou seu Filho, para que a todos salvasse. Essa universalidade do amor de Maria é fiel reflexo do que deve ser nosso amor cristão.

                Dia 24 – Dia de São João:

Viva São João! Este é aquele de quem falou o profeta Isaías, quando disse: uma voz clama no deserto, preparai o caminho do Senhor. (Mateus 3,3) E ele próprio dizia adiante: Aquele que virá depois de mim, é mais poderoso do que eu e nem sou digno de desamarrar as suas sandálias. Lição: humildade e amor.

                Dia 29 – Dia da Telefonista:

Alô! Telefonista? Parabéns pelo seu dia. Saiba que para falar de amor, não poupo impulsos! Sois um valioso auxílio à sociedade humana, contribuindo para recrear e enriquecer o espírito, consolidar a comunhão entre os homens, difundir e fazer viver a mensagem da verdade, da alegria, da esperança e do amor.

                Dia 29 – Dia de São Pedro e Dia do Pescador:

“Pedro, eu vos farei pescadores de homens!” Pescador é aquele que lança sua rede, seus sonhos, seu futuro no mar da existência.

                Dia 29 – Dia de São Paulo:

“Aquele que dá a semente ao semeador e lhe dará o pão como alimento, ele mesmo multiplicará as vossas sementes e aumentará os frutos da vossa justiça” (2Cor. 9,10)

“Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor  . . . “ Fale de amor expressando todos esses sentimentos e permitindo que outras pessoas conheçam toda a beleza que existe dentro de você.

O Editor

 

 

 

 

 

ENTREVISTA COM A PROFESSORA ZELIA DELGADO ARCHETE

 

                Na décima primeira edição, à pag. 3, o Novo Tempo publicou o resultado da eleição para diretor e vice da E.E. Domiciano Cerqueira, que  reelegeu Mariza de Paula e elegeu Wanda Maria  Carlos Santos Vardiero vice diretora, em 24 de novembro de 1996.

 

                Algum tempo depois saíram os papeis permitindo à diretora aposentar-se e assim ela o fez. Então, ocupou o cargo Irma Balbino dos Santos que, interinamente dirigia a escola.

A DRE marcou para 25 de maio de 1997 (seis meses depois) novas eleições. A escola apresentou duas chapas: Durce de Fátima Resende Fanni  e Maria Avelina Archette. Maria Zélia Delgado Archette Antunes e Wanda Maria Carlos dos Santos Vardiero.  Nos dias 19 e 20 de maio, houve a convocação da comunidade escolar para a votação e, no dia 25, a eleição se deu de forma muito concorrida.

                Grande foi o número de pais e alunos que compareceram para manifestar sua opinião através do voto. E exercendo esse seu direito, eles elegeram Maria Zélia e Wanda para diretora e vice, respectivamente, somando um total de 171 votos, contra 121.

                Maria Zélia cursou magistério na Faculdade Santa Marcelina. Estudos Sociais: Registro em Geografia e História. Na Faculdade de Além Paraíba, fez OSPB e Moral e Cívica. No ultimo domingo de maio, a diretora nos recebeu em sua residência, à Rua Alves Pequeno, onde concedeu-nos a seguinte entrevista:

NT: Em torno de que girou sua campanha?

Zélia: Foi elaborado um programa de trabalho e o que eu fiz foi falar com pais e alunos da seriedade do mesmo.

NT: Como pretende administrar a escola?

Zélia: Com a participação efetiva de toda comunidade escolar, educadores e funcionários, pais e alunos, igrejas, jovens e prefeitura municipal.

NT: A administração Francisco Rocha construiu duas salas de aula em sua gestão. Amenizou, mas não solucionou o problema. A direção da escola esperou durante os quatro anos seguintes da ultima administração, sem sucesso. A escola tem algum projeto?

Zélia: De fato não solucionou! Pretendo cobrar dos órgãos competentes a reforma e ampliação do prédio.

NT: E por falar em espaço físico, a Paróquia doou à escola, já a algum tempo, uma área para construção da quadra de esporte. Você vai investir nesse setor?

Zélia: É também nosso objetivo a construção da quadra, assim como promover esportes eventos, reunir recursos para investir na melhoria da iluminação interna e externa e na conclusão do muro da escola.

NT: Além de oferecer conforto, o que mais se pode fazer para estimular o aluno, para torná-lo mais participativo?

Zélia: Dentre tantas outras, propiciar meios para o funcionamento da Biblioteca Escolar, ampliar o seu acervo bibliográfico, incrementar a alimentação, realizar anualmente a Feira de Ciências, Concurso de Poesias, Teatro e Dança.

NT: O Novo Tempo desde sua primeira edição procurou a diretora, se colocando à disposição para divulgar os eventos, o dia-a-dia da escola. Conheço a realidade da escola, suas dificuldades e o belo trabalho que se faz lá. Porque não há interesse da direção em repassar para o público essas informações?

Zélia: Sim, há trabalhos muito bons realizados pelos alunos que devem ser divulgados.

NT: Quando a nova diretoria tomará posse?

Zélia: A data será ainda fixada pela DRE.

NT: Explica-se uma vitória?

Zélia: Sim , é o reconhecimento pelos 26 anos dedicados à educação.

Fernando M. Ribeiro.

 

 

 

FESTA DE ENCERRAMENTO DO MÊS DE MARIA

                A FESTA DE ENCERRAMENTO DAS FESTIVIDADES DO MÊS DE Maria, em Cachoeira,teve início, na tarde de sábado, 31-05 ,com uma super gincana, movimento de barracas e culminou com a procissão e celebração da santa missa, no domingo.

GINCANA: ALTO ASTRAL VERSUS CICLONE. Por volta das 16:00 horas, já era grande a movimentação na Praça São Sebastião. Com a chegada das duas equipes: “Alto Astral e Ciclone”, portando faixas, cartazes e batendo tambores, o local se transformou e, a partir de então, o clima era mesmo de festa.

                Marcos A. T. Motta, nosso diácono, abriu oficialmente as comemorações, falando da importância da competição, destacando o entusiasmo e a alegria das duas equipes e conclamou o grande público a rezar e, erguendo seus braços o povo de Deus dizia: “Vinde Espirito Santo, enchei os nossos corações ...”

                TOP DANCE Sonorização fazia a galera cantar e dançar com seus hits. No palco, os comunicadores convidavam os jurados a tomarem seus lugares e pouco depois era lançada a primeira prova e começava a correria das duas equipes, que se estendeu até as 23 horas, ao som dos tambores, os gritos, vaias e aplausos, erros e acertos, queixas infundadas ou não, questionamentos coerentes ou não; mas prevaleceu a vibração, o entusiasmo, a alegria, a emoção da vitória e a certeza de muito Auto Astral, pois os cristãos conscientes, sabem que o Reino de Deus não se constrói com ressentimentos. E um vento chamado Ciclone, varreu toda dúvida e fez soprar, nas Barracas,  no Jupter clube, na praça, uma brisa leve e suave que contagiou a todos e a festa entrou pela madrugada  se estendendo até as quatro da manhã.

                MISSA, COROAÇÃO E PROCISSÃO. No domingo, os fiéis se reuniram na Matriz, para a celebração, coroação e louvores à virgem de Nazaré. Em procissão, os filhos de Maria, cantavam e rezavam enquanto caminhavam pelas ruas Professor Geraldo Rodrigues, Souza Aguiar e Padre Messias, retornando à Praça São Sebastião, onde se confraternizaram nas barracas.

Fernando M. Ribeiro

 

 

 

   JORNAL NOVO TEMPO – ANO - 03 – NUMERO 15 -  CACHOEIRA ALEGRE - JULHO - 1997

 

 

DIÁCONO MARCO ANTONIO SERÁ ORDENADO PADRE NESTE DOMINGO

 

Diácono Maco Antonio Tavares Motta, será ordenado padre neste domingo, numa Concelebração Eucarística, pela imposição das mãos de Dom Ricardo Pedro Chaves Pinto,  Arcebispo Metropolitano de Pouso Alegre - MG. A celebração acontece na Praça Dom Helvécio, s/n, Leopoldina - MG. às 15:OO horas, e junto com Marco Antonio, serão ordenados também, Carlos Alberto Borges, Luciano Bonato, Marcos Luiz Caldas de Abreu.

O jornal Novo Tempo, publica nesta edição, uma entrevista exclusiva do Diácono Marco Antonio, concedida ao Editor Fernando Mauro Ribeiro, nas dependências da casa Paroquial, em Cachoeira, onde o futuro padre fala de sua terra natal, sua família, sua vocação, sua trajetória, sua ordenação e de sua relação com a paróquia de São Sebastião, de Cachoeira Alegre. Confira, à página três.

Fernando M. Ribeiro.

 

 

ROBERTO ROCHA DEFINE PRIORIDADES PARA O MUNICÍPIO

                O Prefeito Roberto Rocha confessou, que nestes primeiros meses de sua administração, passou por grandes dificuldades, principalmente no início do ano, em virtude das chuvas, as enchentes; mas que aos poucos, os problemas foram solucionados. As estradas foram todas recuperadas, as casas atingidas pelas chuvas, receberam ajuda da prefeitura, recuperando e até mesmo reconstruindo algumas.

                Obras de calçamento, numa extensão de 1.400 metros, foram executadas no Bairro Distrito. O prefeito recuperou toda a frota da prefeitura e adquiriu um veículo zero km, para o gabinete.

                Em relação às escolas e aos postos de saúde, foram efetuadas reformas e adquiridos móveis para melhor equipar esses espaços, de forma a proporcionar mais conforto à população.

                Disse que um novo gabinete dentário foi comprado e, que em Cachoeira Alegre, as obras de reforma do Posto de Saúde estão em andamento, com o objeto de melhor atender aquela comunidade e, que a referida obra será entregue à população em breve.

                Roberto Rocha considera a situação da prefeitura de razoável para boa. Argumentou que, não fossem os obstáculos impostos pela natureza com as fortes chuvas do início do ano, ele teria realizado mais obras, mas que suas atenções, a partir de agora, estarão voltadas para  as obras de calçamento de ruas e, que uma de suas prioridades é o asfaltamento da estrada que liga a BR 116, à Patrocínio do Muriaé e que para tanto, está se empenhando junto às áreas estadual e federal, para que esta obra tão importante para nossa gente, possa sair do papel, para tornar-se realidade.

                Também estamos conseguindo recursos em torno de RS 100 mil, para que seja utilizado em obras de infra estrutura em todo o município que é muito carente. Disse já ter feito contato com a Copasa para sanar o problema de abastecimento d’água em Cachoeira Alegre e Vila Vardiero, cujos sistemas são muito precários, não atendendo às necessidades da população. É um compromisso de campanha. É outra de minhas prioridades e vou me dedicar com afinco a esse projeto.

Fernando M. Ribeiro

 

EX-PESQUISADOR DA EMBRAPA, DÁ PALESTRA EM CACHOEIRA ALEGRE

                A nutriplan, junto à Prefeitura Municipal de Barão do Monte Alto, promoveu em cachoeira Alegre, no Salão da Danceteria Guimarães, um encontro que reuniu 43 produtores rurais.

                Doutor em nutrição animal, ex-pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite da Embrapa, presença confirmada no Simpósio do Canadá, em agosto, o Dr. Milton de Souza Dayrell, falou com autoridade sobre o tema: Suplementação Mineral para Gado Leiteiro. A palestra proferida pelo doutor, despertou o interesse dos produtores, que ouviram atentamente suas colocações  e comentavam entusiasmados, na tarde-noite de 02 de julho, após o encontro, às portas do Salão da Danceteria.

Fernando M. Ribeiro.

 

 

OBRIGADO PADRE WILDES!

“QUEM PARTE, LEVA SAUDADES”

                No dia 10 de junho, a comunidade cachoeirense se reuniu na Matriz São Sebastião, às 19:00 horas, para abraçar ao Padre Wildes Batista Porto, que naquela noite estivera celebrando e despedira-se dos paroquianos.

                Músicas, jogral e uma encenação marcaram a despedida do pároco que recebeu muitos abraços; e ao final, com a voz embargada pela emoção, pouco conseguira dizer, depois de ouvir a seguinte mensagem:

                PADRE WILDES:  Há três anos, Deus lhe chamou e pediu que tomasse conta desse rebanho, pois seu pastor precisava ausentar-se, deixando sozinha suas ovelhas. E o senhor, apesar de já possuir um grande número de ovelhas em seu rebanho, não exitou, para cá partiu e abrindo seus braços, acolheu a todos e dizia sempre: Preciso da colaboração de vocês, não se dispersem procurem viver sempre unidos, lutem por um ideal.

                Façam dessa comunidade uma Igreja viva no meio do povo. Eu queria nunca me afastar de vocês e fazer muito mais do que vinha fazendo, mas a messe é grande e os operários são poucos; e outras comunidades também precisam de mim, mas vamos juntos rezar e empenhar em trazer um pastor para ficar com vocês, diariamente, como vocês querem e a paróquia precisa.

                 Juntos, nós unimos nossas mãos, rezamos, lutamos, esperamos e, hoje recebemos esse presente de Deus, agora já temos alguém para cuidar desse rebanho e sabemos o quanto a comunidade irá crescer, mas nunca esqueceremos o seu carinho e sua atenção para conosco. Em cada coração ficará a lembrança daquelas tardes de domingo em que vínhamos para a igreja, certos de que aqui, encontraríamos palavras de conforto, de esperança, de alegria em suas homilias.

                Hoje, o senhor já faz parte da família cachoeirense e queremos vê-lo sempre junto de nós, ajudando-nos, aconselhando-nos, nos dando força. Obrigado por tudo. Ficaremos aqui rezando e pedindo a Deus, para que o Espírito Santo o ilumine e que Maria Santíssima lhe acompanhe em sua caminhada. Nosso abraço!

Seus  amigos, da Paróquia São Sebastião de Cachoeira Alegre.

 

CRIADA A COMISSÃO INTERMUNICIPAL DE COMÉRCIO -  CIC

                Domiciano Cerqueira de Castro Neto, funcionário da Prefeitura Municipal de Barão do Monte Alto, que atua na área da saúde e no departamento da agricultura, falou ao Novo Tempo, da criação da CIC. (Comissão Intermunicipal de Comércio), junto com outros 13 municípios, que tem como objetivo reunir os produtores sindicalizados (formar cooperativas) para acabar com os intermediários, possibilitando aos proprietários, comercializarem  seus produtos, diretamente na fonte.

                Nesse sentido, alguns contatos foram feitos com os municípios de Muriaé, Antonio Prado de Minas, Eugenópolis, Patrocínio do Muriaé, Carangola. Vieiras, Rosário da Limeira, Tombos, São Francisco do Glória, Miradouro, Miraí e Porciúncula, no estado do Rio de Janeiro.

                Outros encontros acontecerão. Você que deseja mais informações pode obtê-las na Casa do Sitiante, em Cachoeira Alegre, ou na Prefeitura Municipal.

                Recebemos o Jornal D’aterra (informativo da Emater) e o jornal da Extensão, ambos de excelente qualidade, ricos de informações para a agricultura e pecuária. Tambem recebemos um convite para uma reunião do CIC, em Vieiras, no dia 14 de agosto, às 15 horas. Nossos agradecimentos ao Francisco Paiva Resende, amigo e grande profissional da área, que atua no município de Barão do Monte Alto.

Fernando Mauro Ribeiro

 

 

ENTREVISTA COM O PADRE MARCOS ANTONIO TAVARES MOTTA

                Atuando e residindo na Paróquia de Cachoeira Alegre, desde 20 de fevereiro de 1997, o diácono Marco Antonio será consagrado ao serviço total do altar, neste domingo, o3 de agosto, as 15:00 horas, no Colégio Imaculada Conceição, na Diocese de Leopoldina, junto com outros três diáconos: Carlos Alberto Borges, Luciano Bonato e Marcos Luiz Caldas de Abreu.

                Na manhã do dia 06 de julho, padre Marcos me recebeu na secretaria da paróquia, à Praça São Sebastião, em Cachoeira Alegre, onde falou de sua terra natal, sua família, sua vocação, sua trajetória, sua ordenação. Veja:

N.T: Gostaríamos de conhecê-lo um pouco mais. Sua terra, família, vocação, projetos... Enfim, quem é o diácono, o futuro padre Marcos?

Marcos: Sou natural de Paraíba do Sul – RJ. Órfão de pai, 35 anos, minha família constitui-se de minha mãe, cinco irmãos e duas irmãs. Somos nove ao todo. Nós morávamos no terceiro distrito de Paraíba do Sul, Inconfidência. Lugar histórico, pois tem lá um Museu de Tiradentes. Morávamos numa casa paroquial, alugada (terreno da igreja) minha mãe lavava e cozinhava para o padre Luiz Raimundo que residia lá e foi quem me batizou.

NT: O Distrito de Inconfidência tinha então um padre residente?

Marcos: Sim. Mas depois de algum tempo o padre mudou-se para o Santuário que ele próprio construiu em Bom Jesus de Matozinhos e devido à sua idade avançada e a má conservação das estradas, ele não podia mais fazer esse percurso até a minha comunidade Matriz Senhora de Santana. Então, essa fase da minha infância, passei sem ter contato com nenhum padre. Ficamos um longo período sem padre na nossa comunidade. Isso me lembra um pouco a história de Cachoeira Alegre. De forma que me identifico um pouco com vocês.

N.T: Uma paróquia sem padre é como um rebanho sem pastor?

Marcos: O fato de não ter um padre por perto para orientar os fiéis, fez com que a Igreja fosse decaído e depois de um tempo era como se a comunidade já não existisse. Em determinados momentos não fui um cristão modelo, pois faltava-me um guia espiritual, um líder.

N.T: Quando e como e surgiu a sua vocação?

Marcos: Acho que desde criança fui designado para essa missão,  muito embora eu não tenha me dado conta disso. Porém, eu diria que foi quando eu percebi que poderia mudar aquela situação. Fazer algo por minha comunidade e por mim mesmo, para dar u  sentido à minha vida; e comecei a realizar trabalhos, me envolver e esse trabalho foi aumentando e o envolvimento também...

N.T: Como surgiu? Fale mais desse processo.

Marcos: Num certo momento da minha vida, da minha caminhada, da minha história, tomei consciência de que precisava me colocar a serviço. A partir da minha abertura, quando me coloquei em disponibilidade é que senti o chamado de Deus e dei uma resposta mais específica: serviço gratuito, ato de doar-se às pessoas, como o próprio Cristo fez.

N.T: Quem, algum padre? Até que ponto a família influenciou?

Marcos: Acredito que padre Luiz Raimundo e minha família influenciaram de algum modo. Mas, na ocasião que me envolvi de forma mais intensa com os trabalhos, me encontrei com padre José Maria, que  era das vocações, no seminário de Petrópolis. Esses encontros tornaram-se mais freqüentes até que um dia ele me fez o convite para ir para o seminário. Fiquei muito surpreso, já que eu nunca havia me imaginado padre. Mas aquele convite ficou gritando dentro de mim e eu não teria mais sossego se não desse uma resposta. Eu disse sim, resolvi fazer a experiência e entrei para o seminário.

N.T: O que você dirá para um jovem que quer tornar-se padre?

Marcos: Eu coloco em primeiro lugar desapego de si e a alegria. Esses são alguns sinais de Deus, para que a pessoa comece a perceber a vocação, o chamado, uma missão para um serviço específico dentro da Igreja.

N.T: Vez ou outra, jornais e revisas de grande circulação criticam essa ou aquela igreja. É muito comum dizer que os católicos estão perdendo campo para os evangélicos. Afinal o que se busca é a unidade. Mas quando dita dessa forma, não te parece uma competição? E o ecumenismo?

Marcos: Estamos às portas do Terceiro Milênio e o Papa tem se mostrado muito aberto ao ecumenismo. Acho que o que nos une, é muito mais forte do que o que nos separa. Jesus Cristo é o ponto, a referência. Se as pessoas estão buscando Deus, estão com sede, querem crescer espiritualmente, podem beber na fonte que a Igreja Católica oferece, que nossos irmãos separados oferecem. Se lá eles falam de Deus, se têm uma reta intenção, acredito que as pessoas podem chegar até Deus.

Assim como o Cristo pede na Oração da Unidade, que todos sejam um, que não haja distinção, que não haja divisão. Aqui em Cachoeira existem outras igrejas e eu procuro conversar, me aproximar de todos, sem nenhum preconceito. Se eu puder ajudar e se precisar de ajuda eu o farei. Podemos caminhar juntos.

N.T: Fale de sua relação com a Paróquia, como você vê Cachoeira, nesse curto espaço de tempo?

Marcos: O que eu posso dizer de Cachoeira é, que é a comunidade onde eu sempre quis começar o meu trabalho como padre. É o local que eu sempre tive em mente para desenvolver o meu ministério. De modo que me sinto muito feliz por estar aqui, há uma certa identificação com a comunidade.

                O fato da paróquia passar trinta anos sem um padre, ocasiona naturalmente muitas dificuldades. Coisas que precisam ser trabalhadas, atualizadas, conscientizadas. Precisa-se adquirir o senso de comunidade, ser comunidade, viver em comunidade, participar da comunidade. E agora nós estamos tentando fazer isso,. A construção da nossa comunidade só será possível com a disponibilidade de cada um. No sentido de colocar-se a serviço, dentro de sua vocação específica.

N.T: As comissões de obras sempre desempenharam um papel importante na paróquia ao longo desses trinta anos sem um padre residente. O senhor fala de construção no sentido espiritual. Esse não é um trabalho paralelo?

Marcos: Penso que é uma conseqüência. Se tenho uma comunidade organizada, essa mesma comunidade vai se reunir para dotar a paróquia de infra-estrutura, realizando as obras necessárias. Mas tudo a partir de um revigoramento do “ser cristão”, assumindo o batismo, tomando consciência das responsabilidades, assume-se  as construções, quer no campo espiritual, quer no campo material.

N.T: O senhor costuma fazer projetos para o futuro?

Marcos: Desde que cheguei percebi que Cachoeira é uma comunidade carente. Então minha intenção é realizar algo voltado para a valorização do ser humano. Para isso traçamos alguns planos, pretendemos implantar aqui o Ecotismo, Clube das Mães, para , em parceria com a Emater, Sesi promover cursos de trabalhos artesanais bastante diversificados, criando oportunidades para as pessoas crescerem.

N.T: Descreva sua trajetória de Paraíba do Sul até a paróquia de Cachoeira Alegre.

Marcos: Iniciei os meus estudos em Inconfidência, onde fiz o primário. Cursei o segundo grau entre Três Rios e Petrópolis. Depois fui para Rezende – RJ. onde servi no quartel (Agulhas Negras) durante um ano. Prestei vestibular para odontologia, depois estive em Brasília fazendo alguns cursos. Retornei a minha cidade e me dediquei ao comércio, trabalhei num trailer de lanches, numa industria alimentícia ...

N.T: Era o jovem Marcos, buscando seu espaço na tentativa de definir-se profissionalmente?

Marcos: Sim, foi um período de questionamentos, quando Pe. Luiz Raimundo, um italiano, (aquele que me batizou, me acompanhou e toda a minha família) me pediu que eu fosse morar com ele, e eu utilizei esse tempo para melhor refletir. Foram dois anos em sua companhia em Bom Jesus De Matozinhos e de lá saí para o seminário.

N.T: Quando ingressou no seminário?

Marcos: Foi em 1989, quando entrei para o seminário em Petrópolis – RJ. No primeiro ano de filosofia. Lá fiquei durante seis anos. Depois fui para Belo Horizonte, onde conclui os estudos em 1996.

N.T: É grande a expectativa, nessa paróquia, em relação à sua ordenação. Como o senhor vê aproximar esse momento?

Marcos: É um momento de muita expectativa, momento marcante na minha vida, também para minha família, minha comunidade. Tornar-se um ministro de Deus, assumir a vocação na sua plenitude, que é dar Cristo à humanidade, é um momento de muita alegria.

Fernando M. Ribeiro

 

 

SEMEANDO SONHOS: ESCOLINHA DO TUPI F.C.

 

                A amizade é uma ascensão em conjunto, uma marcha à frente, onde só se percebe por que se dá; onde não se procura ter, mas contribuir. Exige esquecimento de si e permanente preocupação com os outros. (Mons. Bougaud)

                Embasado nesse pensamento, surgiu em 02 de Maio de 1997, a Escolinha do Tupi F. C. EM um encontro com seu fundador,  Marcelino Soares Belga, falou com entusiasmo de seu trabalho, ao jornal Novo Tempo.

                 A escolinha reúne meninos de 10 a 12 e de 13 a 15 anos de idade. São ao todo, 70 alunos inscritos, devidamente identificados, divididos em grupos, para facilitar o trabalho do treinador, que nesse caso, dispõe de melhores condições para observar o desempenho e a evolução de cada aluno.

                Esses encontros acontecem duas vezes durante a semana: quarta feira às 16:30 horas e aos domingos a partir das 13:30 horas, quando ele está em contato com toda a turma, dirigindo exercícios físicos e em seguida, treino com bola.

                Marcelino tem com a garotada, uma relação de amizade. Dá conselhos, expõe os problemas, consola, critica, esclarece, fala com familiaridade e tem controle total do grupo. Tem autoridade sem ser autoritário. É líder para alguns, ídolo para outros. É indescritível a alegria da meninada quando a bola começa a rolar, e nos domingos de jogos, a euforia é ainda maior.

                A Escolinha já fez algumas partidas. Enfrentou equipes de Miradouro, que estiveram em Cachoeira, sob o comando do meu incansável amigo Dr. Élcio, que há muito desenvolve esse trabalho naquela cidade. Tendo me hospedado em sua casa certa vez, pude conhecer o poeta e seu trabalho, para tornar os meninos poetas da bola.

                Três equipes vieram de Miradouro e outras três foram formadas com meninos da escolinha de Cachoeira, (dado o grande contingente de garotos) que jogaram entre si. Segundo Marcelino, é sempre um aprendizado, enfrentar equipes bem estruturadas e, a experiência foi bastante positiva. Outros jogos foram realizados com os meninos do Futebol Clube do Porto –Muriaé, em que os garotos de Cachoeira venceram por 4 X 1. Se apresentaram também na cidade de Palma e, estuda-se a possibilidade de um amistoso na cidade de Santo Antonio de Pádua – RJ.

                Dá gosto ver o entusiasmo com que os meninos se dirigem para a escolinha. Porém, na se pode descuidar dos estudas, da freqüência à escola e, essa advertência é feita pelo treinador que dessa forma demonstra sua preocupação; ele que é também representante dos pais e alunos, junto ao colegiado da Escola Estadual Domiciano Cerqueira, onde pretende também inovar, promovendo na entidade uma série de eventos.

Fernando M. Ribeiro

 

 

CARTAS DOS LEITORES   -   CARTAS DOS LEITORES

                Prezado Fernando.

Parabéns por tudo que escreves, a linguagem que você usa, é como bombom “sonho de Valsa”, a gente come com medo, ou melhor, com pena de acabar. Gostei da notícia sobre o diácono Marcos e também sobre as crianças de Cachoeira. Gostaria de saber: são só crianças ou se tem adulto no meio disso? O orelhão foi instalado. Vai durar quanto tempo? Lembrei que tem uma saída; pede as crianças que cuidem do telefone, que dará certo.

Na ultima edição do NT. A reportagem sobre o Rio Guarita, foi muito forte para mim. Ví papai na venda, vi mamãe lecionando. Gozado que só me lembro de um aluno, o Agenor do tio Ovídio. Todo dia ele partia a merenda comigo.

                Foi muito bonito o que você escreveu. Quero parabenizar o Novo Tempo por ter você na equipe desse pequeno e grande jornal. Meu abraço!

José Augusto (Zé Rato) Caratinga – MG.

NOTA DO REDATOR:

É sempre com muita alegria que arquivo suas cartas. Quando as recebo, na Agência de Correios onde trabalho, lá mesmo as leio, vorazmente, pois trazem sempre palavras de incentivo, mas penso que deves também fazer suas críticas, pois elas nos fazem crescer. O jornal é democrático, e democracia é conviver com os opostos, não temas pois, em emitir suas opiniões, escreva sempre.

                “A simplicidade é o ultimo degrau da sabedoria.” (Gibran) Nessa escada, não pisei sequer o primeiro degrau, tenho consciência disso, mas é aí que quero caminhar e atingir o cume, passando por cada um de seus patamares. Sei também que é uma longa escalada, mas caminhar é preciso, por isso, entre os caminhos e descaminhos, vou ensaiando meus primeiros passos. O que faço é escrever com simplicidade, tão somente apenas.

                Dizes que a linguagem é doce, parecida com bombom. Penso que algumas vezes,  esqueço de adicionar açúcar à receita e, o chocolate fica um pouco amargo. E às vezes, até se faz necessário um pouco de acidez, porque o ácido é que dá sensação picante ao olfato ou ao paladar. E nesse papo culinário, o leitor me faz chagar receitas deliciosas que divido com os leitores, como Cachoeira de todos e Cadê essa gente? Que publicamos a seguir:

CADÊ ESSA GENTE?

Cadê o menino da bola de gude,

Que arma arapuca e roda o pião;

Brinca de pique, cavalo de pau,

Joga bola de meia, de pé no chão.

 

Cadê a menina que brinca de roda,

Que canta com as outras:

Ciranda, cirandinha,

Fui no Itororó, o anel da pedra verde,

Terezinha de Jesus e outras modinhas.

 

Cadê a moça que não sai da janela

De beiço pintado, cotovelo calejado,

Sonhando, esperava

Seu príncipe encantado.

 

Cadê a família, que sempre à noitinha,

Sentada, ficava na porta da rua,

E o papo rolava até altas horas

Sob o clarão da lua.

 

Todos em casa, vendo televisão,

Uns no sofá, outros no chão,

De olho na tela.

Visitar alguém? Nem pensar!

Na casa de lá, também é novela!

Dói, mas é verdade.

No campo ou na cidade,

Hoje, só lembranças, tudo virou saudades.

Poesia de José Augusto – Caratinga – MG.

 

 

 

CURTAS E BOAS   --   CURTAS E BOAS

 

COMEMORARAM 26 ANOS DE CASADOS no dia 27 de julho de 1997, José Wilson de Oliveira e Maria Aparecida de Oliveira. Felizes, as filhas Roseli, Rosilaine e Rosana, pedem a Deus que continue abençoando esta união e formulam votos de muitas felicidades ao casal.

 

ANIVERSÁRIO DE JAIR BOUZADA SOARES.

Registramos no dia 15 de julho de 1997 o aniversário do senhor Jair e os 44 Anos de feliz matrimônio, ao lado da Sra. Deuzinha Soares Fernandes. Também aniversário da Sra. Jovem Soares Dias.

                Com motivos de sobra para se comemorar, não perderam tempo; reuniram filhos, netos, genros, noras e amigos, num almoço de comemoração, à Rua Manoel Fernandes Nogueira, em Cachoeira. Votos de felicidades ao casal Jair e Deuzinha e a Sra. (sempre ) Jovem Soares Dias, a quem enviamos também nosso abraço e o nosso carinho da equipe Novo Tempo.

 

RODEADO DO CARINHO DA ESPOSA VERA E DOS FILHOS Maria Carolina Soares, Domiciano Junior e Rafael Luiz, comemorou no dia 29 de julho de 1997, mais um aniversário, o proprietário da Casa do Sitiante, Domiciano Cerqueira de Castro Neto. Junto à esposa e os filhos, nós do Novo Tempo, abraçamos também o amigo e colaborador, enviando-lhes votos de muitas Felicidades!

 

A GINCANA REPERCUTE ATÉ HOJE.

 Num desses sábados em que se está em Cachoeira, em busca de matéria para o jornal, se senta à sombra da Figueira, se vai ao Parque do Flamengo (para ver a turma do vôlei jogar) ou à porta dos bares; percebe-se o quanto a Gincana mexeu com o cachoeirense, com a comunidade.

                Obrigado pelos aplausos e pelas críticas também. Quando verdadeiros, tem para mim, a mesma importância e faz de fato a gente crescer. Plagiando Belchior, eu diria: “Não me peça que eu lhe faça uma canção como se deve; correta, branca, muito limpa, muito leve ... Sons, palavras são navalhas. E eu não posso cantar como convém, sem querer ferir ninguém”.

 

AH! EU TÔ MALUCA!

                Quem se destacou na festa junina do colégio, foram “As Maluquetes”. Vestindo camisas iguais, elas extraíram da cabeça e estamparam no peito, um pensamento bem humorado, que, se não traduz o desejo do grupo, pelo menos era agradável à maioria, que exibia suas camisas com a seguinte proposta: “Porque você não vem com essa fúria louca, me puxa o cabelo e me beija na boca”.

                Agitar é nossa especialidade. Ah, eu to maluca! Diziam as meninas. Então aí está o recado das maluquetes de Cachoeira. Valeu! Um pouco de ousadia não faz mal a ninguém!

 

AGRADECIMENTO

                Chega à redação, uma nota de agradecimento, assinada pela Sra. Helena de Assis. Segundo a nota, o senhor Roberto Bispo dos Santos, residente no Rio de Janeiro, doou para o Posto Médico, em Barão, colete ortopédico para coluna serviçal. Agradecida, a comunidade montealtense te manda um abraço, senhor Roberto.

 

COLORINDO A VIDA DA GAROTADA

                Você já tem uma camisa da Escolinha de Futebol do Tupi F. C.? Não? Então adquira a sua com o Grupo Soares. Belas camisas, de tamanhos diversos, camisas coloridas para colorir a vida da garotada cachoeirense. Participe desse projeto. Conheça o trabalho da Escolinha e vista essa camisa!

 

 

 

   JORNAL NOVO TEMPO – ANO - 03 – NUMERO 15 -  CACHOEIRA ALEGRE - AGOSTO/SETEMBRO - 1997

 

 

SEGUNDO ANIVERSÁRIO DO JORNAL NOVO TEMPO

APONTANDO CAMINHOS

Ao nos prepararmos para essa festa, quero dar uma boa notícia aos nossos leitores. A partir desta edição, o Novo Tempo passa a circular com oito ou mais páginas. Eu não poderia deixar de agradecer a vocês, nossos anunciantes e amigos, todo o apoio que nos deram ao longo desse tempo.

                Este foi um ano especial para o NT. Ao completar seu segundo aniversário, o jornal faz um pit-stop para avaliar seu trabalho. O editor estará de férias em outubro, para um giro pelo eixo Rio-São Paulo, uma visita à Bahia, uma incursão pela cidade de Porto Seguro, Cabrália, Arraial d’Ajuda e Trancoso. Quero buscar um pouco de nossa memória, afinal, foi por essas bandas que teve origem essa história chamada Brasil.  O descanso se faz necessário, mas em meados de novembro estaremos de volta para a Edição de final de ano, preparando-nos para alçar mais uma etapa de vôo, rumo ao ano 2000.

                Sem perder de vista a filosofia cristã, adotada pelo jornal desde sua fundação, a missão prevê uma reavaliação de todos os paradigmas que norteiam as ações efetuadas pelo Novo Tempo. Serão horas de profunda reflexão, para que as decisões a serem tomadas, venham de encontro aos anseios de nossos amigos, leitores e anunciantes, cumprindo, no entanto, nossa missão de informar e prestar serviços.

                Hoje, anunciantes e leitores contam com uma moderna infra estrutura (Jornal de Muriaé, responsável pela produção gráfica) que conta com profissionais selecionados e comprometidos integralmente com o objetivo do Novo Tempo, que é a excelência na qualidade do produto final.

                Assim sendo, ganharão os anunciantes, os leitores, a empresa, porque permitirá o estreitamento das relações com os patrocinadores já tradicionais e a abertura de novas parcerias. Nessa comemoração, é a vocês patrocinadores, que me dirijo, para dizer que por tudo isso, tenho a certeza de que valeu e continua valendo acreditar. Registramos um total de 68 anunciantes, que nestes dois anos, deram suas parcelas de colaboração para que o Novo Tempo pudesse continuar. Veja a relação de nossos colaboradores, na coluna Curtas e Boas.

Fernando M. Ribeiro

               

 

AOS PAIS, NOSSO ABRAÇO

                No segundo domingo de agosto, a sociedade brasileira uni-se para homenagear aos pais. Sempre integrados à vida de sua comunidade, o jornal Novo Tempo se faz presente nesse momento, cumprimentando todos os pais que colaboram para o aperfeiçoamento do mundo, preparando seus filhos para um amanhã de justiça.

                A eles, enviamos um forte abraço, provando nossa confiança em sua capacidade de tão bem desempenhar o papel de pai, que é feito de: compreensão, verdade, afeto, exemplo, justiça, esperança, solidariedade, ética, honestidade e outros valores que norteiam os grandes ideais humanos.

Fernando M. Ribeiro.

 

GOVERNADOR INAUGURA AEROPORTO EM MURIAÉ

                O Governador Eduardo Azeredo e sua comitiva inauguraram no dia 08 de agosto, o Aeroporto Cristiano Ferreira Varela, em Muriaé.

                O novo aeroporto beneficiará Muriaé, com a vinda de grandes indústrias, empresas de renome e ainda, auxiliará no escoamento de mercadorias de confeccionistas, comerciantes, dentre outros profissionais, além de ser estratégico para os empresários que aqui se situam, por terem seus angares localizados em sua própria cidade, facilitando o ir e vir.

                Segundo o prefeito, Carlos Fernando Costa, os industriais que aqui pretendem se instalar, sempre sondam se a cidade possui boas rodovias, ferrovias, linhas aéreas, sistema de saúde, qualidade em educação e probabilidade de crescimento.

                O Aeroporto será o grande incentivador econômico da região, inclusive porque grandes linhas aéreas pretendem se instalar aqui, como a Itapemirim de Camilo Cola e quem sabe a TAM, que já fez conexão com Juiz de Fora.

Fernando M. Ribeiro.

 

LANÇAMENTO DA PEDRA FUNDAMENTAL DA IGREJA DA VILA

                No dia 31 de agosto de 1997, foi celebrada pelo padre Marco Antonio Tavares Motta, a missa que marca o lançamento da pedra fundamental da Igreja católica da Vila Vardiero.  O jornal Novo Tempo se fez presente através de seu editor, fotografando e registrando o fato, ao lado de dezenas de fieis que se reuniram para louvar e agradecer a Deus pelas bênçãos recebidas.

                A comunidade que tem como padroeira Nossa Senhora de Lourdes, se sentiu muito feliz por ver esse tão sonhado projeto começar a desenhar-se e acredita que com o trabalho e dedicação de sua gente, o empreendimento vai tomando formas, que a edificação dessa obra vai estimular e tornar ainda mais unidos os cristãos e, daqui a algum tempo, o sonho tornar-se-á realidade.

                Na foto, a Bênção da Pedra Fundamental pelo Pe. Marcos, assistido pelo seminarista Adilson Neri e senhor Vivalde Vardiero. Nesse local será erguida a Igreja da Vila, consagrada a Nossa Senhora de Lourdes.

Fernando M. Ribeiro

 

FESTA DA VILA E O BELO DESFILE DE CARROS DE BOIS

                Nos dias 25, 26 e 27 de julho, a Vila Vardiero recebeu um número recorde de visitantes, para sua   V Festa do Arroz. Evento esse vem se tornando uma tradição, que tem a iniciativa da comunidade, juntamente com a Escola e conta com o apoio da Prefeitura Municipal.

                Começando com uma bonita Missa, celebrada pelo padre Marcos Antonio, a festa que homenageia o agricultor, teve ainda como atrações o desfile das Escolas Municipais João Marques e Reduto, com a presença da Fanfarra da Escola Domiciano Cerqueira de Cachoeira Alegre, brincadeiras e premiações para as crianças, partidas de futebol, desfile de carros de bois, cavalgada com o Clube do Cavalo Rural da Vila Vardiero, quadrilas, barracas, rodeios, bailes de forró e no sábado, show-baile com a Banda Ênfase, que agitou a galera.

Na foto: Desfile de carros de bois com as imagens dos santos e santas padroeiras de cada comunidade.

Fernando M. Ribeiro

 

 

 

A CRUZ É ESCADA PARA O CÉU

                O ano era 1966, foram dias de agosto e de setembro; mais precisamente de 26 de agosto a 04 de setembro que o missionário esteve aqui, na Paróquia de São Sebastião. O Padre Alfredo Rueda – Jesuita – missionário, pregou durante dez dias, em Cachoeira Alegre, as Santas Missões.

Foram dias muito importantes, de grande crescimento espiritual para todos os paroquianos. Dias de em que recebemos orientações acerca de nossa igreja, nossa religião, nosso compromisso de cristãos, nosso comprometimento com a paróquia. À luz da Palavra, o missionário nos exortava. Com as Sagradas Escrituras, ele acolheu as centenas de ovelhas que o padre Nonato deixara no aprisco e  atraiu dezenas delas, que estavam dispersas, para o seu rebanho.

Reuniu com os casais, com os jovens, com as crianças. Atendendo confissões, catequizando, celebrando, o padre nos proporcionou encontros inesquecíveis, experiências ricas de oração, uma proximidade, uma união íntima com Jesus, através do Sacramento da Eucaristia.

O menino de calças curtas, não fizera ainda dez anos e seguia com o irmão e outros garotos, para a catequese, na Matriz, onde o missionário, Alfredo os aguardava e tinha nas mãos, um aparelho sonoro, que a meninada nunca vira antes. Era um gravador, um toca-fitas portátil, onde ele gravava as nossas cantigas e as reproduzia, logo depois, deixando-nos atônitos, com aquilo. Havia muito marmanjo que também não conhecia o aparelho, mas era com a criançada que a caixinha que falava fazia sucesso. A caixa canta sozinha, quantas vezes quiser. Posso estar cá fora e ela está cantando, lá dentro da igreja. Ela imita tudo o que eu falo. Diziam uns para os outros, encantados.

Tudo aquilo deslumbrava o menino: a figura de Jesus, a igreja e seus belos altares, a sonoridade  do harmônio, o coral e as músicas em latim, o repicar dos sinos, a banda de música, as coroações a Nossa Senhora, mas aquele aparelho que repetia tudo o que falávamos era algo que o intrigava. No encontro do dia seguinte, a ansiedade pulsava no interior daquela criança. Um grande sonho encenava-se no teatro de suas emoções, dava vontade correr pela igreja, subir na torre. Mas não podia arredar o pé dali, o padre era rígido e não permitia que ninguém saísse sem a sua autorização. Como explicar aquelas crianças cantando na caixinha, se todos tínhamos a boca fechada? Uns sentiam palpitações, outros ficavam ofegantes e ainda outros transpiravam.

O menino assistira também ao longo daqueles dias, um homem (ou seriam dois?) a lavrar, com o seu machado, uma peça enorme de madeira. A essa madeira ele deu formas e, por ultimo, ele tinha nas mãos uma lata de tinta e pintava de branco essa peça , que ele transformara numa grande cruz. Era a Cruz das Missões.

O menino que não tinha ainda dez anos, é esse que agora vos fala, através desse informativo. E esse menino me acompanha até hoje. Agora por exemplo ele está a ouvir uma daquelas cantigas: “Se você no céu, conseguir chegar, arranje um lugarzinho pra eu também morar. Se você do inferno se escapulir, rogue a Deus por mim, para eu não cair. Não se compra o céu, nem por um milhão, lá só pode entrar, quem é bom cristão. E assim, sem entender, ele vai descendo as escadas da igreja enquanto lá dentro, a caixinha mágica repete o que ele a pouco cantara.  Essa fita cassete está gravada na mente de muitos meninos daquela época e de vez em quando, eles também devem ouvir as cantigas.

No dia 04 de setembro, uma multidão de fiéis, tomou nas mãos a enorme cruz de madeira. Enquanto a Banda de música executava: “Bendita e louvada seja . . .” , os homens, como que um formigueiro humano, subiam o Morro íngreme, sem trilhas, conduzindo a pesada cruz, - que algumas juntas de bois teriam dificuldades de arrastá-la – até o cume do Morro do Ipiranga. Lá, no alto desse monte, ela foi fixada, sob os olhares de tantos paroquianos que indagavam uns dos outros: como chegaram até aqui? Não é que conseguiram colocá-la de pé? Quanto tempo ela ficará aí?

                A partir daí, tornou-se um hábito visitar o local para orações e penitências. Mais de trinta anos depois, a Cruz permanece no Alto do Monte. Ela está lá, de braços abertos, como guardiã de nossa cidade. E como acontece nos anos anteriores, do dia 04 ao dia 14 de setembro as visitas são mais freqüentes.

                VISITE O CRUZEIRO, FAÇA SUAS ORAÇÕES E GANHE INDULGÊNCIAS.

No dia 14 de setembro, as 16:00 horas, dezenas de fieis subiram ao Morro do Ipiranga, se concentraram ao redor do madeiro, para exaltar a Santa Cruz. Padre Marcos, celebrou o louvor maior, a Santa Eucaristia, e aos pés da cruz, todos puderam refletir com São Francisco de Sales: “Que fazia Jesus, no abandono da Cruz? Sofria e se oferecia. E salvava o mundo. Os caminhos de Deus não mudaram.”

A cruz é escada para o céu. (Cura D’ars) Por isso, o cristão consciente, ao final da celebração, juntava a sua voz às vozes do coral para cantar e cantará para todo o sempre: “E nós também cá na terra, louvemos a Santa Cruz”.

Fernando M. Ribeiro.

 

AO CAIR DA TARDE

É maravilhoso estar aqui nesse monte,

Quando ao cair da tarde,

O sol se perde no horizonte

E a noite chega, sem alarde.

 

A cantiga dos pássaros que aqui vem cantar,

É contagiante.

As árvores os acolhe, felizes

E se abraçam, triunfantes.

À noite, estão aqui, as estrelas mais brilhantes.

Nesse recinto sublime, onde o silêncio é reinante,

A brisa suave, constante,

De uma paz desmedida, comunga o caminhante.

 

O silêncio aqui me seduz,

Mais alguns passos, se abrem

Meus braços, para um facho de luz.

Para envolver num abraço,

Para apertá-lo ao meu peito,

O lenho da Santa Cruz.

 

Sorrindo, um sorriso que é de luz,

Amor e serenidade,

Um encanto sagrado,

Quedei-me aos pés dessa cruz,

Que me faz renascer do pecado.

E com os olhos semicerrados,

Percebi que mais que sonho,

Era realidade.

Olhei a Cruz que guarda minha cidade,

E exclamei entre alegria e felicidade,

Num murmúrio quase calado:

“Glória a Deus nas alturas

E paz na terra aos homens por ELE amados!”

Fernando Mauro Ribeiro. (04-07-1984)

 

 

 

 

AGOSTO, MÊS DO FOLCLORE. QUAL É A PROGRAMAÇÃO?

                A Comissão Mineira do Folclore elaborou uma extensa programação com exposição de cartazes, filmes, bibliotecas, Curso Básico de Folclore para educadores da Rede Municipal de Belo Horizonte. Um primor a programação, com um cardápio cultural riquíssimo.

                Porém, distantes como estamos da capital, fica difícil o acesso a esses eventos. Contudo, a Secretaria de Esporte, arte e cultura do município, poderia, numa parceria com a Escola Domiciano Cerqueira, promover a apresentação de grupos de danças folclóricas, grupos de capoeira, o Mineiro-Pau com o Boi pintadinho e as mulinhas, com o intuito de resgatar e preservar nosso folclore, nossa história.

                Onde anda o Mineiro pau de Cachoeira? Onde estão nossas crianças, nossos jovens? Onde estão os vereadores, nossos representantes? O que eles propuseram, o que fizeram? Já não temos mais os sanfoneiros ou acordeonistas, a literatura de cordel está se perdendo, já não se ouve mais as décimas dos cantadores às portas da venda do senhor Joaquim Ribeiro. Por onde andam nossos músicos e os grupos de teatro, de dança? Nossas crianças não cantam mais as cantigas de roda ...

                A continuar assim, a permanecer nesse descaso, dentro de pouco tempo não teremos mais, nem  mesmo as folias de reis, as danças de quadrilhas, casamento do jeca, o Mineiro-pau, o Bloco dos Esfarrapados nos carnavais e outras manifestações populares tão ricas quanto belas que nossos antepassados nos ensinaram.

 Façam alguma coisa, senhores vereadores. Diretores e professores da Rede de Ensino,  proponham a esses senhores que nos representam através de nosso voto, um trabalho de resgate de nossa história, algo que faça com que recuperemos nossas memórias. Temos uma identidade: “somos uma Cachoeira Alegre” a sociedade quando solicitada, participa e, um povo não pode  esquecer sua origem, ignorar suas raízes, um povo não vive sem sua história.

Fernando M. Ribeiro.

 

 

CACHOEIRA ALEGRE REZA O TERÇO MISSIONÁRIO

                Em Cachoeira, a comunidade está se reunindo para rezar o Terço Missionário nas casas. O primeiro encontro se deu no dia primeiro de setembro, quando  reunidos na Igreja-matriz, os fieis saíram em procissão, com a imagem de Nossa Senhora Aparecida, que percorrendo a Rua Souza Aguiar e Dr. Francisco Luiz Bouzada, chegaram à residência do senhor Francisco Raposo de Medeiros, onde rezaram o terço.

                “ Sedes alegres na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração”. (Rom. 12.12)  Assim o povo de Deus pretende estender seus louvores e suas orações, em toda a extensão da Avenida Antonio Fani e demais ruas, visitando todas as casas da comunidade, até retornar à Matriz São Sebastião.

Fernando M. Ribeiro.

 

ROBERTO ROCHA ENTREGA NOVO POSTO DE SAÚDE PARA CACHOEIRA

                O Prefeito Roberto Rocha, entregou à população de Cachoeira Alegre, as novas instalações do Posto de Saúde. Foi feita uma reforma total, onde funcionava o antigo posto, recuperando o gabinete dentário,, construindo novas salas e ainda adquirindo móveis como camas, armários, geladeira, televisão, vídeo cassete, balanças e medicamentos.

                Roberto disse que encontrou o prédio do posto em estado precário, com infiltrações nas paredes e teto e, que a obra, visa sobretudo, melhorar as condições de higiene e proporcionar um atendimento médico de qualidade à população.

 Estiveram presentes à festa de inauguração, prestigiando e agradecendo ao prefeito, dezenas de moradores de Cachoeira Alegre, zona rural, representantes da Policia Militar e vereadores.

Fernando M. Ribeiro

 

DOIS OLHARES, DOIS QUERERES

Um toque, um truque, um tom,

Um piscar de olhos,

Um drink, o garçon.

Um sorriso, os copos, o som,

Um contato, os corpos, frisson.

Fantasia incendeia os sentidos,

A música, o sussurrar nos ouvidos  . . .

 . . . é tão bom!

As cores, a luz (neon),

O fato, o foco  . . .

Topo!

Um passo, a mão, o braço,

O abraço. Entrelaço,

O compasso, o prazer  . . .

O brilho, o aço (no espelho de seus olhos)

O suor, o aprender

E o saber de cor.

O espaço . . .

E tudo se faz silêncio ao redor.

Fernando Mauro Ribeiro (18-02-1995)

 

 

 

CACHOEIRA, UM CELEIRO DE CRAQUES

                O TUPI F. C. vem desenvolvendo um a boa campanha no campeonato Divisão, onde ocupa a segunda posição da chave B. Isso, contudo, não acontece por acaso. É fruto de uma organização.  Nós, cachoeirenses estamos orgulhosos de vocês. É um time formado por jogadores  de Cachoeira, que correm, molham a camisa, se empenham o tempo todo para nos proporcionar alegrias.

                Sem o apoio dos patrocinadores, o sucesso não aconteceria. Montar um time e participar de uma competição exige disciplina e dinheiro. As despesas são grandes, mas é grande também o número de nossos patrocinadores. Isso, de certa forma, viabiliza o nosso trabalho, disse um dos articuladores do tupi.

                O papel do Novo Tempo é além de informar, divertir, reivindicar, questionar e contribuir promovendo ações sociais e culturais. Nós apostamos no projeto e por isso divulgamos os nomes dos colaboradores, a quem agradecemos em nome da torcida alvinegra.

Nosso muito obrigado: Mercearia e Açougue do Primo; Mercearia Irmãos Nery; Panificadora Pais e Filhos; Mister Pão (Ivan Lacerda Soares) Açougue do Povo, Sra. Irma Balbino dos Santos; Fazenda Irmãos Rocha; Consórcio Ponta (Beto Brasília) Mercearia São José (Joaquim Ribeiro) Mercadinho Santa Helena; Dr. Luiz Carlos Furlani; Papelaria Naudina; Vereadores José Olimpio, Ademir Soares (Mica) e Lucineia Rocha.

                Torcedor, você deve tornar-se o camisa 12 do nosso time, o tupi, que representa Cachoeira Alegre. Desça o morro, venha da zona rural, saia de sua casa, de seu comodismo, desligue o seu televisor, tome sua bandeira, compareça aos jogos e faça com sua alegria, de cada confronto, de cada partida uma festa.

Fernando M. Ribeiro

 

MURIAÉ TEM UMA CAMPEÃ MUNDIAL

                KÁTIA Pedrosa Vieira, filha de Célia Pedrosa Vieira e Antonio Marcos Vieira. Ela tem 17 anos, mede 1,85 m de altura, é campeã mundial de voleibol. Aos 14 anos a menina iniciou sua carreira no time de vôlei do MTC Muriaé Tênis Clube, depois jogou pelo time da Escola São Paulo.

                Hoje, a atleta tem um currículo invejável e sagrou-se campeã mundial recentemente, no  V Campeonato Mundial de Seleções de Voleibol/1997, na Tailândia. Parabéns à campeã Kátia e também aos seus pais, que orgulhosos, falaram  ao editor desse informativo da trajetória vitoriosa da atleta.

Fernando M. Ribeiro

 

PREFEITURA ASSINA CONVÊNIO COM A COPASA

                A Prefeitura Municipal de Barão do Monte Alto, já assinou convênio com a Copasa, para tratamento da água servida à população de cachoeira Alegre, Silveira Carvalho e Vila Vardiero.

                Em todas essas localidades já foram feitos levantamentos e em Cachoeira Alegre será necessária a construção de mais um reservatório, no Morro do Ipiranga, (onde está localizado o Cruzeiro) para atender aos consumidores, já que o existente, não comporta a demanda.

                Parabéns ao prefeito Roberto Rocha pelos esforços empreendidos nesse projeto, e que foram contemplados com a assinatura desse convênio que solucionará de vez o crônico problema de abastecimento de água nos dois distritos e vila Vardiero. A população de Cachoeira, Silveira e Vila Vardiero, agradece.

Fernando M. Ribeiro

 

CARTAS DOS 1997  -  CARTAS DOS LEITORES

PARABÉNS AO JORNAL NO SEU SEGUNDO ANIVERSÁRIO

                Muitos desprezam os sonhadores, muitos chegam a ter pena dos visionários, mas a grande conquista que comemoramos, neste dia, confirma a grande verdade:  “O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza de seus sonhos. Alguém acreditou na beleza de seu sonho e aí está este belíssimo jornal, totalmente integrado à realidade do Município, graças à sua fé, esperança e determinação. Alguém já disse que fé é acreditar, é ter certeza de algo que não estamos vendo, mas esperamos.

                Fé não se mede, mas avalia-se, observa-se e, é o que eu fiz. Conheço sua coragem, seu querer, sua busca ...  O desejo de muito fazer um jornal em Cachoeira Alegre. Quando procurava  por toda a Cachoeira Alegre, alguém que correspondesse às suas expectativas, tinha sempre diante de seus olhos e mente, a idealização de algo, que,  nós, povo queríamos.

                Mas há muito foi dito que a esperança é a âncora que nos sustenta até a vitória final. Sim. Hora alguma, na busca incessante desse projeto perdeu a esperança. Nem a falta de recursos, nem as palavras de desânimo  . . . nada abalou sua esperança. Já na primeira edição, ele disse: “ O ato de criar requer tempo, concentração, silêncio ...  mas não estou só, pois este jornal é seu, não sou seu único proprietário, nem vou escrevê-lo sozinho. Ele te pertence e você é responsável pela sua composição.”

                Foi pensando nisso que decidi escrever para dar os Parabéns ao Novo Tempo, quando ele completa dois anos de serviços prestados a nossa gente. Fazer um jornal não é coisa fácil, dá trabalho, exige responsabilidade com o que se escreve. Nunca ajudei ao jornal mandando notícias, mas não podia deixar de dizer a vocês: Muito Obrigado!

Antonio José C. Mattos -   Rio de Janeiro – RJ.

NOTA DO EDITOR:

Nós do Novo Tempo ficamos felizes com o sentimento de carinho e a demonstração de gratidão  expressas, pelo nosso trabalho. De fato são dois anos de um trabalho realizado com muito amor.

 

 

NOVO TEMPO: ORGULHO DE NOSSO MUNICÍPIO

                O jornal é o marco de um Novo Tempo no município. Não é sonho, não é projeto, mas realidade. Numa entrevista à Rádio Muriaé – AM em setembro de 1995, quando o DJ perguntava como sobrevive o jornal, ele dizia dentre outras coisas que é um trabalho a ser realizado em equipe. E você, eu, nós, o que fizemos até então? O tempo passou é setembro de 1997, o jornal está comemorando seu segundo aniversário e ninguém articulou, ninguém escreveu, manifestou, participou. Em caso de extinção do informativo, lamentar-se depois não vai te redimir.

                Quero ver sangue novo nas veias dessa Cachoeira. Lembro que contatos foram feitos com os clubes e seus representantes, tentativas também foram feitas na área da educação, buscou-se parceria com o setor de saúde, a prefeitura Municipal foi acionada, o Executivo e o Legislativo.

Numa reunião da Câmara, em 12 de dezembro de 1995, o editor colocou mais uma vez o jornal a disposição da casa ...  Nada disseram. Emudeceram-se! Será que nada acontece nesses setores? Ou acontece algo que não deve ser noticiado? Porque essa indiferença? Porque tanta má vontade?  Não lamente depois, não tente justificar seu comodismo, seja verdadeiro pelo menos consigo mesmo. Bata no peito e diga: a culpa é minha! O Novo Tempo já não existe mais, consegui o que queria.  Se preferires, sorria, gargalhe, mas num futuro próximo podes ouvir o eco de sua própria gargalhada.

                Se você quiser pode continuar no seu anonimato, nesse seu marasmo, dizendo para si mesmo: “Pelo menos não temos que nos preocupar com um jornalzinho que cobra de nós o tempo todo, ação.” Porém para os acomodados, desculpe-me incomodá-los, mas o Novo Tempo está aí e se Deus quiser, vai comemorar muitos aniversários.

A quem se deve essa vitória? O segredo dessa conquista tem nome: DETERMINAÇÃO. De nada adiantaria sonhar. De nada adiantaria acreditar, se não houvesse essa garra, fé, essa paixão, esse amor que faz pulsar um coração cachoeirense, na busca incessante da concretização de seus sonhos.

Caro editor, a alegria que vês na face de centenas de leitores, é o reconhecimento de seu trabalho, é sua a vitória. É preciso que esse amor pela terra, persista e estejas certo: “Esse jornal já é o orgulho do município.” Que Deus te abençoe!

Meu nome é ...  Mas gostaria que não revelasse. Sou alguém que assim como você, ama Cachoeira, tenho todos os exemplares do jornal e observo o pouco caso dos setores que dificultam o trabalho do jornal ao negarem informações, comprometendo nossa história e isso é imperdoável.

NOTA DO EDITOR:

O Jornal não publica nenhuma matéria não assinada. Como você assinou e a carta está em nossos arquivos, aí está o seu recado. O jornal agradece suas palavras, respeita sua opinião e atende seu pedido não revelando seu nome.

 

 

VÁ EM FRENTE

                Alô Fernando Mauro Ribeiro

                Venho através destas linhas para parabenizá-lo pelo seu excelente trabalho de jornalista. Você é uma pessoa admirável, sempre firme em suas decisões. Lutou e conseguiu, admiro seu talento, sua capacidade. Você está de parabéns! Vá em frente e que Deus te ilumine, sempre. Abraços da sua prima Maria de Lurdes Ribeiro Delgado.

                Fernando, eu gostaria de mandar uma homenagem ao Padre Marco Antonio, através do seu jornal, se for possível:  “Padre Marco Antonio, eu sei que no dia que o senhor celebrar a primeira Missa, sentirá no rosto de cada um a alegria, a felicidade por saber que têm um pastor por eles, principalmente nós, de Cachoeira Alegre. Porque é assim a vocação sacerdotal.

É ter a consciência da missão que vem do próprio Cristo. Fazer as pessoas mais cheias de vida, distribuir o bem-querer de Deus. Abençoar, servir, conscientizar, perdoar, encaminhar, ensinar, orientar, dar bons exemplos, ser alegre, sereno, pacífico, ser o portador da mensagem de Deus, para as pessoas.

                Quem faz a vontade de Deus, tem tudo isso em seu coração. Seja feliz, padre Marco Antonio e nos abençoe.

Maria de Lurdes Ribeiro Delgado – Rua Independência – Muriaé  -  MG.

NOTA DO REDATOR:

Prezada amiga, vocês que me escrevem, falam, telefonam, mandam recados (porque jornal no interior é assim mesmo; com recados e bilhetes) incentivando-me a prosseguir com essa missão que assumi, no campo das comunicações, fazem parte da história , porque de alguma forma, estão presentes lá onde se faz a história do homem. E a história do homem moderno é escrita, em grande parte, pela imprensa escrita, falada e televisada.

                Creio no valor do jornal. Como cidadão, sinto-me um pouco responsável pela sociedade na qual me acho inserido.

                Quanto ao comportamento dos paroquianos no dia da primeira Missa, era perceptível: uma grande expectativa, mas muito maior era a alegria estampada no rosto de cada um.  Se padre Marcos percebeu, não sei! Ele poderá dizer. Faça-nos uma visita. Um abraço.

 

ESSES JOGARAM BOLA

                Quero agradecer  atenção que o jornal tem me dispensado e na oportunidade, envio mais um recadinho. “Por volta de 1942 a 1945, os jogadores do tupi, eram os seguintes: Bicas, Gerldo Fani, Zé Culau, Pingo, Amaral, Cadágua,  Juca (mestiço) Janir, Luizinho, Getúlio, Chiquito, Carlindo da Cassiana, Milton, Juquita, Periá, Agenor, Argemiro, Antonio Alexandre, Buca, João Dorico, Zé Ciette, Pedrinho Mansur, Vinha, Miguel. Esses são apenas alguns.Depois vieram Paulinho, Guilherme, Marinho, Zequita. O treinador era Sebastião Capanga, que também apitava, quando o jogo era no campo do adversário.

                Contar a história de Cada um, descrever a suas jogadas seria difícil. Todavia, o melhor deles, sem dúvidas, foi o Luizinho Dias, alguém por certo concordará comigo. Noutra oportunidade andarei a relação dos pernas-de-pau.

                Estive aí dia primeiro de novembro de 1996 e assisti o clássico Flamengo e Tupi, o jogo terminou empatado e parece que o Tupi ganhou o troféu, mas não vi a cobrança dos pênaltis. Em caso de empate o troféu pertence ao Tupi? Segue essa foto do Tupi F.C. dos anos 40.

José Augusto Soares (Zé Rato) - Caratinga  -  MG.

NOTA DO REDATOR:

                Estamos aguardando a relação dos pernas-de-pau. Os craques, com certeza estarão felizes por serem lembrados pelo ilustre torcedor. A qualidade da foto não permitiu reprodução, por isso não a estampei no jornal, porém, ela poderá ser admirada numa exposição permanente que pretendo fazer futuramente e montá-la no segundo pavimento do Museu de Arte Sacra.

                Sua pergunta em relação ao troféu Garra Cachoeirense é bastante pertinente, vou dar um destaque a esse fato, para que outros torcedores sejam também beneficiados com esses esclarecimentos.

 

BASTA RESPEITAR O REGULAMENTO

                Quanto ao troféu Garra Cachoeirense, ele não pertence ao Tupi. Existe um regulamento que os organizadores conhecem, ou pelo menos deveriam conhecer e que deve ser cumprido. Essa competição era uma das coisas mais bonitas que aconteciam em cachoeira e que os homens de má fé conseguiram acabar.                                                                                             Tenho uma cópia do Estatuto que rege a competição, assinada por aqueles que elaboraram o regulamento e são os idealizadores do evento. São eles: Renato Wilson Rogel Ribeiro Olavo Carlos dos Santos Filho, Antonio José Ribeiro, Geraldo Anastácio e Fernando Mauro Ribeiro.

                Em poder de Domiciano Cerqueira, estão as súmulas dos jogos e um livro com registros da competição, desde a primeira partida. Vale a pena fazer uma consulta. Eu, particularmente, ainda acredito no bom senso daqueles que com seriedade, promovem o esporte no município. Penso que de forma civilizada pode se rever os estatutos e se chegar a uma conclusão. Do contrário, quem sai perdendo é o cachoeirense, que se vê privado desse grande espetáculo. O diálogo é o caminho mais eficaz para se chegar a algum lugar.

O Editor

 

UMA BELA MISSÃO

                Meu caro Fernando, um abraço.

                Recebi sua gentil correspondência e agradeço pelo envio do Jornal Novo Tempo. Continue informamdo. É uma bela missão  . . . Gostaria de receber uma visita sua. O tempo passa e é bom revê-lo. Um abraço e aguardo suas notícias.

Grato.

Prof. Wantuil Teodoro Ribeiro

Advogdo OAB 7069 – MG.

Rua Des. Canêdo, 215 – Centro – Muriaé – MG.

NOTA DO REDATOR:

Professor, continuarás recebendo o Novo Tempo, pois tê-lo como leitor, é algo que faz-me envaidecido. Quanto à visita, ela acontecerá. Dissestes vós: Continue informando, é uma bela missão . . . Penso que todos temos uma missão a cumprir: um quebrador de pedras, humilde e honesto, por exemplo, vale mais que um escritor premiado em concursos, mas cuja obra corrompe as almas. Por isso, “o trabalho deve ser concebido e vivido como vocação e missão, como tributo à civilização humana”. (João XXIII)

                O Novo tempo é um jornal pequeno que se torna grande, com a força de suas palavras. É essa força que o impulsiona a navegar, nas águas, às vezes turbulentas dessa cachoeira Alegre. Obrigado pelo estímulo!

Um grande abraço.

 

NOVO TEMPO, PARABÉNS PELA VALIOSA CONTRIBUIÇÃO

                Prezado amigo Fernando Mauro Ribeiro.

                Ficamos deveras honrados pela lembrança do amigo jornalista, enviando-nos alguns exemplares do Novo Tempo, periódico muito bem estruturado e dirigido. Sentimi-nos recompensados e gratificados.

                Em outra oportunidade lhes mandarei notícias da Apac, que é uma instituição filantrópica, objetivando recuperar o presidiário através do trabalho e da oração. Mister se faz que a sociedade estendesse a mãos para estes irmãos que se desviaram da LUZ. Mas  . . .

                Colocamo-nos à sua inteira disposição e em breve nos encontraremos para um bate papo sadio e proveitoso.

                Aproveitamos a oportunidade para cumprimentá-lo pela valiosa contribuição prestada à sociedade, colocando acima de tudo os interesses da maioria.

Respeitosamente,

Dr. João Baptista Areal – Advogado  - (05-08-1997)

NOTA DO REDATOR:

Caro amigo, Dr. João Baptista Areal.

Suas palavras encheram-me de alegrias. Existem almas que Deus criou mais fortes, para que outras nelas possam apoiar-se. É muito bom saber que posso contar com o amigo.

                Em relação à Apac, o senhor diz da necessidade de se dar as mãos  . . . Se a sociedade entendesse que todo cristão deve ser apóstolo e que isso não é conselho, mas mandamento, e mandamento da caridade, com certeza haveria mais justiça.

Digo isso, porque como o Mons. Julien, acredito que a caridade não é feita para obstruir o caminho da justiça, mas para facilitar-lhe a rota e servi-lhe de arremate.Continue trabalhando, levando esperança àqueles, que tendo desviado da Luz, já não a têm.

Um abraço!

 

NOVO TEMPO: NOSSO ORGULHO

                Alô Novo Tempo, como você nos alegrou com o seu nascimento! Nós, cachoeirenses, ficamos orgulhosos de você, nosso Jornal. Nosso e muitos outros, porque você circula em várias cidades e estados onde residem muitos cachoeirenses. Todos gostam muito de você, porque você transmite verdades e suas notícias faz diminuir a saudade da terra natal, por isso, você não pode parar!

                Quando você chega em minhas mãos, é com muito carinho que o recebo. Você faz parte de nossa comunidade, você veio para ficar, para mim, meus filhos, meus netos, bisnetos ... Eu te amo! Por isso, não esqueço de agradecer a Deus por você existir! Obrigada e felicidades no seu segundo aniversário, com um grande abraço de sua leitora.

Maria Helena de Oliveira Rodrigues -  Cachoeira Alegre – MG.

NOTA DO REDATOR:

Helena, esposa de Antonio de Assis é membro atuante na Igreja Matriz São Sebastião de Cachoeira Alegre. É querida de todos e tem um carinho grande pelo Novo Tempo. Obrigado pelas palavras de estímulo. Nossa equipe agradece. 

 

GOSTO MUITO DESSE INFORMATIVO

Caro Fernando.

Fiquei feliz que tenhas publicado minha carta. E por falar em publicação, o senhor não pensa em publicar um livro, reunindo a história de Cachoeira? Gosto muito desse informativo que circula em Cachoeira Alegre e região e, às vezes chega até a mim. Gostaria de saber, como repercutiu a matéria que o senhor fez, na edição número 12,  um assunto bastante polêmico, que está relacionado às crianças de Cachoeira Alegre, cujo titulo é: “Há alguma coisa errada por aqui.” Essa situação é preocupante, realmente.

Virgílio Gomes Amorim – Rua Sete de Setembro

Triângulo – Carangola – MG.

NOTA DO REDATOR:

Senhor Virgílio, foi grande a repercussão em relação a referida matéria. O Cabo do Sub-Destacamento da 76ª-  Cia de Polícia, Sr. Edson Pinheiro de Souza, procurou o jornal para comunicar que estava realizando um trabalho nesse sentido e, que a partir de então, vai intensificar suas ações na entrada e saída dos alunos.

                O Colégio faz sua parte, mas não soube de nenhuma iniciativa no sentido de se buscar solução para o caso. Se houve  por parte da Prefeitura alguma preocupação, ela não foi além de seu gabinete, pois não houve nenhuma manifestação.

                A comunidade comentou muito o assunto, mas o problema tem que ser discutido com seriedade  . . . Nada se fez de concreto. Falei do problema com um amigo psicólogo, e da possibilidade de se fazer um trabalho lá, ele se colocou a disposição. Pensei conversar com os diretores da escola, cheguei a ligar para a inspetora de alunos (em Muriaé) mas nada ficou definido e as coisas não saíram do campo das hipóteses.

                O senhor pergunta sobre a possibilidade de se publicar um livro reunindo os capítulos de “Um passeio pela história de Cachoeira”. Fiz um documentário, em 1993, um filme (curta metragem) em fita de VHS, com esse título, para contar a história da terrinha. O objetivo parece ter sido atingido, pois foi exibido nas escolas e os comentários foram muito positivos.

                A idéia do livro existe. Mas esbarra sempre no problema financeiro e outras dificuldades que se tem para editar. Estive na Bienal do Livro, no Rio de Janeiro, na tarde de 24 de agosto de 1997. É um mundo mágico, uma imensidão de títulos expostos, autores famosos ou não autografando suas obras, atrizes consagradas (Cássia Kiss, por exemplo) declamando poesias . . . Foram horas inesquecíveis.

                Depois de percorrer  todo o espaço, de passar pelas dezenas de stands, indaguei de mim mesmo: Por que o brasileiro lê tão pouco? Não será por falta de estímulos das escolas, das prefeituras? Por que não se realizar aqui uma espécie de Feira do Livro?

Nosso Abraço.

 

FILHO DE JOAQUIM, NETO DE MARIO RIBEIRO, SOBRINHO DE ULISSES RIBEIRO

                Ao acusar o recebimento do Novo Tempo, do ultimo mês de julho, quero agradecer a gentileza de me conservar sempre a par das ultimas notícias da nossa querida terra natal. Gostaria de saber a origem de seu sobrenome ribeiro, de cachoeira Alegre.

                Aqui esteve a passeio, um casal de Muriaé que me certificou sua filiação como sendo do Joaquim Ribeiro, da família do Ulysses Ribeiro, família de quem fui muito amigo, desde o senhor Mario Ribeiro, Edson Ribeiro, Aurora Ribeiro, Dona Isabel, Cinira  e tantos outros da família.

                Como é bom a gente ter notícias todo mês da terra natal! A sensação é agradabilíssima, recordando o passado e acompanhando o progresso, principalmente nessa época  em que o progresso anda passando por aí. Pelo que estou entendendo, Cachoeira Alegre ficou como Distrito Administrativo de Barão do Monte Alto e Judiciário de Palma? Gostaria também que além das notícias veiculadas pelo jornal, você jogasse um bilhetinho com as suas notícias pessoais, ta? Sem outro particular, sirvo-me do ensejo para apresentar-lhe as minhas  cordiais saudações.

Américo Vermelho – Apucarana – PA.

 

NOTA DO REDATOR:

Senhor Américo.

Sempre que recebo suas cartas, as leio seguidas vezes, atento às palavras, permitindo que elas penetrem o mais possível minha alma. Porque às vezes penso, que ando depressa demais, sem ver as paisagens da vida e sem olhar para os homens que, ao longo da estrada nos estendem a mão.

                Obrigado pelo carinho de estar sempre em contato. Esse seu gesto é muito significativo. Nunca nos vimos, nunca um aperto de mãos, mas posso senti-lo; é como se eu o ouvisse dizer: vá, o caminho é esse! Quisera dispor de mais tempo para me corresponder com o senhor. Aliás, essa é a sua proposta, NE?  Mas enquanto isso não acontece, o Novo Tempo será esse elo.

                Seu informante está correto, sou exatamente um desses Ribeiro, filho de Joaquim Ribeiro e Zuleica Rogel Ribeiro, neto de Mario Ribeiro, sobrinho-neto de Ulysses Ribeiro, Eurico Ribeiro, Edson Ribeiro, Aurora Ribeiro, Isabel, Cinira e outros. Sou sim, um desses Ribeiro, o filho do seu Joaquim. Sou apenas um, na rua (entregando cartas) no mundo, na vida; rodeado dos amigos . . . Com meus erros e acertos, mas alguém que busca dentro dos seus limites, fazer eco ao pedido do Mestre: “Amai-vos uns aos outros”. Mesmo porque, onde não há amor, não há ação, nem vida. Continue escrevendo. Um grande abraço!

 

 

 

UMA FESTA NA DIOCESE DE LEOPOLDINA: ORDENAÇÃO DE QUATRO PADRES

                Como o Novo tempo noticiou em sua 15ª- Edição, aconteceu na tarde de 03 de agosto a cerimônia de concelebração Eucarística, ministrada pelo Arcebispo Metropolitano de pouso Alegre, Dom Ricardo Pedro Chaves Pinto.

                As arquibancadas e a quadra do CIC (Ginásio Poliesportivo) na Praça Dom Helvécio, em Leopoldina, foram totalmente tomadas, pela multidão de fieis, que se deslocaram de suas comunidades para tomar parte no evento.

                Da Paróquia de Cachoeira Alegre, além de carros particulares, o povo se organizou em caravanas – foram seis ônibus – para levar o seu abraço ao padre Marcos Antonio Tavares Motta, que já vem atuando na Matriz São Sebastião, onde esperamos que ele a  assuma como pároco. Outros três jovens também se ordenaram e receberam o carinho de seus paroquianos.

                São eles: Padre Marcos Luiz Caldas de Abreu, que já está atuando na paróquia São Francisco de Assis, na cidade de Palma que já o adotou como filho. Padre Carlos Alberto Borges está trabalhando junto à comunidade, no sentido de se criar a Paróquia de São Benedito, no Bairro Bela Vista, em Leopoldina. E percebe-se, que num pequeno espaço de tempo, já se criou laço de família, onde os frutos estão sendo colhidos.

                Padre Luciano Bonato está à frente da Paróquia Bom Jesus dos Aflitos, em Itamarati de Minas e, bastante integrado à comunidade, busca sintonia ainda mais ampla com a possibilidade de se instalar na cidade uma Rádio Comunitária.

 

ELES DISSERAM SIM

                “ Devemos revelar Deus aos outros! Não deixar de lembrar Cristo o mais possível, ainda que seja apenas pelo sorriso.” Disse G. Bossis. E nessa festa, homens e mulheres, revelavam a Deus e lembravam o Cristo, pois o sorriso era constante, nos lábios de cada um. Às vezes, se via lágrimas, mas estas, eram também de alegria.

                E a festa se estendeu pela tarde-noite, com o canto alegre do Coral de Além Paraíba (enriquecido ainda com a participação do padre Ruaro) com o ballet das crianças, a alegria dos louvores, os braços erguidos em todas as dependências do Ginásio, para agradecer a Deus, com entusiasmo, pelas bênçãos recebidas.

                Agradecê-lo também, por esses quatro homens que ELE escolheu, chamou-os e, diante do seu “ Sim “,  os consagrou e os fez sacerdotes, dizendo-lhes: “Ide, ensinai a todas as nações!” Aliás, essa é a prescrição missionária que funda a Igreja e estabelece nossa própria condição de cristãos  . . .  e há tantos homens que morrem sem nunca terem falado de Deus a alguém.

                Obrigado Senhor, pela alegria desse encontro! É o que dizia o povo de Deus, com certeza, quando as caravanas retornavam às suas cidades, entoando seus cantos, com o coração em festa.

Fernando M. Ribeiro

 

 

A FESTA DA ALEGRIA

                A  alegria botou o pé na estrada. Estradas de terra, de chão batido, de pedras, poeira e de asfalto, estradas de morros altos, caminhos sinuosos, rios caudalosos . . . A alegria cruzou pontes e subiu montes, em busca de horizontes.

                Observando os sinais, caminhos certos ou tortos, buscando portos, querendo um cais para ancorar e nessa busca, fez de Leopoldina o seu mar.

Louvai o Senhor em seu santuário! Louvai-O ao som da trombeta, com a lira, a cítara, harpas e flautas, com símbalos sonoros, com o corpo, através da dança, com tambores retumbantes.Tudo o que respira, louve o Senhor! (Salmo 150)

                Assim foi na festa da ordenação. O povo de Deus transformou o local num mar de alegria. A alegria era geral. Em cada rosto um sorriso. E nesse oceano de emoção, pude identificar cada barco-comunidade, da seguinte forma:

* O barco de Barão do Monte Alto, trazia à bordo , a alegria, que é a expressão da felicidade.

* Silveira Carvalho era como se dissesse que a alegria é apenas a expansão do amor.

* A alegria é um farol luminoso, em cujas lentes esbarram todos os pássaros da noite ... Assim era a caravana de Palma, um farol, nas arquibancadas.

* Cantar sim, cantar a plenos pulmões! Existiria maior alegria que ouvir cantar o coração? Se perguntava a cidade de Recreio.

* Cantar sempre. Aqui, ali, além ... Além Paraíba.

* A vocação é a alegria, se essa alegria está no Senhor. Temos alegria dentro da gente, mas somos de Juiz de Fora.

* A religião cristã, é uma religião de alegria; onde quer que estejamos, seja em Leopoldina, seja em Astolfo Dutra, dizia o povo daquela cidade.

* Somos mensageiros da alegria e testemunhas da esperança, em mares bravios, lagos serenos e “lagoas tortas”. Somos gente boa, somos de Cataguases!

* O mundo de amanhã pertence aos que anunciam a “Palavra”, com alegria. Amamos a todos: súditos, reis, príncipes e princesas. Nossa cidade é princesa, nossa cidade é Leopoldina.

* Nada nos enfeite mais o rosto que o desejo de, como um rio, derramar-se de alegria e inundar tudo em nossa volta. Magé. (Rio de Janeiro)

* Fraquezas pertencem ao Senhor. Os outros esperam a minha alegria. Itamarati de Minas.

* Nada mais belo na minha vida que acender nas almas a luz da alegria. Inconfidência – Paraíba do Sul.

* Com um rosto sorridente, o homem duplica as capacidades que possui. A alegria não é somente fruto do trabalho, mas também um meio de realiza-lo. Por isso, somos uma Cachoeira Alegre!

Fernando M. Ribeiro.

 

 

 NOVO TEMPO: UMA FOGUEIRA A INCENDIAR-ME DE CONHECIMENTO

 

Em agosto de 1995, por ocasião do primeiro aniversário do Novo Tempo, sua equipe promoveu um concurso com o colégio, em Cachoeira Alegre, para se criar um slogan para o jornal. Em respeito àqueles leitores que enviaram suas sugestões, estamos publicando  33 definições de Novo Tempo. Veja o que pensam e o que dizem nossos leitores:

  • Novo Tempo: Um jornal de fatos, um jornal de fato!
  • Novo Tempo: Um jornal que acredita no futuro.
  • Novo Tempo: Uma Cachoeira de informações.
  • Novo Tempo: Caminhando com você.
  • Novo Tempo: Apontando caminhos.
  • Novo Tempo: Fazendo história.
  • Novo Tempo: Um banquete de informações.
  • Novo Tempo: Coração cachoeirense.
  • Novo Tempo: Meu cardápio cultural.
  • Novo Tempo: Uma história de amor.
  • Novo Tempo: A verdade em nosso socorro.
  • Novo tempo: Marcado para vencer.
  • Novo Tempo: Expressão de amor pela terra.
  • Novo Tempo: Inocente riacho, com força de oceano.
  • Novo Tempo: Meu lanchinho cultural.
  • Novo tempo: Uma fonte saciando minha sede de saber.
  • Novo Tempo: Luz que ilumina os porões escuros do meu ser.
  • Novo Tempo: Fonte de informação a jorrar.
  • Novo Tempo: Liberdade, opinião. Respeito.
  • Novo Tempo: Tristezas e alegrias. Verdades exalando poesia.
  • Novo Tempo: Combustível que nos impulsiona a ir além.
  • Novo Tempo: Como as águas que movem moinhos; move-nos pela força da verdade.
  • Novo Tempo: Ontem um fósforo, hoje, uma fogueira.
  • Novo Tempo: Como gotas de águas da chuva, torna fértil meu solo sedento de saber.
  • Novo Tempo: Navegando nossos dias até desaguar na corrente do ribeirão de nossos anseios.
  • Novo Tempo: Amor, humor, verdades temperando nossos dias.
  • Novo Tempo: Uma fogueira a incendiar-me de conhecimento.
  • Novo Tempo: Páginas de verdades, perfume dos nossos dias.

 

  • Novo Tempo: Riacho de informação que faz romper as comportas do “não saber”.
  • Novo Tempo: Raio X de Cachoeira.
  • Novo Tempo: Semente que tornou mais belo o jardim do meu conhecimento.
  • Novo Tempo: Puro, cristalino, transparente como a água que jorra da fonte.
  • Novo Tempo: Riacho que flui, abrindo grotões nos corações sedentos.
  • Novo Tempo; Elo de uma corrente que se estende pelo Brasil e o mundo.

OBSERVAÇÃO:

Nossos agradecimentos a todos aqueles que manifestaram o desejo de participar do concurso ao emitiram sua opinião acerca do jornal. Todos foram muito gentis. Nossa equipe leu, gostou e publicou todos os slogans. Não escolhemos ainda, diante da dificuldade que vocês criaram, pela variedade e qualidade do material recebido.

O Editor.

 

MILTON NASCIMENTO E OS TAMBORES DE MINAS NO METROPOLITAN

               As deusas negras, Camila Pitanga, Isabel Filardis e Taís Araujo, dividiram a mesa mais cobiçada do Metropolitan. Foi emocionante, “choramos muito”, confessou Isabel.

               Milton não levou apenas as mulheres às lágrimas. O cantor Flávio Venturini, que tinha assistido ao show em São Paulo, disse: “Cheguei aqui pensando que estava vacinado. Mas quando ele cantou ‘Caçador de mim’, não segurei o choro”.

               Os amigos famosos do cantor deixaram o Met, encantados com o seu desempenho . As atrizes Fernanda Montenegro, Marieta Severo e Letícia Spiller, os cantores Djavan e Nana Caimmi, a senadora Benedita da Silva e outras personalidades se emocionaram com a apresentação do cantor.

               Nem cantor, nem ator, nem isso, nem aquilo; eu era apenas mais um dos muitos fãs, um amante da MPB, que também se emocionara com o repertório, o cenário, a postura do “Bituca”, principalmente quando ele fez referências ao Corpus Christi, uma das festas mais populares de Minas e uma das celebrações litúrgicas mais belas da minha igreja. Eu comentava com Magno e Mônica, (sobrinhos) ao final do show: “os tambores de Minas soaram alto e fizeram-me ainda mais orgulhoso de ser mineiro”.

Fernando M. Ribeiro.

 

               

 

CURTAS E BOAS  -  CURTAS E BOAS

 

ADMINISTRADOR DIOCESANO VISITA CACHOEIRA

                No dia 21 de setembro a Paróquia de Cachoeira Alegre estará recebendo a visita do Reverendíssimo Padre Muniz, que virá ministrar o Sacramento do Crisma, na Matriz São Sebastião, a  aproximadamente setenta jovens, que ao longo de algum tempo, vem se preparando para esse grande momento.

 

POR QUE EU AMO CACHOEIRA?

                Faça sua poesia. Fale de sua relação com Cachoeira, suas festas, seus filhos,  sua arte, cultura, esporte, religião, música, suas alegrias, suas dores, seus sonhos,seus amores, sua história, nossa gente. Fale desse amor e seja notícia no Novo Tempo!

                Um júri será formado para escolher os melhores poemas. Os cinco primeiros colocados terão seus trabalhos publicados nas páginas do NT. É uma promoção do jornal Novo Tempo, Grupo Soares e a Escola Estadual Domiciano Cerqueira. Conheça o regulamento na redação do jornal, na Escola ou no Grupo Soares.

 

LEIA A BÍBLIA

                Deus é nosso refúgio e fortaleza, socorro sempre pronto nos perigos. Busque-O na Palavra. Sacie sua sede e dos seus. Leve dessa Água Viva àqueles que estão sedentos. “Como pode uma fonte encher-se de água, se a sua nascente está seca?

                Rezem a bíblia: a Bíblia é uma oração. O homem, por ela fala com Deus. E Deus fala com homem. É nosso diálogo com o Criador, o Pai.

 

30 DE SETEMBRO, DIA DO ANCIÃO

                “Um homem só envelhece quando nele os lamentos substituem os sonhos”. (Jhon Barrymore)  Quando se chega à terceira idade já se pisou em flores e espinhos e é essa experiência que o torna mais paciente, que o leva a enfrentar as dificuldades com mais tolerância, que o torna até mais amável.

 

SETE DE SETEMBRO: DIA DA PÁTRIA

                “Um grito: O Brasil desperta / de um sonho imenso e profundo ... / A pátria, agora liberta,/ abre as portas para o mundo!”  Maria Thereza Cavalheiro.

MEMÓRIA VIVA

                De parabéns a Prefeitura de Muriaé por criar o Projeto Memória Viva, que resgata a história de Muriaé. Visitei no Salão Nobre da Prefeitura, as peças publicitárias expostas, que compõem a retrospectiva de Muriaé, que vão de folders com as fotos, época e estilos dos tombamentos dos patrimônios históricos e artísticos, cartões postais com fotos destas construções que marcaram época, até a exibição de maquetes com as mesmas edificações.

 

CARLOS SCALA

                Um primor, o trabalho realizado pelo publicitário e cineasta Carlos Scala, na montagem do  filme em VHS, que narra a história de Muriaé. Um vídeo que busca resgatar a memória histórica de São Paulo do Muriahe, desde o seu surgimento, até os dias de hoje.

 

ELBA RAMALHO, RAÇA NEGRA, NETINHO, JOÃO PAULO E DANIEL EM MURIAÉ              

Muriaé realizou com sucesso, sua 43º- Exposição Agropecuária Comercial e Industrial. Dentre as muitas atrações, a galera vibrou com os shows de João Paulo e Daniel, Netinho, Raça Negra, Cidade Oculta e Elba Ramalho.

 

OS DESFILES CÍVICOS ESTÃO DE VOLTA

A iniciativa de trazer de volta às ruas, os alunos e suas respectivas escolas pra o desfile cívico, foi uma atitude louvável, pois coloriu as ruas da cidade num belíssimo desfile da Rede Municipal de Ensino.

 

CONSELHO COMUNITARIO DA VILA

                O Conselho Comunitário da vila Vardiero realizou sua eleição no dia 31 de agosto. Foram formadas duas chapas para concorrerem: Chapa A – Julio Vardiero, (concorria a reeleição) e Chapa B – Iracildo Medeiros. José Julio Nere Vardiero foi reeleito para mais um mandato, com 81 votos.

A comunidade espera que com esse canal de acesso aos órgãos públicos, consiga solucionar alguns dos vários problemas dessa vila que ainda se encontra em fase de formação, disse um dos membros da diretoria, após a apuração dos votos.

 

POUSO ALEGRE É CAMPEÃO

                Chegou ao final o Campeonato Rural, promovido pelo vereador Eurico Mario Ribeiro, de Patrocínio do Muriaé. Montanha e Pouso Alegre fizeram a grande final, ficando o jogo empatado em 2 X 2. Na disputa de pênaltis, a equipe do Pouso Alegre F. C. ficou com a Taça de Campeão, o troféu denominado Nascipe Daher.

                Parabéns aos organizadores por esse evento que reúne somente moradores dessas localidades rurais que se fizeram representar com os seus times, dando oportunidade de lazer a esse pessoal. O time do Reduto F.C, juntamente com o Montanha F.C, que ficou com o vice campeonato, foram os dois representantes do município de Barão do Monte Alto.

 

 

UM GIRO PELO MUNDO             

 

ISSO É UMA VERGONHA!

                Um dos mais jovens aposentados do Brasil, por tempo de contribuição ,(apenas oito anos de contribuição) é o deputado Luiz Eduardo Magalhães, líder do governo na Câmara e candidato a presidente pelo PFL, em 2002. O rapaz aposentou-se (e não foi por invalidez) aos 32 anos de idade, com oito anos de contribuição, como deputado estadual da Bahia.

                Aposentado aos 32 anos, o “nobre” político apresentou em 1995, uma emenda constitucional, prevendo a aposentadoria para os trabalhadores somente aos 60 anos de idade.

 

UM MINISTRO CARA DE PAU

                O Ministro da Previdência Social, Reinhold Stephanes é um tremendo cara de pau. Diariamente faz discursos contra privilégios e etc e etc. Pois bem. O ministro que também defende que nós trabalhadores, aposentemos aos 60 anos de idade e 35 anos de contribuição; ele próprio, aposentou-se aos 46 anos de idade e 22 anos de contribuição como servidor da Prefeitura de Curitiba.

                O ministro fala também que acumular aposentadoria e cargo público é um privilégio inaceitável, mas ele próprio  recebe suas remunerações como aposentado (RS 3.000,00) e como ministro (RS 8.000,00)

 

LIÇÃO DE CIDADANIA

                “Caía a tarde feito um viaduto e um bêbado trajando luto me lembrou Carlitos... O bêbado com chapéu coco, fazia reverências mil, pras noites do Brasil. O meu Brasil que sonha com a volta do irmão do Henfil e com tanta gente que partiu num rabo de foguete ...” (Trecho de uma das belas páginas da MPB, interpretada por Elis Regina)

                E ele, o irmão do Henfil, voltou um dia, que a fome está entre as incertezas maiores da humanidade, cuja a desigualdade – a convivência entre a fartura e a miséria _ caracteriza uma organização social injusta.

                O sociólogo e coordenador da campanha contra a Fome, Herbet de Souza, o Betinho, deixa um exemplo de luta pelo pão nosso de cada dia.

                No dia 10-08-1997, o irmão do Henfil se foi definitivamente. Não sonhemos pois, com sua volta; aprendamos dele que: a luta continua, a lição de cidadania tem que permanecer viva em cada um de nós.

Fernando M. Ribeiro